(25/12/1991) - Quarta-feira- 12:30 - Natal : Foco: Gina
-Então, você quer saber sobre Nicolau Flamel?- Perguntou Tiago para menina que estava acenando em concordância na sua frente. “Ela é bem mais esperta que o Harry, veio perguntar a mim. Já que é assim, vou ajuda-la” pensava Tiago.
-Nicolau Flamel... deixe-me ver. Bem Nicolau Flamel é o portador da pedra filosofal, ou pedra da ressurreição, como preferir.
-Pedra filosofal ?
-Sim, a pedra filosofal tem poderes extraordinários, pode transformar qualquer metal em ouro puro. Realmente, qualquer um quer ter essa padra para si.
-Mas, transformar metal em ouro não parece ser o que o Potter quer–murmurrou Gina. Tiago não ouviu. – Mas é só isso que ela faz, tio ?
-Deixe-me lembrar- sorriu- é claro, eu esqueci o mais importante! A pedra da ressurreição produz o elixir da vida. Diz-se que Nicolau Flamel completou, agora pouco, seu sexcentésimo sexagésimo quinto aniversário e sua mulher tem 658 anos.
-Eu não sei o que significa sexcentésimo e blá blá, mas deve ser bem velho. – Tiago sorriu com o comentário da garota e bagunçou com a palma da mão os cabelos ruivos. – Tio! Eu demorei horas para deixar ele apresentável!! Minha mãe vai saber disso!
-Por favor, não conte para Molly. – Era verdade, a única pessoa da qual Tiago tinha medo era a Molly, Ele já vira a ruiva mais velha em fúria, e não era muito legal.
-Claro, mas sabe, eu gostei muito dos sapos de chocolate que você estava comendo aquele dia, sabe, os que você se negou a me dar. – Falou a ruivinha, a mãe estendida.
-Toma.- Tiago pegou os sapos de chocolate que estavam na mesa.
-Muito obrigada. – e a garota seguiu seu caminho.

Foi até o corredor do banheiro das garotas, segundo andar, combinou de encontrar Malfoy ali e realmente o garoto estava lá.
-Fala ruivinha, descobriu alguma coisa?
-uhum! Nicolau Flamel foi o inventor da pedra da ressurreição, essa pedra produz o elixir da vida e transforma metal em ouro, e ele comemorou o seu sexcentésimo e blá blá aniversario a pouco tempo.
-Caramba, ele é velho.- falou o loiro.
-Pois é! – Respondeu Gina, pulando.- Foi o que eu disse! Bem, mas para que o Harry, Rony e a Hermione iriam querer ouro ou o elixir da vida?
-Não faz sentido. – Disse o loiro olhando para garota.
-Seja como for, acho que o tio Tiago deve ter se esquecido de qualquer outra coisa, bem, eu tenho que procurar. Lembro que Harry, Rony e Hermione não acharam nada na biblioteca.
-Você pode ir à seção reservada, posso pedir uma permissão ao Snape.
-Não precisa Draco. Eu dou meu jeito.

(25/12/1991) - Quarta-feira- 22:00 - Natal : Foco: Harry/Rony

Sim, o dia fora incrível para Harry e Rony. Comeram bem, se divertiram com minibombas e brincaram na neve. Rony dormia profundamente em sua cama, enquanto Harry, depois do divertido dia que tivera, finalmente tomou juízo e começou a pensar em Flameu. Era estranho o modo como nenhum livro da biblioteca dizia nada sobre esse homem, realmente estranho. Foi ai que lhe ascendeu uma lâmpada na cabeça, ele tinha a capa da invisibilidade e podia usa-la para ir a uma parte da biblioteca das quais nenhum professor lhe daria permissão para ir: A seção reservada.

O moreno pensou em acordar seu amigo, mas já que o ruivo dormia um sono pesado vestiu a capa e foi sozinho. Os corredores de Hogwarts já se encontravam vazios. Depois de se divertir aos montes, era compreensível que o pessoal fosse dormir cedo.

Entrou na biblioteca e ela estava, como os corredores, muito escura e vazia. Se fosse mais novo ficaria com medo daquele lugar. Decidiu-se por iluminar o local e pegou uma lâmpada.

O portão de ferro que dividia as alas da biblioteca estava trancado, sorte que Harry tinha trago a varinha. “Alohomora” falou, destrancando o portão e entrou.

(25/12/1991) - Quarta-feira- 22:15 - Natal : Foco: Gina

 Ela dissera a Malfoy que ia arrumar um jeito e, realmente, arrumou. A capa da invisibilidade seria perfeita para ir pesquisar sobre Flameu na biblioteca. E assim foi. Ao chegar lá, fez o Lumus com a varinha, prático e rápido. Já se preparava para destrancar o portão de ferro que dividia a biblioteca, mas o mesmo estava destrancado.  Era estranho, dona Pince nunca deixava aquele portão aberto, até porque naquela parte da biblioteca tinham feitiços dos quais até Dumbleodore se tremia ao ler, seria perigoso se algum aluno tentasse fazer algum feitiço daqueles livros.
(25/12/1991) - Quarta-feira- 22:28 - Natal : Foco: Harry

Andou devagar passando pelos livros, seguindo para a ultima estante, a lâmpada bem presa a sua mão. Começou a ilumina-los e cada um tinha um título pior que o outro. As letras antigas e a capa desgastada não lhe informava nada, uns dos livros tinham manchas escuras, bem parecidas com sangue, outros, eram em uma língua desconhecida pelo moreno.

