I Surrender escrita por QueenD, Summer


Capítulo 26
Capítulo 26 - O Seu Presente


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos que não estão bravos porque demoramos 1 mês pra postar, nada melhor que acordar ás 8:00 horas num sábado pra fazer faxina ♥
Não se esqueçam dos 30 reviews! :D



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Capítulo 26 - O Seu Presente

Eu olhava para uma prostituta com cara de quem ficaria com uns cinco garotos na festa. A maquiagem fortemente puxada para o preto e os cílios davam a impressão de que os olhos castanhos eram maiores. A saia do vestido quase não chegava na metade da coxa e este tinha um decote considerado gigante para os meus padrões, as mangas listradas em branco e vermelho eram caídas nos ombros. A frente era preta com cordinhas vermelhas passando, como se fosse um corpete.

Quando pisquei incrédula, a prostituta piscou de volta com a mesma expressão.

– Então era por isso que vocês não me deixaram ver como eu estava até estar pronta! - Virei irritada, parando de olhar para meu reflexo no espelho para fuzilar Violette e Melody que acariciava Félix em seu colo.

As garotas tinham combinado comigo de se arrumarem na minha casa e depois passariam a noite

– Sabia que ela ficaria assim - murmurou Melody.

– Pelo amor de Deus! - Violette levantou-se num pulo da minha cama. - Você está linda, pare de drama.

– Não estou não. - Franzi a testa virando metade do corpo para poder me olhar no espelho mais uma vez. - Parece que está escrito na minha testa "Quero pegar HIV".

Melody riu.

– Vai passar um batom vermelho. - Violette disse ignorando meu comentário.

– Vocês aproveitaram que eu não estava junto pra escolher essa fantasia de chapeuzinho vermelho.

Ok, a verdade é que no fim eu não consegui achar a estação que as meninas tinham ido pegar o metrô e depois de andar um cinco quarteirões fiquei cansada. O ânimo que estava sentindo quando sai correndo do vestiário tinha ido embora tão rápido quanto havia chegado. Liguei para John, pedindo que ele me buscasse. A única coisa que fez com que eu soubesse onde eu me encontrava foi a placa com o nome da rua perto da esquina.

Dentro do carro liguei para Violette pedindo para elas alugarem uma fantasia pra mim, depois eu pagaria. Lógico que deixei de fora os meus verdadeiros motivos quando ela perguntou genuinamente surpresa o porquê de eu ter mudado de ideia.

– Você está bonita, de verdade - falou Melody sorrindo.

Suspirei indo para a bancada do banheiro e passando o batom vermelho que encontrei no meio de tanta maquiagem.

– Onde está Milla?

– Provavelmente se agarrando com algum cara. - Violette disse com um sorriso malicioso.

Ergui as sobrancelhas amarrando a capa de seda vermelha no meu pescoço.

– É sério, uma vez foi o suficiente para ela decorar onde ficam os quartos da sua casa.

As três haviam ido uma vez lá em casa para fazermos um trabalho de sociologia (A única aula que nós quatro tínhamos juntas), foi na época em que Annie e Dallas ainda estavam em Londres. Lembro que Annie ficou com ciúmes, mas depois que começou a conversar com Violette e quando perceberam o quanto tinham em comum foi amizade instantânea.

O ciúmes voltou só quando Annie viu Dallas rindo de alguma coisa enquanto conversava com Milla.

– Que demora pra amarrar uma cordinha, Sophie. - reclamou Violette.

– Então vem aqui amarrar pra mim.

– Vocês não tem ideia do quanto a decoração está legal! - falou Milla entrando no quarto. Parou de falar quando me viu. - Nossa.

– Eu sei, estou ridícula.

– Não, é que eu nunca imaginei você vestindo alguma coisa assim. - As três trocaram um olhar cumplíce e eu revirei os olhos.

Eu só não trocava a fantasia porque essa era uma das minhas melhores chances de conseguir alcançar o topo do status social naquele zoológico que alguns se atrevem a chamar de escola. Também não tinha outra fantasia, a outra única opção era pegar um lençol e ir de fantasma. Óbvio que eu não ia fazer isso.

