Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 61
Com Ele: recaídas - parte dois


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou tentando achar tempo pre responder os comentários e atenção de todos. E acho que neste fim de semana atualizo as demais fics. beijos"



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E ali estavam. Duas pessoas que já disseram se amar mais que a vida de si mesmos, e agora, estavam numa espécie de jogo onde um achava que o outro detinha todas as cartas, enquanto o outro nem sabia mais o que estava fazendo. O primeiro era Damon, o segundo era Elena.

–Você perdeu o sono ou...

–Na verdade, eu apenas odeio esse tipo de noite e acho que nosso filho também. O sinto agitado.

–É, está uma baita chuva mesmo.

Damon nem estava reparando no programa de TV, na verdade, desde o começo, que ele nem sequer sabia o que estava vendo, e tudo piorou quando Elena surgiu naquelas escadas. Elena não sabia direito o que a tinha feito descer e ir de encontro a Damon. Ela não queria ficar sozinha, ou ela queria se desculpar... Mas ela ficava repetindo na mente o porque deveria se desculpar. Damon sempre fez tudo errado, sempre escolheu errado, sempre pareceu preferir qualquer coisa a ela ou aos dois, ele sempre foi muito difícil de domar.

E aí estava a palavra mágica que Elena ainda não tinha percebido, um velho o sonoro verbo no passado: FOI.

–Damon... - ela hesita fazendo ele a olhar aparentemente distraído e indiferente. - Eu...

–O quê? - a mulher parece ter uma bola de larva na garganta.

–Eu não sei exatamente o que dizer.

–Então melhor ficar calada. - ele diz muito sério, tão sério que Elena lembrou de uns anos atrás. Havia um homem capaz de dar uma resposta como essa e deixar a pessoa com medo de responder. O antigo chefe dela, seu marido.

–Você continua muito delicado com as palavras.

–Elena, isso é uma coisa que nunca vai mudar. - ele a encara em desafio. - Como está o chá? - pergunta, mas de fato nem quer saber, apenas está mudando o rumo de uma conversa que ele prevê ser, no mínimo, incômoda.

–Gostoso. - ela fala simplesmente, e o silêncio toma a sala novamente. A chuva aumenta e agora até ouvir a TV é difícil. Elena fica imóvel e com a cabeça a mil.

"O que eu vim fazer aqui?" - a pergunta ronda sua mente. Ao seu lado, ele percebe, pelo canto dos olhos, que seu parceiro na madrugada, aos poucos vai cedendo ao sofá, ela escuta o bocejo e se põe expectante.

–Seu sono parece ter voltado. - ela diz e ele apenas assente. depois de um tempo ele responde.

–Isso significa que já é tarde o bastante pra você subir e ir dormir também.

–Talvez você devesse fazer o mesmo.

–Mas eu vou fazer. Estou prestes a fazer, na verdade.

–Me referi em ir ao quarto, dormir na cama comigo.

–Já disse que não terá problema se me verem pela manhã no sofá, não se preocupe, viram o quanto você está brava por conta do meu passeio com Hayley mais cedo.

–Não quero que me julguem criança a ponto de brigar com meu marido e fazê-lo deixar o quarto por conta disso.

–Esse é o problema, então? Veio aqui me convencer a subir e dormir com você?

–Não, eu... Damon eu apenas estou cansada,e não consigo dormir com esta situação.

–Foi você que a criou.

–Eu?

–Sim, você e seu ciúme sem fundamento.

–Ciúme sem fundamento?

–Tem outro nome pra definir isso?

–Eu não vim discutir.

–Não estou discutindo.

–Você está errado.

–Pelo o quê, exatamente?

–Por sair com ela, por deixar ela brincar e ironizar, até flertar com você e principalmente por demonstrar gostar ter passado mais tempo com ela naquela cachoeira.

–Fui sincero. assim como com a coisa da April, e assim como sou sobre o que sinto com você e como me sinto por nossa situação. Odeio este casamento como ele é e não vou parar de repetir isso. Não importa o quanto te irrite.

