Hopeless II escrita por Letícia M


Capítulo 39
Chapter 39 - How did you know?


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas esse capítulo foi dificil de escrever e as provas na escola estão acabando comigo, gasto todo meu tempo estudando por que to muito fraca em 3 matérias :/ Mas ta ai, e vou tentar postar o mais rápido possível, ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/282367/chapter/39

Não conseguia entender uma palavra mais que Lisa falava. Tudo que conseguia pensar, era que Nicole era louca. Ela realmente era louca.

-Jessica, ta me ouvindo? 

-Não. To muito ocupada tentando entender tudo isso. 

-Então tente entender isso no caminho, vou te levar para casa onde os meninos estão. 

-Eu preciso passar na casa da minha mãe, e pegar a Sarah.

-Você tá louca? É claro que não! 

-E eu vou deixa-la com outra louca?

-Je... Sua mãe não é louca. Ela é sua mãe. Sua mãe e da Sarah. Ela pode ter errado, mas acredite em mim, ela errou por vocês duas. 

Aquilo me fez parar e pensar um pouco. Talvez fosse verdade. Nunca havia parado para pensar no motivo de minha mãe ter feito aquilo, a única coisa que eu queria realmente pensar era que ela estava se vendendo para homens que nunca havia visto na vida. E o pior de tudo, era que ela estava levando-os para dentro de casa, onde ela mantinha duas filhas no quarto ao lado. E que, a propósito, uma dessas filhas foi fruto de uma das aventuras de minha mãe. Eu simplesmente, não podia perdoa-la por tudo isso. E ainda mais, ela drogou a Sarah. Por acidente ou não, a Sarah passou mal. 

-Não é hora de falar sobre isso. Olhe - apontei para o corredor que estava a nossa frente - a porta abriu, vamos logo. 

Empurro minha cadeira para fora do elevador, sendo seguida por Lisa. Ouço o barulho da porta se fechando atrás de mim. Sinto o impulso da cadeira aumentando, e olho para trás, vendo a Lisa empurrar a cadeira hospital a fora com velocidade. 

Chegamos perto do carro, e logo percebi que não era o carro de Lisa - na verdade, o carro era do pai dela e ela ainda nem tinha tirado a carteira. Dirigia por conta própria e pelo o que eu sei, nunca dirigiu fora de um estacionamento no meio da noite. 

-Você vai mesmo dirigir, mesmo sem carta e não sabendo dirigir?

-Eu dirigi até aqui, não dirigi? Então pronto, posso muito bem dirigir de volta.

-Tá, e por que diabos você está com o carro do Lucas? 

-Meu pai não quis emprestar o dele, e o Lucas não queria que nada de mal acontecesse com o "filho" dele. Ele realmente acha que esse filho é dele. 

-Eu tenho que conversar com ele...

Fui interrompida por Lisa, que se ajoelhou em minha frente. 

-E nessa conversa, você vai incluir que ele é seu irmão e vocês transaram e você alimentou a possibilidade dele ser pai? 

-Não precisava falar assim! Agora me sinto um monstro. - fiz bico, a empurrando para o lado.

-Só falando, ué. 

Lisa abriu a porta de trás do carro, e me ajudou a sentar ali. Minha perna doeu quando me sentei, e percebi que os efeitos dos analgésicos haviam passado de vez. Antes doía, mas era suportável. Agora, a vontade era de gritar e tudo mais. 

-PUTA QUE PARIU ELISA MINHA PERNA PORRA TA DOENDO!

-Você me chamou de ELISA? 

-CHAMEI PORRA ME AJUDA.

-O que você quer que eu faça? A única coisa que eu posso fazer no momento é te levar para casa. Então fica quietinha aí. 

Encostei minha cabeça na janela, fechando os olhos. A dor estava insuportável. Aquele gesso estava coçando. E só agora eu percebi que tinha um corte lindo na cabeça, que estava latejando. E com sono. Se eu bater na Lisa qualquer hora, não respondo por meus atos. 

-

Estou tentando dormir mas tem um ogro roncando do meu lado. 

Abro os olhos irritada, e logo sinto o calor de outro corpo me envolvendo. Abraço-o sem perceber, e levanto minha cabeça lentamente para ver quem era. Lucas.

-Lu. - o cutuquei. 

Lucas fez um careta, e deu um mini-pulo na cama. Ele me olhou e sorriu. 

-Oi! - ele me deu um beijo na testa.

-To tentando dormir aqui, mas seu ronco tá foda. 

-Foi mal. Não dormi direito nos últimos dias, to tendo meio que uma insônia... 

-Mas tava realmente impossível dormir do seu lado. E aliás, como é que eu vim parar aqui? Uma hora estou no carro com a Lisa e, na outra, bum! Estou no meu quarto abraçada com você. 