A decoração do corredor era simples e sinistra. As fotos da "família" tinham sido substituídas por outras com aspectos mais desgastados e portaretratos antigos. Ao longo do corredor estendia-se um tapete com manchas falsas de sangue e todo o chão estava repleto de folhas secas, então a cada passo dado fazia barulho. Candelabros com velas iluminavam o caminho até a escada e no final do corredor havia uma vitrola tocando música.

Uau, pensei admirada com a decoração, agora eu entendo porque todo mundo vem pra cá na festa de halloween.

Dois gatos pretos estava espreguiçados com suas caldas enroladas no corrimão da escada.

O som da música era alta e das pessoas conversando mais ainda. Quando terminei de descer as escadas, não conseguia enxergar quase nada. O que antes era a sala de estar tinha virado a pista de dança, com luzes coloridas que piscavam sem parar. O gelo seco impestiava todo o local.

Milla falou alguma coisa que não consegui escutar por conta da altura da música.

– O QUÊ? - Inclinei a cabeça na direção dela.

– VAMOS DANÇAR.

– Acho melhor não, eu não sou muito boa em dança e... - Antes de me deixar terminar a frase, as três começaram a andar para o meio da multidão. Não querendo ficar sozinha, as segui.

Espremendo-me entre as pessoas, tudo que eu consegui pensar foi que com certeza haviam pessoas de outras escolas ali. Aquele tanto de gente não poderia ser só do ensino médio da minha escola.

Olhando as três de costas, elas vestiam fantasias quase idênticas, com algumas diferenças nos detalhes e cor.

– Sophie!

Virei na direção da voz que havia me chamado dando de cara com Nate vestido de Capitão América. Prendi a respiração com vontade de rir.

– Ei! - Gritei tentando fazer minha voz ficar auditível com todo aquele som.

– Chapeuzinho Vermelho, hein.

- Que fique claro que não fui eu quem escolheu essa fantasia.

– Eu gostei - Nate sorriu me avaliando. - É sexy de um jeito fofo.

Revirei os olhos, tentando disfarçar minha vergonha.

– Mas e aí, onde estão os outros? - perguntei tentando mudar de assunto.

– Eles estavam pegando uma bebida agorinha. Ali. - Apontou para um ponto atrás de mim.

Ethan vestia uma fantasia de Jack de "O Estranho Mundo de Jack" e segurava a cabeça redonda e branca como uma lua. Ruby estava de costas, por isso consegui ver apenas o vestido minúsculo (Menor que o meu!) branco e rasgado, usava uma grinalda. Se eu havia tido vontade de rir ao ver Nate, a minha reação ao ver Jason com sua fantasia de bombeiro, rodeado de garotas, foi rolar no chão e ter uma crise de risos. Ele não usava nada além de uma cueca vermelha e uma espécie de suspensório, tipo aqueles que os bombeiros usam.

Prendi minha respiração quando meu olhar parou em Blake. Fiz a palavra que quase saiu da minha boca, que descrevia extamente como ele estava, permanecer apenas em meus pensamentos. Seu cabelo preto estava espetado, o rosto pintado no estilo zombie boy e os olhos azuis eram a unica coisa sem ser preto e branco nele. A roupa social o deixava tão bonito que eu não consegui para de encará-lo até Nate chamar minha atenção.

"- Não o deixe escapar por causa do seu maldito orgulho."

Balancei a cabeça na intenção de afastar a voz de Annie zumbindo em meu ouvido várias e várias vezes. Eu não precisava nem queria ficar pensando em coisas assim agora.

– Daqui a pouco você está se jogando em cima dele.

– Não faço ideia do que você está falando. - falei resistindo ao impulso de virar-me para olhar Blake.

– Claro. - Deu um sorrisinho malicioso. - E aí, já decidiu o que vai dar de presente para ele?

– Presente?

– É, acho que sei um presente que Blake iria gostar. - Ergueu as sobrancelhas sugestivamente.

– Ele tem é sorte de ter minha presença nessa festa. - Tentei ignorar a a intonação sugestiva na voz de Nate.

– Confesse, Sophie, juro que vai ficar entre só nós dois, você se vestiu desse jeito só pra chamar atenção dele?

– Óbvio que não! Por quê eu iria querer chamar a atenção dele?!

– Bem, não sei com ele, mas pode ter certeza de que conseguiu a atenção de outros garotos. - Inclinou a cabeça para mais perto, como se estivesse dizendo um segredo.

– O que você quis dizer com isso?

