The Torment Of A Sacrifice escrita por Emo de Nome Estranho


Capítulo 30
Evaporação e a Voz da Razão


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, é o Thiago. E sim. É o Thiago mesmo. Não a Cris...Sério, é o Thiago. O Thiago. Thi. Jegue de Carga. Cacatua Particular. Thiago...Cara, isso ta parecendo a Emo enrolando...Enfim, sou eu(Thiago)!
Oi povo!



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P.O.V: Thiago

–Calem a boca! –falei pela milionésima vez

–Querido, eu já disse que nem toda a água do oceano vai acabar com a minha quentura! –disse o Pedro para o Baka.

–Calem a boca! -repeti

–Na verdade, Pedrito, -a Laura disse - a água poderia sim acabar com a sua quentura, mas é que eu sou tão quente, mas tão quente, que faço a água evaporar antes que ela chegue a você.

–Laura, de que lado você está?- o Pedro perguntou ofendido

–Do meu, é claro! –disse Baka –Eu sou a voz da razão!

–Calem a boca!

–É, cala a boca! –rebateu o Pedro –O filho de Atena aqui é o Thiago!

–É isso aí! A voz da razão sou eu –falei –Por isso... CALEM A BOCA, MERDA!E... Ei, cadê o Renato?

–AI MEUS, DEUSES! –Baka berrou –A FILHA DE AFRODITE EVAPOROU MEU IRMÃO!

–EI! –Pedro apontou para ele –CUMÉ A HISTÓRIA, HOMI?!

–Viram?- a Laura sorriu –Eu disse que sou quente! A voz da razão aqui sou eu!

–RENATO! –berrei –NÃO ME DEIXE SOZINHO COM ESSE POVO!

Senti uma coisa agarrada a minha perna.

–Eu tô aqui!

Olhei para baixo e o Renato estava lá, vestido de cenoura e enfiado em um buraco que ia cavando enquanto andava.

–Mas da onde saiu essa roupa menino?! –Baka perguntou

–E você veio cavando enquanto andava por todo esse tempo?-Laura perguntou –Ai, que lindo! Ele não mede esforços para emagrecer! É assim que se faz, viram seus gordos?!

–Eu assaltei um cara vestido de cenoura ali atrás. –Renato respondeu –Vai que o Coelho da Páscoa me confunde com a sua cenoura mágica?!

–Você assaltou um cara?...-Eu o encarei

–Cenoura mágica?-Laura o encarou –Isso emagrece?

–A Páscoa já passou, menino! –Baka gritou

–LARÁPIO! –berrou uma voz desconhecida.

Olhamos para trás e vimos um cara enrolado em um tapete de “Bem Vindo” , correndo até nós.

–PEGUEM ESSA CENOURA!

–Ferrou –falamos em uníssono, olhando para o Renato que sorriu e piscou os olhos verdes

Eu, Pedro e Laura nos entreolhamos:

–CARRERA DESEMBESTADA DOS INFERNOS MODE ON!

Agarramos o Renato e o Pedro o jogou por cima dos ombros enquanto corríamos.

–PEGUEM ESSES DELINQUANTES! –berrava o cara que o Renato roubara

–ME PEGUEM!-berrava o Renato –EU VOU MORRER! O OMBRO DELE É DURO! MINHA BARRIGA! AI! SOCORRO! SEQUESTRO DE CENOURA!

–A GENTE NÃO TÁ TE SEQUESTRANDO, BOSTA! –Baka berrou

–VAMÔ QUE VAMÔ, PEDRITO! –Laura gritava –QUEIMA DE CALORIAS! 1, 2!...1,2!

–LAURA, PARA COM ISSO!- O Pedro berrou

–PEGUEM ESSES LADRÕES DE FANTASIA!

–1,2...!1,2!- Laura continuou

–DEUSES! COMO ESSE MENINO PESA!

–FIQUEM QUIETOS E CORRAM, SEUS BOSTAS!-Baka gritou

–PORQUE EU SOU UM BOSTA?! –Renato começou a chorar

–MENINO! –Baka repreendeu –TU É NOVO DEMAIS PRA FALAR “BOSTA”, BOSTA!

–1,2...!1,2!

