We Found Love escrita por Jessie Austen


Capítulo 22
A Fuga


Notas iniciais do capítulo

YAY!
Dobradinha de capítulos e alguns grandes acontecimentos.



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Thor gritava e batia nas grades de sua cela. Havia sido levado de volta após Laufey ordenar que ficaria apenas com Odin e com Frigga.

Conseguia ouvir os urros dos gigantes e os gritos de dor de seu pai e isso o desesperava. Aquilo era um pesadelo, mas ele não conseguia ver o fim.

– Eu quero ver meu filho!!! – gritou enquanto lágrimas surgiam em seus olhos.

Neste momento um gigante entrou e o encarou por alguns instantes antes de dizer:

– Asgardiano, eu quero que fique calmo. Nós precisamos conversar e eu preciso que você se controle...

– Quem é você?! Eu quero ver o meu filho!

O gigante então se transformou na versão Jotun de Loki que correu até a cela.

– Sou eu, meu amor.

– Loki! Por quê você...o que está acontecendo aqui?!

– Te machucaram muito? – o jotun perguntou segurou seu rosto e então os dois se olharam por alguns instantes e o loiro teve a certeza de que o Loki que conhecia era real.

– O que aconteceu? Nosso filho...onde ele está?

– Shh...vou levá-lo. Thor, temos pouco tempo.

– Pouco tempo? Para quê?

Loki abriu a cela e puxou Thor para fora o abraçando muito forte. O asgardiano segurou seu rosto e disse:

– O que aconteceu? Eu tive tanto medo...por você, por nós. Loki, eu achei que você...que você tivesse me enganado. Todo esse tempo...

– Como poderia? Você me conhece tão bem!

– Não tão bem, senão eu saberia que você faria isso. Tudo isso sozinho...

– Eu não tive escolha, me perdoe. – Loki respondeu segurando forte o rosto de Thor e o beijando carinhosamente – Eles te machucaram muito? Eu sinto muito...

– Não se preocupe comigo...eu estou com você agora. E o nosso filho, Loki? E os meus pais?

– Vamos sair daqui. – o jotun disse e os dois então subiram as escadas, passando escondidos por trás da arena, seguindo para atrás do palácio.

– Espere aqui. – Loki pediu.

– Não! Me leve, Loki...eu não vou mais aceitar seu silêncio...o que está acontecendo? – Thor segurou pelo braço puxando-o contra ele.

– Eu vou buscar o nosso filho. Você tem que conhecê-lo primeiro...por favor, Thor.

Os dois se olharam e assim que se soltaram, Loki sumiu por alguns distantes.

Thor se escondeu atrás de uma pedra de tamanho médio ao ouvir passos de jotuns passando por perto. Ao fundo podia ainda ouvir os urros da multidão. Não queria pensar no que tinha acontecido com seus pais. Não queria imaginar como Asgard estaria a essa altura, completamente tomada por Jotunheim.

Com os pulsos cerrados, se lembrou de como o palácio foi invadido covardemente. Sequer teve tempo de tentar se defender e não tinha a menor ideia onde seu martelo, e sua única salvação, poderia estar.

Era horrível estar do outro lado da guerra e agora ele sabia. O povo de Asgard nunca havia sido preparado para nada além da vitória e agora, com o orgulho ferido, tinha que admitir que muita coisa mudaria agora em diante.

“Como eu posso odiar, repudiar tanto um povo...seu rei, e amar Loki ao mesmo tempo?” era o que pensava quando este voltou, segurando um pequeno monte de colchas.

– Asgardiano...este é o seu filho. – Loki anunciou completamente emocionado, aproximando-se de Thor.

O loiro então segurou aquele monte de colchas, descobrindo que se tratava de um pequeno bebê, de cor azulada e pele muito grossa, que dormia tranquilamente.

Thor o segurou enquanto observava aquela pequena e fofa mão.

– Ele é perfeito, Loki. É igual a você... – comentou acariciando o rosto do jotun que sorriu de volta.

– Eu te amo.- Loki disse, seus olhos cheios de lágrimas.

– Céus...você passou por tudo isso. Completamente sozinho. Loki, eu sei que sou teimoso, cabeça dura, mas você devia ter me contado, ter confiado em mim...nós conseguiríamos juntos.

– Eu sei, Thor. Mas saiba, que eu aprendi. Eu cometi um erro quando voltei para Jotunheim...

– Que erro?

– Eu prometi que entregaria você, seus pais...eu trairia Asgard, para ficar com nosso filho.

– Você aceitou isso? Como?

