Let It Rock! escrita por Moon


Capítulo 17
Capítulo 16 - Do you really love her? (PDF final)


Notas iniciais do capítulo

É o último PDF :3 Huahuahaua
Espero que gostem.. Pq eu quase chorei..
Primeiro POV é do Len :3



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- Ne... Ru...? - continuo abraçado à ela, incrédulo. - Mas... O que aconteceu com você?

Ela se afasta e tenta falar, mas, novamente, nada de voz. Tento fazer leitura labial, mas não sou tão bom nisso...

- Fique calma, tá bom? - tranquilizo-a - Venha comigo, vamos sair daqui.

Ela assente e segura minha mão. Sendo assim, saímos dali. Passamos pelas alas, pelo salão principal e pelas salas de gravação. Sim, haviam gravadoras na empresa. Ao fim, saímos do lugar. Desesperado, olho para os lados, procurando Gumi e as outras. Porém, tudo o que via eram prisioneiros, viaturas policiais e repórteres.

- Gumi! - chamo, me espremendo em meio às pessoas apertando a mão de Neru, para não perdê-la. - Gumi!!

- Len? - ouço um grito distante, como resposta.

- Continue gritando!

Tento seguir o som de sua voz. Uma tarefa bem fácil, pois, apesar da multidão, não havia tanto barulho. Ao chegar perto dela, vejo que está à frente de uma ambulância e que parecia me esperar.

- Len. - ela corre em minha direção, ao me ver. - Entre na ambulância. Apenas duas pessoas podem entrar, por isso sugeri que eu fosse com você, mas Kaito quer ir. E tenho certeza de que também quer.

Olho para Neru, depois para Gumi e assinto.

- Cuide da Neru. - solto a mão da loira.

- Pode deixar. - Gumi sorri e sinto um aperto no coração, não entendendo o porque.

Corro para a traseira da ambulância, onde as portas estavam abertas. Quando estou pronto para subir, sou impedido por algo que segurou meu braço. Neru. Viro para ela, que cora.

- Len-kun... - Ouço uma voz muito baixa e falhando. Ao ouví-la me chamar assim, lembro de Yon. - Eu... Eu só queria te dizer.. - coro. Seria o que estou pensando? - Eu só queria te dizer, que você é o meu herói.

Ela sorri e me dá um beijo na bochecha. Achei que fosse cair duro no chão, ali mesmo. Mas, afinal, por quê me sinto assim? Eu e Neru já havíamos ficado juntos, uma vez, e eu nem sequer gostava dela de verdade! Argh! Confuso, corado e tremendo, assinto e subo no automóvel. Lá, encontro Kaito sentado ao lado de uma maca. Esta, carregava minha amada Miku. Sento ao lado de meu rival, desejando estar sozinho com Gumi e Miku. Aliás, agora entendo porque não ouvi aquele ruído de voz, antes. Havia muito barulho dentro da empresa, em comparação a ali fora.

Fico olhando para o rosto adormecido da garota de cabelos verde-água. Uma expressão serena, porém, corrompido por rastros de lágrimas e olhos afundados em uma coloração vermelha. Seu pulso sujara os lençóis da maca com sangue, o que me causa desespero.

Com relutância, seguro o pulso machucado, dela.  Um pedaço de sua pele, no qual não havia sido cortado, cobria um fundo buraco, que escondia algo. Ao pressionar um pouco os cortes, sinto algo. Tateio mais um pouco e contesto que era algo sólido, algo retangular... Depois de um tempo, me sinto mal por isso e coloco o pulso de Miku, sobre seu peito.

Volto a me sentar normalmente, esperando a ambulância chegar no hospital. Uma coisa que parecia interminável, até que Kaito me dirige sua fala.

- Você gosta dela, não é? - ele diz, em um tom vago, me fazendo gelar.

- Está muito na cara? - devolvo, rindo nervosamente.

- Pra mim... Está sim. - prossegue, secamente.

- ... E você?

- O que?

- Gosta dela?

- É claro que gosto.

- De verdade?

- Sim.

- Não foi o que pareceu naquele dia. - lanço um olhar ameaçador.

- ... Por que não contou para ela?

- Que você é um imprestável que não merece o amor dela? - meu rosto se contrai em uma expressão contrai em uma expressão de ódio. Enquanto o rosto de Kaito, continua vago.

- Está com ciúmes? - rebate.

