Minha Pequena Vida escrita por Gabs Black


Capítulo 7
Castelo de Cartas.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Esse capitulo é muito importante mesmo, e é aqui que a historia começa... definitivamente.
Enfim, espero que gostem! *-*
Jouir ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276993/chapter/7

Rose Weasley.

Eu estava na minha casa, sentada ao lado do meu noivo, com a minha familia toda espalhada pela sala de estar.

E não poderia estar mais tensa.

Eu nunca gostei de fazer coisas erradas, e traição com certeza se enquadra em “coisas erradas” ou talvez em “coisas muito erradas” ou então “coisas excepcionalmente erradas que Rose Weasley jamais deveria fazer”

A questão é que eu não consigo sequer olhar para o rosto de Mason sem sentir nojo de mim mesma.

Ele está aqui, todo lindo e carinhoso como sempre, enquanto eu passara a noite com outro homem.

Inaceitavel.

Senti meu celular vibrar no bolso, e discretamente o peguei, era uma mensagem de texto de Alvo.

Suba para o seu quarto, nós precisamos conversar

É, não havia saida, por mais que doesse em mim relatar a ultima noite, eu teria que faze-lo, ou meus primos jamais me deixariam em paz.

─ Amor, vou deitar um pouco, não estou me sentindo muito bem! ─ falei para Mason.

─ Mas o almoço vai sair daqui a pouco, Ro. ─ falou ele.

─ Eu já desço, serio, é só um pouco de dor de cabeça. ─ falei sorrindo levemente e me levantando.

Subi sorrateiramente as escadas e cheguei ao quarto com uma porta lilás, em que se lia “Rose”. Abri e me deparei com Roxi, Domi, Alvo e Lily, todos sentados na única cama de solteiro, e com expressões travessas.

─ Temos assuntos pendentes dona Rose Weasley, explique-se. ─ exigiu Roxi.

─ Isso mesmo. ─ falou Alvo.

─ Alvo, você parece aquela vizinha intrometida que quer saber as fofocas do bairro todo, sabia? ─ falei sarcastica, com os olhos semi-cerrados.

─ Para de enrolação garota, eu to morrendo de curiosidade. ─ falou Lily.

Então eu me sentei na cama e relatei tudo que acontecera na noite anterior.

─ Então é isso, você passou mesmo a noite com Scorpius Malfoy? O plano maluco de Domi realmente deu certo? ─ indagou Roxi.

─ Sim... ─ falei corada.

Nesse momento a porta se abriu de supetão, e o olhar feroz de Mason me paralisou.

─ ENTÃO É ISSO? VOCÊ REALMENTE ME TRAIU ROSE WEASLEY? ─ ele gritou.

─ M-mason... O-o-o que você t-tá f-fazendo aqui? ─ perguntei com a voz quebradiça.

─ EU VENHO VER COMO VOCÊ ESTÁ O QUE EU OUÇO? OUÇO QUE VOCÊ ME TRAIU ROSE, VOCÊ ME TRAIU COM O MALFOY. ─ ele gritava a plenos pulmões, descendo as escadas.

E eu via tudo desmoronando como um perfeito castelo de cartas, bem diante dos meus olhos.

─ Mason, eu posso exlicar, MASON! ─ gritei.

Nesse momento eu cheguei na sala, e todos os olhares se voltaram para mim.

─ O que houve? ─ perguntei meu pai com a voz grave.

─ SUA FILHA ME TRAIU! ELA ME TRAIU! ─ ele gritou.

Meu pai me olhou incrédulo, como se não acreditasse. Ninguém mais ousou interromper a discussão, nem meus tios, nem meus primos, que a essa altura já estavam na sala tambem.

─ COMO VOCÊ PODE ROSE, COMO VOCÊ PODE TRAI-LO? EU NÃO TE CRIEI ASSIM. ─ gritou meu pai.

─ PRA MIM JÁ CHEGA! EU FUI HUMILHADO E MINHA DIGNIDADE ESTÁ DESTRUIDA! EU VOU EMBORA DAQUI, JAMAIS QUERO VOLTAR A ESSA CASA, E JAMAIS QUERO VER ESSA FAMILIA NOVAMENTE. ─ Mason gritou.

