Let It Rock! escrita por Moon


Capítulo 10
Capítulo 10 - Help! I need somebody! (PDF parte 3)


Notas iniciais do capítulo

PDF significa Plano De Fuga 'kay? ^--^



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Len POV

Acordo já pensando nela. Já não posso negar certas coisas... Espanto esses pensamentos da minha mente. Na noite anterior, eu havia falado para Rin que iríamos faltar a aula, hoje. Tracei um plano com ela, depois ligamos para Gumi, Yuki, Teto e Luka para marcar um encontro hoje e já colocar o plano em ação.
Começo a me arrumar. Tomo banho, coloco uma roupa qualquer, prendo os cabelos, escovo os dentes e tomo café da manhã. Rin faz o mesmo e saímos de casa, depois de deixarmos um bilhete para nossos pais.
Até que minha irmã está bonita. Veste uma camisa sem mangas, colorida, saia jeans e botas, além de uma bolsa pequena, que carrega. Eu estou bem arrumado... Visto uma camisa de meia amarela, calça jeans e tênis. Também carrego uma mochila com os materiais que precisaremos.
Chegamos ao local combinado, um café perto de nossa casa, e nos sentamos em qualquer mesa. Somos os primeiros a chegar, mas as meninas não demoraram muito a aparecer. Primeiro Gumi, que vestia calça jeans, camisa laranja e casaco preto. Depois, Luka, que vestia um vestido com alças decoradas, marrom com rosa. Teto e Yuki chegam juntas. Teto com os cabelos soltos, vestido curto e tomara que caia, vermelho. Yuki com cabelos trançados, shortes jeans e camisa florida, acompanhados de uma bolsa grande, que carregava no ombro.
– Bom, - começo a dizer, quando todas já chegaram. - Eu e Rin chegamos a uma conclusão. - olho para ela, que explica tudo com as mesmas palavras que usou para me comunicar.
– Então ela está na empresa? - Gumi põe os dedos ao redor do queixo.
– É só uma teoria. - Explico - Mas é a única que temos.
– Mas e se ela não estiver lá? - Yuki indaga, assustada. - Será um tiro no escuro? Corremos o risco de sermos pegos!
– Eu sei. - rio.
– Está brincando? - Luka franze as sobrancelhas.
– Não. - sorrio - Não será um tiro no escuro. Pois, se ela não estiver lá, pelo menos saberemos que nossa idéia estava errada e podemos descartá-la.
– Tá, mas como pretende entrar lá?
Explico o plano que tracei com Rin, ontem. Esclarecendo cada detalhe e o papel de cada um. Seria um plano um pouco demorado. Faltaríamos alguns dias de aula, mas Gumi disse que sua tia era médica, então conseguiria alguns atestados para nós.
Tranqüilos e cientes da situação, saímos do café. Vamos colocar o plano em prática.
–-----------------Miku POV----------------------------------------------------
– Psiu! - ouço me chamarem da jaula à minha direita. Penso que é coisa da minha cabeça, mas o som se repete e acabo olhando na direção dele.
Era aquela robô de cabelos vermelhos. O que ela queria?
– Miku! Você é a Miku, certo? - ela pergunta.
– S... Sim... - respondo, inquieta.
– A Lily fala muito de você.
– A Lily?
– Sim. Ela nos supervisiona, de vez em quando. Ordens do chefe.
– Sei... - penso em algo e pergunto - Por que ela não está presa, como nós?
– Porque ela é da terceira série de Vocaloids. A primeira, portanto a favorita do chefe.
– Terceira série?
– Sim. É por isso que estamos presos.
– ... Como assim?
– Eles querem fazer cópias dos nossos dados, da nossa voz, melhorá-las e colocá-las em outras "nós".
– Outras pessoas?
– Sim, feitas em laboratório e idênticas à nós.
– E nós? Vamos ficar presas para sempre?
– Não. Seremos eliminadas.
Fico gélida.
– Eliminadas?
– Sim. Seremos mortas.
Meu rosto se contorce em uma expressão de puro medo. Ela assente e me surge uma dúvida.
– Como sabe?
– Lily.
– Ah... - imagino que a loira tenha esfregado na cara de todos aqueles prisioneiros, que seriam mortos.
"Kaito!" grito, em minha mente. "Kaito, venha logo!". Seguro lágrimas.
– Miku. - ela me chama novamente.
– Sim? - retorno com uma expressão vazia.
– Você tem medo de morrer?
A pergunta me pega de surpresa, mas, depois de pensar um pouco, respondo naturalmente.
– Acho que não. Eu só... - suspiro - Acho que não estou pronta para isso...
