Love Is All You Need escrita por Lojas PEVOAI


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Sim eu sei, eu sou um ser humano terrível. Desculpa por demorar tanto gente, se é que alguém se importa com essa fanfic mesmo



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POV Annabeth

− Ah... Vocês estão com um problemão.
Acordei com a voz da Thalia. Espera, Thalia? Abri os olhos e percebi que eu estava deitada no chão com o Percy do meu lado, ou melhor, eu estava praticamente em cima dele. Levantei-me tão rápido que fiquei meio tonta.
− Nós não fizemos nada − eu disse apressada.
− Nós adormecemos acidentalmente. − disse o Percy.
− Exato − concordei.
− Eu não perguntei nada. − Thalia disse, aparentemente divertida com a nossa situação − afinal, o que você está fazendo aqui? − ela perguntou para o Percy.
− O que você está fazendo aqui? − perguntei me virando para ela.
− Como assim?
− Geralmente você sempre se atrasa para a escola, você odeia acordar cedo.
− Mas não é cedo. Annabeth, são meio dia.
Meus olhos se arregalaram instantaneamente. Quer dizer que eu perdi um dia de aula? Um dia? Inteirinho? De aula? Eu não me reconheço mais.
− Espera, se são meio dia − comecei − você não deveria estar na escola?
− E você não deveria estar sem nenhum homem na sua cama?
Ela me encarou com aquele sorriso divertido de alguém com sérios problemas. Infelizmente ela tinha a razão.
− Nós terminamos essa conversa depois Grace. Caí fora do meu quarto.
Thalia riu e se virou para a porta. De repente ela vira e tira um papel do bolso e joga ele em cima do Percy, que a essa altura estava de pé do meu lado.
− A propósito, sua mãe deixou esse recado para ele.
Ela foi embora e bateu a porta com um sorriso malicioso.
− O que será que tem aí? − Percy perguntou.
− Não sei! O bilhete é para você! Leia!
Ele pegou o papel e o desamassou. Nele tinha escrito: "Garoto, eu não sei quem é você, mas... Fique longe da minha filha. Atena Chase".
− Olha que boa notícia! Sua mãe gosta de mim! − ele disse com sarcasmo fazendo um sinal de positivo.
− Ah, cale a boca. Ela só está estranhando o fato de sua filha ter passado a noite com um estranho. O único garoto com quem eu já dormi é o Luke.
Não espera, isso soou estranho. É... Pela cara que o Percy fez eu não deveria ter dito isso.
− Luke é? Bom saber...
− Ok, mas agora não é hora para isso. Eu tenho um assunto bem pior para tratar, eu faltei um dia na escola!
− Oh meu Deus! Isso é o fim do mundo! O que você vai fazer?
− Eu sei! Isso vai prejudicar... Ah, isso foi sarcasmo.
Percy sorriu dando de ombros. Como a mãe dele aguenta um ser tão irritante? Ele colocou uma mão na minha cintura e a outra ele usou para tirar uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e foi se aproximando lentamente. Permaneci parada de braços cruzados.
− Eu acho bom você escovar os dentes antes de pensar em fazer alguma coisa.
− Eu também acho que é uma ótima ideia! − ele falou envergonhado.