–Você me irrita o suficiente, sem precisar repetir.

–Entã melhor me manter longe de você e te evitar um colapso nervoso.

–Você está adorando, não é?

–O que, Elena?

Falar assim, parecer ter razão.

–Parecer ter razão?

–É. - tom deles estava baixo até este grito de Elena.

–O que vocêveio fazer aqui em baixo Elena? - damon pergunta quando ela parece se aclamar de sua histeria. - Porque se veio me levar de volta pro quarto pra manter as aparências de seu jogo, já falei pra não se preocupar, elas serão bem mantidas.

–Está uma noite fria, barulhenta,o dia foi cheio e cansativo, eu só não queria ter que lidar com uma manhã agitada e cheia de questionamentos hoje.

–Então você realmente veio me pedir pra voltar com você pro quarto? - ela hesita e depois assente quieta.

Damon suspira, se põe de pé e caminha até a TV.

–Vamos. -fala após desligar e toma a frente indo até as escadas.

Elena o segue em seguida, calada e se sentindoestranha, uma sensação de vitória e derrota. é tão confuso que faz seu estômago revirar e um gemido de desagrado lhe escapa, fazendo-a recuar um passo atrás na escada.

–Você está bem? - Damon se aproxima, voltando alguns degraus abaixo. Elena que estava com os olhos fechados pela ligeira vertigem, os abre devagar, está pálida e meio desnorteada.

–Foi só uma tontura. - fala meio incerta, pois o chão parece uma gelatina instável e insegura.

–Você está branca feito papel. Sente alguma coisa?

–é só um enjoo forte, Damon. Vai passar.

Ela busca o corrimão das escadas e se agarra a ele como se fosse um velho e leal amigo, respirando fundo volta a subir as escadas, passando por seu marido que apenas se limita a observá-la, pronto para segurá-la a qualquer momento.

Na volta ao quarto Elena vai direto ao banheiro e molha o rosto, quando volta encontra Damon a esperando, sentado na poltrona próxima à cama.

–Melhorou? - ela assente em silêncio e de deitar no colchão, mas é ao sentir a cabeça na almofada que tudo volta a girar com tamanha violência que Elena praticamente perde as forças ao ter que, quase no mesmo instante que deitou, ter que se levantar e voltar ao banheiro para por pra fora tudo o que conseguiu comer no jantar. - Meu Deus, Elena! - Damon assusta ao ver que por pouco a esposa não conseguiu chegar ao vaso. Ele tenta ajudar da maneira que pode, é claro, tentando deixar a mulher numa posição que a faça cumprir esta desagradável tarefa sem danificar nenhuma outra superfície, além da do vaso.

Quando Elena parece terminar, e praticamente cai languida nos braços do marido, que já a amparavam, ela suspira e geme em desgosto.

–Eu odeio isso. - diz fracamente.

–Posso imaginar. Vem! - e erguendo-a, Damon usa uma pequena toalha molhada e oferece a esposa uma escova com pasma dental. - Vai tirar o gosto ruim de sua boca. Senta aqui - ele oferece, fechando o vaso após dar a descarga - Vou pegar água pra você.

Segundo depois ele volta com a água, Elena a toma e depois escova seus dentes, devagar. Quando termina a tarefa, volta para a cama e se permite suspirar ao sentir o macio colchão, que desta vez se mostrou mais agradável.

–é melhor tentar dormir. - Damon fala e tudo o que Elena pode lembrar depois é de ter adormecido vendo seu esposo a encarar como um anjo da guarda, velando o início de seu sono.

Quando Elena acordou na manhã seguinte o dia estava aberto e imensamente bonito. Uma surpresa de fato, depois de uma noite tão chuvosa. Ela foi de encontro a mãe na cozinha. Miranda estava acompanhada de Bonnie e Jeremy, mas não havia mais ninguém.

–Bom dia! - disse uma Bonnie animada.

–Bom dia!

–Querida, você e Damon brigaram ontem? - sua mãe quis saber direta.

