A Chama Do Sul escrita por LudMagroski


Capítulo 2
Partida e Retorno




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Abriu os olhos devagar. Suas costas doíam. A bochecha ardia, pegajosa. A luz entrava fraca pela janela à sua direita junto aos sons de um dia recém iniciado lá embaixo, no pátio. Ergueu-se, afastando os lençóis, e cambaleou até o espelho redondo em borda de prata na parede. O corte em seu rosto estava coberto por um ungüento amarelado e a ferida em seus lábios já apresentava uma crosta frágil rodeada por pele azulada. Deslizou os dedos com delicadeza sobre o inchaço.

– Mestre Anand diz que as manchas sumirão em alguns dias, mas teme que o talho a acompanhará pelo resto da vida. Se me permite, diria que a torna mais bonita.

– Guarde seus gracejos para donzelas tolas, Advi. – disse desviando seu olhar do espelho para o homem na porta. Seu irmão tinha os mesmos cabelos ruivos ondulados que ela e o pai, mas, diferente destes, não possuía o maxilar forte e marcado nem os pequenos olhos verdes. Seus olhos eram escuros como os da mãe, que morrera no parto da jovem, e o rosto tinha traços delicados, salpicado de sardas e adornado pelos lábios rosados que rotineiramente se abriam em sorriso sagaz. Enquanto Lorde Adro normalmente regeria tudo com firmeza e palavras retas, Advi se mostrara cheio de sorrisos e astúcia, conseguindo as mesmas finalidades do pai, mas sem desagradar ninguém no processo. A alcunha de Raposa não poderia lhe servir melhor.

– Não sei o que disse àqueles camponeses, mas é certo que conseguiu assustá-los – fechou a porta atrás de si, avançando a passos largos para trás da irmã.

– Disse que nosso pai usaria suas peles como selas.

Adviu sorriu, encarando-a através do reflexo no espelho.

– Sabia que o povo não estava reagindo bem às notícias vindas de Veusios, só não esperava que fossem tão longe.

– Parte da culpa é sua por não dar as notícias de nosso pai ao povo. Começam a especular, bem sabe, e esses mercadores sempre precisam de uma história para contar após atravessar o deserto, mesmo que seja mentirosa.

– Sim. – Advi alcançou uma escova sobre a mesa e pôs-se a desembaraçar os cabelos dela – As negociações tem sido delicadas, ao que parece, e o senhor nosso pai prefere não discuti-las por carta. Mas ele chegará mais cedo do que imagina e poderá acalmar ao povo, como sempre fez.

– Por que não o faz? Pelo modo como bebem do que diz, seria capaz de convencê-los de que tudo está bem enquanto um dragão voa sobre suas cabeças.

– Nosso pai não deve tardar a chegar e eu tenho maiores preocupações no momento. – o olhar de Advi encontrava-se perdido entre os fios que desembaraçava com carinho – Os camponeses passarão uma boa temporada no calabouço, mas peço que não se aventure novamente no bosque tão cedo.

– Por que não divide comigo suas preocupações? Não tem me deixado ver as cartas de nosso pai.

– Eu não quero preocupá-la mais do que o necessário, irmã. – sorriu através do espelho e se levantou, caminhando para uma das janelas do quarto. Vestia calças e botas negras, lustrosas, junto a uma túnica de tecido fino com arabescos bordados em fio dourado, adornada somente pelo cinto preso ao quadril com uma fivela de ouro vermelho em forma de cabeça de cavalo. O clima ao sul de Odranis era quente e fresco na maior parte do ano, motivo pelo qual seus habitantes vestiam tecidos finos e leves, diferente do resto do reino, que parecia adorar cobrir-se com toda sorte de coisas, desde algodão e lãs a gibões e armaduras mesmo em tempos de paz. - Acredito que queira se despedir de Tasnis?

– Despedir-me? – disse virando-se para encará-lo. Sentiu seu estômago girar ao lembrar-se da noite anterior.

