I Surrender escrita por QueenD, Summer


Capítulo 13
Capítulo 13 - Quem é Você?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo muitooooooo tenso, barracos de família.

Obrigada pela recomendação diva da Alana Moreira *---*

A gente quer recomendar pras directioners que acompanham a fic, uma história da nossa amiga só que ela tá postada no anime http://animespirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-idolos-one-direction-they-dont-know-about-us-464687.



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Capítulo 13 - Quem é Você?

Peguei meu secador e coloquei na tomada começando a secar meu cabelo. O cheiro de sais de rosas exalava pelo banheiro.

Finalmente tinha chegado em casa e tomado um banho decente, tirando toda aquela tinta pegajosa e nojenta do meu corpo. Ainda estava de luto pela perda dos meus lindos sapatos Jimmy Choo, mas talvez o vestido ainda tivesse salvação. Pelo menos foi o que a empregada falou.

Meu estômago roncou e eu lembrei de que já eram cinco horas da tarde. O horário de saída normal da escola é às duas e meia, mas com toda a confusão da tinta saí de lá quatro horas e fiquei mais uma presa no trânsito no banco de carona de Jason. Não foi assim tão ruim. Ele tinha um gosto aceitável para músicas e ficamos conversando todo o caminho.

Vesti uma roupa qualquer colocando por cima um casaco começando a sentir o frio da noite de Londres chegando.

Com o cabelo ainda úmido desci as escadas indo para um cômodo da casa que eu conhecia bem. A cozinha.

Quando cheguei na cozinha encontrei um pote cheio de biscoitos casualmente deixado perto da geladeira e comecei a comer todos os biscoitos. Aquilo era realmente muito bom, tanto que eu tinha me esquecido da promessa que tinha feito para mim mesma de parar de comer muito.

– Isso é a melhor coisa que eu comi na minha vida. – disse abocanhando mais um biscoito amanteigado com gotas de chocolate.

A porta da frente abriu e fechou-se num estrondo fazendo com que eu fosse para a sala, ainda comendo um biscoito, querendo ver quem tinha chegado.

Dei de cara com um Blake carrancudo que me olhou feio quando percebeu que eu estava por perto. Óbvio que eu não perderia a oportunidade de estressá-lo mais um pouco. É claro que eu percebi que ele não gostou nem um pouco do fato de Jason ter me deixado em casa, e é claro que eu iria usar isso para deixa-lo mais irritado.

– Finalmente apareceu, fiquei seriamente preocupada com a possibilidade de Ashley ficar louca querendo saber por que você demorava tanto, pensei que ela iria ligar para a polícia mandando procurarem você pela Europa inteira.

Blake nem ao menos me deu atenção, seguindo direto para as escadas.

– Ainda bem que Jason me trouxe em casa, se dependesse de você eu estaria lá até agora – Continuei falando como quem não quer nada.

– Então vai encher a paciência do Jason. - disse rudemente.

Ele realmente está nervoso, e isso é ótimo.

– Boa ideia! Você tem o número dele?

Blake parou no terceiro degrau e virou-se para me olhar. Antes de eu entrar em seu campo de visão dei um sorrisinho.

– Pensei que você já tivesse o celular dele, já que estão tão íntimos.

– Não deu tempo de eu pegar o número dele, estávamos muito ocupados fazendo coisas mais interessantes, – Dei de ombros e sorri por dentro vendo que estava conseguindo irritar Blake. – mas você se recusa a me fazer esse imenso favor, vou ligar para o Nate e pedir a ajuda dele.

– Você também está dando em cima do Nate? - perguntou com uma expressão estranha.

– Eu não estou dando em cima do Nate. Sinceramente, que tipo de pessoa você acha que eu sou? - falei indignada - Ele é legal, nem sei como ele anda com você.

– Eu realmente não estou com ânimo pra aguentar seus comentários infantis hoje Sophie - falou passando as mãos pelo cabelo.

– Eu sou a infantil? Não fui eu quem ficou jogando pessoas inocentes em uma maldita piscina de tinta! - disse cruzando os braços e o olhando com raiva. E lá vamos nós para outra briga.

– A culpa não é minha se você é uma pessoa amargurada que não tem o mínimo senso de humor. E pelo que eu me lembro, você me puxou junto para a piscina e eu não estou resmungando como uma velha pelos cantos.

– Mas eu não sou você, e daí se eu fico resmungando? Pelo menos tenho senso de realidade e o que aconteceu naquela quadra mostrou o quão irresponsáveis são os alunos daquela maldita escola! E você não sabe nada sobre mim! - Nessa hora eu já estava gritando.

– Sei muito mais sobre você do que você mesma! - Ele também estava gritando, e acredite, a voz dele fica muito assustadora assim.

Ele tinha descido os três degraus e agora estava mais perto de mim, gritando perto do meu rosto.

– Cala a boca! Você diz que odeia a Ashley, mas sempre que acontece algum problema corre atrás da mamãezinha! Não passa de um filhinho da mamãe.

– Eu sou filhinho da mamãe? – Riu sarcasticamente. – Sophie, olhe para você e me diga quem depende do pai ou da mãe aqui.

– Pelo menos eu tenho um pai! - Tá legal, eu admito que eu peguei pesado, já percebi que Blake tinha problemas com relação ao seu pai e nunca ouvi nem ele nem Ashley falarem algo a respeito.

