-Quem é ele?

-Ele é novo na escola?

-Vai saber.

Mônica chegou na escola altamente confusa com os comentários das outras pessoas sobre um garoto novo na escola.

-Ei Mônica! Espera. – gritou Magali antes que ela pudesse entrar na sala.

-Ah, oi Magá, oi Quim. – cumprimentou.

-Oi Mô. – respondeu ele.

-Mô? – Ela ficou chocada. Até onde ela sabia só Cebola conhecia esse apelido que ele mesmo dera á ela.

-É eu ouvi dizer que estão te chamando assim.

-A tá. – ela disfarçou.

-Mas, então... Já viu aquele menino novo? – Começou Magali.

-Eu sei lá de quem vocês estão falando.

-Ele está na nossa sala. – Mônica, sem paciência foi logo entrando na sala de aula e deu de cara com o garoto sentado no fundo. Ele era alto, usava moletom com capuz e óculos escuros, tinha cabelos castanho avermelhados e uma pele bem pálida. O garoto parecia querer se esconder, não queria que ninguém visse a cor de seus olhos ou enxergasse o seu rosto, Mônica achou estranho aquele garoto lhe parecer tão familiar, parecia que ela o conhecia de algum lugar que não lembrava. Na hora do intervalo, Mônica saiu da sala correndo já impaciente para sair dali. Quando alguém interrompeu sua passagem.

-Ai! – gritou. Levantou a cabeça para ver em quem esbarrara.

-Desculpa! – disse ele.

-Nossa, parece que agora eu só encontro coisa ruim. – Falou nervosa.

-Mônica... Será que agente pode conversar.

-Com você? É claro que não! Eu não tenho nada pra falar com você.

-Por Favor – Ele sabia que não importa o que falasse, não iria convencê-la. Então, teve uma ideia. – Se você falar comigo eu juro que te deixo em paz.

-Hunf, foi o que a Carmem me disse antes, e olha onde eu fui parar.

-Mas eu não sou a Carmem. Por favor... – insistiu.

-Você tem um minuto. – ela respondeu fazendo abrir um sorriso no rosto dele. – Fala logo o que você quer Tony.

-Escute... Quero que saiba que não fui eu que bati em você naquela noite.

-E por que eu acreditaria?

-Porque é verdade... Olhe, eu te levei pra casa e fiz de tudo pra sua mãe não suspeitar de nada, mas...

-Mas? – ela fez com que ele continuasse. Tony lhe contou tudo, do inicio até o fim, algumas coisas que ela já sabia e outras que ela realmente precisava saber.

-Então foi tudo um plano?

-Sim... Mônica... Eu não sei como te pedir desculpas. – disse se aproximando com a intenção de lhe beijar, mas ela recuou. Não era daquele jeito que ela pretendia acertar as coisas com ele, mas apesar de desconfiar do que ele dizia, via sinceridade nos olhos dele, sinceridade e perdão, uma coisa totalmente verdadeira que nunca antes havia visto nos olhos dele, e realmente era verdade, tudo o que ele lhe dissera até o pé da letra era verdade... Exceto uma coisa. Havia uma coisa que Tony não tinha contado á ela... O seu novo plano.

-Eu acredito em você. – falou ela surpreendendo Tony.

-Será que podemos voltar a ser amigos. – Ele disse.

-Tudo bem... Amigos. – concluiu estendendo a mão pra ele apertar. Ficaram em silencio por alguns segundos, até que...

-Mônica... Eu posso te pedir um favor?

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(P.V. Cebola)

-Tão sabendo que vai rolar uma festa? – Disse Titi agitado.

-Festa? – Perguntou Nimbus e Do Contra ao mesmo tempo.

-É, e adivinha quem é que vai fazer?... A Mônica.

-A Mônica? – indaguei alto chamando a atenção de todos.

-É. Ela e o Tony. – confirmou ele.

Fiquei perplexo, não sabia como reagir. Como assim ela e o Tony? Ah, já sei, eles voltaram a namorar, só pode. Não acredito então ela não gostava de mim, nunca gostou.

-Espera, eu ainda não terminei... – Continuou Titi. – Agente foi convidado! – exclamou fazendo meus olhos se arregalarem.

-O QUE? – Todos gritaram inclusive eu.

-Calma pessoal, eu sei que é difícil de acreditar, mas, ela convidou a escola inteira e... Acho que agente devia ir. O dia das bruxas é semana que vem e a festa vai ser dia 31 de outubro, vai ser legal, qual é galera? – ele insistia para aceitarmos. Agora é que eu fiquei mais confuso ainda. Como assim ela vai dar uma festa criada por ela e pelo Tony que é óbvio que agora eles estão juntos de novo, e agora convida eu e meus amigos pra irem também? Ah fala sério, ela quer me deixar doidão, só pode. Ou ela quer esfregar na minha cara que está com o Tony outra vez, ou nem se importa, ou sei lá o que. Um monte de pensamentos invadia o meu cérebro me fazendo ficar perdidamente confuso, eu não sabia o que fazer. Aceitar o convite? Recusar? Infelizmente não tive tempo o suficiente pra pensar nisso, pois uma voz calou fundo os meus pensamentos.