– Olha em volta de você e veja o tanto de garotos que estão te secando. - Ele pegou o seu celular preso no cinto de sua fantasia e olhou alguma coisa nele. - Tenho que ir, minhas , mas se precisar, o super Capitão América vem te salvar.

E com isso saiu com uma pose heróica tosca me deixando sozinha.
Foi só aí que eu me toquei que as meninas tinham me abandonado. Girei sob os calcanhares na esperança de encontrá-las. Meus olhos pararam novamente no grupinho de deliquentes, Nate não encontrava-se lá e Blake parecia muito ocupado rindo de alguma com outras garotas que eu não tinha ideia de quem eram.

A conversa no refeitório com Nate poucos dias atrás e ele falando sobre uma tal de Lindsey me fez lembrar que talvez ele não estivesse apenas me provocando. Talvez fosse uma meia verdade e a tal garota fosse uma daquelas conversando e rindo com Blake.

Por um minuto esqueci o meu verdadeiro objetivo e caminhei com os saltos do meu par de botas batendo com força desnecessário no piso. Passei pelo grupinho sem olhar na direção deles, indo direto para um balcão instalado com um monte de bebidas, como uma adega.

Corri os olhos pelos rótulos das garrafas e parei em uma escrita Arak, as palavras escritas em preto e o líquido lá dentro branco. Era a mesma bebida que Ruby tinha me desafiado a pegar na loja de conveniência. A abri e enchi um copo.

Escorei as costas no balcão, uma mão apoiada a outra segurando o copo. Eu sabia que eu estava com raiva por motivos que nem eu entendia direito. Se Annie e Dallas estivessem aqui, provavelmente eu não estaria bebendo em um canto sozinha.

Sabia que não iria ter lucro nenhum vir nessa festa. Eu podia estar em meu quarto aproveitando essa linda noite de sábado estudando, conversando pelo whatszapp com Annie, mas não, eu estava ali e nem sequer havia encontrado os populares.

Não sei quanto tempo eu fiquei ali, apenas observando as pessoas, ultrajada com o fato de que eu, Sophie Monroe, estava sozinha em uma festa.

Assim que pensei isso, o grupo composto por Mark, as garotas do vestiário e outros garotos saíam da área dos fundos. Um dos garotos falou alguma coisa e começou a andar em direção as bebidas.

– Droga, droga. - murmurei para mim mesma, terminando o resto de Arak no meu copo em um gole. A bebida desceu rasgando minha garganta.

Ajeitei meus cabelos o melhor que pude. Os cachos que Melody tinha feito nas pontas do meu cabelo tinham se desmanchado por ele ser muito liso.

A medida que o garoto aproximava-se consegui ver melhor sua fantasia de pirata. Acho que já tinha o visto antes, mas não lembrava seu nome.

Quando chegou perto o suficiente para eu ver que seus olhos eram verdes, nem mesmo direcionou seu olhar para mim. Prestou atenção em apenas ler os nomes das bebidas.

Apertei o ponto da minha capa de Chapeuzinho Vermelho onde ela era presa por um nó.

Fechei os olhos rapidamente e os abri, tomando coragem para dar em cima dele.

– Qual você acha que eu deveria pegar? - falei depois de me aproximar, inclinando um pouco sobre a bancada e deixando, propositalmente, o decote do vestido mais evidente.

– Eu gosto dessa. - Pegou uma com o formato funilado e o líquido dentro num tom entre vermelho e rosa. Estendeu pra mim.

Peguei a garrafa com um sorriso, tentando ser o mais sexy que eu conseguia (O que não era muito).

– Quer me fazer companhia? - Ergui um pouco a garrafa. - Não consigo beber tudo sozinha.

Seu olhar foi da garrafa para meu rosto e então desceu, mas logo voltou a me olhar.

Eu estava agindo como uma puta. Tudo isso na esperança de conseguir fazer parte do círculo social dos populares. Respirei fundo, eu conseguia fazer aquilo.

– Por mim tudo bem - Sorriu e sentou-se em uma das cadeiras altas. - Peter.

Apertei a mão estendida dele com um sorriso mínimo. Por dentro eu queria morrer de vergonha.

Sentei-me numa das cadeiras altas em frente ao balcão e Peter tomou a garrafa da minha mão, a abrindo e dando um gole direto do gargalo. Em seguida esticou para mim.