Harry tinha que começar por algum, então pegou o que achou mais interessante e chamativo, mas em um descuido de sua parte o livro caiu no chão, aberto, e para surpresa do garoto os papéis se dobraram, destorcendo-se em uma enorme boca da qual começou a soarem palavras:
-Seu objetivo não vai concluir pequeno. Você não tem autorização para aqui estar. Então um livro sábio como eu, vou te denunciar. – O tempo que Harry levou para finalmente entender as palavras do livro foi o tempo para o livro soltar um guincho alto e agudo. O moreno derrubou a lâmpada que segurava e só ouviu o estardalhaço produzido.

Estava atordoado com aquilo tudo, produzindo um eco mais grave ao seu livro, outra voz era ouvida bem próxima, desafinada e alta, assim como o livro a sua frente. Tentou fecha-lo, mas, por mais que tentasse, o livro continuava guinchando. Colocou-o, novamente na prateleira, de qualquer jeito e saiu correndo em direção à porta, porém para sua infelicidade o zelador Filch ali se encontrava, tampando a saída.

Foi bem rápido, assim que o zelador deu dois passos para trás Harry se esgueirou e correu, correu para valer até que parou, quase esbarrando em uma enorme armadura. O moreno sabia que tinha uma armadura perto da cozinha, mas deveria estar uns cinco andares acima.
-Alguém esteve na biblioteca senhor, na verdade, duas pessoas. Os livros não demoram tanto para gritar e tinham dois livros gritando. O senhor me pediu para avisa-lo imediatamente assim que eu soubesse que alguém estava perambulando pela escola em horário proibido, então fui avisa-lo o mais rápido possível.
-Onde estavam?
-Seção reservada, senhor.

Harry estava estupefato, o corredor era bem estreito e o zelador se encontrava junto ao professor Snape, mais um pouquinho e um dos dois ia esbarrar no garoto, mas viu a sua salvação. Uma porta entreaberta a sua esquerda e o moreno entrou.

A porta dava acesso a uma sala de aula, ou era o que parecia. Tinha uma mesinha com vários papeis desarrumados e na parede oposta à porta tinha um enorme espelho.

Harry se assustou ao perceber que sua imagem estava refletida ali, deveria estar invisível, não? Aproximou-se mais do espelho e percebeu uma escritura entalhada no ouro em que era revestido o molde do espelho, dizia : Ojesed stra ebru oy ube cafru oyr on wohsi.

Ele viu, ali, refletido no espelho, não apenas ele. O cenário que o espelho mostrava era macabro e Harry se via, aos seus pés encontrava-se Voldemort. E ai começou as especulações do moreno “Será que esse espelho mostra o futuro?” Ele pensava. Enquanto isso, mais pessoas iam aparecendo atrás dele e do derrotado Voldemort. Rony, Lílian, Tiago, Hemione, os professores, Dumbleodore e muitos outros, cada qual com um sorriso enorme no rosto. Até que apareceu Gina, um vestido preto e os cabelos soltos, sorrindo-lhe, abraçando-lhe, dando-lhe a mão. O garoto não sabia há quando tempo estava ali, mas um ruído o tirou dos devaneios e ele lembrou-se que tinha que achar sua cama, saiu da sala, ainda com aquela imagem na cabeça.

X;;;;;;;;;;;X;;;;;;;;;X;;;;;;;;;X;;;;;;;;X
(25/12/1991) - Quarta-feira- 22:26 - Natal : Foco: Gina

Estava tudo tranquilo com a garota, tirando o fato do portão da biblioteca estar aberto, seguiu para a penúltima estante e pegou o primeiro livro que viu, um dourado, já bem velho, mas ainda era legível. “Tudo sobre Tudo” era o título, se falava de tudo, tinha que ter algo sobre Flameu, mas ao abri-lo uma voz feminina falou :
-Autorização, por favor.
-Eu não tenho- sussurrou Gina.
-Então, não poderá me abrir.
-Ora, por quê?
-Talvez você consiga abrir todos os livros dessa biblioteca, mas eu, só abro com autorização, ordens de Dumbleodore. – Mas interrompendo totalmente a conversa do livro com a garota um grito foi ouvido, do nada. – Se meu amigo canta, eu também cantarei.

Foi a coisa mais bizarra que Gina viu na vida, o livro começou a cantar, totalmente desafinado, e não era o único, pois outro som também irrompia o silêncio da biblioteca. Logo Filch estava andando pelas estantes, atrás de alguém. O zelador  saiu bem rápido e logo após Gina ouviu a voz de Snape. Eles não entraram na biblioteca e a garota esperou eles se afastarem para ir embora. Sabia que não estivera sozinha na biblioteca, mas ela não viu ninguém.