Troquei de roupa, escovei os meus dentes, dei uma escova de dente nova para o Percy depois de ele ter pedido para usar a minha e mostrei a ele o banheiro. Percy apareceu usando umas roupas que o ex-namorado da minha mãe tinha esquecido na nossa casa. Pena que as roupas eram estilo anos 1980 com jeans largos e um suéter desbotado azul.
− Você está uma gracinha vestido assim. Parece que, saiu de um episódio de Friends.
− Haha. Eu acho que estou lindo − ele respondeu claramente envergonhado.
− Eu estava pensando em fazer macarronada, o que você acha?
− Acho que ficaria uma delícia, vindo da melhor cozinheira do mundo.
Nossa, nem um pouco puxa-saco.
− Você sabe que eu não tenho muitos dotes culinários certo? Está vendo aquela mancha preta na parede? Fui eu que coloquei fogo na casa, tive ajuda da Thalia, mas foi basicamente minha culpa.
− Uau... Me deu uma vontade de almoçar fora, o que você acha?
− Eu acho que não importa o que eu faça, você vai comer − falei dando uma volta na cozinha para procurar os ingredientes − e você vai dizer que estava uma delícia.
Eu até poderia dizer que o Percy estava me ajudando e fizemos a macarronada na metade do tempo. Mas não, ele ficou lá sentado comendo bananas e jogando o cabelo molhado para trás dizendo que deveria ser mais bonito que o John Travolta nos tempos da brilhantina. Quando tinha terminado tudo pedi (obriguei) ao Percy que arrumasse a mesa e começamos a comer.
− Tá, eu não quero me gabar, mas essa é uma das melhores macarronadas que eu já fiz!
− Tem razão! Isso aqui está uma delícia!
Eu não sei se ele estava falando a verdade ou se estava com muita fome, porque aquele já era o terceiro prato garoto tinha um buraco no estômago. Acho que ele estava no seu terceiro prato de macarronada sem contar com todas as bananas que ele tinha comido.
Quando terminamos Percy se ofereceu (foi obrigado) a lavar os pratos, o que me deu tempo para fazer uma ligação para minha mãe.
− Mãe?
− Oi filha.
− Sobre o Percy... Eu juro que não fizemos nada, é que estava tarde e aí...
− Não filha, está tudo bem − pelo tom dela era claro que não estava − só tome cuidado para que isso não se repita.
− Ok mãe... Te vejo depois.
Eu iria levar uma surra. E se minha mãe visse o Percy ainda por aqui ele seria um garoto sem capacidade de reprodução.
− Então... O que nós vamos fazer agora? − Percy perguntou.
Nós? Você ainda quer sair depois de tudo que fizemos ontem? Você tem uma casa sabia?
− Ah eu sei, mas eu não gosto de ficar em casa.
− Por quê? Seu padrasto te bate? − perguntei com ironia.
− Sim. Não... Não.
Olhei séria para ele.
− Além do mais, hoje faríamos uma programação mais calma, que não envolvesse nenhum tipo de invasão. Ou algo do gênero.
− E o que você tem em mente?
− Ué, vamos ser um casal normal e ir para o cinema.
− Eu não estou a fim de ir até o cinema para assistir um filme.
− Tudo bem, nós podemos alugar um em uma locadora aqui perto.

