O Garoto Da Camisa 9 escrita por Gi Carlesso


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Como OGC9 surgiu:
— Eu estava assistindo a um jogo e um dos garotos tava com a camisa 9 e me surgiu a ideia
— Roman e Jesse existem na vida real
— Eu descobri dois dias atrás que existe uma pessoa muito parecida com o Sam que eu imaginei
— O número 9 é meu número da sorte



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Todos finalmente estavam prontos para que déssemos continuidade em nosso plano, o qual teve que ser mudado drasticamente depois que Lilian conseguira estragar tudo sendo rápida demais. Com medo, eu sentia que meu instinto de sobrevivência me mandava ficar bem longe dela, mas tudo o que eu mais queria no momento era encontrar os alunos e principalmente Charlotte Carly e os outros.

Se realmente queríamos achar os alunos desaparecidos, teríamos que fazer isso agora. Liliam esperava que voltássemos para o internato, mas não faríamos isso, na verdade, eu tinha um plano. Bom, não era exatamente um plano, e sim uma idéia do que poderíamos fazer para conseguir encontrar as pessoas. Sam não concordava comigo, no caminho em direção aos muros do internato ficava dizendo que era loucura que o risco era grande demais.

Mas louca eu já sou, e muito.

Uma prova para quem ainda duvida pode ser quando enfrentei-a dizendo sobre como eu e eles conseguiríamos acabar com o plano dela. Pois enfrentar Lilian é o mesmo que se jogar à morte de cabeça.

- Nós vamos precisar voltar ao internato para conseguir descobrir onde Liliam escondeu os alunos. – falei enquanto procurava por algumas coisas pela cabana. – Mas, como ela não pode ficar sabendo que estamos lá dentro, vamos precisar de mais pessoas. Tenho certeza que a colega de quarto de Charlotte ajudaria, então temos mais uma. – franzi o cenho. – Sam, está com o celular? – ele assentiu. – Preciso que ligue para o Jonah, ele seria uma boa pessoa no plano. Avise ele para que passe essas informações para o internato inteiro, assim, teremos todos contra Liliam.

Sam, obedecendo o que eu disse, assentiu pegando seu celular e já discando o número de Jonah. Meu plano era mais que arriscado, se Liliam descobrisse que todos sabiam de nossa localização, torturaria a todos até que alguém deixasse escapar qualquer informação.  Porém, seria ainda melhor se todos nos ajudassem, pois assim, teríamos uma forma de provar o que Liliam estava fazendo com todas aquelas pessoas.

- Cara, que merda vocês estão aprontando? Todo mundo têm medo daquela maluca, inclusive eu! – eu ouvia a voz de Jonah do outro lado da linha muito claramente. – Seja lá qual for a ideia que você tem em mente, trate de mudar!

- Jonah, você não está me escutando! – berrou Sam de repente. Ele estava com o cenho franzido e tentava discutir com Jonah. – Estou falando sério! Não, não é brincadeira! – ele suspirou. – Você vai avisar todo mundo que conseguir, ou não? Eles têm que saber quem é a Liliam. – Sam liberou o ar que reprimia nos pulmões. – Reúna algumas pessoas e os avise, e peça para que eles façam o mesmo com os outros. Preciso que avise o North England inteiro ainda hoje, todos precisam ficar sabendo.

- Não acredito que essa velha está aprontando de novo. Cara, ela sequestrou aquela menina que eu estava a fim! Que merda, vou fazer isso, ok? Vocês são loucos, mas eu faço. – disse ele desistindo e enfim desligando o celular.

Sam desligou o telefone, me lançando um olhar um pouco estressado, por isso, não disse nada até ele conseguir respirar de novo.

- Ele disse que vai tentar avisar todo mundo. – finalmente disse ele.  – Mas que Liliam e seus seguranças estão prendendo todos depois das 21h, ela deve saber que vamos tentar arrumar contato com as pessoas dentro do internato.

- É claro que sabe! Se no mínimo ela tiver alguma Inteligência, vai saber que queremos contato com todos de lá para formar um plano conjunto!! – disse Roman. Ele coçou a cabeça e apontou para o celular de Sam. – E se... e se nós ligarmos para o celular de algum dos que foram sequestrados? Pode ser que algum deles esteja com um celular.

Bom, talvez aquela idéia fosse boa, precisávamos de alguma informação de onde os alunos poderiam estar. Pelo o que eu conhecia Carly – mesmo que pouco – era bem possível que ela estivesse com seu celular, pois vivia com ele em todas as aulas, intervalos, jogos... enfim, em todos os momentos.

Peguei o celular das mãos de Sam e disquei o número de Carly. Eles me olharam confusos, mas quando ouvi o som que indicava que estava chamando, senti um leve frio na barriga.

Mas então, ouvi o som da voz de Carly.

- Meu Deus, Carly?! – chamei desesperada. – Está me ouvindo?!

Ouvi sons estranhos do outro lado da linha, quase como se fosse um chiado ou coisa parecida, consegui também distinguir o som de pessoas falando no fundo e de ruídos estranhos. Onde ela estaria?

- Mel... – sussurrou ela. – So...soc... socorro!

E a ligação fora cortada.