– ... Pra mim tanto faz... Morrer ou não. Eu sou apenas uma máquina. Mas, sempre que penso nisso... Por que fico assustada?
– Se sente assustada? - franzi as sobrancelhas. - Pensei que máquinas não sentiam...
– Sou uma pseudo-máquina. - ela se corrige - Era uma humana, mas sofri de algumas doenças e tive que ser complementada por máquinas.
– Hum... - assinto.
– Miku. Vai tentar fugir?
Fico em silêncio por um tempo, mas respondo, segura.
– Eu tenho certeza de que, meu herói vai me ajudar a fazer isso.
– ... Esse herói pode ajudar outras pessoas além de você?
– ... Acho que sim. - sorrio.
Ela retribui com um sorriso esperançoso. De repente, a porta se abre e alguns homens entram, arrastando alguém. Jogam-na em uma jaula próxima à minha.
Me arrasto e seguro as barras da minha prisão, tentando me aproximar para ver a pessoa.
– Vocês... - a voz dela treme e percebo que está chorando. - Por que estão fazendo isso?! Achei que ia ficar com você, Lily!
– Que pena, não? - vejo a loira rir, saindo da sala, acompanhada pelos homens de jaleco branco.
Foco na novata. Aparentava ter a minha idade, cabelos loiros, longos e ondulados. Vestido laranja e branco, com botões de MP4. Caixas de som presas ao cabelo, em formato de orelhas de gato. Botas e braceletes grossos nos pulsos. Muito bonita.
O choro da garota ecoa pela sala. Ela chuta as barras da jaula e grita por ajuda, tudo em vão.
– Garota! - grito, fazendo-a parar. - Não adianta. Eles não vão te soltar.
Acho que acabei soando fria demais, pois ela substitui os gritos por gemidos de um choro desesperado.
– Ah, tenha calma. - tento acalmá-la. - Tenho certeza de que... Vamos... Ficar... Bem... - minto, tentando escolher as palavras.
– Não, não vamos! - ela grita, entre soluços - Não sei como a Lily continua solta! Eu, que sou uma de terceira série, estou presa! Acho que ela é mesmo a favorita do chefe.
– Você conheceu o chefe? - uma garota na jaula, à minha frente e à esquerda da novata, se intromete.
– S... Sim. Fui criada com Lily, por ele.
– Tem conhecimento dos planos dele? - ela continua perguntado rapidamente, porém, sem expressão no rosto.
– ... Sim. - a novata adquire uma expressão séria.
– Como se chama? - entro na conversa, novamente.
– SeeU.
– E você? - me dirijo à outra garota.
– Yukari. Yuzuki Yukari. Terceira série.
– Eu sou Hatsune Miku. A primeira da segunda série.
– A primeira? - até quem não estava participando do debate pergunta, todos em uníssono.
– Sim. - sorrio - A primeira. Fugi quando tinha quatorze anos e meio.
– Eu tenho treze. - SeeU levanta a mão, mas é a única a revelar a idade.
– Bom, já que todos estão ouvindo, mesmo. - começo a dizer, ainda sorrindo. - Acho que temos que nos mover, certo?
–----------------------Len POV------------------------------------------------
Como já havíamos fugido dali, foi fácil chegar na empresa. Mas, antes, paramos em uma loja para comprar algumas coisas, que iríamos precisar.
Ao chegarmos no local da empresa, isolado, ficamos há alguns metros de distancia, para dividir os materiais que estavam na minha mochila. Assim se iniciara a primeira parte do plano.
Yuki e Teto de afastaram, pela lateral da empresa. De onde estávamos - Eu, Rin, Luka e Gumi - ainda dava para vê-las. Elas se aproximaram dos portões do lugar, sorrateiramente. Esperaram até que alguns homens de jaleco saíssem, sem muitas pessoas para pará-las, e agarraram dois deles pelas costas, tapando suas bocas. O plano se seguiu com mais um homem. Depois, já não vimos o que elas fizeram em seguida, mas, quando voltaram para o resto do grupo, estavam com três jalecos e as roupas dos homens.
– Tivemos que deixá-los nus e desacordados, hahaha! - Teto ria, mas Yuki parecia inquieta e corada. - Felizmente a Yuki faz artes marciais e sabe um golpe que os fez desmaiar!
– B... Bem. - a garota cora, mais ainda. - Eu só fiz isso, porque é para salvar a Miku-chan.
– Você fez bem, Yuki-chan. - aliso a cabeça da pequena, que achei que explodiria, de tão vermelha que ficara.
