Love And Music escrita por Mari Scotti


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Demoreiii! Mas é que os livros resolveram ser publicados quase na mesma data, estou enlouquecendo! O capítulo é curtinho, mas para não deixá-los sem informação. Espero que gostem!
Comentem!

Beijo

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Capítulo 15 ― Minha filha está morrendo? – desestabilizou-se Renee, sendo amparada pelo marido. Charlie não estava diferente dela, pálido e com os olhos arregalados esperando por alguma resposta. ― Um momento. – a enfermeira disse a quem a aguardava ao telefone e se voltou para Edward – Sentem-se que o médico já está descendo, não é nada grave. – enquanto ninguém se moveu, ela continuou tampando o bocal com a mão e com a cara sisuda esperando que se afastassem. ― Vamos nos sentar, ela não vai dizer nada. – Edward fez com que a família e o amigo de Bella retornassem para o local onde estavam sentados antes. Se acomodou ao lado da mãe dela e aguardou, igualmente ansioso. ― O que acha que aconteceu para ela ser levada a UTI? – Jacob perguntou para Jasper. Todos olharam para o rapaz. ― Ela pode estar com pneumonia, não sei. Da última vez que não melhorou só com inalação, era pneumonia, lembra pai? – desviou a pergunta para seu pai, pois estava cansado e preocupado com a irmã. ― Sim, é verdade. – respondeu Charlie pensativo – Mas eles avisariam, afinal ela é menor de dezoito anos e não podem interná-la sem nosso consentimento. – Lembrou. ― Ah não ser que seja um procedimento urgente! Minha filha está morrendo! – A mulher afundou o rosto no peito do marido, chorando copiosamente. Jasper, Edward e Jacob se entreolharam sem saber o que dizer. Cerca de quinze minutos mais tarde o médico se juntou a eles. ― Senhor e senhora Swan? – questionou ao se aproximar. O médico estava vestido todo de branco, era um senhor um pouco acima do peso, mas com aparência de quarenta anos de idade. Usava óculos, cabelos raspados e tinha um sorriso afável no rosto. Renee imediatamente simpatizou com ele, levantou-se e o cumprimentou. ― Sou a mãe da Isabella, como ela está? ― Boa noite senhora Swan, me chamo Wagner, sou o pneumologista de plantão. – ele soltou a mão dela e cumprimentou o restante das pessoas, continuou falando – Ela chegou aqui tendo uma crise de asma e a oxigenação estava menos de quarenta por cento, por este motivo foi internada. ― Mas a enfermeira disse que ela esta na UTI. Isso é normal? – Charlie interrompeu o médico. ― Não senhor... ela foi internada por outro motivo. ― Qual? – desta vez foi Edward que perguntou. ― Vocês sabem que sua filha foi agredida recentemente? Todos, com exceção de Jacob, olharam para Charlie e logo disfarçaram. Foi ele que tomou a palavra. ― Sim, sabemos... ― Devem saber quem foi o agressor. – Adivinhou olhando diretamente nos olhos de Charlie, havia censura na postura que o médico adquiriu. – Ela está passando por uma série de exames físicos e psicológicos, porém há sérias escoriações nas costas dela e na região lombar. Ela ficará sob nossos cuidados e observação por no mínimo três dias. O agravamento nas vias respiratórias se dá mais ao psicológico que a crise em si e o pulmão dela está fraco. ― Eu não sabia que ela foi agredida... – Comentou Jacob falando baixo. – Quem foi o filho da puta? Pegaram o bandido? – Perguntou inocentemente a Jasper, sem notar que o rapaz fazia sinais para ele se calar. Ninguém respondeu, deixando a pergunta se perder no ar. O médico continuou: ― Preciso que assinem alguns papeis nos autorizando a fazer os exames e a internarmos. E preciso lhes informar que a polícia foi acionada para averiguar as marcas no corpo da menina. ― O que? – Renee ficou branca de repente e foi preciso que Charlie a colocasse sentada. – Vocês não têm o direito de chamar a policia! – Conseguiu proferir, escondendo