– Certamente. – respondeu sem afastar os olhos da vista através da janela - Ele partirá com Sir Dastan em breve, parece que o Príncipe Regente Eyon exige sua presença em Cerusia.

– O que o príncipe pode querer com um garoto das ervas?

– Seja lá o que Tasnis fez dentro daquele templo, parece ter chamado muito a atenção de Sir Dastan. – uma linha tênue pareceu surgir entre as sobrancelhas de Advi - Se me permite confiar em minha intuição, diria que é exatamente isso o que o trouxe a Addaros.

– Bobagem. – Adaia riu em negação - Como alguém da capital poderia saber o que se passava com Tasnis?

– Então você não sabe? – Advi virou-se com um sorriso satisfeito nos lábios - Sir Dastan é um dos que falam aos ventos. Um elementarista. Dizem que esse tipo de homem possui ouvidos onde quer que deseje e todos sabemos que Vila da Raposa não fazia segredo das noites em que Tasnis tinha seus problemas.

E Tasnis odiava isso. Mestre Anand dizia que o rapaz sofria de uma doença, mas as pessoas simplesmente sabiam que havia algo a mais. Adaia o tinha visto uma vez: pálido como um cadáver, suando e gritando como se o sangue fosse óleo fervente em suas veias. Às vezes as crises passavam semanas sem vir, outras, vinham todas as noites. Tasnis nunca falava sobre isso. Evitava os olhares e comentários da cidade passando todo seu tempo entre as árvores ou os livros do Mestre. Quando não, estava com ela, e as pessoas pareciam gostar de fingir decência quando próximas à filha de um Lorde.

– E o que será dele em Cerusia?

– Não estou em posição de questionar os desejos de nosso regente, Adaia. Talvez Sir Dastan esteja disposto a contar-lhe algo. Se me dá licença, tenho... preparativos a fazer. – disse em tom ausente, em seguida lembrando-se de sorrir-lhe confiante e adicionando:

– Lembre-se de comer. E evite deixar os muros da cidade.

Levantou-se com relutância, deixando o quarto para a saleta anterior onde Advi lia seus documentos e fazia suas refeições. Sobre a mesa de madeira clara descansava um prato fundo de mingau de aveia, um jarro de leite com mel e uma bandeja com pêssegos e laranjas maduras. O criado baixinho de Advi se apressou a servir-lhe o leite antes mesmo que estivesse sentada. Havia pensado em comer depois de conversar com Tasnis, mas pêssegos frescos eram uma das maravilhas da época da colheita e Adaia estava com a faca em mãos, partindo um em seu prato antes que pudesse perceber. Estava doce e tenro, como imaginara. Sempre que visitavam as feiras, ela e Tasnis costumavam comprar um saco deles para comer ao fim do dia, encostadas em um tronco no campo, assistindo ao sol se pôr vermelho e brilhante no horizonte plano. Depois, corriam nas campinas, de estômago cheio e com o vento nos cabelos, espantando cães-da-pradaria e de vez em quando trazendo uma perdiz gorda para o jantar. A lembrança a deixou triste. Agora caminhava para despedir-se desses dias, apesar de não conseguir sequer imaginar dias sem Tasnis ao seu lado. Então ele era um elementarista, mas nem nisso conseguia acreditar, apesar de ser a explicação mais sensata. Uma vez, quando tinha sete anos, vira uma das meninas com quem brincava no pátio, filha de um dos criados, atear uma carroça em fogo durante um ataque de raiva. Tinha ficado apavorada, mas Mestre Anand explicara que a menina era uma elementarista e que podia controlar o fogo. Os pais ficaram orgulhosos e ela foi enviada à capital, onde aprenderia a dominar sua habilidade e com o tempo poderia servir ao rei ou a um grande senhor. Elementaristas eram poucos e poderosos, mas Adaia não se lembrava de ouvir que nenhum deles tivesse sido escoltado pela guarda do rei em pessoa até a Cerusia. Eram enviados com alegria pelas suas famílias ou, no caso de ser um primogênito de um nobre, recebiam um tutor em seu castelo. A presença de Sir Dastan ali tornava as coisas estranhas.