Não vou mentir, estranhei um pouco o fato de ele ter nos chamado de "um casal". Por acaso ele acha que só porque eu o beijei (em um ato de pura precipitação) nós já temos alguma coisa? Talvez, mas as coisas não são tão rápidas assim.
Fomos até a locadora mais próxima, não sem antes parar na loja “Sweet on America” para comprar doces azuis para o Percy, parece que estou saindo com uma criança.
− Bem, aqui estamos. Que filme você quer ver?
− Ainda não acredito que estou aqui com você − falei rolando os olhos.
− Vamos, tem filmes bem legais aqui.
− É... Acho que podemos assistir aquele alí.
− Lincoln, sério que você quer assistir esse filme?
− Que foi? Ele foi nosso querido presidente!
− E só por curiosidade... "o nosso querido presidente" − disse Percy fazendo aspas com os dedos − envolve ataques alienígenas? Ou um apocalipse zumbi?
− Humm me deixa pensar... Não.
− E o que envolve então?
− Caçadores de vampiros.
− Vampiros que brilham?
− Não mesmo.
Percy se virou calmamente e pegou o filme na prateleira.
− Então vai ser esse mesmo!
Fomos para o caixa. A atendente era uma mulher de um metro e meio com uma sombra azul mal feita nos olhos que mais parecia que ela tinha levado um soco. Ela olhou a capa do filme e depois para nós.
− Esse filme tem censura para quatorze anos. Precisamos de comprovantes de que vocês são maiores de quatorze anos.
Olhei para a mulher atônita. Isso só podia ser uma piada. Eu nunca fui baixinha, poderia passar tranquilamente por alguém de 18 anos, Percy o mesmo.
− Ah... Senhora não trouxemos nada que possa comprovar nossa idade − olhei para o Percy e ele concordou.
− Lamento, mas só autorizamos a locação de filmes com censura para pessoas com comprovantes.
− Senhora, olhe para nós! − disse Percy colocando as duas mãos no balcão − Não temos cara de quem é maior de quatorze anos? Eu faço a barba!
− Parabéns senhor, mas essas são as regras.
− Hã... Percy.
− Tudo bem Annabeth, eu resolvo isso − Percy se virou novamente para a atendente − Olha, eu deixo você encostar no meu rosto. Está liso e macio.
− Me sinto muito honrada senhor, mas...
− E você sabe por que ele está liso e macio... Ashley? − continuou Percy depois de uma rápida olhada no crachá da mulher.
− Está escrito Audrey. Meu nome não é Ashley.
− Eu lhe fiz uma pergunta, Ashley.
Ela fechou os olhos e respirou fundo.
− Não senhor, eu não sei.
− Está liso e macio porque eu fiz a barba! E sabe quem não faz a barba, Ashley?
Silêncio.
− Isso mesmo! Garotos de quatorze anos!
− Senhor eu vou pedir que o senhor se retire.
− Não! Isso não será necessário − eu falei puxando o braço do Percy − né, Percy? Vamos.
− Não! Eu vim até aqui para alugar um filme e é isso que eu vou fazer!
− Ai, está bem − eu disse me virando para a atendente − não tem mesmo como alugarmos esse filme?
− Lamento senhora, são as regras. Mas vocês podem alugar qualquer outro filme sem censura.
− Ok obrigada, vem Percy.
Fomos até a sessão de filmes infantis e eu me senti humilhada. Percy parecia maravilhado.
− Procurando Nemo! Oh temos que assistir esse! Não espera... Toy Store 3!
− Percy! Não podemos alugar esses filmes! − falei em tom reprovador.
− Porque não? − ele perguntou fazendo bico enquanto segurava mais Rei Leão, Monstros SA e outros.
− Não podemos, por que... Porque eu já assisti esses.
Ele sorriu novamente e voltamos a procurar um filme. Olhei um filme que eu nunca tinha assistido e uma ideia divertida me veio à cabeça.
− Por que está sorrindo? − perguntou Percy.
− Ah nada... É que achei que você definitivamente não iria querer ver esse filme.
− Qual filme?
− Tinker Bell 3, Os Segredo das Fadas!
Pensei que ele iria rir de mim, mas ele arrancou o filme de minhas mãos e o analisou.
− Nossa! Eu ainda não vi esse! Vem, vamos alugar!
Ele me arrastou pela mão até o balcão. Ashley/Audrey não parecia nem um pouco feliz em nos ver. Alugamos o filme passivamente e voltamos pra casa. A única coisa estranha foi que Percy não soltou a minha mão e fomos assim quase o caminho todo. Até que perto da minha casa, eu já estava achando isso muito estranho e tentei me desvencilhar de sua mão em uma tentativa falha. Achei que seria estranho apenas puxar a minha mão, então fingi espirrar e coloquei as mãos nos bolsos. Seria uma jogada de mestre se eu não tivesse tropeçado e pegado na mão dele para não cair de cara no chão e de novo ele não soltou minha mão.
Quando chegamos em casa, Percy correu para colocar o filme. Eu só acho que alguém está um pouco (muito) empolgado com esse filme. Peguei um cobertor para nós.
− Vem Annabeth! As fadinhas já estão aparecendo!
− Que viado − murmurei enquanto me aconchegava no cobertor.
− O que disse?
− Que barato!
