BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 33
O bum de uma explosão.


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEI E AGORA PRA FICAR, PORQUE EU DEMOREI PRA POSTAR (8). Ta bom, parei. Sim eu estou de volta e com um capítulo muito esquisito, eu diria. Mas, não me matem eu apenas estava desanimada para postar, só que minhas inspiração voltou !
Aproveitem e quero meus reviews, sem pressão, ta? :)



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Duas semanas se passaram e nenhuma morte foi anunciada. Há dois dias não caçamos e temos dificuldades para encontrar água. Estamos fracos e sem forças para encarar o desconhecido. Permanecemos na praia, onde é seguro, pelo menos até onde sabemos é seguro. Continuamos ansiosos e nervosos. Meu extinto me diz que devo matar meus aliados, mas minha dignidade não permite que eu o faça. Tenho medo do que pode acontecer. Medo de sofrer pela morte de todos eles. Mas consideremos que isso não me fará falta, até porque a minha vez também irá chegar.

Beetee ainda está abalado pela morte do meu camundongo, Wiress. Peeta anda ocupado demais com Madge e isto está começando a me incomodar de um jeito muito ruim. Cato vive me lançando olhares duvidosos e bravos. Johanna e Finnick não se desgrudam á duas semanas, estou começando a achar bonitinho, mas ás vezes eles exageram.

- Oi, faca.

- Oi, Johanna.

- O que é que você tem?

- Nada, eu estou bem, obrigada!

- É ciúmes?

- Do que você está falando? – perguntei completamente indiferente – Eu não estou com ciúmes de ninguém.

- Tudo bem, não está. E eu por acaso sou idiota? – ela me olhou com uma cara um tanto quanto óbvia – Não responda! O fato é que estou preocupada...

- Com o que exatamente? – pergunto.

- Como com o que exatamente? – ela se senta ao meu lado – Com Finnick, óbvio!

- Finnick? O que tem Finnick?

- Não se faça de besta! – levei um tapa no braço – Sabe muito bem do que estou falando.

Mas é claro que eu sei. Ela está se referindo ao dia em que eu e Finnick saímos em busca de água e fomos surpreendidos por vozes que saiam misteriosamente de canto da mata. Pensei ter ouvido o grito estridente de meu irmão, Connor, clamando por mim. Corri desesperada a procura da voz, mas era apenas um pássaro. Os Idealizadores pregaram uma peça em mim, não somente em mim, mas como em Finnick também. Primeiro os gritos agudos de uma garota a quem ele chamou de Annie e depois gritos de outra pessoa, aquele eu reconheci. Aqueles gritos não eram de nossos parentes e sim de pássaros denominados Gaios Tagarelas. Eles emitem o que ouvem, o que nos deixou curiosos e assustados. Corremos o máximo que podíamos para escapar de todos aqueles pássaros horrorosos que voavam sobre nossas cabeças e faziam uma orquestra de gritos. Chegamos até a praia, mas não conseguimos passaram daquele ponto porque um campo de força nos prendia do outro lado, na mata. Finnick se agachou num canto e tapou os ouvidos como se quisesse interromper que qualquer barulho chegasse até seus tímpanos. Fiz o mesmo, pois não havia escolha. Depois de no mínimo dez segundos sendo torturados pudemos atravessar aquela barreira. Finnick não deu atenção a nenhum outro vitorioso, apenas Johanna, ele lhe deu um abraço forte e se recusava a soltá-la. Ela chegou ao ponto de sentir falta de ar.

- Ah, sim, agora me recordo. O que há demais nisso? – pergunto me fazendo de desentendida.

- O problema é que não consigo entender o porquê daquele abraço. Quero dizer, nós somos amigos, apenas isso e nada mais. Ás vezes fico confusa em relaçãos ao sentimentos de Finnick...

- Homens são todos iguais, em parte. Não se decidem! – continuo não dando importância á aquilo.

- Eu acho que... Que gosto dele.

- O QUE?

- Digo, gosto de verdade. Entende? – ela me perguntou e eu não sabia o que responder. Suas bochechas estavam vermelhas de vergonha pura.  – Mas... Ele tem a Annie. Annie Cresta vale mais do que mil Johanna’s Mason. – completou.

Tive vontade de protestar, mas fomos interrompidas.

- Ei vocês duas, venham cá. Beetee disse que achou um jeito de acabar com os outros vitoriosos.

[...]

A ideia de Beetee não é nada menos que maravilhosa. Beetee pede para Finnick o auxiliar e o resto do grupo montaria a guarda. Antes mesmo de atar qualquer fio à árvore, Beetee desenrola metros e metros do material. Finnick prende Beetee em uma árvore e os dois, cada um de um lado da árvore, passam o cilindro um para o outro enquanto enrolam o fio em volta do tronco. A lua. A calmaria. O trabalho fica concluído no exato instante em que ouvimos a onda bater. Beetee enfim revela o resto do plano. Devemos ir para selva e levar conosco o fio, desenrolando na medida que seguidos. Depositá-lo ao longo da praia das dozes horas e jogar o cilindro de metal, com o que quer que tenha sobrado, bem no fundo do mar, e nos certificar de que ele afundou mesmo. Logo depois teremos que voltar para selva. Apenas eu e Johanna Mason dentro de uma selva perigosa.