– Eu não podia negar, Thor. Laufey me mataria se eu não aceitasse...mataria nosso filho. Me perdoe, eu imploro.

Thor então olhou para seu filho e depois encarou Loki.

– Então, eu vou morrer...

– Não. Durante todo o restante da minha gestação eu pensei em um jeito. Thor, eu acredito que tenha encontrado a solução...

– Qual? Me diga!

– A primeira coisa. Você terá que fugir de Jotunheim...o mais rápido que conseguir. – Loki respondeu.

– Fugir? Não! Eu não vou a lugar nenhum sem você...sem meus pais!

– Não entende? Laufey matará você...seus pais, eu não pude...não evite evitar.

– O quê? Eles estão mortos?!
– Eu jamais quis isso, eu só queria proteger nosso bebê...

Thor começou a chorar e abraçou ainda mais forte o pequeno jotun.

– Agora, vocês são tudo o que eu tenho...e quer que fuja? Para onde eu iria sem você?

– Asgardiano, não temos tempo. Apenas me ouça!

– Para onde, Loki? Você sempre esconde as coisas de mim. Sempre.

– Você viu uma carta que eu deixei no meu quarto, na torre? Volte para Asgard e pegue-a. Lá, encontrará todos os detalhes, tudo o que aconteceu. Mas por favor, vá...eu quero que fuja para o reino de Vanaheim.

– Que tipo de piada é essa?

Loki segurou seu rosto carinhosamente e o beijou lentamente.

– Quisera eu que fosse uma brincadeira, meu asgardiano.

Thor começou a chorar desesperadamente. Não queria ir embora e deixar Loki, seu pequeno filho. Não queria voltar para Asgard sem ter seus pais para recebê-lo. Não queria ir para um lugar bonito sem as pessoas que amava.

Loki pegou o bebê de volta e o abraçou com muita força, dizendo:

– Lembra quando dissemos que queríamos que tudo fosse diferente? Que nada disso estava certo? Então, meu amor...eu prometo que em Vanaheim teremos a nossa segunda chance.

– Mas como? Se você vai estar aqui? Se tudo o que eu tinha está acabado?

– Pegue a carta e parta o quanto antes. Só assim poderemos ficar juntos novamente. Lá, procure por Frey.

– Frey?

– Sim...ele nos ajudará.

– Ele ao menos nos conhece? Por que um desconhecido nos ajudaria?

– Eu prometo que dará certo, ok? Vá e tudo, eu juro...tudo voltará a ser certo.

Thor o puxou, beijando-o com urgência . Tudo o que o jotun falava eram apenas palavras soltas, sem sentido, mas ele precisava confiar. Ele tinha.

– Eu não existirei se você não estiver comigo. – Thor sussurrou.

– E você terá. E da maneira certa, meu amor. – Loki sorriu, mas as lágrimas corriam por seus olhos vermelhos.

– Frey...

– Sim, marido de Gerda. Agora vá...rápido.

– Eu te amo, Loki. Eu amo vocês...eu vou voltar para buscá-los.

– Eu sei que sim, asgardiano. Eu confio em você.

Thor beijou levemente a testa do bebê e abraçou mais uma vez Loki, antes de partir em direção de um portal que o jotun havia improvisado.

– E Thor...- gritou fazendo este voltar a olhá-lo – Se não souber o que fazer, apenas se lembre em ser você. Só isso. Não demorou nada para eu me apaixonar perdidamente.

Sem entender, Thor apenas concordou e seguiu de volta para Asgard.

– Adeus, Thor. E diga adeus para o seu filho. – Loki disse enquanto segurava com força o bebê.






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Quando chegou ao palácio, tudo era ruína. Não haviam gigantes...e não haviam asgardianos.

Tudo estava destruído.

Perdido.

Correu até a torre e pegou o envelope na suíte de Loki. Como ele havia dito, tais palavras deviam ser lidas e se Frey o ajudasse, precisaria saber o que estava acontecendo.

Sentia-se anestesiado, mas seu coração mal cabia em seu peito.

Nas paredes do corredor, marcas de golpes.

Pelas ruas, pedaços imensos de gelo derretiam e se misturavam com o sangue, formando um rio vermelho completamente horrível de se encarar.

Pensou em como Loki estava sofrendo. O quanto ele sentiu em ter que escolher. Optar por aquilo.

Tentou achar seu martelo, mas resolveu não se arriscar e acabou desistindo. Com um cavalo, partiu em direção norte, para a Floresta, onde encontraria passagens para os outros reinos vizinhos, entre eles seu destino, Vanaheim.


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Notas finais do capítulo

Não me odeiem.
Espero que gostem do próximo capítulo!
*_*