Hopeless II escrita por Letícia M
Notas iniciais do capítulo
este capítulo é uma enrolação sem fimmmm -q
eu ia colocar tudo nesse capitulo, mas quando me dei conta ja estava bem grandinho, então ja comecei a escrever o outro e até o final de semana ele tá aqui.
Meu coração parecia querer pular para fora. Ele batia tão rápido que meu peito chegava a doer, e minha vontade era de gritar, espernear e sair correndo dali. Só de ter a Nicole a minha frente, sabendo de tudo isso me fazia pirar internamente. Mas tudo que consegui dizer, foi:
-Cadê o Lucas?
Minha voz saiu tremula e fraca, e pude perceber como a Nicole se divertiu com aquilo, pois ela abriu ainda mais seu sorriso.
-Pra você ver, minha cara amiga, que é só uma vadia ligar para ele, e bum! ele te abandona no meio da noite para se encontrar com ela.
Na verdade eu não estava ligando para onde o Lucas estava, ou se ele havia me abandonado no meio da noite para se encontrar com alguém. Só de saber que ele estava bem, e longe daqui, já ficava um pouco mais aliviada.
-O que você tá fazendo aqui? - falei com a voz mais calma possível, tentando indicar que eu não sabia de nada. - São 7 da manhã! Aconteceu alguma coisa?
-Na verdade, aconteceu sim.
Ela se levanta da mesa em que estava sentada desde então, e caminha até minha cama, sentando-se ao meu lado.
-O que você tem que eu não tenho?
-O quê?
-Por que ela prefere você, sempre e em qualquer circunstância, mesmo quando ela está quase do outro lado do mundo e você aqui, com seus problemas medíocres? Você não é nada perto de mim, Jessica! Eu estava lá enquanto você estava transando com o namorado dela! Eu estava lá quando ela foi pega transando com o namorado de outra, e mesmo assim, não a julguei! Enquanto você ainda estava aqui, chorando e se "preocupando" com seus pequenos problemas! Enquanto ela sim tinha problemas de verdade, e você não estava nem aí para ela. Eu estava lá, e por que ela ainda se preocupa com você e volta de um lugar perfeito que nós estávamos juntas, somente para ver você!
A esse ponto, Nicole já estava aos prantos, tremendo e com o nariz escorrendo. Mesmo sabendo que ela é uma louca, eu sabia que tudo aquilo era verdade. Enquanto a Pamela tinha problemas, eu estava cega demais tentando resolver os meus, que na época não se passavam de um dilema entre três garotos, e isso inclui seu namorado. Como pude ser tão egoísta? Agora me sentia um monstro, e não sabia como olhar para Pamela novamente.
-Agora você está se sentindo um monstro - ela fala, secando as lágrimas e tentando sorrir para mim - o que você é. Um monstro egoísta e estúpido.
-Pare.
Pedi, tentando não cair aos prantos ali mesmo.
Mas o monstro que eu me sentia, não era apenas por causa da Pamela. E sim por tudo que eu já havia feito. Fiz o Mateus sofrer por uma coisa inútil. Somente por que ele me chamou de "amiga", quando nós conhecemos as meninas, e terminei com ele. Agora, fiz o Guilherme sofrer, e de brinde fiz com que sua namorada, que no caso seria minha melhor amiga, recorresse a uma pessoa que ela acabara de conhecer.
-Não. Tenho que ficar te lembrando o ser humano estúpido que você é.
-Pare!
-Não!
-O que você quer de mim? Que eu te explique o por que de ela sempre voltar para mim?
Nicole abriu a boca para falar algo, mas logo a fechou. E aquele era seu ponto fraco, minha amizade com a Pamela.
-Por que nós não somos apenas melhores amigas, nós somos irmãs. E irmãs suportam até mesmo quando a outra faz a coisa mais horrível do mundo para ela, por que nós nos amamos mais que tudo, e bem, você sabe o que dizem... O amor vence o ódio.
-Isto não é verdade. Eu e a Pamela também nos amamos. Nós também somos irmãs! E irmãs amam uma a qualquer custo, mas não perdoam tudo. E o que você fez se encaixa na lista de "imperdoáveis". Aliás, nós somos bem mais que irmãs, entende?