- Eu quero ir junto – disse Cato. Peeta protestou e pediu para que também fosse. Ótimo!

[...]

- Para que vocês saiam de lá com vida, é preciso que partam imediatamente – disse Beetee.

O problema é que eu não sou habiatuada a pisar no solo da selva. Não há o que fazer, nós iremos e pronto. Sei que isso de alguma maneira irá dar certo, eu cinfio em Beetee.

- É só soltar o fio e vir direto para cá, certo? – Johanna pergunta.

- Mas não vão para a zona do raio – lembra Beetee – Vocês precisam ir para a árvore no setor de transição entre duas horas e uma hora. Se vocês acharem que o tempo está se esgotando, sigam para a fatia seguinte. Mas nem pensem em voltar para a praia até que eu tenha condições de avaliar o estrago.

- Madge você fica, alguém precisa tomar conta de Beetee – diz Peeta. Sem hesitar ela concorda.

Desenrolamos o fio e começamos a caminhar da selva em direção á praia.

- Estamos no caminho certo? – Johanna perguntou.

- É claro que estamos. Só há uma direção. – Peeta responde.

Precisamos de lenha para a fogueira e água. Aproveitamos a situação e  Peeta vai na frente cortando as trepadeiras, Cato vai em segundo com a espada na mão caso aconteça alguma coisa, Finnick vai em terceiro por que quis mesmo, eu vou em quarto não sei por que e Johanna vai por último. Andamos em fila indiana como eu andanda no colégio quando tinha uns quatro anos de idade.

- Johanna vá na frente. Quem sabe melhor de árvores do que você? – diz Cato

Mas não ouvimos a gabação e nem todo aquela ladainha dela. Não recebemos resposta alguma. Ela se calou.

Percebemos que não há movimentação atrás de nós. Johanna parou de andar.

- Onde está Johanna? – Cato pergunta.

[My Love – Sia]

Quando olhamos para trás lá está ela. Com a pupila dilatada e com uma flecha enorme na perna.

- Johanna – grito. Até nos empurra.

- Eles estão atacando – ela diz

Gloss, Cashmere, Chaff e Seeder estão nos caçando.

- Não, não, não!  Agora não, agora não – digo - Este não é um momento bom para um ataque.

- Corram – grita Johanna – Vão!

- Eu não posso te deixar aqui.

- Ficar para que? – diz ela – Pra você morrer? Vai logo.

Eu nunca entendi a relação o porque da minha reação quanto á aquilo, eu apenas a ajudei.

- Vamos, eu te ajudo – digo

Eu a pego por um braço e  Peeta pega seu outro braço. Cato vai na frente com uma espada na mão só por proteção. O sangue jorra da perna dela e a cada passo que damos ela geme. Eu peço para que parem e sento Johanna no pé de uma árvore. Com uma faca, rasgo um pedaço do meu casaco e amarro na perna dela para estacar o sangue. Um buraco enorme em sua perna, e não exagero em dizer enorme.

- Eu estou falando sério – ela sussurra – Vão. Vocês não precisam de mim.

- Será que dá pra você calar a boca, Johanna? – digo – Você é forte, levanta daí.

- Não – diz ela – Me deixa aqui.

- Eu te odeio tanto que não consigo ficar nesse inferno sem você – digo.

Ela sorri e estendo os braços para que eu e  Peeta a carreguemos. Os ataques continuam e eles estão escondidos, o que dificulta tudo porque assim não conseguimos atacá-los.

- O que houve? Porque param de andar?

- Vai, Clove, anda! Faça logo o que tem que fazer! – Johanna gritou.

- Está bem. Vão na frente, assim que eu terminar vou atrás. Eu prometo.  – digo. Me sinto como se fosse a última esperança.  O pingo de dignidade que me falta. A última gota de coragem. - Por favor.

Sinto como se nunca mais fosse vê-los. Se aquele seria o meu fim, eu realmente não sabia. Apenas me lembrei de que não aproveitei nada do que me foi oferecido. Tive tantas oportunidades e as joguei fora sem ao menos pensar duas vezes. Eles foram forçados é claro. Mas foram.  Disse a Cato para que fosse e que se aquele seria nossa despedida que se lembrasse de quem um dia eu fui. Lhe pedi que obedesse porque eu, no fundo, sabia que aquele seria o meu último pedido. Ele passa para mim o fio que antes estava em suas mãos, apoia Johanna nos ombros e sai correndo com Peeta, que me olha descrente.