-Agente vai! – Concluiu Cascão por todos nós. Tentei recusar, mas já era tarde de mais, todos já haviam aceitado. Olhei todos eles e vi o quanto queriam ir, a única opção que restou foi aceitar.

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Lixava as unhas tranquilamente na mesa do refeitório onde sempre se sentava, quando ouviu passos vindos em sua direção. Era Tony que se sentava ao lado dela.

-Tony... Que bom te ver. – disse ela sorrindo alegremente sarcástica, sabendo o quanto ele estava bravo com ela pelo o ocorrido.

-Oi Carmem, também é bom te ver. – Ela se surpreendeu ao ver a naturalidade com que ele falava, ele não estava mais bravo. Estava?

-A Mônica te convidou pra festa dela semana que vem. Festa de dia das bruxas. – explicou.

-A Mônica quer que eu vá? – perguntou desconfiada.

-Não.

-Então por que está dizendo que ela me convidou?

-Por que... Olhe, eu não estou bravo com você por causa do que você me fez. Vai á festa da Mônica, divirta-se, e não vai ter como ela te expulsar se todo mundo tiver curtindo você lá, aí você vai estragar a festa dela e tudo vai dar certo. – Ela abriu um sorriso no rosto, convencida de que Tony estava falando a verdade, parece que ele tinha aprendido alguma coisa com ela, a gênia da maldade.

-Tudo bem. Eu vou arrebentar nessa festa. Quero só ver a cara da Mônica quando eu esfregar na cara dela que EU sou a mais popular.

-Tá, tá, tá, que seja. – ele se virou e foi embora dali, não estava a fim de ficar ouvindo “o quanto a Carmem se ama”.

Ela continuou com o seu suco de laranja já na metade do copo, enquanto pensava em qual fantasia usar para a festa.

-Oi, e aí? Posso sentar com você? – perguntou uma pessoa que se aproximava da mesa em que sentava. Ela ergueu a cabeça olhando para seus óculos escuros que impediam de ver a cor de seus olhos, observou sua roupa, seus lindos cabelos com luzes vermelhas, e sorriu, deduzindo que o carinha fosse rico.

-Claro! – ele sentou ao lado dela e ela logo se atirou pra cima dele. – Qual é o seu nome?

-Hm... É... Fernando.

-Tem certeza? Pareceu que você estava em duvida.

-Tenho certeza. – concluiu ele, meio nervoso. Carmem não entendeu o motivo de tanto nervosismo só em dizer o nome. Mas o que importava? O garoto era rico, lindo, em fim, tudo de bom. Então não tinha por que se preocupar.

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(P.V. Mônica)

-Mãe! – Gritei do meu quarto. Minha mãe logo subiu e entrou. Estava gostando da atenção que ela começou a dedicar a mim.

-Que foi?

-Eu vou dar uma festa aqui em casa, tudo bem?

-Hm... Tá querida, tudo ótimo. – ela pareceu saber de alguma coisa que eu não sabia, mas resolvi deixar pra lá.

-Bem, eu preciso de uma fantasia. Por que é...

-Festa de Halloween, é eu sei.

-Como você sabe? – perguntei.

-Por... Por que o Halloween tá chegando e eu deduzi.

-A tá.

-Então, o que quer usar? – ela perguntou empolgada.

-Eu não sei. O que você acha que é melhor pra mim?

-Vai de anjo!

-Ah mãe. – começamos a rir juntas.

Eu aceitei na boa quando o Tony me pediu para fazer essa festa, eu não entendi muito bem o porquê até ele dizer que era só uma festa de comemoração pra inicio de amizade entre nós dois, isso só me fez ficar mais desconfiada dele, mas por algum motivo, eu sei que ele está dizendo a verdade, não sei por que, mas eu apenas sei. Nós convidamos a escola inteira, exceto a Carmem, é obvio que eu não vou convidar ela, e o Tony também concordou em não convida-la, mas seria legal se ela viesse, afinal, dia das bruxas, tem que ter bruxas, né? Há há há.

O que eu estranhei mesmo foi aquele garoto novo, ele era tão estranho, parecia até um bandido fugindo do FBI, nossa, que exagero. Mas fala sério, aqueles óculos escuros e aquele capuz e sem falar que acho que ele estava usando maquiagem por que ele era muito pálido, eu acho que aquela não era a verdadeira cor de pele dele. Ele está escondendo alguma coisa, só não sei o quê. Lembro-me de reconhecê-lo de algum lugar, onde será? De onde eu o conheço? Bom, eu tenho outras coisas pra me preocupar nesse momento, como... Tá, eu tenho que descobrir qual é a desse garoto mistério.