o rosto entre as mãos. O médico ficou em silêncio, era visível a irritação na face dele, Edward entendia bem aquela sensação, a vontade de socar o responsável pelas marcas na pele da menina. Ele tocou o ombro do médico chamando a atenção para si. ― Ela autorizou avisarem a policia ou é de praxe do hospital em situações assim? ― É de praxe. – Explicou se voltando para Edward. – Qualquer vitima que entra no hospital com sinais de agressão, seja externa ou até abuso sexual, nós somos obrigados a avisar as autoridades. – Respirou fundo. – A menina está tão irritada com isso que o quadro piorou, por isso a UTI. – O homem coçou a nuca e ouviu seu nome ser chamado, quando se virou, deparou-se com a mãe de Edward que se aproximava deles a passos apressados. – Doutora Diamante. – sorriu disfarçando para a família. ― Bexiga ambulante. – Ela devolveu a brincadeira e se abraçaram, assim que se soltaram a mulher viu Edward. – Oi filho, como está a sua namoradinha? ― Ele é seu filho? – O médico acompanhou o olhar de Esme com um sorriso fraco. ― Sim é. Edward, este é o doutor Wagner Santiago. Trabalha comigo também no hospital de Forks. Edward apenas acenou com a cabeça. ― Ela será internada, mas acho que o doutor pode explicar melhor. Podemos vê-la? – Perguntou desta vez se voltando ao médico. ― Ainda não. – Ele encarou Esme. – Vamos até lá, no caminho te explico tudo. – Ele se voltou para Renee e Charlie. – A enfermeira trará a documentação e está apta a tirar qualquer duvida técnica sobre os procedimentos. ― Obrigada. – Respondeu Renee ainda desnorteada. ― Meu filho pode ir conosco? – Questionou Esme num volume que só o medico poderia ouvir. ― Não poderia, mas já que é você... A mulher fez um sinal discreto chamando Edward que os acompanhou até os elevadores. No caminho Wagner deixou a médica a par dos detalhes sobre o atendimento peculiar que dariam a Isabella. ― Um quadro grave de asma e ferimentos nas costas. Você sabe o que aconteceu com ela, filho? Edward que estava logo atrás ouvindo tudo confirmou com a cabeça, mas nada disse. ― E o que foi? ― Jurei a ela que não contaria a ninguém mãe e quem fez isso se arrependeu e procurou tratamento... Inclusive é com a senhora que essa pessoa vai se tratar. – Lembrou. ― É do... Eu não assimilei que era da família dela que você estava se referindo naquele telefonema. Entendi filho. Assim que saíram do elevador, a conversa morreu. Esme dirigiu-se até o quarto onde haviam internado Isabella e não permitiu a entrada de Edward. O rapaz ficou observando o atendimento pelo vidro da porta do quarto, Isabella estava de frente para ele, mas não tinha notado que era vigiada. Alguns minutos mais tarde Wagner saiu e o encostou contra a parede. ― Você viu as costas daquela garota? – O médico estava transtornado. Afastou-se balançando a cabeça. – Foi o pai dela não foi? Aquilo é obra de um homem. Uma mulher não teria forças para cortes tão profundos. O que ele usou nela? Um chicote? ― Não senhor. – Sussurrou Edward segurando-o pelos braços. – Não sei o que ele usou. Ela não me deu detalhes, mas cuidei dela... Sei como estão os machucados e acredite, também o queria preso. Hoje ele pediu perdão a ela, é mesmo necessário envolvermos a policia? – O soltou. Apesar de precisar manter a postura profissional, o médico estava fora de si. As escoriações e maus tratos por quais Isabella visivelmente era submetida, o remetiam a lembranças passadas, de um tempo onde ainda era criança e não podia ajudar a irmã mais velha. Suspirou assentindo vigorosamente. ― Sim. Não abro mão de avisar a policia. – Expressou sua indignação ao encarar Edward nos olhos. – Ela foi violentada? Edward arregalou os olhos, mas negou. ― Não. Ao menos ela não comentou nada comigo. – Sussurrou em seguida, pensativo. – Olha doutor, o envolvido se arrependeu. Me responsabilizo por