Ela estacionou o carro, cantando pneu. O barulho ecoando por toda a rua. Saiu as pressas, chorando. Pegou a chave de casa e abriu a porta ouvindo o carro Grissom parando em frente a casa. Sara bateu com toda a força a porta de casa, derrubando sua chave enquanto estava aos prantos.

Derrubou tudo que estava a sua frente. Quebrou dois vasos que estavam na sala e quando estava prestes a derrubar os livros de uma prateleira próxima Grissom a segurou afastando-a dali.

Sara começou a gritar, a fazer escândalos, não ligando pra quem pudesse ouvir, não ligando se estava tão tarde.

Suas lágrimas a cegavam, seus soluços a fazia estremecer.

Ela se debate enquanto Grissom tenta doma-la.

- Para Sara! – ele grita com ela – Pare!

Mas ela não desiste, continua dando socos e pontapés nele, deixando que todo seu ódio fosse posto pra fora de forma violenta, agressiva, sem pena.

- Te odeiooo. – ela grita tentando se afastar, fechando a mão e apertando tanto que os nós de seus dedos ficam mais pálidos – Como eu pude ter sido tão ingênua?

- Desculpa Sara, desculpa. Meu Deus. – ele não consegue para-la. Ela esta a todo vapor – Eu entendo você. Agora entendo, por favor. – ele implora chorando, agora fazendo-a parar de se debater.

Ele respira fundo e ela vê que ele também chora. O nariz dela está vermelho.

- Sabe que não terá segunda chance! – ela afirma cuspindo cada palavra.

- Eu te amo! – ele quase grita – Desculpa, por perceber isso só agora. Precisei ver seu olhar cheio de dor pra reparar que é você quem amo, sou um... Um babaca – ele fala rápido demais, ficando sem fôlego.

- Show, agora é preciso sair com outra pessoa pra ver se amamos de verdade nosso parceiro?

- Sara, eu te amo!

Ela fica encarando-o enquanto ele a avalia e solta seus braços.

Em uma rapidez tremenda Sara lhe dar um tapa na cara, fazendo com que ele vire o rosto, e quando volta a olhar pra ela seus olhos estão em chamas, ardentes.

- Não minta pra mim novamente! – sua voz é como um trovão. E quando ela avança pra cima dele, ele a impede, segurando seu quadril e lhe dando um beijo.

De imediato ela tenta se afastar, mas ele é rápido e a pressiona contra a parede. Colocando uma de suas mãos em seus cabelos grandes e sedosos, dando alguns puxões de leve.

É claro, ela não resiste, mesmo dando socos nele, uma hora ela para e se rende, respondendo aos beijos dele. Achando diferente, melhor.

O sabor salgado das lágrimas fazem com que ambos desejem mais a boca um do outro.

Grissom arranca sem piedade a blusa de seda dela, enquanto a ergue, fazendo-a ficar em seu colo. Ela cruza as pernas em sua cintura e puxa o cabelo de Grissom, o fazendo gemer baixo e apertar o seu quadril. Com a força do desejo Grissom segura com força o cabelo dela.

Ele a vira, batendo o corpo dela contra outra parede, ela levanta o rosto com os olhos fechados e Grissom beija todo seu pescoço, descendo aos poucos até chegar a seus seios.

Sara morde os lábios, arranhando as costas de Grissom, sua unha fazendo movimentos de baixo para cima repetidas vezes.

O prazer que ambos sentem é de outro mundo, uma sensação gostosa e satisfatória.

Eles fizeram amor em quase toda a casa. Até que chegaram ao quarto e se jogaram na cama, e ainda assim tinham energia o suficiente para continuarem.

Seus corpos molhados e quentes, tão quente quanto o fogo. Um simples toque fazia todo o pelo do corpo se eriçar, o coração bater mais rápido e as células se moverem freneticamente, tentando acompanhar tal momento.

Sara tombou a cabeça pra trás, com os cabelos molhados de suor e os olhos fechados e apertados. Enquanto isso Grissom mordisca sua orelha e devagar a penetra, indo pra frente e para trás. Movimentos urgentes e majestosos que fazem Sara morder os lábios com força o suficiente para depois gemer baixo e olhar pros olhos de Grissom que prendiam os dela. Aquele rosto que queria apenas o seu perdão, o rosto soado, o olhar com mil suplicas.

Ela beijou seus lábios enquanto mais uma gota de lágrima escapava de seus olhos, talvez de tristeza ou de felicidade.

Uma noite de desejos tem o seu fim.

O Sol estava de pé. Era bem cedo porque o calor do Sol ainda era bem fraco.

Grissom já estava de pé olhando pra rua pela janela. Enquanto Sara dormia, com a costa nua e o lençol tapando somente suas pernas.

Ele olhou a hora pegou um papel e uma caneta e escreveu algo pra Sara, colocando dentro do bolso de sua blusa que estava ao lado da cama que provavelmente ela vestiria quando acordasse. E saiu de casa, desejando voltar o mais rápido possível, até antes que ela acordasse.

Pegou seu carro e foi para a casa onde ele não queria mais voltar, pra onde morava uma mulher linda e sedutora, na qual ele não tinha mais olhos. Ele estava ansioso pra encontra Heather e dizer que a escolha dele é Sara. Que o verdadeiro amor da vida dele é Sara.

Chagando lá, saiu do carro às pressas, nem dando tempo de desligar o motor. Queria logo dar um ponto final naquilo.

Foi quando apertou a companhia algumas vezes e ninguém lhe atendeu. Tentou ligar pra ela, mas seu celular estava desligado. Então partiu pra ultima alternativa. Levantou o tapete de boas vindas pra pegar a chave reserva, mas acabou se deparando com um papel dobrado que rapidamente ele pegou curioso, já abrindo.

**~~

Sara terminou de vestir a calça e pegou sua mala, com pressa.

Depois de ter acordado e visto que Grissom não estava ali, sentiu que talvez aquelas desculpas não fossem tão verdadeiras, mesmo o olhar dele dizendo o contrario.

Pegou sua mala grande e enfiou ali dentro algumas roupas e por ultimo uma foto que ela tinha com Grissom, uma na qual ela amava. Admirou a foto por alguns segundos antes de guarda-la na mala com cuidado.

Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo. Correu para o banheiro e escovou os dentes. E antes de sair de casa, olhou pra bagunça da sala e de como aquilo a deixava triste.

- Te amo. – ela sussurrou honestamente.

Fechou a porta dando um ponto final pra toda aquela situação. Ela sabia que se saísse daquela casa, não teria mais que brigar, nem perdoar. Não choraria mais, nem se magoaria. Mas não poderia negar que choraria de saudades.

Respirou fundo, aquela foi a sua decisão.