I Surrender escrita por QueenD, Summer


Capítulo 8
Capítulo 8 - Assistindo Filme Com o Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Então... a gente demorou né hehe
Esse capítulo é para dar uma descontraída nas coisas.
Ele vai pra Isabela (Eu sei que você tá lendo isso u_u) e pra Alaina Madness Returns que mandou uma recomendação *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/285420/chapter/8

Capítulo 8 - Assistindo Filme Com o Inimigo

Tédio.

O que resumia o dia seguinte da minha pequena e desastrosa aventura.


Graças ao meu querido irmão, - sim foi tudo culpa dele, o fato de eu ter insistido para ir com ele não conta - eu estou de castigo. Mas a boa notícia é que ele também está de castigo e isso me animou um pouco.


Bem, recapitulando, depois de ouvir um sermão do meu pai sobre como eu agi errado, sim porque o Blake não tinha culpa nenhuma, era o pobre garoto influenciado pela mimadinha da Sophie, (Eu sei que foi isso que a Ashley disse para o meu pai) fomos para o hospital da cidade onde fui examinada e meu braço engessado.


E a propósito eu acabei com a greve de fome, não que eu quisesse, mas Blake deixou escapar “acidentalmente” que me vira na cozinha assaltando a geladeira.


Quase o acertei na cara com o gesso, o que provavelmente resultaria em passar mais tempo ainda no hospital, e eu odeio hospitais, além do que isso só ia piorar a situação com meu pai.

Então eu voltei a comer porque se caso não o fizesse meu pai tiraria meu computador e ainda cortaria minhas ligações para qualquer lugar e acredite, ficar nesse inferno que chamam de casa já é bastante ruim, imagine sem um computador e sem falar com Annie.


Depois de sairmos do hospital Ashley ficava dizendo coisas estúpidas para Blake que só faltava roncar ao meu lado no bando de trás.


Tudo que fiz depois foi dormir, dormir e dormir. Eu realmente não poderia continuar assim se não quisesse engordar.


Estava deitada na minha cama quando alguém bateu na porta e logo em seguida foi entrando, sem nem ao menos me deixar falar se podia entrar ou não. Só poderia ser uma pessoa.


– Escuta aqui, Blake, sai do meu quarto agora. Não quero ficar de castigo por mais uma semana. – resmunguei com a voz abafada pelo travesseiro.


Quando Blake não respondeu nada, levantei um pouco e olhei para porta vendo David parado na soleira com os braços cruzados, provavelmente pensando em mais uma forma de arruinar com a minha vida. O que não foi preciso, já que eu encontrava-me envergonhada o suficiente por ter confundido meu pai com Blake.


– Ah, veio me visitar em minha prisão? – Acho que estava aprendendo um pouco de sarcasmo com o idiota do meu meio irmão.


– Pare de drama, Sophie – Revirou os olhos – Escute, só passei para avisar que eu e sua madrasta vamos sair para jantar e vamos voltar tarde.


Estremeci só de pensar o motivo de meu pai e a vaca voltarem tarde.


– Você vai realmente deixar sua pobre e adorável filha sozinha nessa casa enquanto ela está debilitada?


– Blake também está aqui, você não vai estar sozinha.


– Nossa, melhorou muito – Revirei os olhos. - Nessas condições preferia estar sozinha.


Ele ignorou meus últimos comentários e se despediu rapidamente, descendo as escadas.


Depois de alguns minutos de mais ociosidade decidi sair do quarto um pouco, afinal eu não estava mais em minha fracassada greve de fome, então tinha de comer alguma coisa.


Não me importei em sair cantarolando desafinadamente do meu quarto até as escadas, provavelmente meu irmão drogado estava em seu quarto, ele passava a maioria do tempo lá, mas dei de cara com um Blake esparramado no sofá comendo salgadinhos, me olhando meio rindo, meio assustado. Ah, qual é, eu não era tão péssima cantora assim.


– Acho que acabei de descobrir um novo talento para o The X Factor – disse rindo. Já disse que odeio esse sorriso dele? Aliás, eu odeio todos os sorrisos dele.


Franzi o cenho tentando imaginar Blake vendo um programa como o The X Factor, o que era altamente improvável.


Decidi ignora-lo e ignorar esse pensamento, seguindo direto para a cozinha, abri um dos armários e peguei um saquinho de Ruffles. Quando me virei dei de cara com Blake escorado na porta com uma lata na mão.


– O que foi? Vai me seguir agora?


– Vim fazer o que qualquer pessoa faz quando quer beber alguma coisa – Ergueu a lata.


Fiz um ruído de desaprovação com a boca, e comecei a andar, voltando para meu quarto.


Quando passei pela sala estanquei no meio do caminho, vendo um corpo partido ao meio e ensanguentado no meio da tela da televisão. Blake estava vendo um filme de terror?


