Adorável Depressão escrita por Cristina Abreu


Capítulo 12
#Bônus: Por que o amor acaba?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey!!!
Eu sei o que vocês devem estar pensando: "Outro Bônus?! Por que essa vagaba não posta logo o capítulo?!" Calma, gafanhotos! E não me matem ou xinguem, tudo tem uma explicação T-T
E a minha é o seguinte... Eu escrevi esse bônus para não deixar vocês sem capítulo até terça-feira.
"Mas terça-feira, Cris? Por que, se você posta de sexta?"
Porque terça é meu aniversário! LOL 15 aninhos!!! Aí, como eu gostei do capítulo (era o capítulo que eu estava ansiosa para postar desde que fiz a capa), vou postá-lo no dia 5 de fevereiro. Por isso, calma... Apenas mais alguns dias. E quem vai entrar aqui no site para ler a fic e deixar a velha aqui feliz?
Enquanto meu capítulo favorito (e suuuuuuuper gigante) não é postado... Leiam o bônus. Espero que gostem!



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#Bônus: Por que o amor acaba?


Coloquei uma mecha de cabelo atrás de minha orelha e olhei para baixo. Sabia que ele estava me observando, que não parava de me olhar. Minhas bochechas ganharam um súbito rubor e meu coração bateu mais rápido. O que estava acontecendo comigo?



Uma de minhas melhores amigas, Fátima, deu uma risadinha, olhando para trás.


— Paula, ele está afim de você! – riu ainda mais. – Ele não para de olhar... Isso é tão fofo!

Rolei meus olhos para ela. Aquilo não tinha nada de fofo. Era constrangedor, na verdade. Mas um bom constrangimento.

— Qual é o nome dele, mesmo? – perguntou Marina. – Ele é uma graça, Paulinha!

— É Ricardo... – corei. – Ele é um garoto normal, Mari. Vocês que estão fantasiando coisas.

— Deixe de ser boba, Paula! O Ricardo não para de te olhar. E está sendo assim a semana inteira! Duvido que ele não vá te convidar para ir à festa de formatura! – cochichou Fátima. Ela adorava bancar o cupido e criar ilusões.

— Não vou à festa, vocês sabem. – balancei minha cabeça. – Já cansaram de saber que eu não gosto muito de festas e...

— Bobagem! Você tem que ir! – Marina choramingou. – Por favor! Por favor!

Suspirei dramaticamente.

— É isso aí, Paula. Você vai ter que ir de qualquer forma. Todas nós sabemos que é você quem vai fazer o discurso. Ah, meninas! Nós estamos indo para o Médio... Isso é tão bacana!

O sinal bateu. Agradeci a Deus enquanto nos separávamos. Para a sorte da minha mente, nossas próximas aulas seriam separadas. E decidi que logo após ela, mataria a última. Não queria mais ter aquela conversa, que já se seguia por dias.

— Hm... Paula? – gelei. Céus... Era aquela voz! A dele!

— Sim? – virei-me muito rapidamente, meus olhos brilhavam, eu tinha certeza.

Ricardo estava me olhando com aqueles olhos castanhos sorridentes. Meu rosto se iluminou.

— Você vai à festa, né? – perguntou, mexendo nervosamente no cabelo.

— Vou. – respondi sem pensar. Aliás, o que era pensar mesmo?

— Ótimo... Eu também... E... – fez uma pausa. – Você quer ir comigo?

Prendi minha respiração. Eu queria ir com ele?

— Se você já tiver um acompanhante, tudo bem. Eu vou entender, e...

— Não. Digo, sim. – Ricardo franziu a testa. – Eu vou com você.

Ele sorriu e eu também.

— Legal... Então eu passo na sua casa às oito?

— Perfeito. – mordi meu beiço. Seus olhos escureceram, seguindo o movimento dos meus dentes. Meu rosto ficou vermelho feito pimentão.

— Ahn... Então até lá...

— Uhum...

Demos acenos desajeitados, e depois eu estava praticamente correndo para minha sala de aula. Os demais estudantes me olhavam, fofocando muito provavelmente sobre a minha cor escarlate.

Mas eu estava mais preocupada com que se passava dentro de mim. O que era aquela palpitação?

***

— Paula...

Segurei minha respiração. Ricardo inclinou-se para mim e me beijou. A doçura fez com que eu caísse em seus braços instantaneamente. Como eu podia sentir-me assim sobre uma pessoa? Parecia que ele me deixaria em frangalhos caso me abandonasse... E eu não queria que ele fizesse isso jamais.

Fechei meus olhos e respondi ao beijo. Nossos lábios e línguas trançando-se com um sentimento tão intenso e desconhecido por mim. Seria o que minhas amigas chamavam de amor? Sorri em meio ao beijo, alegre com a possibilidade.