Eu, Luka e Rin vestimos as roupas. Mas, como as roupas são masculinas, não se adequaram aos corpos das garotas. Felizmente, Luka trouxe seu "inseparável" kit de costura, para emergências. "Tenho que parar de andar com garotas." Penso, enquanto Luka e Rin se trocam, já com as roupas ajustadas.
Quando estamos prontos, prendemos nossos microfones debaixo do jaleco e os fones nas orelhas, para nos comunicarmos. Depois que todos fazemos isso, nos reunimos em uma roda e encostamos nossas cabeças, umas nas outras.
– Talvez isso demore um pouco... - começo a dizer, trêmulo - Mas tenho certeza de que iremos trazer a Miku de volta, e afundar essa empresa de uma vez.
– Sim! - elas concordam.
– Gumi. - aperto a mão da garota, quando desfazemos a roda. - Confio em você.
– Pode ficar tranquilo. Apenas, faça sua parte.
– Você fala como se tivesse planejado tudo...
– Tem a ver com o que irei fazer, certo?
Sorrio e a abraço, rearrumando que confio muito nela. Ela retribui o abraço. Depois, abraço as outras meninas e elogio Yuki e Teto pelo bom trabalho até ali. Elas ficam animadas e dizem que tenho que me esforçar.
Rin está idêntica à mim, apesar dos ajustes nas roupas, seu corpo parece um pouco com o meu. Seus cabelos estão arrumados como os meus e ela imita meu jeito, enquanto nos dirigimos para a empresa e eu repasso o papel delas - Luka e Rin.
Entramos na empresa, nos separando e tentando nos misturar. Lá dentro, muitas pessoas corriam de um lado para o outro. Haviam alguns corredores que levavam a salas, com telefones e computadores. "Ao final, estavam SIM vasculhando a internet...". O local era grande. Algumas salas com placas dizendo "lab" ou "prisão". Será que Miku estaria numa dessas últimas?
Andando mais um pouco, percebo que há mais homens, do que mulheres, trabalhando ali. Acabo chegando à um lugar com muitas portas. Parecia uma espécie de hotel, haviam até algumas portas com plaquinhas de "não perturbe". "Será que os funcionários dormiam ali?". Dou de ombros e continuo andando, tentando achar a sala do gerente.
Acabo me distraindo, pensando nos momentos que havia tido com a Miku, e perdendo o rumo, ao andar. Sou trazido para a realidade, porque esbarrei em alguém. Com o impacto, só derrubado e a minha vítima, também. Essa, acabou espalhando alguns papéis e cadernos.
– Ah, me desculpe! - me desespero e recolho alguns papéis.
– Eu que peço desculpas! - ouço uma voz feminina responder e juntar os papéis, também. - Sou tão desastrada... Ainda mais com esses papéis bloqueando minha visão.
– Eu que estava distraído. Não precisa se desculpar. - entrego os papéis que recolhi, para ela.
– Ué, nunca lhe vi por aqui... - ela pisca, ao me ver. - É novo?
– Sim! - acabo dizendo rápido demais, mas ela dá de ombros.
– Parece tão novo... Tem quantos anos?
– Anh... - penso rápido - vinte e... Dois.
– Oh, deve ser o mais novo da empresa!
– Ah... É mesmo?
– Sim. - ela sorri. - Ah, a propósito, meu nome é Yon. Yuzuki Yon. Prazer em conhecê-lo.
Ela põe os papéis e cadernos no chão, estendendo uma das mãos para me cumprimentar. Aperto a mão dela e me apresento, também.
– Len. Houjo Len. - minto meu sobrenome.
– Len? Acho esse nome familiar... - fico gélido - Eu não te conheço de nenhum lugar?
– Com certeza não. - afirmo.
– Hum... - ela pega os papéis e se levanta. - Ia para onde?
– Estava procurando a sala do gerente.
– O que? - ela ri - A sala do gerente é do outro lado do estabelecimento. A empresa acaba bem ali.
Ela aponta para o paredão metálico atrás de si. Me sinto um idiota e levanto.
– Você é esquecido, hein? - ela ri - Esqueceu das orientações do chefe?
– Anh... Sim. - minto - Como eu disse, estava distraído.
– Claro... Bom, eu vou para o laboratório 4.2, que fica na direção da gerência. Posso lhe levar até lá, se quiser.
– Eu quero.
– Então, vamos lá! - ela entoa, mas anda atrapalhada por causa dos papéis tapando sua visão.
Me ofereço para carregar os empecilhos e ela concorda, então, pego metade dos papéis, liberando seu campo de visão.
Andamos bastante e conversamos um pouco, no caminho. Ela me contou que já trabalhava há dois anos, ali. Que amava música e que, por isso, tinha ido trabalhar ali.
– Fiz uma Vocaloid, série três, chamada Mayu. Ela é tão linda! Fico orgulhosa de ter feito aquela voz. E que voz!
