O Garoto Da Camisa 9 escrita por Gi Carlesso


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que dizer, acho que já falei demais :P ushsuhsuhsush bom, boa leitura e espero que gostem!



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Jonah

Fechei a porta logo atrás de mim sem fazer nenhum som possível e me dirigi rapidamente em direção a mesa de Lilian. Eu tinha a ideia em mente de que talvez encontrasse alguma coisa ali, qualquer pista que pudesse dizer onde ela escondera os alunos, mas pareceria muito difícil. Era quase improvável de que eu realmente encontrasse qualquer pista ali, afinal, poderia ser qualquer coisa – desde a um endereço ou até mesmo um registro de telefonema. Poderia durar horas ou dias.

Vasculhei todas as gavetas de sua mesa à procura de algo, baguncei todos os papéis sobre a mesa de madeira larga e, inclusive, fiz questão de escrever alguns recados maldosos em folhas, as quais pareciam ser bem importantes para ela. Orgulhoso de mim mesmo, voltei a vasculhar em meio a sala, até mesmo entre os livros de suas prateleiras.

Fui até um armário de madeira que enfeitava o canto da sala onde Liliam colocava algumas coisas importantes. Eu só sabia disso, porque passava muito tempo levando broncas da querida diretora mais conhecida como “velha louca”. Achei meu histórico e juro que só não comecei a rir, porque estava muito aflito e nervoso, mas realmente não havia como não rir. Havia em meu histórico várias faltas, recados de professores dizendo o quão bagunceiro eu era e... bom, muitas outras coisas. Coloquei a ficha de volta e continuei minha procura por qualquer coisa que pudesse dizer onde os alunos estavam.

Prestes a desistir, eu estava indo novamente até a porta quando meu pé esquerdo atingiu o pé de uma mesa de canto. Soltei um urro de dor, porém, quando sentei-me no chão, reparei em algo quase que invisível para meus olhos.

O picotador de papel.

Não parecia nada importante de início, mas então encontrei um papel picotado em alguns pedaços grandes. Não que eu fosse apenas curioso, mas aquilo poderia ser uma pista.

Juntei os vários pedaços de papel até montar uma espécie de quebra cabeça para formar o que estava escrito naquele bilhete.

- Mas o que...? – falei para mim mesmo ao conseguir montar o quebra cabeça.

Com letras curvilíneas e muito femininas, reconheci a caligrafia de Lilian no mesmo instante.

Rua Olympic  n° 1700

Encarei o bilhete por vários segundos tentando entender do que se tratava. Não poderia ser apenas um endereço, pois Lilian não o colocaria em um picotador de papel se não fosse importante, ainda mais porque fora escrito por ela mesma e provavelmente, à pouco tempo. Confuso, guardei o papel em meu bolso antes de arrumar minha bagunça óbvia demais em sua sala e me dirigir a saída de sua sala.

Porém, todos os meus planos foram por água abaixo quando a grande porta de sua sala fora aberta com força. Assustado, dei passos para trás me deparando com a última coisa que esperava ver – Lilian entrava na sala com um sorriso maldoso estampado nos lábios e com dois seguranças parados bem atrás dela. Não havia como eu fugir, estava encurralado, minha única outra opção seria me jogar pela janela, mas assim Mel e Sam nunca saberiam do endereço.

- Pensou mesmo que seria tão fácil assim? – perguntou ela friamente. – Peguem ele.

Ouvindo ao que Lilian dissera, os dois seguranças avançaram em minha direção, prendendo-me pelos braços sem nenhuma chance de fugir. Tentei me debater contra eles, porém ambos eram fortes demais, até que finalmente desisti entregando-me.

Era e sempre foi uma armadilha.


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Notas finais do capítulo

EEERGH malditas armadilhas!