ela. Não pode deixar a polícia de fora? – Pediu gentil, tentando mostrar a ele que estava tudo sob controle. Wagner respirou fundo e soltou o ar demoradamente, deixando Edward mais apreensivo. ― Não acionamos ninguém ainda, era apenas para assustar o pai. Pela minha experiência, geralmente os pais são os culpados. – Colocou a mão no ombro de Edward. – Por sua mãe, vou fechar os olhos para este caso, mas se qualquer coisa acontecer, a leve a policia. Ok? ― Obrigado. Obrigado mesmo. – Suspirou aliviado. – Posso vê-la? O médico olhou para dentro do quarto e assentiu. ― Tem dez minutos. Vou liberar a ficha dela para ser levada ao quarto mais tarde. – E deixou Edward sozinho no corredor. Dona Esme deixou o quarto no mesmo instante, fez um sinal ao filho e seguiu na mesma direção que o médico. O rapaz estava ansioso para ver Isabella, mas de repente todas as inseguranças que o fizeram ficar com raiva naquela tarde, voltaram à sua mente. Adentrou o quarto cabisbaixo, caminhando em direção a ela, sem se atentar aos tantos aparelhos à sua volta ou ao fato dela estar com uma agulha em seu braço por onde tomava a medicação. Percebeu apenas que a respiração se mantinha audível e pesada, quase como um miado de gato. ― Bella. – Sussurrou segurando a mão pequenina dela entre as suas e levou aos lábios, cheirando e dando um beijo. Ela o olhou sonolenta por causa da medicação, mas o sorriso que lhe lançou, desarmou-o por completo. ― Você não podia me ver assim. – Murmurou constrangida. – Estou feia... – Ele notou os olhos dela marejados e beijou sua testa, carinhoso. ― Quem mais cuidaria de você? Sou seu noivo, esqueceu? Isabella iluminou-se ao ouvir as palavras dele, mas ainda tinha a face extremamente abatida. ― Eu te amo tanto, Edward! – Sussurrou, então abriu os olhos o encarando. – Sabe se chamaram a policia mesmo? ― O médico não vai chamar, fica tranqüila. O importante agora é você ficar boa. ― Preciso te contar algumas coisas... – Começou, mas a falta de ar a impediu de continuar, fechou os olhos procurando acalmar o coração e a respiração. Ele ficou tenso, mas tentou não demonstrar, afagando os cabelos dela e a mão que estava na sua ainda. Quando pareceu se recuperar, a enfermeira entrou no quarto, impedindo que conversassem mais. ― O seu tempo acabou. – Avisou. Edward se aproximou e beijou a testa de Isabella. ― Te amo, Bella. Não se preocupe com nada. Vou cuidar das coisas para você. – Beijou a mão dela e saiu. O coração apertado por deixá-la só e ansioso por saber o que ela pretendia contar. Se fosse algo com aquele cachorro do Jacob, não sabia como lidaria. Isabella ficou com os lábios entreabertos, surpresa com a saída rápida de Edward, esperava ao menos um beijo decente, e suspirou chateada com ele. Olhou para a enfermeira que media a sua pressão e suspirou, deitando a cabeça. ― Sente-se bem? – Questionou a mulher a olhando com atenção. Era uma senhora miúda, cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo mal feito, uniforme azul marinho do hospital e mãos ágeis que mediam a pressão dela e tocavam superficialmente os machucados na lateral de seu corpo, a virando um pouco de lado. ― Melhor, obrigada. – Respondeu constrangida com a sucessão de toques. – Sabe quando poderei sair? ― Geralmente os pacientes com crise asmática ficam três dias internados. – Comentou deitando Isabella na cama novamente. – É geladinho... – Avisou, erguendo o braço da menina e colocando um termômetro embaixo da axila. Ela estremeceu com o contato frio, mas rapidamente se acostumou. Bella permaneceu silenciosa, e quando os exames terminaram e a enfermeira deixou o quarto, fechou os olhos para pensar um pouco. Odiava hospitais, odiava ficar internada, odiava inalações e pretendia fazer uma cirurgia que a manteria sob cuidados por mais de um mês. Seria o certo a fazer? Passou os dedos pela