Ele vacilou por um momento, piscou os olhos que agora me encaravam com mais raiva ainda.

– Antes não ter um pai do que ter um pai como o seu!

– Não fale mal do meu pai!

– Você mal conhece aquele homem, não sabe do que ele é capaz.

– Pode parar com isso Blake! Não aguento mais essas indiretas! Me diga logo o que elas significam.

– Você nunca se perguntou o por que desse casamento repentino?
Foi a minha vez de vacilar. Sim, eu tinha me perguntado isso várias e várias vezes, mas nunca cheguei a uma que tivesse o menor sentido. Bem, a não ser pela vez em que eu cogitei (e ainda penso assim) que a vaca tinha manipulado meu pai para casar com ele e apossar do seu dinheiro.

– Provavelmente algum golpe da sua mãe. – Revirei os olhos. Tem alguma coisa errada. Quem eu quero enganar?

Ele balançou a cabeça, seu olhar parecia menos raivoso e eu poderia dizer que ele quase sentia pena de mim. Pena por que exatamente?

– Pergunte pro seu pai se confia tanto assim nele. Ele vai lhe falar a verdade.

– O que? Meu pai chegou de viagem? – Franzi a testa me perguntando por que David não tinha vindo falar comigo.

– Ele não é um ótimo pai? Deveria ter vindo falar com você. – Ergueu as sobrancelhas com um ar de “Eu te disse”.

Será que Blake tinha razão? Se bem que até agora ele não havia dito o motivo de meu pai não ser quem eu penso.

Balancei a cabeça. Eu não podia levar a sério o que Blake falava. Não podia.

Se eu não acreditava nele, por que tinha medo de ir até meu pai ou perguntar para o Blake mesmo o que meu pai supostamente escondia de mim?

– Ele não falou comigo por que deve estar muito ocupado. – Mentira!

– Claro, é exatamente isso.

Blake virou-se começando a subir novamente as escadas. Agarrei sua camisa.

– Por que meu pai não é quem eu penso? – disse baixinho.

O sorriso dele era de puro escárnio, seus olhos azuis brilharam com a ideia de poder finalmente contar alguma coisa que queria há muito tempo. Minha mão afrouxou-se de sua camisa e pendeu ao lado do meu corpo.

– Ótimo. – Inclinou-se para frente. – Só não vá chorar como uma garotinha depois.

Não falei nada. Eu queria mesmo ouvir o que Blake iria dizer?

– Acho que você tem maturidade o suficiente para saber que não é um golpe da Ashley. – Revirou os olhos como sempre faz quando eu faço alguma coisa idiota. – Você nunca se perguntou o motivo de David ficar dias fora de casa? E você sabe que não era só por causa do trabalho, sua mãe também sabia.

Escorei na parede sentindo como se pequenas rachaduras estivessem abrindo-se sob meus pés.

– Sabe onde ele estava? Passando os finais de semana com a vagabunda que insiste em me chamar de filho. Meu pai ainda morava conosco, mas esses dois, eles destruíram nossas famílias, Sophie. – Sua voz era um chiado nervoso.

– O que? – Balbuciei olhando diretamente para Blake.
– Eles têm um caso desde que éramos crianças! Tudo pelas costas do meu pai! – Suas mãos apertaram-se em punhos. – Se eu pudesse a matava.

Minha visão ficou embaçada e eu soube que iria chorar. Pela segunda vez desde que chegara da França e pelo mesmo motivo. David e Ashley.
Meu pai, meu pai, o pai que eu conheço não faria isso. Ele amava a minha mãe! Ele amava.

Eu sabia que o garoto na minha frente não estava mentindo. Sua raiva era tão visível que eu podia apalpá-la, ele parecia mesmo capaz de matar Ashley. Então essa era a causa dos problemas familiares de Blake?

– Você, como... – Minha voz saiu rouca e não consegui pronunciar mais do que essas duas palavras, comecei a chorar, exatamente como Blake tinha falado para eu não fazer.

– Depois que sua mãe, você sabe, morreu pareceu que finalmente os dois tinham tomado vergonha na cara e sentido o mínimo de culpa, mas não durou muito tempo, logo os dois voltaram a se encontrar.

O jeito que ele falava da morte da minha mãe, do caso de David e de Ashley me fez chorar mais ainda. Alto e barulhento, exatamente como uma criança.

– Blake! O que você pensa que está fazendo? – Uma voz fina e que nunca me deu tanta vontade de vomitar falou no topo da escada.

Ashley vestida num robe de seda começou descer a escada seguida pelo meu pai. Isso fez meu choro aumentar.

– Contando a verdade!

– Você não devia ter feito isso!

Gritos, socos, tapas e mais gritos. Eu não conseguia mais prestar atenção no que acontecia. A raiva e surpresa de Ashley e David foram a confirmação que eu precisava para saber que tudo que Blake tinha me dito era verdade.

Meu pai tinha traído minha mãe!

Antes que eu pudesse pensar direito, já abria a porta da sala deixando toda a confusão para trás e entrando na noite fria de Londres.


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Notas finais do capítulo

[Summer] Eu que sou uma pessoa muito diva, derrubei água no meu pc e consegui queimar a bateria hehe, agora eu to no pc da minha mãe que é mttt estranho

Ps: Até hoje não aprendi a postar o capítulo direito

[QueenD]: A Summer pesa 47 kg :( Af, essa vadia magrela.

[Summer] Não vem não Queen que vc tbm é magrela