-Você tomou algum analgésico e apagou no carro mesmo. Lisa teve que me chamar para te carregar aqui para cima.

-Por que ela não chamou o Mateus ou o Guilherme?

-Ela teve uma pequena discução com o Mateus, e o Guilherme não está aqui...

-Onde o Gui tá? 

-E eu que vou saber?

-Onde a porra do Guilherme tá? 

-Eu não sei! - ele ri.

-Você sabe que não sabe mentir Lucas.  

Me estiquei para o lado, pegando meu celular e discando o número do Guilherme. Chamou uma vez, duas, dez e caiu na caixa postal. 

-Alguém esta me ignorando.

Voltei a me deitar ao lado de Lucas, dessa vez afastada dele. Ele estava deitado de barriga para cima, encarando o teto, enquanto eu o encarava. Sabia que ele estava pensando, só não sabia em que. 

-Lu... 

-O quê? - ele se vira para mim, mostrando a tristeza em seus olhos. 

Cara, eu sou a irmã dele, e melhor amiga também, portanto sei quando ele está triste ou algo o está incomodando. 

-Eu não sou o pai, não é? 

Ele aponta para minha barriga, e fecha os olhos. Puxei todo o ar que podia para dentro de meus pulmões, e assim fiquei, prendendo a respiração até achar uma resposta que não fosse acabar mais com ele. A última coisa que eu queria era magoa-lo. E além dele não ser o pai, ele é meu irmão, o que é politicamente errado, pois pessoas do mesmo sangue nunca podem compartilhar o mesmo lugar, se é que vocês me entendem.

Me lembro que estou prendendo a respiração e estou quase ficando roxa, quando puxo novamente o ar para meus pulmões. 

-Não. - finalmente falei, com a voz não passando de um sussurro.

-Ainda bem! - ele fala, com o sorriso fraco - digo, eu adoraria ser o pai, mas sabe, nós somos irmãos e... 

-QUE? Como você sabe disso?

-Como eu sei? Como você sabe?! 

-Caralho Lucas, você transou comigo mesmo sabendo que nós somos irmãos?

-Não! Tá louca guria? Eu descobri quando nós estávamos transando, eu vi sua marca de nascença, e eu tenho uma igual e essa marca é da família do meu pai, portanto...

-É, minha mãe teve um caso com seu pai, o que gerou essa belezinha aqui. - apontei para mim - E quando você pretendia me contar? E se o filho fosse seu, Lucas!

-Eu iria te contar depois que você me desse a certeza de que o filho não era meu! E quando você pretendia me contar?

-Tipo, agora?! 

Puxo o travesseiro que está na minha perna quebrada, e jogo no Lucas, que cai da cama. Ele fica alguns segundos abaixado na cama, em silêncio. Logo após, ele se senta no chão, apoiando as mãos na cama e sorrindo.

-Vai Je, nem é tão ruim assim ser minha irmã, é? 

-O problema não é esse. 

-Então?

-O problema é que a gente transou Lucas! T-r-a-n-s-o-u! E além do mais, a transa nem foi tão boa assim. We have to laugh!

-Também não foi uma das melhoras da minha vida. Viu? Tudo resolvido. Foi ruim para você, para mim, e o filho não é meu. Não quebramos mais nenhuma regra da humanidade, estamos todos salvos, ok? Relaxa. 

Ele se senta ao meu lado, me puxando para si. Me deito ao seu lado, apoiando a cabeça em seu peito, e paro para ouvir seus batimentos acelerados aos poucos voltando ao normal. 

-Você não gostava de mim, tipo, de verdade né? Era só atração?

Fechei os olhos, implorando para que ele falasse que sim, que nunca havia gostado mesmo de mim, que era tudo atração. 

-Eu gostava de verdade de você, antes da gente transar. Mas aí eu descobri tudo isso, e acredite, eu não quero nem pensar mais em você de outro jeito a não ser que você é minha irmãzinha. 

-São só alguns meses, não é tanta coisa assim. - me defendi. 

-Ah, é sim, muita coisa.

-

Ouço algum barulho, como se alguém estivesse vasculhando algo em meu quarto. Me virei para o lado, pensando que era o Lucas, pois ele não estava na cama. 

-Volta para a cama Lucas. Por Deus, são - abri um olho, espiando meu celular - 7 horas da manhã ainda! 

-Mas não é o Lucas. 

Me sento na cama em um pulo, observando Nicole sentada em minha mesa, com uma folha na mão e um sorriso irônico no rosto. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Questions:
1- que pequena discução a Lisa teve com o Mateus?
2- onde o Guilherme ta e com quem? (rsss)
3- qq será que vai acontecer ca Nicole no quarto da Jessica? UIAHDJIOQKWAD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hopeless II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.