The Fear escrita por Enid Black


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

E aí, nighters? Desculpem a demora, só agora consegui entrar no pc -.- Vocês perceberam que eu gosto de postar à meia noite? o.o Não bato bem da cabeça, só pode -.- Enfim, aqui está a volta dos Nightwalkers! Ah, eu gostei tanto de escrever essa capítulo >.< Espero que vocês gostem também! E é estranho pensar que eu escrevi ele enquanto escutava as felizes músicas do SHINee o.o Enfim, obrigada a todos que estão lendo e mandando seus maravilhosos reviews! Boa leitura *-*



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Foi em uma madrugada, uma semana depois de minha mente ter parado de associar tudo á minha volta ao meu anjo, que a paz instável foi novamente quebrada.

Estávamos perto da janela, no cassino, todos novamente lutando pelos últimos raios de luz do dia. O estranho era que mesmo naquele espaço minúsculo que tínhamos, o grupo se esforçava em estar ao máximo afastado de mim e Mikael. Começo a pensar que se eles tivessem que me dar um abraço para escapar de um nightwalker, eles escolheriam virar aperitivo para os monstros.

Foi quando o sol finalmente perdeu sua força e a noite começou a se alastrar que meu corpo foi dominado por um calafrio súbito, como se uma brisa gelada houvesse dominado a sala. Olhei para os lados, minha pele se arrepiando, porém ninguém tinha uma xpressão que denuciasse o pânico que eu sentia.

– Emily? O que foi? - Mikael perguntou, percebendo minha inquietude.

– Não ficou frio de repente? - disse, ignorando sua pergunta.

– Cara, está quente como estava de dia. - ele respondeu, colocando a mão na minha testa para ver se eu tinha febre. Atitude idiota, eu sabia como era a sensação de quando se estava febril, e não era nada parecido com o que eu sentia.

– Eu não tenho febre. - disse, afastando a mão dele. - Não deve ser nada, já passou.

Mikael ia me contrariar, porém o líder do grupo veio com as duas lanternas, explicitamente incomodado em se aproximar tanto de nós.

– Não, ela fica comigo hoje. Fique com a outra lanterna - disse Mikael, tirando o aparelho de minha mão e entregando-o de novo para o líder.

– Como assim? Acha que eu não sou capaz de lidar com alguns pesadelos só porque tenho frio? - retruquei, pegando a lanterna da mão do cara rudemente, o que, percebi, havia deixado o irritado.

– Você não está normal, quem sabe quando pode desmaiar no meio do trabalho? - Mikael respondeu, preparando-se para pegar a lanterna de mim novamente.

– Estou perfeitamente normal - disse, desviando a mão para que ele não pudesse pegá-la.

– Parem com essa briga idiota. A menina mantém a lanterna, ter um posto a menos não seria bom - o líder respondeu, tentando colocar sua autoridade medrosa em nós.

Mikael olhou para ele e para mim, desistindo enquanto se afastava para seu lugar nas madrugadas de sempre.

– Você sabe que ninguém irá te salvar se... - o líder começou a falar, evitando olhar para mim.

– Eu sei me cuidar, fique tranquilo - respondi, indo para o meu posto e acabando com a aflição dele de ter que manter um diálogo comigo.

Sentei-me no chão como sempre fazia, ligando a lanterna como todos a espera do jogo da noite. O caláfrio continuava me incomodando, e agora uma sensação de estar sendo observada dominava minha mente, porém tentei me manter firme e desviar minha atenção daqueles pequenos problemas.

Ficamos parados com os feixes de luz dançando pelo cassino pelo que pareceu uma eternidade, e nenhum pesadelo apareceu para nos assustar, o que deixou a todos mais apreensivos que o normal.

Eles não irão aparecer a menos que eu mande. Uma voz deminou minha mente. Mesmo sem ter escutado nenhum Nightwalker falando, muito menos pelos pensamentos da vítima, eu tinha a estranha certeza de que aquela voz pertencia ao anjo, e senti meu sangue gelar.

Olhei para os lados, vasculhando todos os cantos possíveis a procura de um Nightwalker querendo brincar comigo, porém não havia nada.

Você sabe que eu não estou aqui, visível para você. A voz rasgou minha mente novamente, seu tom agudo como uma garra sendo arrastada em um quadro negro.

Você sabe quem eu sou, sabe o que eu quero, por que não acabamos logo com isso? Ele continuou a dialogar com a minha mente.

– Não - disse, em voz alta.

Por favor, vamos conversar silenciosamente. Você já não tem uma boa reputação para que as pessoas ainda achem que você conversa com amigos imaginários. Ouvi seu riso seco ecoando pelo meu pensamento.

O que você quer?, perguntei, me sentindo uma tonta por conversar dentro da cabeça.

Você sabe o que eu quero. Seu sangue, sua carne. Ele disse, o som de algo pingando começando a marcar o ritmo da conversa.

E você quer que eu dê isso sem resistir?, respondi.

Seria o melhor para você. Ou você quer isso? Uma dor excruciante invadiu todo meu corpo, senti como se minhas veias pegassem fogo, marcando em minha pele os caminhos do meu sangue.

Ou isso? A dor parou repentinamente, e em minha frente formou-se a figura de um cadáver sentado no chão e amarrado por correntes, a cabeça estava tombada em direção ao peito, reentinamente levantando-se, e pude perceber os olhos sem foco de Mikael me encarando emoldurados por seu rosto ensanguentado.

NÃO!, gritei em meus pensamentos.

Não sabia que você tinha um afeto tão grande por esse garoto. Na verdade, usar ele como chantagem foi mais um palpite do que uma certeza, já que sua lista de amigos e parentes é bem pequena. Ele zombou de mim.

Então, não prefere se render?

Nunca!, respondi, pronta para receber uma nova dose de dor.

Então será pelo modo mais difícil. A voz desapareceu de minha mente, os calafrios pararam, e tudo que pude ver foi uma escuridão vazia do cassino ainda sem Nightwalkers. Tudo havia acabado, tudo aquilo havia sido apenas para me amedrontar.

Antes dessas ideias poderem se fixar em minha mente, senti a presença de uma sombra ao meu lado. Meu coração começou a acelerar, enquanto calafrios e uma risada contínua dominavam meu corpo e minha mente.

Direcionei o feixe de minha lanterna para a figura, e distingui os olhos completamente negros que agora me eram tão familiares. O rosto de meu anjo denunciava seu prazer em ver meu medo, e em sua boca um sorriso apavorante se rasgou, mostrando seus dentes pontiagudos. Ele não se mostrava nem um pouco incomodado com a claridade.

Olá, querida.



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Notas finais do capítulo

É isso! Quando eu escrevi achei que tinha ficado bom, mas agora que li novamente achei bem sem graça x.x O que vocês acharam? Ajudem-me nighters e fantasminhas! E até semana que vem, se alguém comentar kk (: