Feeling Alive escrita por TrustNoBitch


Capítulo 8
Great Plans


Notas iniciais do capítulo

Eu acho que esse foi o melhor capítulo que eu já escrevi, não sei a opinião de vocês! Espero que gostem.



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“Ei, Kurt...” Foram minhas primeiras palavras quando acordei na manhã de segunda feira. Eu tinha passado a noite em claro pela ansiedade que me consumia. Queria que meus sentimentos fossem extravasados, liberados o mais cedo possível. E eu tinha um plano para que isso acontecesse.

“Bom dia, milady” Ouvi a voz dele soando como resposta. Mas eu estava tão cansada que eu só queria pedir logo o favor e ir me arrumar.

“Eu queria te pedir um favor, espero que não seja demais para você” Mordi meu lábio inferior com medo de que ele recusasse. Mesmo sabendo que não importasse o quão difícil fosse, ele iria me ajudar.

“Pode falar. Tudo pela minha melhor amiga, lembra?” Então eu sorri e expliquei metade do plano:

Ele teria que levar Quinn ao telhado da escola. Sim, a parte dele seria mais complicada do que a de outra pessoa que eu estava esperando que ajudasse. Porque talvez Quinn se recusasse a ir, com aquele jeito cabeça dura que ela tem se mostrado ultimamente. Mas por outro lado, se ele falasse que eu estava envolvida nisso tudo, ela até se desse por vencida.

Desliguei o celular e fui fazer minha higiene matinal. Muito mais lenta do que normalmente. Parecia que eu estava com a pior ressaca dos últimos tempos. Me olhei no espelho e vi um zumbi. Dei uma gargalhada um tanto que idiota com esse pensamento macabro.

Vesti a primeira roupa confortável que encontrei em meu armário e desci as escadas numa velocidade maior e quase caí no último degrau, fazendo meu pai levar um susto e me dar assistência. Logo eu disse que estava bem e ele concordou em me deixar andar sozinha.

Comi alguma coisa, troquei palavras com meus pais e fui para escola. Repassando cada parte do plano em minha mente. Parte um já foi realizada, número dois em andamento e assim vai.

Quando percebi, já estava sentada próxima á Santana e Brittany na aula de inglês. Elas estavam cochichando algumas coisas maldosas, que felizmente não eram sobre mim, e fazendo carinho uma na outra. Mas me forcei a não fazer contato visual.

Essa aula nunca havia sido tão longa, até porquê eu sempre gostei de assistir a ela. Enfim o sinal tocou, escapuli da sala o mais rápido possível e até reparei Quinn me procurando. Tentei me esconder e sucedi. Ela desistiu, parecendo frustrada, e foi em direção ao refeitório. Parte dois do plano em andamento.

Perguntei a algumas pessoas se elas tinham visto Puck em algum lugar e uma delas me apontou o banheiro masculino mais próximo. Olhei pra porta, suspirei e agradeci.

Eu estava determinada a persuadi-lo a me ajudar e ele iria. Caminhei até o banheiro e entrei, como se não houvesse nada de errado com isso. E, graças a Deus, só Puck se encontrava lá. No mictório, sorrindo, enquanto olhava para suas coisas. Tão arrogante, tão...

“Puckerman!” Gritei, e o vi dando um salto ao ouvir minha voz. Ele se ajeitou o mais rápido que ele pôde, fechou o zíper de sua calça e se virou pra mim.

“Mas que porra é essa, Rachel?” Ele parecia indignado. Eu ri um pouco por causa de sua reação. Era constrangedor, até pra ele, ser pego no estado em que ele estava.

“Eu preciso de um favor seu...” Puck cruzou os braços, me encarando, me esperando prosseguir. Só que eu não o fiz.

“É claro que precisa. E o que é?” Ele andou um pouco até mim, parando a alguns centímetros. Seus olhos presos nos meus, me desafiando. Talvez.

“Quero que você toque violão pra mim. Digo, não pra mim. Me acompanhar. Entendeu?” Ele assentiu. Continuei: “É só você tocar enquanto eu canto e eu fico te devendo essa. Vê se me encontra nas escadas indo pro telhado quando o último sinal tocar.”

“Tudo bem. Você me convenceu quando disse que ficava me devendo uma.” O sorriso estampado em seu rosto era tão malicioso que me deu náuseas. Revirei meus olhos e dei as costas pra ele, empurrando a porta. Me lembrei de uma última coisa que devia ser dita.

“E, Puckerman...” Ele se virou pra mim novamente. “Lave as mãos antes de pegar no violão, ok?”

---

Não encontrei com Quinn em nenhum tempo, não tive nenhuma das aulas com ela. E isso ajudou muito as coisas, porque talvez isso me fizesse hesitar sobre minha escolha de “declaração”.

Quando o último sinal bateu, recebi uma mensagem de Kurt dizendo que já estava com Quinn e que estava tentando persuadi-la a subir com ele. Blaine estava o ajudando. Mandei um “ok” e fui de encontro a Puck.