–Não, mãe. Porque?

–Acho que tem haver com a gente encontrando ele apagado no sofá da sala hoje de manhã. - Jeremy fala divertido.

"então ele voltou pro sofá" - Elena pensou.

–Bem, ele deve ter pegado no sono vendo algo na Tv e depois não quis subir - diz sentando-se à mesa. - Onde estão os outros?

–Os cinco saíram hoje bem cedo. Foram explorar mais das terras. Acho que foram por lado dos novos estábulos. - Miranda explica.

Elena fica em silêncio e Bonnie a encara curiosa.

–Você está bem pálida, Lena. - ela diz.

–Tive uma noite ruim. Muitos enjoos. Estou bem melhor agora.

Depois do café, uma caminhada ao sol com seus amigos e um bom tempo sentada perto de uma rede na varanda da casa, Elena começou a se perguntar onde aqueles cinco estaríam, sua curiosidade e inquietude aumentou quando viu o tempo, novamente começar a fechar, antes do almoço, e tudo piorou quando Sofia e Heitor retornaram, mas Damon, Robert e Hayley continuavam em seu passeio.

Sofia fez questão de destacar que o ritmo de seu pai e sua amiga eram difíceis demais de acompanhar, que apenas Robert se senti interessado, mas ela não sabia dizer por quanto tempo.

–Onde eles estão? Já é quase hora do almoço.

–Já estão vindo. Papai quis mostrar uma antiga cabana no topo da colina ao norteda fazenda. Alguma coisa sobre o Gray e uma daquelas apostas malucas que eles costumavam fazer.

Mais meia hora depois e os três surgiram a cavalo diante da casa. Robert ajudou Hayley a descer de seu cavalo e Elena observava seu marido caminhar até o celeiro, levanto o seu. Logo os três estavam suados e ofegantes diante de todos.

–Como foi o passeio? - Miranda quis saber.

–Sua propriedade é linda senhora Gilbert. - diz Hayley e Robert assente.

–A única coisa ruim deste lugar, o que o torna de fato terrível pro meu lamento, é a falta de um bom fast-food, com hamburgueres descentes. - Robert observa e faz Damon e hayley sorrirem cumplices.

–Você é tão anormal quanto seu irmão mais novo. - ela provoca Damon que apenas sorri e entra na casa demonstrando nenhuma animação.

Na mesa do almoço as conversas são diversificadas, mas Elena está presa em observar o marido que apenas responde a uma ou duas brincadeiras da amiga.

"o que ele tem?" - ela se põe inquieta ao questionar.

Mas foi perto da hora do lanche da tarde que Elena descobriu o problema.

–Ele está assim desde cedo. Daí a ideia do passeio pelas terras. Coisa da Sofia. deveria o animar. - diz hayley chegando perto da Elena.

–Ele é meio mal humorado. - ela fala sem olhar pra garota ao seu lado.

–Sabe, quando eu conheci o Damon ele estava te procurando na festa de noivado de Meredith. Estava ansioso, nervoso, na expctativamesmo. E então vocêapareceu com aquele seu amigo e os olhos dele ficaram assim como estão agora.

–Você fala como se o conhecesse muito bem, mas duvido que seja assim.

–Eu também duvido, Elena. Você foi uma das poucas mulheres a qual o poderoso Damon Salvatore se permitiu mostrar. Com todos seus demônios, medos, defeitos e qualidades. Posso não conhecê-loa tanto tempo quanto você, e sei que é difícil entender esta nossa aparente conexão, mas quando eu olho pra ele lembro do meu irmão, que foi tirado de mim quando ainda éramos pequenos. Irmão gêmeos, na verdade. - Elena a olha neste instante. - eles tem muita coisa em comum. O temperamento, a impaciência, o ciúme, a rigidez. Tudo. Mas o que eu mais gosto são as outras coisas. As que ele esconde. O meigo, o romântico o doce, o inseguro, o ferido. Você conhece todos estes e outros lado que Damon tem, e é por isso que eu sei que são felizes no casamento de vocês.