- Tsc.. - bufo.

- Me responda.

- ... Só quero vê-la feliz.

- Mesmo se for a base de mentiras?

A pergunta me derruba. Mas não poderia negar, afinal, eu sei que ele está certo. Acabo por assentir, me dando por derrotado.

- Eu não lhe entendo, sabia? - Kaito levanta uma sobrancelha.

- O que você não entende? - encosto minha cabeça na parede metálica e coloco o punho na testa.

- Você. É diferente dos outros homens.

- Em que aspectos?

- Bem... - ele suspira. - Prefere ver a amada feliz, mesmo que não seja ao seu lado. E não fez nada para me separar dela, ou fazê-la gostar de você.

- ... Primeiro: Eu a amo - engulo em seco - É por isso que não me importa com quem ela esteja, desde que esteja feliz. Segundo: Não preciso me rebaixar a isso, só a incomodaria. E terceiro: Se ela tiver que gostar de mim, ela irá gostar.

- ... Continuo sem te entender.

- Pessoas como você nunca entenderiam.

- ... Como assim "pessoas como" eu?

- Pessoas que não sabem amar.

Ele tenta protestar, mas sentimos a ambulância parar, anunciando nossa chegada ao hospital. As portas são abertas e a maca de Miku é puxada por enfermeiros, que a levam rapidamente, para dentro do hospital. Juntos, eu e Kaito descemos do automóvel e corremos atrás deles. Os enfermeiros continuam correndo pelos corredores do hospital, até entrarem em uma sala, que somos impedidos de entrar.

- Desculpem, mas não podem entrar aqui. - uma enfermeira de cabelos loiros, nos impede, segurava uma prancheta e vestia o uniforme do lugar.

- Por que? - pergunto rapidamente.

- A amiga de vocês vai ser operada agora. Está perdendo muito sangue e, se demorarmos mais, poderá correr risco de vida. - me sinto extremamente aflito, enquanto ela prossegue. - Podem esperar, se quiserem, até a operação terminar. Então, irão poder vê-la.

- Vamos esperar! - digo, antes que Kaito falasse qualquer coisa.

- Tudo bem. - ela sorri. - Não se preocupem, está bem? Hatsune-san ficará bem.

- ... Como sabe o nome dela? - solto.

- Nossa equipe da ambulância, que trouxeram vocês aqui, nos falaram tudo o que aconteceu, enquanto vinham. - solta uma risadinha - Somos bem prestativos.

- São sim. - não impeço uma risada.

- Temos um refeitório. Se quiserem esperar, lá... Posso lhes avisar, quando a operação acabar.

Olho para Kaito, que dá de ombros. Sendo assim, assinto e ela nos leva a uma pequena cantina.

-----------------------------------------------------AINDA LEN POV---------------------------------------------

Depois de quarenta minutos, a enfermeira de antes nos chama.

- Preciso falar com vocês, meninos.

- O que aconteceu com ela? - me desespero a falar.

- Bem... Aquilo que estava nos pulsos da sua amiga.. Não pôde ser retirado.

- Por que? - Kaito fala mais rápido.

- Parece que, se for retirado sem uma chave de segurança, se autodestrói.

- Vocês não retiraram, certo? - arregalo os olhos.

- Não. Apenas reimplantamos e fechamos os cortes, antes que ela sofresse de hemorragia externa.

- Entendo. - assinto.

- Então. - ela suspira - querem vê-la?

- Sim. - dizemos em uníssono.

Ela nos leva até um dos quartos dos pacientes.. Abre a porta e nos deixa entrar. Corro para perto da nova maca onde Miku está deitada. Porém, sinto um pouco de decepção ao constatar que ela estava desacordada. Me sento ao seu lado, enquanto Kaito acaricia seu rosto, o que me incomoda.

- Enfermeira. - eu a chamo, antes que ela saia.

- Sim?

Me aproximo da enfermeira e sussurro, para que Kaito não ouça.

- Posso passar a noite aqui?

- ... Claro que pode. - ela sussurra de volta, sorrindo.

- Obrigado.

Ela sorri e sai do quarto, me deixando sozinho com Kaito e Miku. Sinto algo vibrar em meu bolso e me assusto ao perceber que, este tempo todo, meu celular estava no bolso de meu jaleco. Olho e vejo que é a Gumi. Também me assusto ao ver que já são 23:00 horas.