Óbvio que eu havia mandado a cifra e a música pra que ele escutasse e pudesse aprender antes. Então ele estava lá, sentado em um dos degraus da escada segurando seu violão no colo. Kurt e Blaine já estavam subindo com Quinn, então nos apressamos e nos preparamos. Tocamos um pedacinho da música pra ver se tava tudo certo e de repente ouvi uns gritos vindo da porta da escada.

“KURT! Eu já entendi! Me solta! Eu não vou descer correndo!” Quinn, tentando se soltar das mãos de Kurt. Por um instante passou pela minha cabeça que ela devia ter tentado fugir há alguns segundos atrás.

Os passos ficaram mais próximos e logo vi sua pele clara brilhando por causa do sol. Seus óculos escuros foram parar no topo de sua cabeça, depois que ela parou de reclamar e me viu a observando.

Puck começou os primeiro acordes e poucos segundos depois, minha voz o seguiu:

Do do do do do do
Do do do do do do
Do do do do do do

Ela me olhava, sem entender. Talvez porque havia reconhecido a música. Blaine havia se sentado em um canto e Kurt ao lado dele. Os dois nos assistindo como se fosse um show.

Today I’m laughing the clouds away
I hear what the flowers say
And drink every drop of rain
And I see places that I have been
In ways that I’ve never seen
My side of the grass is green

Oh, I can’t believe that it's so simple
It feels so natural to me

If this is love then love is easy
It's the easiest thing to do.
If this is love, then love completes me
Cause it feels like I’ve been missing you
A simple equation,
With no complications to leave you confused.
If this is love, love, love,
Oh, it’s the easiest thing to do

“Parem!” Quinn ordenou. Seu cenho estava franzido. Me senti uma idiota por ter prosseguido com esse plano.

Blaine e Kurt, que estavam sorrindo e se divertindo com a música, agora estavam questionando a atitude de Quinn.

“O que isso tudo significa, Rach?” Ela perguntou, se aproximando de mim. Um arrepio percorreu minha espinha. Concluí que ela não estava brava, nem tinha odiado minha opção musical. Mas sim, ela tinha entendido todas as palavras que saíram de minha boca.

“Você entendeu, Fabray. Eu sei que entendeu.” Ela piscou uma vez, ergueu a sobrancelha e deu o sorriso mais sedutor que eu vi na vida. Eu queria tanto beijá-la. “Eu te amo, Lucy Quinn Fabray, e essa foi a melhor maneira de te dizer isso.” Sussurrei em seu ouvido, deixando todos os seus pelinhos da nuca arrepiados.

“Eu também te amo.” Ela respondeu, enquanto sua boca se encontrava encostada na minha bochecha.

Acariciei seus cabelos, enquanto sentia suas mãos caminhando pelos meus quadris e então ouvi a voz de Puck:

“Acho que está na hora de ir, crianças.” Se referindo a Kurt e Blaine. Os três saíram porta a fora, me deixando sozinha com Quinn.

Os lábios de Quinn desceram até meu pescoço e começou a fazer seu trabalho ali e eu sabia que iria deixar uma marca enorme. Mas eu não me importava. Levantei seu rosto pelo queixo e encontrei seus lábios com os meus. Ignorá-los a manhã toda foi uma luta, mas algo me parou. Um gosto estranho, forte, em seu hálito. E eu já sabia o que era.

“Quinn.” A encarei, com superioridade. Ela não devia ter feito isso de novo. “Você voltou a fumar?” Ela pareceu um pouco desesperada para achar uma resposta inteligente, mas logo se rendeu, assentindo. Sacudi minha cabeça em desaprovação.

“Mas foi culpa sua!” Me senti ofendida e me afastei de suas mãos. Como poderia ser culpa minha. “Você me ignorou o dia todo e eu fiquei frustrada. Foi a única coisa que conseguiu me distrair.” Mesmo sendo uma coisa horrível, eu sorri. Porque ela realmente sentiu minha falta.

“Eu não vou fazer isso de novo, portanto você também não vai fumar de novo. Certo?” Ela assentiu outra vez e me puxou de encontro com seu corpo.

Suas mãos deslizaram até minha bunda, fiquei tensa por um instante, e então ela apertou. Respirei o mais fundo que eu conseguia e a beijei como eu nunca havia beijado antes. Minhas mãos em sua nuca, puxando-a cada vez mais. Ela tentou se soltar duas vezes, porém fui mais forte. Suas mãos encontraram minhas coxas e então Quinn me puxou pra cima. Entrelacei minhas pernas em volta de seu corpo, sem desgrudar nossas bocas.

Mas fui obrigada a parar, eu já estava quase morrendo asfixiada. Nós duas estávamos. Ofegantes, respirando pesado e soando.

“Vamos dar o fora daqui.” Quinn falou, me colocando no chão. E eu tinha esperanças de que o que estava acontecendo aqui, continuasse em outro lugar.

Eu, com certeza, teria que agradecer cada um que me ajudou com esse plano.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não conhece, aqui o link da música http://www.youtube.com/watch?v=APlPjz9Ry84 (mesmo achando que todos já devem ter ouvido essa música, rs). Reviews?



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