– Não acha isso meio desumano?
– O que?
– Isso de trabalhar alterando vozes e tirando filhos de seus pais...
– Os pais ficariam orgulhosos. - ela dá de ombros - Estamos criando astros! E, além do mais, não há nada de mais em alterar vozes.
– Há sim. Você estaria mexendo com algo que pertence a outra pessoa...
– Afinal, porque veio trabalhar aqui? - Yon bufa.
– ... Preciso me ver alguém, novamente.
– Hum...
Conversamos sobre outras coisas até chegarmos à sala da gerência.
– Foi bom conversar com você, Len. - Yon sorri - Posso lhe visitar, em seu dormitório? Sabe... Mais tarde.
– C... Claro. - fico nervoso.
– Qual o número de seu quarto?
Fico nervoso e coloco a mão no bolso do jaleco, procurando uma chave ou algo parecido. Acabo encontrando um cartão, com números grandes. Presumindo que aquela fosse a chave de meu quarto, dito os números à ela, que memoriza cada um.
– 9996 - ela repete. - Tudo bem, até logo, Len.
Ela sai e entro na sala da gerência. A sala era pequena, com uma mesa redonda no centro. Papéis espalhados pela mesa e um homem preocupado que falava no telefone. Ao desligar, ele olha para mim.
– Posso ajudar? - um homem de cabelos loiros e jaleco branco se dirige à mim.
– Sim. - assinto. - Faltei no dia em que o chefe iria me dar os primeiros comandos. Poderia me ajudar?
– Claro. Quer que eu dê os primeiros comandos?
– Sim.
– Tudo bem. Siga-me.
O gerente me leva para um tuor pela empresa. Me apresenta os laboratórios, as prisões, que memorizo para checar, depois, os dormitórios e a sala do chefe. Ao final, ele explica o objetivo da empresa e me deseja boa sorte. Assinto e ele se afasta de mim.
Tento lembrar das prisões que ele me apresentou. Pego o pequeno microfone, dentro do jaleco, e trago-o para mim. Aperto o botão atrás do aparelho e falo, bem perto dele.
– Luka. Câmbio. Luka responda. Cumpriu sua parte?
Espero alguns segundo e meu fone de ouvido chia.
– Len. Sim, cumpri. E você? Já olhou alguma sala de prisões?
– Luka. Ainda não. Acabo de receber os primeiros comandos pois sou um novato.
– Hm... Tudo bem.
– Rin. - eu a chamo.
– Len? - ela responde.
– Onde você está, Rin?
– Len, estou no meu dormitório. Provavelmente você já sabe deles, afinal, recebeu os primeiros comandos.
– Rin, quero que vá para o quarto 9996 e me espere lá.
– Tudo bem.
– Gumi. - eu chamo a garota.
– Len. Estou aqui.
– Tudo bem por aí?
– Sim. Alguns homens saíram, mas nada de levar Vocaloids com eles...
– Continue atenta.
– Pode deixar.
Coloco o microfone no bolso do jaleco, novamente. Então, me dirijo ao meu dormitório.
Chegando na área de dormitórios, vou olhando para as portas, tentando achar o número 9996. Ando bastante, até chegar no quarto com tal número. Na frente da porta, há uma garota idêntica a mim.
– Rin. - falo, quando me aproximo. - Quero que se esconda aqui, tudo bem? Até que sua atuação seja necessária.
– Tudo bem. - ela dá de ombros.
Abro a porta, usando o cartão, deixando Rin entrar. Ao fechar a porta, dou de cara com uma garota de cabelos castanhos e curtos, óculos e olhos claros, jaleco e calça jeans. Yon.
– Olá, Len-kun! - ela sorri.
– Y... Yon. Olá.
– Esse é o seu dormitório? - ela aponta para a porta atrás de mim.
– S... Sim.
– Vamos entrar?
– N... Não!
– Ah... Por que não?
– Por... Porque... Anh... Está uma bagunça aqui dentro e... E... Eu.. - assumo uma expressão mais séria - Eu preciso supervisionar algumas prisões.
– Ah... - ela parece chateada. - Que pena... Então, amanhã?
– Claro. - assinto e a levo para longe dali. Depois, nos separamos e eu vou para alguma prisão.
Vou andando para o setor das prisões, indeciso. Precisarei olhar de uma por uma, pois não sei onde Miku está. Abro a porta de qualquer uma. A prisão 6.9. Adentrando um pouco, olho para as jaulas lá de dentro, uma por uma. Ao olhar todas e concluir que ela não estava ali, saio e parto para outra.
Adentro na 7.1 e vou olhando para as jaulas, até encontrar alguém que já conhecia.


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Notas finais do capítulo

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