Meu Deus, Carly estava em perigo, provavelmente todos aqueles alunos estavam!! Me senti... como me senti? Era como se o mundo estivesse desabando sob meus pés, pois pessoas estavam em perigo por minha causa. Tive que me apoiar na mesa para não cair no chão, no mesmo instante, Sam me segurou pelo braço.

- O que ela disse, Mel? – perguntou ele. Eu sabia que deveria estar pálida, com o rosto completamente sem cor, mas era por uma boa razão.

- Ela... Ela pediu socorro. – gaguejei. – Ela está em perigo.

- Ai, meu Deus. – Jes tapou a boca claramente assustada.

Consegui ficar de pé novamente, porém ainda sentia o peso em minha mente pelo fato do que estava acontecendo. Realmente minha cabeça não aguentaria por muito tempo toda a pressão que eu sentia naquele instante... depois que tudo acabasse, eu precisava mesmo de férias.



Jonah

Sam só podia estar brincando com a minha cara, ligar dizendo que Liliam era uma psicopata e que fora ela quem sequestrara os alunos era.. era loucura! Por que uma diretora simplesmente faria isso? Não tem sentido nenhum!

Mas, como não sou nenhum exemplo de pessoa, acreditei em Sam. Por mais louco que ele seja, a forma com que disse as palavras no telefone me diziam que ele poderia mesmo estar falando a verdade. Então fiz o que mandou, chamei todas as pessoas que pude e as mandei me encontrarem perto da quadra de futebol, num local isolado onde os seguranças não pudessem suspeitar de nada. Claro, muitos deles me chamaram de louco, mas quem disse que ligo? Já fui chamado de muitas coisas nessa vida e louco não chega nem aos pés das outras palavras.

Recebi uma mensagem de Andy dizendo que todos já estavam esperando por mim, então tive que atravessar todo o North England sem que nenhum dos seguranças desconfiassem de mim. Não tive muito sucesso, pois um deles começou a me seguir, provavelmente em dúvida sobre minhas ações.

Tentei despistá-lo quando entrei no refeitório e por pouco não consegui, haviam muitos alunos por ali, principalmente os mais velhos e os famosos por causar problemas. Encontrei Jonathan, um desses, e o cutuquei quando passei por seu grupo.

- Consegue distrair esse para mim? – perguntei apontando com os olhos para o segurança careca que vinha em nossa direção.

- Ah, vai ter um preço, cara. – disse ele.

Bufei, Jonathan era bem esperto quando se tratava de pedir favores.

- Está entregue. – sussurrei de volta entregando a ele uma cópia perfeita de um BlackBerry que não funcionava. O comércio de celulares que não funcionavam era um bom jeito de ganhar dinheiro, mas nesse caso, era bom trocar o lucro por um favor que serviria muito bem.

Jonathan pegou o celular e sorriu. Deixou com que eu passasse e logo depois, percebi a bagunça que ele conseguira causar no refeitório em apenas 2 ou 3 segundos. Ele realmente conseguira fazer um caos por ali, fazendo com que o segurança me perdesse na multidão, coisa que me ajudou a chegar no campo de futebol e encontrar todos a quem chamei reunidos apenas me esperando.

- Nossa, Jonah, resolveu ficar lerdo justo agora? – exclamou Andy. – Por que quis nos reunir?

- Tem uma coisa séria acontecendo. – falei sem hesitar. – Sam, Melanie, Jesse e Roman estão fora do internato. – todos não conseguiram esconder os olhares surpresos. Claro, ninguém esperava que eu dissesse isso. – Sam me disse o porquê e provavelmente vocês irão me chamar de louco, e foi isso que pensei dele. Mas acreditem, tenho certeza que é verdade, pois sempre desconfiei de Liliam.

- Liliam?? – uma garota no fundo perguntou. – Por que logo a velha louca?

- Nossas brincadeiras acabaram se tornando verdade, Liliam realmente é uma louca. – suspirei. – É uma longa história, mas vocês precisam ouvir com atenção. Eles estão em perigo e somos os únicos que podem ajuda-los, precisam entender que... que estamos em perigo. Todos. Não importa pelo o que estão passando agora, está na hora de por um fim no comando da diretora louca.

Eles ouviram em silêncio tentando compreender exatamente o que estava acontecendo.  Alguns pareceram receosos com o plano, principalmente pelo fato de que poderíamos estar em perigo e muito não sobreviveriam. Mas se tentássemos, nunca mais ninguém sofreria e estaríamos livres do internato.

- Alguém já disse para Sam e Melanie que eles são loucos? – perguntou Andy arrancando risos de alguns alunos. – Eles conseguiram pular o muro do internato! Caramba, da última vez, aquele garoto que tentou até morreu...

- Ele não morreu porque caiu. – interrompi. – Disseram que ele se feriu gravemente, mas que sobreviveu. Adivinhe quem acabou com a vida do garoto?

- Lilian. – Andy suspirou. – Ok, então o que vamos fazer agora?

Olhei para todos no internato vendo a forma curiosa com que me encaravam em busca de uma resposta clara.

- Vamos esperar o plano deles. – eu disse antes de dispensar todos antes que o segurança chegasse.







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Notas finais do capítulo

Tudo dando certo é tão bom.... ushushsuhsush O que acharam?