I Surrender escrita por QueenD, Summer


Capítulo 7
Capítulo 7 - Prisioners


Notas iniciais do capítulo

Leiam a fic da nossa amiga, Intense Love, eu to ajudando ela em alguma coisas, a história é legal, sério , leiam. (http://fanfiction.com.br/historia/295983/Intense_Love)



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Capítulo 7 - Prisioners

Acordei com um ser, também conhecido como Blake me cutucando, levei um tempo até assimilar o que estava acontecendo e perceber que estava no carro de meu pai, em uma rua muito escura e com uma dor insuportável em meu braço.

O que tinha acontecido mesmo? Certo, saindo de casa escondida, amigos do Blake, pista de skate, eu andando (Tentando) na pista de skate, eu caindo, Blake preocupado e depois eu desmaiada no carro.

Quando fui levantar meu braço para dar um tapa na mão de Blake, que ainda me cutucava, senti uma dor tão forte que o abaixei depressa controlando para não gritar. Provavelmente meu braço tinha quebrado. Ótimo, minha vida só melhora.

Olhei com uma cara de "O que diabos está acontecendo? Por que eu não estou em um hospital?" para Blake.

Ele deve ter entendido porque logo disse:

– Não dá pra te levar pra um hospital, eles iam desconfiar. Afinal o que dois adolescentes fariam às - Checou as horas no relógio no painel do carro. - duas da manhã fora de casa.

– Se vira, eu não mandei você me desafiar a descer naquela rampa.

– Você desceu por que quis.

– Eu desci por que você me desafiou. – Cruzei os braços só para deixar claro que eu estava com raiva. Nem preciso dizer que me esqueci do meu braço quebrado ao fazer isso.

Blake bufou e percebeu que essa nossa discussão infantil não ia nos levar a lugar algum.

– Certo, certo. Deixa eu ver como está seu braço. – Esticou a mão para pegar em meu braço.

– Que é? Agora virou médico? – Apertei os olhos o olhando cética.

– Só me deixa ver Sophie - disse entre dentes.

– Você vai é piorar! – Coloquei minha mão direita sobre meu braço esquerdo em um gesto protetor.

– Me dá isso logo. - Falou puxando meu braço e chagando perto de mim. Mais perto do que eu gostaria.

– AI AI!

– Está vendo é isso que dá ser teimosa.

– Se meu braço apodrecer e cair a culpa vai ser sua!

Onde foi aquele Blake preocupado e atencioso de alguns minutos atrás? Esse menino só pode ser bipolar.

Virei meu rosto para o lado oposto em que ele encontrava-se, contrariada, mas deixei que ele me “examinasse”.

Além de estarmos em rua abandonada correndo o risco de algum carro desgovernado bater no nosso carro, quer dizer, no carro do meu pai, ou algum assaltante aparecer do nada e acabarmos com uma bala no meio da testa, tinha que aguentar Blake mexendo em meu braço com a delicadeza de um dinossauro.

Quem sabe isso não era um plano da Ashley? Ela pode ter combinado com seu filho para ficarmos em uma rua abandonada como essa sem nenhuma testemunha para presenciar minha triste morte.

Parei de pensar na vaca da Ashley quando ouvi um barulhinho meio longe.

Franzi a testa tentando descobrir da onde vinha aquele barulho que aumentava cada vez mais. Estiquei o pescoço e virei a cabeça para trás, vendo um brilho vermelho e azul brilhando em um ponto não muito longe.

Ah, meu Deus! Se você acha que não pode piorar... Com certeza alguma coisa vai acontecer e pode ter certeza que não é boa coisa. Eu não era idiota o suficiente para pensar que aquele barulho de sirene era uma ambulância, não a essa hora e em uma rua como a que estávamos. Aquele barulho só podia ser uma coisa.

Sim, a polícia. Agora ferrou. Nós dois trocamos olhares aterrorizados.

E olha só que surpresa, a viatura parou no acostamento, bem atrás de nós e um policial desceu dela e deu duas batidas no vidro ao lado de Blake, o lado do motorista, por que eu obviamente não tinha condições, nem sabia dirigir.

– Oi. – Esse foi meu querido irmão retardado com um sorriso amarelo, ainda segurando meu braço. Fala sério, ele iria acabar estragando tudo.

O policial continuou nos olhando com uma cara desconfiada. Só então olhei melhor para nós dois e arregalei os olhos percebendo o que o policial devia estar pensando. Sabem quando eu disse que Blake tinha chegado perto de mais? Pois é. Ele encontrava-se realmente muito próximo de mim.

Dei um cutucão nele para que voltasse ao seu lugar, e foi o que ele fez, endireitando-se em seu banco.