–Acho que sim. - ela responde com voz embargada.

–Me perdoe pelas brincadeiras de mal gosto. É mais pra provocar ele que você. quanto ao humor dele esta manha... Bem... acho que ele está doente, mas nada físico é claro. ele falou alguma coisa sobre um pesadelo com um homem em cima dele,osolhos de Elena arregalam-Falou que desceu pra sala depois de ter percebido que os gritos de pavor dele te acordariam.

–Eu não sabia.

–Eu sei, por isto estou falando.

–Sabe eu amo meu namorado, e as vezes Robert me conta coisas da infância dos dois, e de como ele ficava ouvindo o Damon gritar e chorar no quarto ao lado. Acho que ninguém deveria passar por algo assim. Quando eu imagino o quanto isso deve doer. Talvez aja uma razão pro Damon não querer lembrar de nada destas coisas, afastar todas, fugir.

–Ele tem medo. - Elena constata num lufado de entendimento.

–E nao é pra ter? - Hayley pergunta ao encontrar o olhar de Elena.- Que sorte que ele tem você, dando força, sendo a mulher que ele sempre quis, a que ele ama. Com vocês juntos, eu consigo o ver suportar.

Hayley sabe que não é assim. Mas esta é a ideia. O plano.

Elena apenas assente e vê a moa se afastar. Ela olha pro marido conversando com o Jeremy e seu irmão, e dando uma aula a mais ao seu aprendiz, Heitor. Em meio a risos forçados o olhar dos dois se encontram, e a confusão nos olhos de Damon é nítida. Há algo no olhar de Elena, algo novo e totalmente inquietante. ele poderia jurar que viu pena ali. E esta era coisa que ele nunca queria enxergar nos olhos daquela mulher.

..........................................................

–Você não ficou no quarto. - eleaacusa logo que bate a porta atrás de si.

–Perdi o sono, eu não quis te acordar.

–Você ficou quieto durante todo o almoço.

–Não falo muito mesa Elena, isso não é novidade pra você.

–Porque perdeu o sono?

–Pesadelos. pensei que tinha me livrado deles, mas... - hesito, ela fica parada me olhando, esperando por mais, mas não quero falar. - É melhor esquecer disso, não quero repetir a noite. como você acordou?

–Melhor.

–Estava pensando se você e Bonnie não queriam sair um pouco da casa, pra um piquenique. Foi ideia da Sofia.

–Acho que seria bom.

–Ótimo! Eu vou tomar um banho.- sinto ela me perseguindo pelo quarto.

–Você tem sonhado com ele mais noites? - ela quer saber.

–Não. Eu deveria estar tenso ontem. Nossa briga, eu não sei. Não precisamos falar disso agora.

–Claro. Eu vou dizer que gostei da ideia.- antes que ela saia eu sinto que devo falar isso.

–Elena, sobre a Hayley, o que eu disse de gostar de passar mais tempo com ela...

–Eu sei. Ela te faz bem.

–Ela melembra você.- a corto e ela arregala os olhos - quando era minha assistente. Você me desafiava a ver e fazer o que eu não conseguia e você me irritava. - ela sorri. - Ela é minha amiga.

–Eu sei.

–Eu só queria que soubesse que não há outra no mundo com a qual eu gostaria de acordar, mesmo com você na cama e eu no chão. - ela sorri novamente. - E eu quero que tente aceitar que não importa o quanto eu tenha errado, ou deixado coisas passarem na nossa frente, mesmo cego por motivos errados, eu nunca deixei de enxergar você e eu juntos no final e nunca deixei de te amar. Eu ainda amo Elena. Demais. É o que nao me faz desistir. Não vou desistir de você. - ele assenti e põe as mãos nos bolsos e pigarreia.

–É melhor eu ir avisar que vai ter piquenique. - diz apontando pra porta. Sorrio.

–É melhor sim. - ela sorri e sai do quarto e eu me sinto leve e bem de fato, como a meses não me sentia.


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Notas finais do capítulo

até mais.