-O que você sabe sobre isso? Nada, pois você não passa de uma namoradinha qualquer para curar as feridas dela, e quando estiverem curadas, ela vai te jogar fora. A Pamela não é lésbica. Ela é curiosa, sempre foi, mas ela gosta de homens, sabe? Homens!
Assim que terminei de falar, me odiei por dentro. Por que diabos eu havia falado aquilo? Somente para irrita-la mais? Respirei fundo e fechei os olhos. Quando abri os olhos novamente, Nicole não estava mais a minha frente; e sim, em cima de mim.
-O que eu sei sobre o amor?
Ela falava tão calmamente, que nem parecia que ela estava prestes a me bater. Então finalmente, ela me deu um tapa.
-O amor é uma coisa complicada, Jessica. Muitas pessoas falam amar outra pessoa, e não amam. Mas eu sei reconhecer quando uma pessoa realmente ama. E sei que você ama a Pamela, muito. E ela também te ama. Mas o amor é substituível. E nesse caso, é bem fácil de substitui-lo... E na verdade, ele já foi. Agora eu estou no seu lugar.
-Se isso fosse mesmo verdade, por que ela teria voltado por mim?
-Por que ela é uma idiota. Você não enxerga isso, não é?
-Nicole, sai de cima de mim!
-Não.
Nicole segurou firmemente meu cabelo, puxando-o. Soltei um pequeno ah! por conta da dor, e logo vi que não havia nada a se fazer, a não ser apaga-la. Digo... Essa personalidade dela só vem a tona quando ela apaga. Se eu apaga-la agora, a Nicole que eu conheço e adoro estará de volta.
Movi minha perna que não estava engessada para cima, mais ou menos onde Nicole estava sentada. A vejo fechar os olhos e praguejar alguma frase que não consegui entender. Já sabia onde tinha atingido.
-Você tá louca?!
Nicole pula para fora da cama tão rápida, que não tive tempo de pensar. Antes que eu pudesse ver para onde ela estava indo, ela se dirigiu à ponta da cama e puxou minha perna engessada, fazendo-me cair da cama, mas juntamente, bater minha perna no chão, o que rendeu uma dor insuportável. Gritei de dor, e logo senti as lágrimas brotando em meus olhos. Nicole estava parada me encarando, enquanto eu chorava feito um bebê no chão.
-Você é idiota, Jessica. Não sei por que você fez isso, eu só estava querendo conversar. Mas tudo bem, isso só prova que você é uma otária. Aliás, me olhe e diga: quem é o pai do seu filho? Por que isto daqui - ela tira do bolso o meu exame - não diz nada. Apenas diz que você está grávida de um mês.
-Isto não é da sua conta, Nicole. Aliás, cadê o resto do pessoal?
-O Mateus foi correndo para a Lisa feito um cachorrinho, literalmente. O Guilherme...
Ela fecha os olhos, como se estivesse sentindo dor ao falar o nome do Guilherme.
É óbvio! O Guilherme não estava em casa desde a noite passada; a Pamela voltou ontem; Nicole fica estranha ao falar dele. Eles estão juntos. Passaram a noite inteira juntos. Eles fizeram as pazes, o que significa que eu e a Pamela também podemos fazer. Se ela perdoou o Gui, por que não me perdoar também?
-Oh, não! Nem pense nisso! A Pamela não vai te perdoar só por que ela perdoou o idiota do Guilherme! Não mesmo!
-Já disse, você não sabe de nada.
Nesse momento, desejei que minha perna não estivesse quebrada, e sim um dos meus braços. Assim, poderia ao menos sair da cama e lhe acertar com meu super-hiper-mega gesso do mau. Só precisava desacorda-la e tudo ficaria bem novamente. Pelo menos, eu acho.
Estava tão preocupada em acabar com aquilo tudo logo, que não me toquei no que ela acabara de falar. O Mateus foi correndo para a Lisa feito um cachorrinho, literalmente.
Sei que eles tiveram um caso rápido, de trocar uns beijos, mas nunca havia passado pela minha cabeça que um dia, eles poderiam voltar. E ainda mais agora, que eu estava grávida e o filho era dele.
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