Bebeu o leite com mel com um gole só e deslizou outro pêssego para dentro do bolso do vestido. Lá embaixo crianças gritavam divertindo-se com algo e Adaia debruçou-se na janela para descobrir que perseguiam animadas um pavão que fugira de sua gaiola. Os toldos das barracas pareciam brilhar à luz do sol em tons de laranja, azul, amarelo, rosa, branco, tantos que Adaia nunca conseguira contar. As cabras de um cercado baliam assustadas por um moleque que atiçava seu vira-lata contra elas enquanto o dono galanteava distraído com uma moça que viera conferir os tecidos da barraca ao lado. Um par de andarilhos tentava se aproximar dos portões do castelo trazendo seu corcel carregado de peles e carne para a troca. Adaia pegou-se sorrindo quando uma brisa quente atingiu seu rosto, fazendo dançar as cortinas de seda atrás de si. Próximo aos portões da cidade, uma fileira dupla de cavaleiros cintilava em suas armaduras polidas, trotando em direção a estrada. Já desviava sua atenção quando percebeu a cor das capas. Azuis. Estreitou os olhos para o baluarte que o cavaleiro mais alto ostentava, era difícil enxergar tão longe e com o dançar do vento, mas não foi preciso muito para diferenciar o pavão branco sobre o azul noturno do rei.

Desceu as escadas aos tropeços, deixando o castelo por uma das portas laterais. No pátio, o cavalariço prendia os cavalos a tocos ao lado de uma carroça de palha nova enquanto criados esfregavam o chão do estábulo. Tentou encontrar onde haviam colocado as selas e os arreios ao se aproximar, mas o rapaz parecia mais perdido do que ela. Saltou sobre as costas nuas de Shada e afundou-lhe os pés na barriga, disparando pelos portões que se abriam para a entrada de mais uma carroça. A rua estava apinhada de gente, mas a idéia de seguir por ruas menores não passara por sua cabeça. Tinha o estandarte azul do rei fixo sob seus olhos, um ponto distante lá na frente. Shada relinchou, abrindo caminho a galope entre crianças, aves e cães que corriam para sair de seu caminho, uns assustados, outros apreciando a ação. Ouviu um mercador praguejar quando saltou sobre suas caixas, esmagando metade de suas tâmaras no caminho, mas nem assim diminuiu o ritmo. Gritou, mesmo sabendo que os cavaleiros dificilmente a ouviriam. Mas ouviram, ainda que apenas a confusão que causara, e diminuíram o passo, chamando a atenção de seu comandante. Já atravessavam o portão da cidade e Adaia galopou além deles, fazendo Shada diminuir em um meio círculo diante do cavaleiro.

– Senhora. – o homem cumprimentou de sobrancelhas erguidas. Era alto, com brilhantes olhos azuis e uma barba castanha bem aparada, salpicada por fios grisalhos. Vestia sua armadura de escamas brancas esmaltadas e a capa azul escura que pendia sobre seus ombros estava fixada por um pavão feito de pérola. Adaia teve a impressão de ouvir um risinho vindo de um de seus guardas.

– Sir. – respondeu, ofegante. Tasnis aproximou sua montaria e abaixou o capuz. Parecia devastado. Uma mancha escura cobria sua têmpora e suas olheiras pareciam maiores. Uma onda de alívio percorreu seu rosto assim que seus olhares se encontraram, mas seus lábios se contraíram em uma linha fina em seguida. Sir Dastan tossiu, chamando a atenção para si.

– Não imaginei que partiriam tão cedo. – explicou-se, sentindo as bochechas corarem levemente. O corte em seu rosto ardia.

– Houve uma mudança de planos. – o cavaleiro franziu as sobrancelhas antes de olhar de relance para Tasnis - Imagino que queira despedir-se de seu amigo?

– Estão o levando para a Academia Aetheria?