Corremos por um bom tempo, gritando e chamando toda a atenção do mundo, até que deixamos o cara alguns minutos para trás e nos enfiamos em uma vitrine de loja, fazendo poses escrotas e fingindo sermos manequins. Algum tempo depois, o cara passou por nós e olhou a pequena cenoura virada de costas que era o Renato. Ao lado dele, Baka começou a se mexer de um lado para o outro roboticamente enquanto cantava:

–Coelhinho da Páscoa o que trazes para mim? Um ovo, dois ovos, três ovos, assim! Coelhinho da Páscoa, que cor eles tem? Azul, amarelo e vermelho também!

O cara deu de ombros e foi embora.

Começamos a rir.

–E você ainda diz que não é um Baka. –falei

–Ei! Eu fui o único que pensou em alguma coisa! Salvei a nossa pele seus...Seus Bakas!

Saimos da vitrine e encontramos um lugar para nos escondermos para o caso do cara resolver voltar.

–Tudo bem. –Baka apontou para cada um de nós –Isso não está levando a lugar nenhum. Precisamos nos organizar e...

–Ei! –protestei –A voz da razão não era eu?

–Na verdade, -Laura me olhou –A última a ser declarada como voz da razão aqui fui eu.

–Você se autodeclarou A Voz Da Razão! –Baka reclamou

–E você também! –ela devolveu

–Então a voz da razão sou eu –falei –Por que o Pedro me apoiou!

–Não é justo! –o Pedro choramingou –Eu também quero ser a Voz Da Razão uma vez!

–Fiquem todos calmos! –Renato ergueu a palma da mão – Thiago, qual é o plano?

–O que é isso, menino? -Baka perguntou – Quer ser a voz da razão também?

–E eu não sou?-ele perguntou, piscando os olhos.

–Claro que não! –Pedro o disse –Você é mais Baka que o Baka!

–Na boa, -Baka chamou –Vocês me chamam assim por que não lembram o meu nome, não é?

Era, mas eu neguei:

–Claro que não! Óbvio que eu lembro seu nome!

–E como é? –ele perguntou

–É...Ferdinando!

Baka bateu na própria testa.

–Deixa de ser burro, Thiago! –Pedro disse –O nome dele e Felizardo!

–Felizardo? Ele? –Renato perguntou. Baka o fulminou com o olhar. –Tá, me calei.

Como eu me arrependia de ter achado aquele menino normal...

–Jumentos...-Laura nos disse –O nome dele é Feurijimoto!

Olhamos para a cara dela:

–Ele foi apresentado a um de vocês dois? –perguntei

–E quem sabe? –Pedro perguntou

A mão de Baka desceu pelo seu rosto com força, forçando os olhos para baixo, o que teria dado uma ótima foto para o nosso mural de fotos queima filme se tivéssemos um.

–Não se preocupe, Baka. –Renato o abraçou –Eu lembro seu nome! É Fernando!

Baka sorriu para ele, passando um braço em volta do corpo pequeno do irmão para abraça-lo. Ele nos encarou como quem diz “Viram? Esse vai para o Céu!”.

–Ei! –reclamei –Eu passei perto!

–Mas não acertou!

–Aff –bufei –Tá, tá. Voltando ao plano. O que fazemos?

–A voz da razão não era você? –a Laura perguntou

–A última a ser proclamada voz da razão não foi você?-perguntei de volta

–Na verdade...A voz da razão era o Baka. –ela levou a mão ao cabelo

–Era o filho de Apolo aí que queria se candidatar! –Baka acusou

–Agora ninguém quer ser a voz da razão não é? –Pedro perguntou –Deixem comigo! Deixem comigo! Eu vou pensar em um plan...Não...Deixem comigo não!

–GENTE! –Renato gritou –PARA! A MINHA IRMÃ PRECISA DE AJUDA!

–Ai gente... –Laura agarrou as bochechas do menino –Eu quero um desses! Pedro, podemos ficar com ele?

Baka puxou o irmão:

–Sai! Ele é meu!

–MAS EU QUERO!

–Você vai evaporar o meu irmão!

–E DAÍ?!

–ELE É MEU!

–EU TAMBÉM QUERO! –Pedro berrou

–Gente, gente! –Renato chamou –Eu sei que eu sou lindo e tals, mas a Cris ainda precisa da gente. Então vamos sentar e pensar em um plano, todos juntos!

Laura me cutucou:

–Se ele não fosse a cara dos irmãos e você dos seus, eu ia dizer que trocaram vocês lá no Olimpo.

–Mas a mãe dele não é...

–Calado!

Sentamos em círculo e começamos a rabiscar um plano tosco na areia.


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