- Alô? Gumi? - atendo.

- Len? - ouço seu tom desesperado. - Como ela está?

Repito as palavras da enfermeira, fazendo-a suspirar.

- Gumi, se quiser, pode vir com as garotas.

- Luka, Yuki e Teto foram para casa, provavelmente já estão dormindo. Eu as disse para ir e relaxar, pois resolveria tudo.

- Entendo... Mas você vem?

- É claro! - rimos.

- E a Neru?

- Eu a mandei para um hospital. Sua voz estava muito baixa e falhando. Parecia que a caixa de som de um computador, estava com problemas.

- Ótimo. Obrigado, Gumi. - rio um pouco, devido à comparação da garota.

- Não precisa agradecer, Len. Mas... Posso te perguntar algo?

- Claro. - estranho.

- Você ainda gosta da Neru?

- O... O que? - a pergunta me pega de surpresa.

- Me responda. Você e essa Neru já tiveram algo, certo?

- S.. Sim. - saio do quarto, para Kaito não me ouvir.

- Então? Você ainda gosta dela?

- Bem...

- Len. Eu sei que gosta da Miku. Você anda deixando isso bem claro. A Miku só não percebeu, por ser ingênua.

- ... Eu sei.

- Me responda.

- Eu... Eu não sei, Gumi.

- Como não sabe, Len?

- Eu.. Não sei, ué!

- Len. - ela suspira. - Você deveria falar logo o que sente.. Para a Miku.

- ... Por que acha isso? Que diferença faria? Ela continuaria amando o idiota do Kaito.

- Len. Você sabe, tanto quanto eu, que ele não merece a Miku.

- Mas, Gumi... Ela parece tão feliz ao lado dele... Eu não gostaria de vê-la chorando por esse idiota.

- Len. - ela quase grita, me fazendo gelar. - Eu tenho certeza de que ela seria muito mais feliz ao seu lado, porque eu sei que você ama ela e se sacrifica por ela, muito mais do que o Kaito jamais faria!!

Fico em silêncio.

- Pense bem... Tá legal? - seu tom se torna dócil. E, antes que eu possa falar algo, ela desliga.

Entro no quarto, mirando um Kaito que dá um selinho em minha desacordada Miku. Hesito, mas volto a me sentar ao lado dela, desejando morrer.

--------------------------------------------MIKU POV------------------------------------------------------

Acordo me sentindo cansada e dolorida. Olho ao redor. Estou num quarto com paredes brancas, equipamentos ao meu lado e uma agulha que transportava algma substância para meu pulso. Além disso, sentado em frente à maca onde eu estava deitada, estava Len. Dormindo serenemente, com os braços cruzados, boca aberta e cabelos arrepiados. E reparo que também há olheiras profundas abaixo de seus olhos. Sorrio e olho para meu pulso.

A última coisa, na qual, lembrava, era que aquele chefe maluco havia perfurado meu pulso, em busca de um chip que continha meus dados de voz. Tateio meu pulso, porém não sinto nada além de vasos sanguíneos. Me desespero. Teriam tirado meu chip? E o que aconteceria se realmente o tivessem tirado?

Depois de alguns minutos pensando sozinha, ouço alguns barulhos. Olho para Len, ele estava se mexendo, provavelmente, acordando.

- Mi...Ku...? - murmurara, enquanto abria os olhos. Coçou os olhos com as costas da mão e se levantou - Miku. - seu rosto se ilumina e seus olhos se enchem de lágrimas.

- Olá. Len. - digo, pausadamente, enquanto sinto lágrimas escorrerem por minhas bochechas. Mesmo assim, sorrio. Ele corre e me abraça, então, retribuo o ato.

- Miku. Me desculpe. - sua voz treme. - Quem salvou seus amigos, foi a Gumi. Me desculpe.

- Não. Não diga isso. - acaricio suas madeixas loiras. - Eu tenho certeza de que você fez o que podia para me tirar dali. E tirar a todos.

- Mas eu não consegui. E você acreditou em mim.

- Diga-me, Len, quem teve a idéia de se infiltrar na empresa para ir atrás de mim?

- Bem..

- Imagino que tenha sido você, certo?

- Sim, mas..

- Então, Len... Você conseguiu. Você salvou todos.

- ..... Como sabe que fui eu quem teve a idéia?

- Somos irmãos, certo? - rio.