Eu só conseguia pensar com quantas garotas ele já deveria ter ficado só hoje e que não era nada higiênico eu beber direto do gargalo. Relutante, peguei a garrafa e bebi um gole, amaldiçoando a mim mesma por ter ideias tão idiotas.

Não sei quanto tempo fiquei conversando com Peter, só sei que pareceu um tempo longo e interminável. O garoto não tinha outro assunto que não fosse seus colegas do time de quaterback ou se gabar sobre quantas festas tinha ido só esse mês.

Toda vez que ficava o silêncio instalava entre nós, ele dizia algo idiota como "Já te falei sobre seiláquem? Ele veio pra festa e disse que conseguiria pegar dez meninas. Óbvio que eu falei que iria conseguir mais". Sinceramente, Peter devia ter algum problema de demência para falar para uma garota que ele - achava que - que além dela ia ficar, ou já tinha ficado, com outras dez?

Com o cotovelo apoiado na bancada, o corpo levemente inclinado na direção deste e a cabeça encostada na minha mão, eu não escondia meu tédio, mas Peter parecia não notar, continuando falar sem parar sobre assuntos que eu não me importava. Eu continuava repetindo em minha mente que aquilo era para um bem maior. Se eu conseguisse suportar aquele cara mais um pouco e conseguir fazê-lo me levar para onde seus amigos estavam, eu finalmente me enturmaria com os populares.

– Você está bem? - perguntou levantando as sobrancelhas. - Foi a bebida?

Não, foi o seu papo chato mesmo.

– Hum, não estou mesmo me sentindo bem. - Apertei os lábios, a voz um pouco arrastada. - Vou na cozinha ver se acho algum remédio.

Cheguei com dificuldade até a cozinha, empurrando as pessoas para conseguir passar. Eu iria voltar, apenas queria dar um tempo de Peter e daquele cheiro insuportável de cigarro. Não que o odor da cozinha estivesse melhor.

Por incrível que pareça, o local estava vazio, considerando o tanto de adolescentes na casa. Encostei-me no batente, entre a sala e a cozinha, vendo dois casais se agarrando.

A batida de música eletrônica ressonava em meus ouvidos e eu estava em um ponto entre sóbria e bêbada. Depois de beber dois copos de Arak mais a bebida que Peter tinha oferecido, considerei-me uma vitoriosa no quesito bebidas. Lógico que eu já havia bebericado bebida alcoólica, mas nunca tanto e por vontade própria.

Não desviei os olhos do casal mais próximo dentro da cozinha. Será que Blake também estava se atracando com alguma garota? Quem sabe com a tal de Lindsey.

Bufei para mim mesma.

Meu corpo foi puxado no momento em que eu suspirava, fazendo-me ficar sem fôlego.

Por uma fração de segundo achei que fosse Peter e me preparava para me afastar, mas aí percebi o rosto pintado perfeitamente e os olhos azuis. Meu coração disparou contra minha vontade e instintivamente afastei-me para trás. O que não adiantou muita coisa já que a parede estava atrás de mim.

– O que você pensa que está fazendo? - perguntei cerrando os olhos.

– Te encarando? - Ergueu uma sobrancelha.

– Você pode fazer isso mantendo uma distância segura de três metros. - Estava com raiva de Blake por motivos que não tinham lógica, como pensar naquela vadia se esfregando nele e ele deixando.

– Sabe o que eu estava pensando? - perguntou me ignorando e aproximando-se mais, uma mão apoiada na parede de cada lado do meu corpo. Me encolhi mais.

– Não e nem quero saber, por quê não vai contar para as suas amiguinhas?

Seu sorriso de lado aumentou.

– Você está bêbada. - Não era uma pergunta.

– Não estou, não!

– E também está com ciúmes. - disse divertindo-se da situação. E é isso que eu odeio em Blake, nunca sei quando está zombando de mim ou falando sério.

– Argh. - Empinei o nariz, decidida a não deixar ele perceber que aquela proximidade está me afetando. - Eu te odeio.

Tive a impressão de ver seu sorriso diminuir, mas foi tão rápido que nem se aconteceu mesmo.

– Então eu realmente deveria voltar para Lindsey. - Inclinou-se mais na minha direção e quando terminou a frase voltou para sua posição inicial, tirando as mãos da parede.