- Tudo bem, respira fundo – disse a mim mesma – Tarefa difícil, mas você consegue. Além do mais, você ganhou a septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes, não é?

“Sim, mas isso não dispersa meu medo.”

Corro pela selva com o cilindro de metal em minhas mãos. Começo a sentir um cansaço e caminho lentamente. Meus inimigos já devem estar distantes á essa altura. Ando tão devagar e com a respiração ofegante que me sinto ainda mais cansada e preocupada em relação ao tempo que ainda tenho. A corrida deve ter me favorecido. O cilindro, de repente, começa a vibrar. Subitamente, o fino fio dourado cai em cima de mim, emaranhando-se em rolinhos ao redor de meus punhos. Então a extremidade vai até meus pés. Alguém não muito acima de mim cortou o fio. E vai estar perto a qualquer momento.

Minha mãos se livra do fio e está tocando as penas de uma flecha quando o cilindro de metal se choca contra a lateral da minha cabeça. Uma dor terrível toma conta da minha têmpora esquerda. Já estou no chão quando sinto algo perfurar a minha pele, rasgando-a toda. Percebo que Madge está sentada em meu peito, me prendendo pelos ombros com os joelhos. Com uma habilidade estranhamente rápida, ela se levanta e sai correndo desviando-se das árvores. Minha visão ainda está embaçada e sem foco, mas sei que é ela por causa de seus fios loiros. Logo depois consigo localizar a dor e vejo meu braço cortado e sangrando.

O que está acontecendo?, penso.  

Levanto-me tonta e olho ao redor para ver se algo estava acontecendo. Tento fazer com que o sangue pare de escorrer, mas é impossível. Ouço passos que só podem ser dos meus inimigos. Eles estão próximos agora. Corro o máximo que posso gritando por Cato, esquecendo-me completamente de Peeta, pois agora sei de sua traição. Ele e Madge planejaram tudo sorrateiramente. Nem me importo se os outros irão ouvir, só quero que Cato se salve.

Sinto algo agarrar meus pés e caio esparramada no chão. Aquela coisa esquisita está me envolvendo e me prendendo. Só depois de muito tempo me debatendo percebo que é a rede de Finnick. Bom, agora sei que estou no caminho certo. Mas a rede de Finnick não é tão fina quanto essa. Estou enganada mais uma vez, esse é o fio de Beetee que está presa na árvore do raio. Levanto-me lentamente e cuidadosamente.

- Clove! – ouço Peeta gritar, mas o que ele está fazendo clamando pelo meu nome? – Clove!

Ele com certeza está com Cato. Isso me deixa preocupada, pois sei que por mais que Cato seja maior e mais forte que Peeta, se este o prendeu ou algo do tipo, o loiro terá uma morte certa.

- Cato! – grito, mas ele não responde.

Corro ainda mais e aperto os olhos com força na direção do alto da encosta e precebo que estou a apenas alguns passos do campo de força. Corro ainda mais, mas a voz de Peeta está longe. Afinal, porque estou me guiando pela voz dele? Não sei, mas sinto que algo está errado pelo tom de sua voz.

Estou tão perto do campo de força que escuto seu zunido. Por incrível que pareça, eu corri em círculos e voltei ao meu ponto de origem. O fio continua lá, intacto. Minhas mãos trêmulas deslizam o fio do cabo, o enrolam em uma das minhas facas e eu o prendo num nó que aprendi com Finnick.

Me levanto, virando-me para o campo de força acima da minha cabeça. A minha preocupação está no local onde devo dirigir a ponta da faca. Ainda não sei de onde surgiu aquela ideia maluca, mas eu estou executando-a. Minha mira é certeira, pois eu vejo a faca desaparecer, puxando o fio de ouro.

Sinto um arrepio percorrer por todo o meu corpo e o raio atinge a árvore.

Uma intensa luz branca percorre o fio, e apenas por um momento, tudo explode numa cegante luz azul. Sou jogada para trás e caio no chão, paralisada, olhos arregalados à medida que pedacinhos da matéria caem em cima de mim.

[Uma semana depois]

Abro meus olhos lentamente, eles tentam se acostumar á uma luz que lembra a de uma lâmpada. Meu corpo já não está mais em cima de um monte de folhas secas ou areia, e sim sobre uma cama quente e confortável. Levanto-me um pouco para ver quem está ao meu lado. Olhei para aquela pessoa sem saber quem era, pois a minha visão continuava ruim. Forcei a visão e pude ver seu cabelo loiro, mas não era Cato, pois seus fios eram lisos e o daquela homem era cacheados mas nem tanto. Sim, era um homem. Assim que ela abriu sua boca para falar, pude escutar sua voz, eu conhecia aquela voz, mas fiquei me perguntando o porque dela estar lá.

- Oi, cravinho.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo, e eu espero que ainda estejam acompanhando a fanfic.



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