- É... Somos sim.. - ele, aparentemente, força uma risada.

- Agora, Len. - me afasto, para olhá-lo. - Preciso que me diga algumas coisas...

- Eu também preciso.

- Como vim parar aqui? Por que você estava naquela jaula?

- Gumi e Kaito te salvaram. Eu havia mandado eles irem à uma delegacia, então, eles estavam com um policial ao seu lado, no momento. Não se lembra?

- Acho que desmaiei. - resmungo. - Mas... Por que estavanaquela jaula? - repito.

- Fui pego pelos homens de jaleco, a mandato da Lily.

- Aquela desgraçada...

- É...

- Ela foi presa?

- Provavelmente.

- Esse é o fim da empresa.. - digo, mais perguntando que afirmando.

- É... Certamente.

- Há empresas no exterior, também.... Será que eles irão atrás delas?

- Provavelmente. O problema é que eles têm que reunir provas, certo? E, além do mais, acho que vamos ter que participar do julgamento do chefe e dos demais funcionários, como testemunhas.

- Vai demorar um pouco até as coisas voltarem ao normal, não é? - suspiro antes de falar.

- Vai... Vai sim.

- Estamos livres da empresa?

- Acho que sim. - o loiro sorri.

- Ah! - suspiro, aliviada. - Finalmente...

- Agora, Miku... - ele assume uma expressão séria e se senta na maca, ao meu lado. - O que aconteceu com seu pulso? O que aquele cara queria? Além... Daquilo.

- Ah.. Bem... - miro o chão, em silêncio, por um tempo. Quando volto a olhá-lo, vejo que em seu rosto há um pouco de arrependimento. Provavelmente, por causa do final da pergunta. - Ele queria meu chip. Este chip que todos os Vocaloids possuem.

- Todos?

- Sim. Carrega nossos dados de voz. - e continuo repetindo as palavras do chefe.

- Entendo.. - assente, ao final das explicações.

- Cruel, não?

- Sim. Mas, felizmente, nenhuma criança se machucou. - ele sorri - Os policiais tiraram elas de lá.

- Ótimo...

- Anh... - ele murmura. - Miku..

- Sim?

- Eu.. - vejo-o corar, mas algo o faz mudar sua expressão, me fazendo ficar confusa. - Espera... - Len parece juntar coisas em sua mente. - É isso...

- Anh... Len?

- Miku. Todos os seus amigos estavam com os pulsos sangrando, certo?

- Sim... - lembro.

- E é nos pulsos que ficam os chips, certo?

- C... Certo.

- Quer dizer que os chips deles foram retirados, estou certo? - ele se assusta.

- .... Acho que sim.

- Tenho certeza que sim. - o loiro põe o punho sobre a testa. - Ele teve tempo para fazê-lo. Isso significa que, com certeza, os chips ainda estariam na empresa. Os policiais não sabem disso. Precisamos avisá-los.

- Mas.. Len. Não acha que, sem o chip, ficaríamos apenas com uma voz diferente? Digo.. Somos humanos, certo? Temos nossas próprias vozes.

- Miku.. Eu falei com a Neru. - ele me olha, com olhos inquietos. - Ela estava sem o chip. Praticamente muda.

Arregalo os olhos. Então, não tiraram meu chip...

- E além do mais.. - continua - A enfermeira disse que esse chip não pode ser retirado sem uma chave de segurança. Senão, ele se autodestrói.

Fico assustada e coloco uma mão na boca.

- Só o chefe tem essa chave... - murmuro - Não é?

- É o mais convincente a se pensar. - ele confirma.

- Então... As coisas, realmente não irão voltar ao normal tão cedo...


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Notas finais do capítulo

Gomen @.@ Sei que ficou muito curto.
É que eu não tive muito tempo >< Gomen, Gomen!!
Enfim, desculpe Inuekagsama-chan ^-^'' Provavelmente, você não gostou do capítulo.
Então... >_< Prometo que o próximo capítulo será enorme!!
Aliás.. Desculpem não ter falado antes ^-^'': OBRIGADAA, MUITO OBRIGAAADA PELOS REVIEWS E FAVORITOS!! MUITO OBRIGADA MESMO! ESTOU MUITO MOTIVADA E FELIZ PARA CONTINUAR, ENTÃO CONTINUEM ASSIM, 'KAY? HUHAUHA :P