Eu chorava copiosamente enquanto os dois gritavam comigo!

─ EXPLIQUE-SE ROSE, EXPLIQUE-SE. ─ gritava meu pai.

─ A CULPA FOI MINHA! ─ gritou Domi, e eu me assutei.

Tio Gui lançou à ela um olhar confuso, e ela desatou a falar.

─ EU ODEIO O MASON SE QUEREM SABER, EU NÃO QUERIA QUE MINHA PRIMA ESTRAGASSE A VIDA DELA! POR ISSO EU ORGANIZEI UMA DESPEDIDA DE SOLTEIRO E CHAMEI O CARINHA QUE SABIA QUE ROSE SEMPRE AMOU. ROSE SEMPRE AMOU SCORPIUS MALFOY, MUITO MAIS DO QUE AMA MASON, EU SEI, EU POSSO VER ISSO NOS OLHOS DELA SE QUEREM SABER! POR QUE ATÉ AGORA NINGUEM DEIXOU ELA FALAR? POR QUE VOCÊS NÃO CALAM A BOCA E NÃO DEIXAM QUE ELA EXPLIQUE O QUE ACONTECEU? ─ ela terminou, e o silencio reinou no aposento.

Minha mãe olhava tudo, com um pano de prato ainda na mão, como se estivesse paralisada.

─ TINHA QUE TER DEDO DESSA VAGABUNDA! ─ gritou Mason depois de algum tempo.

Olhei para o lado da sala e vi os olhos de Louis ─irmão de Domi─ ficarem quase vermelhos de odio.

Ele se levantou num momento e no outro Mason já estava com o nariz sangrando.

─ LAVA A SUA BOCA PARA FALAR DA MINHA IRMÃ! SEU VAGABUNDO. ─ ele gritou, segurando Mason pelo colarinho.

─ LARGA ELE LOUIS, MASON ESTÁ NO SEU DIREITO! MINHA FILHA O TRAIU. ─ gritou meu pai, e Louis se afastou.

─ Agora pensa duas vezes antes de insultar alguam mulher dessa familia, seu escroto! ─ murmurou Louis.

─ CALE A BOCA LOUIS! ─ explodiu tio Gui. ─ E VOCÊ, VOLTE A INSULTAR MINHA FILHA, QUE AI SIM CONHECERÁ O PESO DA MINHA MÃO! ─ gritou ele, se virando para Mason.

─ NÃO BANQUE O RIDICULO GUI! O QUE DOMINIQUE FEZ FOI DIGNO DE UMA MULHER DO MUNDO! ─ gritou meu pai.

─ SERÁ DA PRA VOCÊS CALAREM A BOCA? MASON, POR FAVOR, VAI EMBORA, A CONFUSÃO JÁ ESTA GRANDE DEMAIS COM VOCÊ AQUI! ─ gritou vovó Molly, pela primeira vez.

Ele virou as costas e saiu quintal a fora.

Eu sai atrás, eu precisava conversar com ele, esclarecer tudo, afinal nós iriamos nos casar.

─ Mason... Mason, por favor, me escuta! ─ falei o alcançando e o pegando pelo braço.

─ Como você pode? ─ ele sibilou para mim. ─ Como você pode ser tão baixa? Agiu feito uma vagabunda, isso que você fez.

Aquelas palavras me machucaram, eu sabia que eu não era aquilo, foi apenas um erro, um deslize que não iria se repetir.

─ Mason, não... não fale assim! ─ falei com as lagrimas descendo pelo rosto. ─ Foi um erro, isso não vai se repetir.

Ele soltou uma gargalhada fria.

─ MAS É CLARO QUE NÃO VAI, EU NÃO VOU SER CORNO DUAS VEZES! ACABOU ROSE, ACABOU! ─ ele gritou.

─ Eu... Eu... Por favor, me perdoe. ─ falei soluçante.

─ Isso não tem perdão! Está tudo acabado. ─ ele falou e seguiu, saindo do quintal e entrando no seu carro.