"- Não o deixe escapar por causa do seu maldito orgulho."

– Não! - Puxei a barra da manga do seu paletó.

"- É, acho que sei um presente que Blake iria gostar."

Me impulsionei contra Blake, fazendo-o cambalear um pouco para trás. Minha boca encostou-se na dele com uma força que fez meus dentes baterem.

Percebi que meus olhos encontravam-se abertos quando me deparei com a expressão de surpresa no rosto dele. Temendo algum tipo de rejeição, cerrei as pálpebras, como se ficar de olho fechado fosse ajudar de alguma forma.

A rejeição não veio. Na verdade, depois que o choque passou, Blake me empurrou até eu estar encostada novamente na parede. Nossos lábios mexiam-se com uma pressa e voracidade exagerada, mas eu gostava. Seu hálito era uma mistura de cigarro, bebida e menta. O meu não devia estar muito diferente, tirando a parte do cigarro.

Suas mãos foram para a parte de trás das minhas coxas, me puxando para cima até eu estar praticamente em seu colo, apoiada pela parede. Cruzando meus pés atrás da sua cintura, o trouxe para mais perto, se é que era possível.

Tudo acontecia tão rápido que eu não tinha nem tempo para me censurar por ser tão atirada ou pensar na posição que estava no meio de uma festa, com pessoas olhando. Também não queria pensar nisso, agora eu estava dando o meu presente para Blake.

Minhas mãos que agarravam seus ombros desceram para seu antebraço e depois braço, sentindo seus músculos sob o tecido do paletó, depois subiram refazendo o trajeto. Em um gesto averso a todas as minhas atitudes, e que em uma situação em que eu não estivesse um tanto bêbada, tateei ás cegas sua gravata e afrouxei seu nó.

Afastei a cabeça para trás, inclinando-a um pouco para cima em busca de ar. Sem me dar tempo para expirar, desamarrou o laço que prendia a minha capa em meu pescoço, a fazendo ficar presa entre meu corpo e a parde. Em seguida beijou meu queixo, maxilar e distribuiu beijos por todo o meu pescoço. Mordi os lábios, tentando impedir o gemido que queria escapar (Meu Deus!).

Abri os olhos um pouco, conseguindo distinguir apenas algumas coisas na cozinha. Minha visão estava coberta por pontinhos coloridos, meus lábios estavam dormentes e eu sentia que teria um infarto por conta da velocidade dos meus batimentos cadíacos. Eu nunca havia beijado alguém daquele jeito.

Sedenta pelo seu beijo, trouxe seu rosto com uma das minhas mãos para a altura do meu e atacando outra vez sua boca. Bagunçava seu cabelo, puxando os fios enquanto seus dedos brincavam com a barra do espartilho, esbarrando em minha pele, deixando minha pele arrepiada. Acho que ele percebeu esse detalhe, pois sorriu. Não o seu característico sorrisinho de lado, mas sim um sorriso de verdade. Ou o quanto um sorriso pode ser verdadeiro durante um beijo.

Estávamos prestando atenção apenas em nós mesmos, tanto que não nos demos conta de que alguém estava entrando na cozinha (Além dos outros casais que já estavam lá) até Ashley estar parada no portal, entre a sala e a cozinha, virada para nós.

– Ah, me desculpem, eu não sabia que haviam casa... - Estancou a frase no meio quando nos reconheceu. - MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

Olhei desesperada para Blake. E quando reparei em seu estado, mesmo em um momento como aquele senti vontade de rir da sua cara borrada com batom vermelho.


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Notas finais do capítulo

[QueenD] Quem leu aquele capítulo 69? Mais polêmico que mamilos.
Só pra esclarecer, porque nele falava que o capítulo 26 era o último da fic, não, o capítulo 26 não é o último, até porque acabar uma fic assim seria muita sacanagem huehue
[Summer] Aaaaaaaa! Capitão América é mtttttt divo hehe. Hmm quem diria, Milla pegadora. Eu imagino o Peter como aquele carinha que fez o filme do Peter Pan (Jeremy Sumpter). Minha professora mandou a gente ver um filme sobre a ditadura, ai a gente foi ver ontem. Pensa num filme chato senhorrr de Deus, a imagem daqueles filmes antigos, o som horrível e não dava pra entender nada e o único cara gato que tinha no filme ainda morre #meresso.