barriga, sentindo as estrias e gemeu constrangida. Se queria se casar e fazer amor com seu futuro marido um dia, precisava se livrar dessas marcas. Vou fazer. Resolveu. O sábado chegou chuvoso, do lado de fora o cinza da cidade ganhava vida, destacando a poluição de São Paulo. Edward acordara cedo, pois daria aula naquela manhã, porém estava aflito com a saída de Isabella do hospital. Tinham quase certeza que ela receberia alta e queria estar lá para buscá-la. A constante convivência com Jacob entre idas e vindas ao HF, acabou por dissipar seu ciúmes, pois percebeu que ele não tinha algum interesse amoroso em sua noiva, tornando-o um possível amigo. Marcaram de avisar um ao outro caso soubessem da alta de Isabella antecipadamente. ― Filho? – Dona Esme entrou no quarto. Edward virou-se para ela e abriu um sorriso grato e surpreso. A mãe tinha estado por perto por toda a semana e desacostumado com a atenção, acabava por demonstrar sua carência sempre que ela o surpreendia. Suspirou e fechou a cortina, andando até ela com as mãos nos bolsos da calça social preta. ― Bom dia mamãe. – A beijou na testa, abraçando-a rapidamente. Esme se afastou, arrumando a gola da camisa azul que ele trajava e também as mangas que estavam mal dobradas. ― Você cresceu... – Suspirou. – Vai buscar a Isabella? – Questionou olhando-o nos olhos. ― Não. Tenho duas turmas para dar aula hoje e ainda ensaio depois disso. – Fez uma careta. – Ela deveria participar... ― Ela tem uma boa justificativa para faltar, não acha? – Ele concordou, mas nada disse. A mente divagando sobre as chances que ela poderia perder, mas também compreensivo e preparando argumentos para convencer o primo a convidá-la a fazer parte da banda. – Quer me falar sobre esse seu noivado repentino? E a Jéssica? ― A Jéssica é um passado distante. – Passou os dedos abertos pelos cabelos loiros da mãe, os jogando para trás. – A Isabella meu futuro. Isso é certo, mãe. ― Ela é nova e o pai dela muito perturbado. ― Não vou me casar com o pai, mas com a filha. – Defendeu-se. – Se encontrou com ele? ― Sim, na quinta. – Começou. – Mas sabe que as sessões são secretas, nada posso revelar. ― Nem o que ele tem? ― Pedi exames clínicos, mas numa primeira instancia acredito que deva ser algum trauma grave de infância. ― Trauma? – Espantou-se. – Um trauma? Como chegou a essa conclusão? ― Ele evita falar sobre a adolescência e a infância. É fácil de deduzir. – Sussurrou, ficou na ponta dos pés e beijou o rosto de Edward. – Quer carona? ― Não... – Riu. – Vou de carro, depois preciso visitar a Bella. ― Você fugiu e não me falou do casamento. – Lembrou. ― Ah mãe... acho que encontrei a minha Esme. – Proferiu baixo e constrangido. ― Como assim, menino? – Riu. Ambos direcionando-se para a sala. Ele com o case do contrabaixo pendurado no ombro direito e ela com uma maleta e vestida toda de branco. ― O papai conta que foi amor a primeira vista. Que não havia como negar... é assim que me sinto. Que achei a mulher da minha vida. – Tentou parecer natural, mas ambos suspiraram. ― Certo. Vou parar de implicar com a idade da moça. Espero que seja feliz. – Abraçaram-se e logo se separaram. Edward viu a mãe partir e emocionado, foi para a garagem, adentrando o carro emprestado. Olhou no espelho encontrando o rosto liso com a barba feita, os olhos manhosos de saudade e sorriu, esperançoso. Ambas as famílias aceitavam a união, agora era convencer Isabella a se casar antes dos dezoito anos e descobrir o que tanto ela adiava lhe contar. Na escola de música o clima estava tenso, ao adentrar percebeu os olhares sobre si e apesar de estar acostumado, notava que não era admiração ou entusiasmo, mas estranhamento. Entrou na sala que dividia com Emmett no térreo e colocou o instrumento encostado à parede, sentando-se de frente à sua mesa. O ambiente era normal, uma sala