– Partimos para a Cerusia, quanto às intenções de Vossa Graça sinto não dispor de permissão para discuti-las. Mas se quer um tempo para ter com seu amigo antes de partirmos, ficaria feliz em oferecê-lo. – Sir Dastan sorriu e afastou sua montaria para a sombra das muralhas, fazendo com que seus homens o seguissem.

Os dois desmontaram e Tasnis deslizou os dedos sobre a pele ferida do rosto de Adaia.

– Me perdoe, eu não...

– Tolice. – afastou-lhe a mão – Me salvou. Não fosse você eu seria um monte de cinzas agora. Concordou em ir com eles?

– Não tive muita escolha. – Tasnis olhou resignado para os cavaleiros à sombra - Sir Dastan me alertou que não responder ao chamado do Príncipe equivaleria à traição. O que pensa que querem de mim?

– Penso que nós dois sabemos o que os interessa em você. Mas o que pretendem fazer, isso me assusta.

O olhar que recebeu em resposta era claro o suficiente. Também tenho medo, ele dizia, mas Tasnis nunca diria. As pessoas já lhe lançavam olhares de pena o suficiente, não precisava dar-lhes mais um motivo. Sentiu raiva de si mesma por não poder impedir que fosse levado. Queria pode dizer algo, convencer seu irmão ou Sir Dastan, mas as palavras morriam antes de chegar a sua garganta porque sabia que era um caso perdido e isso a frustrava. Mas Tasnis não precisava das suas lágrimas ou de sua raiva agora, por isso engoliu-as e abraçou-o com força, afagando seus cabelos.

– Isso... não é normal, nunca ouvi falar sobre ninguém ser obrigado a se tornar um elementarista. – comentou baixinho, emendando com um sorriso - Mas não te animam as possibilidades de honra, riqueza e poder?

– Eu não sou um elementarista, Adaia. – franziu o cenho.

– Você parecia o olho de um furacão, Tasnis! Talvez Sir Dastan tenha vindo buscá-lo porque é poderoso demais. Achei... achei que ia morrer se Advi não tivesse chegado.

Tasnis virou o rosto, como se o comentário o machucasse.

– Não quero nada disso. Quero me tornar um mestre como Mestre Anand. Ajudar as pessoas, não machucá-las.

Adaia lembrou-se com tristeza de quando eram mais jovens e gostavam de se imaginar no futuro: ela, uma grande senhora, ele, seu confiável mestre. A lembrança teve um gosto amargo.

– Desculpe. Eu... Darei um jeito de trazê-lo de volta – murmurou – Prometo – disse mais para si mesma do que para ele.

Encaixou o pêssego em sua mão, afastando-se.

– Caso sinta fome durante a viagem.

Tasnis sorriu.

– Cuide de Mestre Anand por mim. – lembrou ao montar. Sir Dastan ergueu o estandarte, puxando a fileira, e o resto dos cavaleiros pôs-se em marcha. Tasnis seguiu lentamente, depois de virar-se uma última vez para olhá-la. Permaneceu em pé ao lado de Shada até os homens virarem silhuetas escuras na estrada.

– Senhora - um cavalo branco emparelhou-se ao seu – Seu irmão pede que eu a faça companhia.

– Sinto não ser a mais agradável das companhias hoje, sir. – respondeu com um suspiro cansado. Sir Iras Danind era pouco mais velho que seu irmão, mas havia sido montado cavaleiro não fazia muito tempo. Como a maioria dos habitantes do sul de Odranis, possuía traços em comum com o Povo Andarilho, com quem compartilhavam sangue desde a época em que estes ainda eram vastos sobre aquelas terras. Mesmo a maioria dos senhores sendo nortenhos e exibindo a aparência dos fundadores de Odranis, uma parte considerável dos pequenos senhores possuía em sua família o sangue nômade bastante presente. A casa Danind era uma dessas casas. Sir Iras ostentava com orgulho a placa de peito gravada com o sol laranja que constituía o brasão de sua casa.

– Lorde Saedan foi avistado perto da fronteira. – comentou enquanto ela montava, acomodando uma capa sobre suas costas – Seu irmão sugere que se apronte.