Quando nos separamos, pensei que morreria. Ricardo sorriu e voltou para mais outro beijo espetacular. Eu tinha plena consciência de que todos estavam nos olhando, até podia ouvir os risinhos bestas de minhas amigas, mas... Não me importei. Porque eu o queria para sempre comigo.

Oh, Deus!

— Ah, meu doce amor...

Fechei meus olhos e aproveitei o momento assim como aproveitei suas palavras.

O para sempre me pareceu eterno.

***

— Ricardo, tenho uma coisa para lhe contar... – imediatamente fiquei nervosa.

— O que foi, meu amor? – sua mão segurou a minha, e seus olhos tão gentis me deram toda a coragem de que precisava para falar.

— Estou grávida. – sussurrei.

Meu recente marido ficou por alguns minutos em silêncio. Seu rosto era uma máscara até que, por fim e para meu alívio, ele sorriu e me puxou pela cintura. Seus lábios envolveram os meus e ele me levantou, girando em volta da sala.

— Grávida? Você está grávida! – gritou, contente.

Ri feito uma adolescente.

— Eu vou ser pai! – Ricardo me abaixou e se ajoelhou frente a mim.

Seus lábios agora tocavam minha barriga. Uma lágrima escorreu por meu rosto e encontrou seu cabelo preto tão sedoso e liso.

— Obrigado, meu doce amor! Obrigado!

Alisei suas mechas e pensei em como não poderia ser mais feliz.

***

Minhas lágrimas rolaram por meu rosto e afundei mais no colo de Katherine. Não chorava por Jorge. Não chorava por mais esse casamento perdido. O motivo pelo qual derramava minhas lágrimas em minha filha, era Ricardo. Meu grande amor e pai dos meus filhos.

Seria idiotice dizer que eu não o amava mais. Que nunca amara. Caso aquelas palavras saíssem de minha boca um dia, seria o pior tipo de blasfêmia.

Ah, eu gostaria tanto de saber o porquê de não ter dado certo! Eu queria saber ao menos o motivo. No que erramos? Quando deixamos de nos importar um com o outro? Quando o amor acabou?

Não. O amor não havia acabado. Não da minha parte, pelo menos, e acredito que nem da dele. Não houve um dia sequer que duvidara dos sentimentos de Ricardo. Ele era transparente como água.

Chorei mais e Katherine me apertou, murmurando palavras gentis. Minha filha era muito parecida comigo, só agora eu percebia. Kate era minha cópia em todos os quesitos. Mesmo que ela não gostasse disso.

Seria por isso que ela lutava tanto contra mim? Não, não era por isso. Eu machuquei meus dois filhos quando me casei com esse homem sem amor. Aliás, já os havia magoado muito antes, quando deixei que o pai deles fosse embora.

Eu nunca perdoar-me-ia por isso. Fora eu que não fiz meu para sempre ser eterno. A única culpada.

“Meu doce amor...”

Não sei por quanto tempo fiquei chorando. Só sabia que merecia cada instante de dor.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Minha única ideia foi fazer um POV da Paula. Espero que vocês tenham gostado! Mas comentem, para eu saber. Por favorzinho *faz carinha pidona*
Não sei como era muito essas paixonites naquele tempo ~momento em que chamo a mãe da Katie de velha~ por isso, dêem um desconto.
Então... Sobre o próximo... Vou postá-lo assim que chegar em casa da escola, tipo umas 20hrs (sim, é semi integral, e para a minha alegria vou ficar naquela porr* até às 18hrs. Como sempre chove no dia do meu aniversário, meu transporte estará, muito provavelmente, preso ao trânsito. Não é um presente maravilhoso?). Ah, sobre ela e meu drama... Tudo está indo bem, por enquanto. Fiz algumas amizades já e o povo de lá é legal. A única coisa da qual estou com medo é das provas. Tipo... são seis por dia, quando começarem! E eu vou viajar ainda, cara! Vocês não sabem o ódio que eu tô. Não posso ficar de rec! Eu nunca fiquei antes e jurei para mim mesma que nunca ficaria! Ai!!! Alguém tem alguma dica de como livrar-me deste problema? Não posso cancelar a viagem, porque minha mãe já pagou tudo e eu quero muito ir.
"Ai, Cris, porque você não cala a boca?!"
Ok... Eu calei!!! T-T (Vocês acham que eu sou louca, né? Tudo bem, eu sou. Meu professor de Artes disse que ficou com medo do meu olhar. Tipo... what? '-')
Tá... Agora eu estou encerrando as Notas Finais.
Beijos, Apple Pies! Até os reviews, não deixem de mandá-los!