iluminada por lâmpadas fosforescentes, sem janelas, pois ficava no centro do prédio e não dava saída para nenhum dos lados. A porta de entrada de vidro, por isso enxergava todos que passavam no corredor. Do lado de dentro duas escrivaninhas, uma de frente para a outra, ambas em um tom cinza escuro e com cadeiras pretas de encosto alto. Ao lado de Edward havia um armário de aço com gaveteiros e portas, trancado à chave, onde deixava diversos documentos da Escola. Ao lado da mesa de Emmett havia um parecido, porém atrás do móvel, se escondia um cofre com os documentos mais importantes. Edward ligou o computador e enquanto aguardava, olhou se havia alguma mensagem importante no celular, constatando que não recebera nada. Frustrado, jogou o aparelho sobre a mesa e concentrou-se em seus afazeres. ― Posso entrar? – A voz aveludada de Jéssica preencheu o vazio do ambiente. Edward se esforçou para não revirar os olhos e apontou a cadeira à frente de sua mesa, sem nem ao menos olhar para ela. – Você está bem? – Questionou assim que se acomodou. ― Bem. O que quer? ― Precisa ser estúpido? – Fingiu chateação, porém se ele a olhasse, perceberia que ela tinha um trunfo a revelar e estava adorando degustar aquele momento. ― Estou sem tempo, fale logo. – Ordenou. Ela colocou um envelope grande e branco sobre a mesa e empurrou na direção dele, em seguida cruzou as pernas e os braços. Ele a olhou. ― Veja e falaremos. – Disse-lhe. Jéssica costumeiramente era vulgar, porém estava vestida harmoniosamente com uma maquiagem leve, jeans claros e uma blusinha branca com devote V na frente. Estranhando, Edward pegou o envelope e retirou os papeis que haviam dentro dele. Enquanto seu cérebro assimilava o que estava lendo, a garota narrava. ― Da última vez que fizemos amor, a camisinha estourou lembra-se? Este foi o resultado daquela magnífica e esplêndida noite. – Arrastou as palavras, gostando de ver o espanto nos olhos do rapaz. ― Você não pode estar grávida de mim. – Murmurou espantado, os olhos cravados no resultado positivo. Procurou a data e as semanas de gravidez e constatou: Estavam juntos três meses antes. – Você não pode estar grávida... – Emendou num lamento e deixou as folhas caírem sobre a mesa. ― Estou bem grávida de doze semanas meu amor. – Levantou-se. – E muita gente já sabe. Mui-ta. – Silabou. ― Não vale nada mesmo! – Gritou, levantando-se. – Vou fazer um exame de DNA nessa criança assim que nascer! Enquanto isso, conte comigo no que precisar, apenas para o bebê. Estava transtornado, pois recordava daquela noite, mas tinha certeza que ela jurou estar tomando as pirulas e que não precisava se preocupar. Não se preocupou, e agora tinha sua vida nas mãos de uma qualquer. Foi até a porta de vidro e abriu, esperando que ela saísse. Porém, a garota queria prolongar aquilo. ― Meus pais querem um casamento simples, apenas no civil. ― Não estamos mais no século dez. Não vou me casar com você. – Grunhiu. – Saia, antes que eu te arranque daqui. ― Por que tanto rancor? Só lhe contei que será pai. – Sussurrou passando por ele. – E marido. Meu pai não vai aceitar menos que isso do homem que me... hum... – Degustou a palavra antes de proferir maliciosamente. – Desonrou. ― Você não era virgem quando dormimos juntos. – Soltou irritado. – E não acredito que esse filho seja meu. ― Mas é. Acostume-se. Meu pai vai te procurar, Ed. – Ela saiu batendo o pé como uma criança birrenta e ele fechou a porta quase a quebrando com a força que usou. Sentou-se à mesa e ligou para a mãe, desesperado. Relatou o ocorrido, leu o exame para ela e confirmou: ela estava realmente grávida. ― O que vou falar para a Bella? – Perguntou a si mesmo depois de desligar a mãe. – Não podia acontecer diferente... minha vida é uma novela mesmo! – Desabafou para as paredes.


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