Se ele acreditou eu não sei, mas pareceu não se importar. Percy passou seu braço pelos meus ombros e eu fui obrigada a me encostar nele. O filme começou e eu pude perceber uma coisa: eu não tenho mais 10 anos. Assistir aquilo era quase uma tortura, tudo parecia tão tosco. Estava começando a achar que não deveríamos ter alugado aquele filme, Lincoln seria uma escolha bem mais sensata. Mas eu não poderia dizer o mesmo sobre Percy, ele ria de todas as piadinhas e às vezes ficava emocionado. Depois de descobrir que a Tinker Bell tinha uma irmã gêmea eu resolvi dormir até o final do filme. Encostei-me no ombro dele e dormi instantaneamente. De vez em quanto eu acordava com uns comentários do Percy como "Fica logo com ela Terence! Eu não aguento mais essa tensão sexual". Parece que alguém estava gostando do filme mais do que o esperado. Finalmente o filme acabou.
− Quer chorar agora, Percy?
− Não... − ele disse com uma carinha triste.
− Eu sei que você quer.
− Sabe o que eu quero? − ele perguntou com um sorriso torto.
− Não, o que?
− Você.
Eu iria começar a rir e falar que era uma ótima piada, mas ele estava sério. Meu Deus ele realmente falou aquilo? Não creio, é... Clichê demais. Ele me beijou e eu não consegui me afastar. Ele era um cara realmente especial, quer dizer, que tipo de cara faz isso? Passar uma noite inteira num quarto com uma garota sem tentar fazer nada, ou passar uma tarde inteira longe da escola assistindo um filme infantil? Ou ele era o cara mais doce do mundo ou era gay. Duvido que ele seja gay, então fico com a opção do cara doce o que eu não poderia rejeitar.
− Percy... − eu disse quando percebi que já estávamos deitados no sofá.
Ele olhou nos meus olhos e depois para meus lábios com seus profundos olhos verdes e eu me entreguei a outro beijo. Uma parte de mim queria se levantar e dizer que não era certo, porque éramos de lugares diferentes, mas a outra parte dizia "fica calada e aproveita!".
− Seus beijos parecem cada vez melhores − falei estupidamente.
− Eu faço flexão labial − respondeu.
− O que?
− Nada!
Eu estava com uma mão em seu peito pronta para empurrá-lo, mas eu pensei "ah que se dane". Ainda não acreditava que estava "pegando de jeito" um dos caras mais desejados daquela escola. Mas um pigarro me trouxe de volta a realidade.
− Mãe? − perguntei quando vi aqueles olhos cinzentos nos encarando, e pelo visto ela não apareceu para nos oferecer biscoitos.
− Vejo que você, Sr. Jackson, prolongou mais um pouco sua estadia aqui. E está com a mão na perna da minha filha.
Minha mãe usava uma saia preta com uma blusa laranja, sapato de salto alto e seu cabelo escuro amarrado em um coque. Minha mãe era uma mulher muito simpática, mas quando ela queria conseguia ser muito assustadora e séria e esse era, infelizmente, um desses momentos. Eu já perdi a conta de quantas amigas minhas deixaram de vir na minha casa dizendo que tinham medo da minha mãe. Eu nunca tinha "apresentado" um namorado meu para a minha mãe, ela acha que eu sou muito nova para ter um namorado, mas eu sei que ela só não quer que eu cometa o mesmo erro que ela: engravidar com a minha idade, 15 anos.
− Olá Sra. Chase, é um prazer revê-la.
− Vejo que você, Annabeth, faltou a escola hoje. Você tem alguma coisa a ver com isso Sr. Jackson?
− Claro! − respondeu ele apressado − isso foi totalmente minha culpa, sua filha é uma ótima aluna.
− Uma má influência para minha filha?
− Eu? Não! Isso tudo foi culpa dela! Ela me forçou a fazer tudo!
− Percy!
− Eu acho melhor você ir embora garoto. Talvez eu esqueça esse nosso "encontro" e ficaria feliz em tê-lo para o almoço no sábado.
− Seria adorável Sra. Chase, obrigado.
Com esse último comentário, Percy se despediu e foi embora. Minha mãe estava sentada no sofá tomando calmamente uma xícara de chá.
− Devo me preocupar com ele?
− Não. Porque ele não é meu namorado.
− Entendo − ela deu mais um gole − e você beija todos os seus amigos? Imagino o que você faz na casa do Jason.
− Mãe! Ele é só... meu... hã...
− Eu realmente gostei dele. Você viu a cara de medo dele! Ha! Adoro ser má! Faz bem para a pele.
− Mãe! Você fez aquilo de propósito?
Ela remexeu no saquinho de chá pendurado na xícara.
− Talvez...
− Você é impossível.
Eu disse indo para o meu quarto. Antes de sair pude ver um sorriso nos seus lábios. Minha mãe é estranha.


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Notas finais do capítulo

Soo... O que acharam? Uma pergunta: Vocês acham que os capítulos são muito grandes? Que eu enrolo muito pra chegar direto ao ponto? Ás vezes eu acho que a leitura fica muito tediosa, se vocês concordarem comigo eu vou mudar as coisas para não ficar muito maçante de ler aqueles enoooormes parágrafos.



Eu preciso muito da Casa de Hades .-.



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