Blake passou por mim, esbarrando seu ombro no meu, mas eu continuei parada ali no meio do caminho, vendo aquela cena sangrenta bem no meio da enorme tela de plasma.


– Que filme é esse? – Finalmente perguntei.


– Não te interessa.


– Hm, de terror, certo?


Blake segurou o controle e virou-se para trás, onde eu encontrava-me.


– Se sabia, por que perguntou? – Revirou os olhos.


– Só pra confirmar. Mas já estou voltando para o meu quarto. – falei começando a subir as escadas.


– Espera aí, por que você não fica e vê o filme? – Mesmo de longe, ouvi o sarcasmo em sua voz.


– Vou ter que recusar, não posso ficar em uma presença tão detestável.


– Sabe o que eu acho? Que você está com medo!


Oooh. Virei para trás num pulo, saltando do primeiro degrau da escada que eu tinha subido. E lá estava ele me desafiando novamente.


– Você acha? – perguntei e ele assentiu com um sorriso de lado – Então, pois bem, dê play logo nesse filme que eu vou provar para você que eu não tenho medo de nada. Muito menos de um filme ridículo.


E lá estava eu agindo feito uma idiota novamente, aceitando um desafio, coisa que eu tinha certeza de que iria me arrepender depois, mas obviamente, não podia deixar passar um desafio. Ainda mais de um babaca como o Blake.


Sentei-me na ponta do sofá, bem longe de Blake e esperei que ele continuasse a ver o filme e me trouxesse um balde de pipoca, porém ele continuou parado me encarando.


– Vamos, a pipoca não faz estourar sozinha. – falei fazendo um gesto com a mão para ele andar logo.


– Como assim pipoca? Você está com um pacote de Ruffles na mão.


– Mas eu quero pipoca! E não tem como eu fazer, se você não se lembra, meu braço está engessado.


Blake bufou, olhou para a televisão, para mim, para a televisão novamente e depois para o portal da cozinha. Olhou feio para mim e se dirigiu para a cozinha pisando duro.


Sorri por de trás de suas costas e deitei me esparramando no sofá, não deixando nenhum espaço. Blake teria que ficar com o sofá menor, que pena.


Olhei para o espaço ao meu redor, surpreendendo-me quando notei uma prateleira cheias de livros e fotos. Fotos de David com Ashley, no casamento, em um dia comum, viajando para sei lá onde, em todas estavam sorrindo. Isso era irritante.


Lá também tinham fotos de Ashley com Blake, David comigo, fotos de quando eu era pequena, a baixinha com um redemoinho, – conhecido também como cabelo – na cabeça.


Ah meu Deus, Blake já havia visto aquelas fotos minhas? Ele iria me infernizar para sempre. Ao contrário dele nem sempre eu tinha sido uma pessoa pelo menos aceitável no quesito beleza, quando eu era pequena eu era horrível. Sério.


Quando iria tramar um plano para tirar aquelas fotos dali sem que ninguém percebesse, ele voltou com dois baldes de pipoca e me fuzilou com o olhar, mas não disse nada, apenas me deu um dos baldes e foi deitar no sofá menor.


Ele deu play no filme. Devo admitir que era muito assustador, sobre espíritos, mas não iria demonstrar medo, não na frente de Blake. Depois eu poderia ir para o quarto e dormir abraçada com meu ursinho Teddy.

A todo instante eu olhava discretamente para onde ele estava só para saber se estava com medo, o que eu via era uma coisa completamente diferente. Blake parecia se divertir ainda mais nas cenas mais fortes e a cada pequeno pulo que eu dava de medo, seus olhos brilhavam entusiasmados.


Confesso que fiquei com um pouco de medo dele depois disso, ele estava parecendo um assassino daquele jeito.


Quando o filme finalmente acabou e eu me senti livre daquela tortura, dei a Blake um olhar vitorioso como quem dizia: Nunca me desafie de novo. Ele continuava olhando para a tela, indiferente por eu ter ganhado a pequena aposta. Estranho.


Então me dirigi até a escada, ainda estranhando sua atitude, quando já estava chagando no topo, todas as luzes da casa se apagaram.


Isso nunca é um bom sinal.


Como sou uma pessoa muito corajosa fiz uma coisa muito inteligente: Gritei.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

[QueenD] Se tiver algum erro avisem.
Feliz ano novo e natal atrasado :3
[Summer] Gente, desculpa a demora. Alguém tem algum palpite sobre o que o David e a Ashley vão fazer pra chegar tarde? hehe
Hoje eu estava assistindo HSM, bons tempos aqueles. Sharpay era muito diva, minha inspiração ok? Zac Efron é muitooo gato, um dos meus maridos.