– Então penso que deveríamos comprar uns bons figos, pois meu pai os adora.

Sir Iras sorriu e ofereceu-se para levar Shada, enquanto ela montava seu cavalo, que estava selado e com arreios. A chegada de seu pai era uma distração bem-vinda e se conseguisse fazer com que a escutasse poderia convencê-lo a suplicar ao rei o retorno de Tasnis. Caminharam ao longo da feira que se estendia na rua principal. Depois de parar várias vezes para jogar moedas a acrobatas e cantores que se apresentavam na porta de tavernas, chamando o público para as apresentações noturnas, conseguiu escolher um punhado de figos que lhe satisfizessem. Já era quase tarde quando as trombetas soaram claras no céu azul de Addaros, interrompendo seu passeio.

– Parece que chegaram, senhora. – sir Iras desviou os olhos do pássaro exótico que um mercador tentava lhe vender - Devemos voltar à fortaleza?

Adaia assentiu e virou as rédeas do cavalo para o castelo. Os homens no topo das ameias corriam de um lado para o outro e a ponte levadiça descia ruidosamente em sintonia com os portões da cidade que se abriam completamente para a passagem do exército. Encontraram Advi no pátio. O cenho de seu irmão franziu-se assim que pôs os olhos sobre ela.

– Por deus, Adaia, é pedir muito que esteja apresentável? – fez um sinal e duas aias correram para junto da garota, atacando seus cabelos assim que desceu do cavalo e habilidosamente os arrumando numa trança. A outra lhe trouxe sua capa verde de seda e a pôs jeitosamente sobre seus ombros. Quando terminaram, os homens de seu pai vinham a meio caminho da fortaleza, e ela pôs-se ao lado de Advi, entre Mestre Anand e Sir Tarlec. Lorde Adro cavalgava na frente do grupo, a capa vermelha adejando atrás de si, a armadura carregando sinais de batalha, umas mais antigas, outras recentes. Seus olhos duros carregavam olheiras fundas e a barba parecia mais salpicada de cinza do que Adaia conseguia se lembrar. Seu garanhão de pêlo vermelho parou em frente aos filhos, virando a cabeça como se tentasse se livrar das rédeas. Advi deu um passo a frente e o homem desmontou, recebendo-o com um abraço cordial. Sorriu, sem dizer uma palavra, e segurou o rosto do filho entre as mãos, como se quisesse admirá-lo, mas seus olhos pareciam vazios de qualquer emoção. Adaia postou-se ao lado do irmão, sorrindo.

– Comprei-lhe figos, pai. – o homem virou-se para ela e sorriu novamente, mas no lugar de seus dentes amarelados seus lábios deram espaço a um grosso filete de sangue que he escorreu pelo queixo e gotejou no chão. Mestre Anand arquejou e Adaia deu um passo para trás, assustada, quando percebeu as manchas de sangue crescendo sob a cota de malha e pingando escuras pelas juntas da armadura. O corpo cambaleou para frente e Advi colocou-se em seu caminho, amparando a sua queda. Ao redor, os cavaleiros de seu pai caíam sobre poças de seu próprio sangue e os cavalos relinchavam e escoiceavam assustados quando alguém tentava segurá-los. Lorde Adro ainda a encarava com os olhos gélidos sobre o ombro do irmão quando novos cornos soaram, dessa vez profundos como o rugido de alguma criatura agourenta.


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Notas finais do capítulo

Finalmente, pois é. Esse capítulo não ficou na qualidade em que eu queria porque descobri que não sei fazer transição de cenas então perdoem se tudo parecer corrido. Também não era pra terminar aí, mas percebi que se fosse colocar tudo que pretendia em um capítulo só ficaria enorme ou compactado demais e assim ainda dá o gostinho da agonia pra vocês.

Postando porque sei que se guardar vai dar faniquito e vou passar mais 4 meses revisando, então aí está. Aproveitem como puderem e comentem se quiserem me deixar feliz :)



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