Heat-Haze Days escrita por Bacon


Capítulo 8
Capítulo BÔNUS - Hot kisses


Notas iniciais do capítulo

-------ATENÇÃO!--------
Este capítulo de nada ajudará na sua compreensão da história. Caso você não goste de YAOI, por favor, pule este capítulo e vá direto ao próximo. Obrigada.



Feito especialmente para as minhas lindas leitoras fujoshis ♥
Espero que gostem~



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De todos os relógios presentes na sala, apenas um ainda funcionava. Todos os outros já haviam parado devido às inúmeras mortes de Rin.

Quando consegui me acalmar e parar de chorar, Lenny se afastou de mim, e nós ficamos a encarar-nos por algum tempo. Desconfortável com o relógio solitário batendo às minhas costas, me levantei, secando as últimas lágrimas com umas fungadelas.

– M-Me desculpe – gaguejei. – Acho que não estava preparado para isso...

Lenny, porém, não disse nada. Continuou a me encarar com olhos nebulosos. O ferimento de sua cabeça sangrava, o líquido vermelho fazendo seu percurso da testa até o queixo, para cair no chão e desfazer-se em vapor. Achei aquilo estranho. Será que algo parecido com isso havia acontecido com ele? Não, eu deveria tê-lo sentido... O que há de errado com você?, interroguei-me, provavelmente com uma expressão que fazia meus pensamentos transparecerem. Lenny suspirou e andou até mim diretamente, olhando para baixo. Recuei alguns passos, voltando a encostar na parede. Ele se apoiou com um braço em um dos relógios sujos ao lado da minha cabeça, impedindo-me que fugisse. Seus olhos voltaram a mirar os meus e eu notei um brilho estranho neles, o qual não consegui identificar.

– Lenn...

– Len, escuta – interrompeu-me ele. – Este relógio que atrás de você é o último. Para você essa sala pode ser infinita, mas para mim não é. Eu não sei o que vai acontecer agora e não quero descobrir caso o pior aconteça. – Virou o rosto para o lado, aparentemente irritado. – Eu quero tentar uma coisa.

– E-Está bem, tente...

Pois é. Esse foi meu maior erro.

Antes que eu tivesse tempo para repensar minha resposta, Lenny se inclinou, deixando nossos rostos incrivelmente próximos. Conseguia sentir a respiração dele junto com a minha, misturando-se. Eu estava paralisado, não conseguia mexer nenhum músculo sequer, apenas observá-lo. Ele chegou mais perto e... me beijou. A temperatura de meu corpo pareceu ter aumentado em 300% naquele momento, mas não era algo de todo ruim. Poderia até dizer que era... agradável. Senti um arrepio percorrer minha espinha – mesmo embora estivesse quase derretendo – e arregalei olhos, em total perplexidade. Lenny pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, enquanto sua língua pedia permissão para penetrar minha boca. Não sei como, nem por que, mas dei-lhe passagem. O gosto dele – seria também o meu? – era doce e... quente. Fechei os olhos, querendo desfrutar melhor de tudo, enquanto nossas línguas roçavam uma na outra, num apelo desesperado por atenção e carinho. Era bom, daquele jeito em que o estômago congela e você implora por mais. Não que eu estivesse implorando...

Tive que nos separar.

A mão desocupada de Lenny, a qual antes estava ocupada apoiando-o na parede, desviou-se e misteriosamente foi parar na borda de minha calça, abaixando-a ligeira e lentamente. Ao mesmo tempo, eu já estava sem ar. Tentei empurrá-lo de leve, mas, sendo isso impossível, virei meu rosto bruscamente para o lado, e assim nos soltamos. Foi agoniante ter que ouvir o som estalido que isso causou.

– Ué, o que foi, Len...? – perguntou o outro eu, num tom que misturava tristeza e indignação.

– E-Eu... – gaguejei, ofegante, voltando a encará-lo. – Você estava...

– Te deixando sem ar? – perguntou, novamente com seu velho sorriso arrogante dançando nos lábios.

Senti o sangue subir ao rosto. Isso só é verdade porque eu não podia mais respirar... Ele voltou a sorrir e se inclinou novamente sobre mim, distribuindo beijos sobre meu pescoço e colo. Arquejei. Ele era incrivelmente sedutor ou eu estava apenas enlouquecendo?

– L-Lenny... ­– suspirei. – O que você está...?

– Shhh... Fique quieto pelo menos uma vez na vida...

Me calei, mordendo o lábio inferior. O que diabos ele estava fazendo? Não que eu não gostasse. Quero dizer... Lenny, enquanto eu o observava pelo canto do olho, começou a distribuir beijos pela minha mandíbula, chegando até minha orelha. Passou, então, a lambê-la de leve, dando-me de cortesia inúmeros arrepios.

– Você é muito gostoso – sussurrou.

– C-Cale a boca...

– Por quê? Você gosta... – mordeu-me a orelha de leve. Eu não tinha percebido, mas ele havia infiltrado sua mão por minha blusa e acariciava meu peito. Não pude evitar de soltar um gemido por entre os dentes.

– L-Lenny, para...!

Mas eu não precisava mais pedir. As sinistras badaladas do último relógio restante na sala começaram a ecoar e eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

TAÍ, CAMBADA ♥
E aí, ficou bom? ;u;
Ficou ruim? ;u;
Alguém gostou? ;u;
Vou receber ameaças de morte por ter interrompido o (quase) lemon na melhor parte? ;u;
Vocês ainda me amam? ;u; ♥

Enfim, né, deu pra perceber que eu tô carente -qq
Bora lá pro cap ~de verdade~ :3


P.S.: Tentei deixar a descrição (será que posso chamar aquilo de descrição? -q) aqui o mais real o possível. Só não pude acrescentar detalhes de experiência própria porque... Pois é, né, eu não tenho experiência própria >//~//
Quem quiser me ajudar com os benditos detalhes é mais do que bem vindo ♥