Se assustou e virou – se fitando o livro no chão , mas o telefone a despertou . Tocava sem parar , e como sabia que Hiashi estava em casa , fingiu não ouvir.
- HANAAAAABI , vá atender esse telefone ! Oras , você não está ouvindo ? Eu estou ocupado agora ,não me faça levantar para ir atender. E se for pra mim ,diga para ligar depois . Depois ! – repetia as palavras gesticulando com as mãos .
Hanabi desceu as escadas correndo , e chegou ao telefone cor azulada . Era pesado , e relativamente grande para uma criança de sua idade . Pegou o com cuidado e pôs nos ouvidos , jogando para fora um ‘’ alô ‘’ abafado .
- Hanabi...
- Sim , sou eu . Quem está falando ?
- ...
- Alô ?
- ....
- Está ai ?
- ....
- Por favor , se estiver responda . Quem está ai ?
- SOU EU , sua boba ! Enganei você direitinho hein ? – Uma voz zombeteira ria do outro lado da linha .
- Hã... Konohamaru – san ?
- É .
- Porque ligou ? – Na verdade ela queria perguntar como ele sabia o seu número . Mas a pergunta sofreu distorções em sua mente e foi isso mesmo .
- Porque ... temos um trabalho para fazer . Você foi embora e foi dividido os grupos , você ficou no nosso . Eu , você , Udon e Moegi .
- Ah , bem , nós vamos ...
- Vamos fazer terça – feira , e eu espero que você esteja lá . Tchau !
Ele desligou deixando a ouvir o silêncio do telefone . Ela o colocou no gancho, mas talvez não poderia ir terça –feira , Hiashi com certeza não a deixaria .Voltou para o quarto , e deitou – se , dormiu até o outro dia . Era sábado , seu aniversário . E com certeza o dia estaria melhor , as coisas estaria melhores e as dores não estariam presentes .
A manhã estava melhor que nunca , e o sol lá fora era radiante , brilhava , e dava gosto de sentir na pele. Os olhos fechados , e as mãos procuravam o despertador .
- Ei , Hanabi -saaan !
Ela acordou , mas assustada e sentou - se na cama . Estava com um pijama discreto , e sorriu ao ver o primo .
- Feliz aniversário ! - ele pegou um pacote e deu para ela .
Ela o abriu com cuidado , era pesado , e grande , estava dentro de uma caixa com certeza , tentou descobrir , não conseguiu , rasgou o papel e abriu a caixa .
- Um abajur ! - surpreendeu -se.
Neji sempre lhe dava uma boneca no aniversário ou em outras datas , sabia que ela gostava , e agora dava -lhe um abajur . Era muito bonito . Com a base azul escuro e encima uma camada branca que cobria a lampâda . Mesmo assim Hanabi agradeceu , sorrindo realmente satisfeita e porque parecia ter sensações boas para aquele dia . Seria verdade ?
Depositou o abajur na cômoda . E recebeu parabens de Hinata e Hiashi que carregou a filha no colo , dando -lhe um beijo no rosto .
- Vamos sair , para comprar as coisas do seu aniversário . - disse Hinata que parecia mais feliz naquele dia . Era um dos únicos dias do ano que ela era agradável com Hanabi .
- Vou ficar sozinha ?
- Não iremos demorar . - Hiashi beijou -lhe a testa novamente e a colocou no chão , mas percebeu seu olhar entristecido .
- Vou estudar .
- Que milagre , estudar em um sábado no dia do seu aniversário . -surpreendeu - se o pai .
- Para passar o tempo mais rápido . - deu um sorriso de leve e subiu .
- Ela não anda estranha nos últimos dias ? - questionou Hiashi para Hinata .
- Anda reclamando de dores de cabeça .
- Bom , iremos no médico semana que vem , ando cheio de coisas . -olhou o relógio .
E assim os dois foram embora deixando Hanabi sozinha . Ela prendeu os cabelos em um rabo de cavalo , e ficou sentada olhando para o abajur que Neji havia dado para ela , invés de estudar . Desligou a luz do quarto e acendeu o abajur , ficou ouvindo a canção doce e as luzes de estrelinhas e luas .Mas viu as luz apagar . De início pensou que havia faltado luz , mas ele ficava acendendo e apagando , ela acendeu a luz do quarto e o abajur caiu no chão , quebrando - se em mil pedaços . Ela correu para a cozinha , e pegou algumas coisas para limpar , mas a porta do quarto trancou sozinha não deixando - a entrar. Ela bateu várias vezes e ela não abriu . Começou a ficar nervosa , já que não havia tranca por dentro . E a casa estava escura , para não ficar com medo acendeu a luz , mas pôde ver a sombra dos seus sonhos . Aquela sombra , ou vulto que estava a incomodando toda vez que dormia , aparecia sempre em seus pensamentos e possiveis pesadelos . O vulto passou por trás dela , tocou -lhe a mão , e seu coração batia forte , disparado . Passou a mão no rosto e o sangue escorria pelo nariz , tentando tirar acabou por esfregar mas , o sangue vermelho que já estava alcançando seus lábios .