Eu não sei quanto tempo fiquei ali, fitando o lugar que ele estivera minutos antes!

Como eu entraria lá dentro e encararia todos os meus familiares? Como eu encararia meu pai?

─ Ei, Rose, vem, vamos entrar! ─ falou Alvo, chegando por tras de mim, e me puxando pelo braço.

─ Não.. N-não quero. ─ falei.

Ele continuou me puxando, e eu, sem forças para nada, me deixei levar.

Assim que entrei na sala, senti todos os olhares queimarem em mim.

─ Suba Rose. ─ ordenou minha mãe, com a voz fria.

Meu pai, que estava de costas até então, se virou.

─ AH MAS ELA NÃO VAI NÃO! VOCÊ VAI ME OUVIR AGORA! ─ ele gritou.

─ Ron, por favor... ─ pediu minha mãe, e ele a ignorou.

─ NÃO FORAM ESSES VALORES QUE EU TE ENSINEI ROSE WEASLEY, VOCÊ ME DECEPCIONOU. ─ ele gritou, e eu continuei de cabeça baixa, sentindo as lagrimas escorrerem. ─ VOCÊ SE COMPORTOU COMO UMA QUALQUER, COMO UMA PROSTITUTA QUE VAI PARA A CAMA COM OUTRO NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE! E NÃO FOI APENAS UM, FOI? FORAM MAIS HOMENS, NÃO FORAM? ─ eu continuei de cabeça baixa. ─ ME RESPONDA.... VOCÊ ACABOU COM A HONRA DESSA FAMILIA, TÃO BEM PRESTIGIADA QUE ERA, O QUE OS MCDONALD’S IRÃO PENSAR A NOSSO RESPEITO? ─ ele continuou.

Mas é claro, como o machista conservador que meu pai era, ele estava preocupado apenas com o que as pessoas iriam pensar da nossa familia.

Ele não se importava comigo, muito menos com a minha opnião.

Senti que era minha hora de gritar.

─ É SÓ COM ISSO QUE VOCÊ SE IMPORTA, NÃO É? COM A DROGA DA HONRA DESSA FAMILIA! POIS DEIXA EU TE CONTAR UMA COISA, PAPAI, EU NÃO ME IMPORTO COM A MERDA DA HONRA DA FAMILIA, JÁ QUE SEGUNDO VOCÊ, EU A DESTRUI! ─ falei atrevessando meus tios e primos em direção as escadas. ─ AGORA EU VOU SAIR DESSA DROGA DE CASA! VOCÊ NÃO VAI QUERER TER UMA PROSTITUTA DEBAIXO DO SEU TETO, VAI? UMA MULHER DO MUNDO COMO VOCÊ DISSE, UMA VAGABUNDA, COMO MASON DISSE! ─ então subi as escadas, ansiando pelo meu quarto, pelo meu conforto.

─ ROSE, VOLTE AQUI, ROSE! ─ ouvi minha mãe gritar.

─ DEIXE ELA HERMIONE, ESSA MENINA ALÉM DE TUDO É DEPENDENTE, NÃO SABE SE VIRAR SOZINHA, VAI VOLTAR PARA NÓS.

Eu estava humilhada, envergonhada, magoada.

Meu pai acabara comigo na frente da familia toda, se eu olhasse para o chão, talvez pudesse ver a lama que um dia fora minha dignidade.

Mas eu iria refaze-la, eu iria embora dessa casa, dessa familia! Eu iria ser independente pela primeira vez em minha vida.

Entrei no meu quarto, abri o guarda-roupas e a primeira coisa que vi foi o meu vestido de noiva. Grossas lagrimas desceram pelas minha bochechas, mas eu logo tratei de enxuga-las.

É isso Rose Weasley, a vida perfeita acabou.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok gente, não me matem!
Eu sei que acabei, literalmente, com a fama de bom pai do Ron, mas aqui na minha historia ele é assim, machista e conservador!
Mas não se preocupem, ele vai mudar no decorrer da historia, é que agora esse comportamento dele é fundamental para garantir o futuro da fic!
Bom, é isso!
Comentem e recomendem, não faz mal e deixa a autora feliz,
Beijos :*