– Documentação do carro e carteira de motorista, por favor. – Apesar da situação, eu soltei um suspiro aliviado por ele não ter falado nada a respeito de como estávamos segundos atrás.

Se era só isso que ele queria tudo bem, afinal o carro era do meu pai e eu sabia que ele guardava a documentação no porta-luvas e é claro que o Blake tinha carteira de motorista. Certo?

– Carteira de motorista? – Perguntou olhando diretamente para o policial como se não soubesse o que era uma carteira de motorista. AH NÃO ELE NÃO FEZ ISSO! Como esse irresponsável sai e dirige sem carteira, pior, comigo junto.

– Blake, pelo amor que você tem a vida, me diz que você tem uma carteira de motorista guardada em um dos bolsos dessa jaqueta. – disse controlando minha raiva.

– Bem, eu nunca precisei de uma. – sussurrou para apenas eu ouvir, embora eu tenha quase certeza de que o policial ouviu, ele seria surdo se não tivesse ouço.

Ok... Controle-se Sophie... Você não vai matar ele.

Eu juro que só não voei em cima dele porque a dor no meu braço me impossibilitava de fazer isso, além do mais, eu não queria ser acusada de agressão física já que tinha um policial na nossa frente, por mais que fosse uma boa causa.

– Sinto muito jovens, mas vocês vão ter que me acompanhar até a delegacia. – O policial falou com uma voz mecânica.

NÃO! NÃO!

Minha ficha criminal não podia ficar suja, o que iam falar de mim? Meu pai vai me matar! Vou desonrar a família Monroe. E que tipo de pessoa fala jovens? Nem David fala assim.

Claro que com Blake eu não me preocupava já que ele provavelmente tem antecedentes criminais.

Ele deve ter visto meu olhar de pânico, já que disse:

– Calma Sophie, vamos sair dessa.

– Vamos sair dessa? – Lancei à ele um olhar mortal. – VAMOS SAIR DESSA? NÃO TEMOS QUE SAIR DESSA, TEMOS QUE IR PARA CASA E FINGIR QUE NADA DISSO ACONTECEU!

– Quer parar de gritar? Ninguém aqui é surdo.

– É sua culpa estarmos aqui! – Parei de gritar, mas ainda falava em um tom alto.

– Você veio comigo porque quis! Ninguém te obrigou a vir.

– Argh! Eu te odeio.

– O sentimento é recíproco. – Sorriu sarcasticamente.

O policial pigarreou nos olhando de um jeito estranho. Qual era a dele? Cara chato.

Blake entrou na viatura e eu entrei depois. Adivinha onde estávamos. Isso mesmo, no camburão, como se fossemos criminosos. Nunca passei tanta humilhação na minha vida.

Durante todo o trajeto Blake como a maravilhosa pessoa que é ficou com a mesma cara séria e idiota de sempre, - aquela que ele fica parecendo um bad boy, estranho, eu sei – ele nem mesmo fez questão de me consolar, se desculpando por estarmos ali. Não que eu esperasse algo gentil vindo dele.

Entramos na garagem da delegacia e fomos guiados pelo policial que tinha colocado suas mãos em nossos ombros, como se a gente pudesse fugir ou algo do tipo.

Entramos numa sala onde só haviam bancos lotados de bêbados, travestis e uns caras que aparentavam ser de má índole. Foi aí que eu entrei em desespero e virei para o policial começando a chorar. Ok, eu não tenho orgulho disso, mas eu estava mesmo em pânico.

– Por favor, não me deixa ficar aqui, eu juro, juro que o senhor nunca mais vai ouvir falar de mim na sua vida. Me deixa ir embora, por favor. – Implorei segurando em sua camisa.

Blake me olhou de início chocado, e depois segurou o riso.

– Senhorita, me solte. – disse o policial olhando para minha mão em sua camisa.

– O que o senhor quer? Eu sou uma pessoa muito rica, se quer saber, me diz quanto quer para deixar que eu saia daqui?

– Você está me subornando? – Perguntou o policial, parecendo indignado, em seguida segurou meus pulsos, tirando minha mão de sua camisa e caminhou para o lado oposto ao que estávamos, entrando em outra sala.

Olhei para Blake, ainda chorando, ele encontrava-se encostado na parede e me olhando como se assistisse a um grande espetáculo. Como ele podia ficar tão calmo em uma situação dessas?

– O que os dois estão fazendo aqui, afinal? – Um dos caras com aparência de drogado, e que não parecia ter mais de dezenove anos, começou a falar – A garota não parece ter feito nada errado.

– É o que eu estou tentando dizer á ele. – Apontei para a direção em que o policial havia ido.

Sim, eu falei com o garoto drogado, não me julguem, eu não estava em meu perfeito juízo.

Agora, Blake tinha uma expressão séria, como se estivesse pensando alguma coisa. De novo daquele jeito que o fazia parecer um bad boy, não era tão ruim assim.

– Eu sei o que dois adolescentes cheios de hormônios estavam fazendo á essa hora. – Um dos travestis falou com um sorrisinho malicioso.

Corei e virei o rosto, esperando que Blake não tivesse visto o tanto que eu estava embaraçada.

Além de estar em uma delegacia no meio da noite, conversando com essas pessoas desconhecidas, ainda tinha que ficar envergonhada por causa de uma insinuação idiota.

Depois disso todos ficaram calados, olhando um para a cara do outro.

O policial saiu da sala onde estava e nos encaminhou para outra sala onde tinha um oficial, provavelmente o delegado.

– Então... Dirigindo a essa hora da noite sem carteira e parados na Peckham – Falou conferindo algumas anotações. O que diabo era Peckham? – Seus pais sabem disso?

– Não. – disse Blake, que era o que tinha mais condições para falar.

Eu achei que essas pessoas que mexem com bandidos fossem mais inteligentes. É claro que nossos pais não sabiam disso! Quem em sã consciência deixaria os filhos saírem a essa hora da madrugada, sem carteira para passear por Londres?

– Bem, nesse caso eu devo informá-los...

– NÃO! – O cara olhou com uma cara estranha para mim – Quer dizer, isso não será necessário, digo, quantos adolescentes já saíram sem carteira por ai e não foram punidos? – Ele arqueou uma sobrancelha. – Não estou dizendo que seu trabalho não é bem feito, afinal vocês ajudam a cidade, a população e...

Acabei falando tudo muito rápido, eu só queria sair daqui e voltar pra minha casa, quer dizer, a casa de Ashley e fingir que nada disso nunca aconteceu.

– Sophie, você não está ajudando. – Blake interveio, sussurrando.

– Bela tentativa mocinha, mas não vão se livrar dessa tão fácil, me passem o número de suas casas. – Blake passou o número da casa de Ashley, o que o delegado estranhou já que morávamos na mesma casa e não aparentávamos sermos irmãos – Bom, eu vou ali comunicar seus responsáveis e você controle a sua namorada.

– Mas nós não somos namorados!

– Que seja! – Me olhou feio.

Aguardamos mais um pouco à hora de nossa morte sentados em um sofá desconfortável. A cada minuto que se passava eu ficava mais agoniada imaginando a reação de meu pai ao me ver em uma delegacia junto de seu enteado.

O tempo se arrastava com eu quase dormindo e Blake do mesmo jeito, até que vi duas pessoas entrarem pela porta.

Uma mulher aparentando desespero por ter seu precioso filho em uma delegacia e um homem com uma expressão nada boa, quase soltando fogo pelas narinas pronto para acabar com a vida de uma certa Sophie.

– Blake. – Choramingou Ashley, correndo para abraçá-lo. Blake apenas virou-se, rejeitando seu abraço.

– Sophie. – Rosnou meu pai.

Agradeci mentalmente quando o delegado entrou em nosso campo de visão, evitando que o pior acontecesse comigo.

– Seus, hm, filhos foram pegos em um carro que creio pertencer ao senhor, o garoto estava dirigindo sem carteira.

Ashley soltou um grito e eu dei um pulo, assustada. Além de vaca é maluca.

– Blake, por que você é assim meu amorzinho? – Ela disse chorando. – Você poderia ser tão diferente.

– Mãe, não me enche. – Assim que Blake disse isso, Ashley soltou outro grito. Até o delegado olhou assustado para ela.

Depois de tudo, o policial deixou na minha ficha e na de Blake duas advertências. Olha só que legal, depois de me mudar para Londres já tenho até ficha criminal.

O trajeto todo para a casa de Ashley, meu pai ficou me dando bronca e obviamente me deixou de castigo, mas dessa vez não foi só eu, Blake também tinha se ferrado.

Não vou me esquecer de que nunca mais vou sair escondido com meu querido irmão.


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Notas finais do capítulo

[QueenD] Viram que depois que eu falei, a Summer tomou vergonha na cara e respondeu os reviews?
[Summer] Eu achei o capítulo o melhor até agora. Sophie se ferrou coitada mas ela não vai deixar barato e vai infernizar o Blake por conta do incidente.
Bem a Queen meio que sumiu do mapa, não deu notícias a semana toda! O título do capítulo foi ideia da Mary Crovenew porque eu sou uma pessoa muito criativa e não tive nenhuma ideia boa hehe
[Queen] Estou aqui e terminei o capítulo, é o que importa u_u