Hermione olhou pra ele, e caiu no riso. Só podia ser uma piada – Pensou. Malfoy a odiava - Isso era um fato. Sempre a odiara, e agora, estar apaixonado por ela! Era uma piada – Concluiu. Mas, quando ela parou de rir, Malfoy olhava pra ela sério. A garota gelou.
– Eu não estou mentindo! - Disse Draco – Sempre te desprezei, por isso. Hermione, sou sonserino, e sangue puro. Se eu demonstrasse gostar de você, arrumaria problemas – Ele estava sério, sério o suficiente para convencer ela – Mas esse é o ultimo ano, e... Bom, não poderia jogar fora essa oportunidade, ou me culpar pelo resto da vida, por não tentar uma chance com você – Terminou.
Ela suspirou, e percebeu que realmente estava confusa. E não sabia como dizer “não” a ele, pois seus olhos eram tão... Verdadeiros. E ela não podia negar também que isso mexera com ela. Não conseguindo sustentar seu olhar por muito tempo, a garota desviou os olhos, e suspirou novamente.
– Malfoy eu... - Começou a dizer, mas foi interrompida pelo indicador dele em seus lábios.
– Shhhh – Disse ele, e seus dedos correram por todo maxilar dela, até chegar em seu queixo; o puxou com delicadeza para frente, e aproximou seu rosto do dela. Seu hálito quente e refrescante, que exalava por todo rosto da garota, a deixou tonta. Sem hesitar, ele levou seus lábios aos dela – Os mesmos se encaixaram tão perfeitamente, pareciam feitos uns pros outros. Ela não conseguia resistir – mesmo que quisesse, aquilo era mais forte que si, e bom, não podia negar estar gostando. Uma de suas mãos foi a nunca do garoto, e a dele foi aos cachos grossos de seu cabelo, acariciando os mesmos. Os lábios dos dois se moviam em perfeita sincronia; o polegar dele acariciava sua bochecha, Malfoy queria aquilo para sempre, estava em êxtase. Mas não sabia o que fazer quando separassem os lábios. Ele a encostou na janela da cabine, pressionando seu corpo ao dele, e os beijos se intensificaram. A garota começou a arfar, e o beijo foi parando lentamente, com alguns selhinhos.
Assim que eles separaram seus lábios por completo, Hermione não o fitou diretamente, estava constrangida demais para isso. Ela suspirou e olhou diretamente em seus olhos.
– Draco, eu amo ao Ronald...
– Ele não ama você! - Interrompeu
– Tanto faz, não quero magoar você. Vai dar errado e...
– Nunca vamos saber se não tentar. Hermione – Interrompeu novamente – Estou disposto a passar por cia de todo o orgulho sonserino por você! Vai, me dê uma chance, só uma – Ele não poderia desistir sem tentar. Ela suspirou. Ele avançou nos lábios dela novamente, que com muito esforço recuou.
– Estamos aqui a tempo demais – Começou.
– Eu não ligo – Interrompeu novamente. Ela estava ficando com raiva, ele não a deixava falar.
– Vão começar a desconfiar – Concluiu – Me dê um tempo, para pensar – Disse, e se levantou, saindo da cabine, e deixando ele sozinho, onde ele permaneceu até o expresso chegar a Hogwarts.
Hermione andou lentamente até a cabine e respirou fundo antes de entrar.
– Oh! Olha quem voltou! O que rolou lá? - Fred perguntou.
– Ele me pediu em namoro e... - Engoliu em seco.
– E? - Pressionou Luna.
– Nos beijamos – Disse após respirar fundo.
Luna e Fred ficaram boquiabertos
– Vocês o quê?????! - Uma voz estranha disse, fora da cabine. Era Pansy Parkison, a garota que Hermione mais odiava em toda a sua vida – Ela se levantou, e abriu a porta.

– Ninguém nunca te ensinou que é feio ouvir a conversa dos outros, Parkison? - Perguntou Hermione, irritada.
– Não é da sua conta, Granger – Rosnou Pansy.
– E o que aconteceu entre mim e Draco não é da sua! - Retrucou ela.
– O que aconteceu entre você e Draco? - Disse uma voz conhecida, no final do corredor, que fez Hermione gelar, e seu coração disparar. Em poucos segundos, o dono da voz, estava de frente para ela: Rony Weasley. Hermione ficou sem reação – O que aconteceu entre vocês, Hermione? - Pressionou Rony, e a mesma ficou sem reação, prendendo o ar.
– Eles se beijaram! - Acusou Pansy – Eu a ouvir dizer aos outros dois bastardos.
– Ei! - Protestaram Fred e Luna ao mesmo tempo.
Rony olhou para Hermione, incrédulo, e sentia como se ela o tivesse traído, mesmo sabendo que fazia o máximo para não demonstrar amor pela mesma, aquilo doeu.
– é verdade? - Perguntou Rony, olhando fundo nos olhos da garota, que estava paralisada. Ele perceeu que ela não conseguiria responder e berrou em pensamento enquanto olhava nos olhos dela. “Como pode fazer isso comigo? Eu amo você!”, ele desviou o olhar, e quando a fitou de novo, não só ela, mas todos os presentes o olhavam boquiabertos. Só assim ele pode perceber que pensara alto demais, e o que ele tinha pensado, escapara pelos seus lábios.
– E-Eu – Hermione começou.
– O que está havendo aqui? - Foram interrompidos pela voz do monitor-chefe. - Estão tumultuando e têm que se trocarem! - Disse o mesmo.
– Desculpe – Disse Rony e Pansy ao mesmo tempo ao monitor-chefe, e se retiraram do local. Fred e Luna entraram na cabine, e Hermione se jogou nos braços de Fred e começou a chorar.
– Ei, ei, ei – Fred sussurrou, erguendo o rosto de Hermione para fitá-la – Por que está chorando?
– Eu estou confusa Fred. Magoei Rony, e se for concertar as coisas com ele vou magoar Draco. E não sei se o que ele disse é verdade e... - Parou de falar e tomou folego. Luna foi para o o seu lado, e a abraçou também.
– Vai dar tudo certo – Disse Luna.
– É isso que dar ser tão desejada – Brincou Fred, o que fez Hermione rir.
– Ei, está quase na hora do expresso chegar em Hogwarts. Temos que nos trocar – Luna comentou.
– Tem razão, sai daqui Fred – Hermione disse e Fred saiu para que Luna e Hermione se trocassem. Ele entrou em uma cabine vazia e se trocou também.
O Expresso parou, e Fred voltou a cabine para buscar as meninas. Ambas o acompanharam, e Hermione se surpreendeu com o que vira em uma cabine próxima a uma das portas. Era Pansy e Rony se beijando! Ela respirou fundo, seus músculos tremiam com tanta raiva.
– Isso porque você me ama! - Disse, quando abriu a cabine onde eles estavam com tudo, assustando os dois que estavam lá. Pansy esboçou um sorriso irônico, e Rony parecia desesperado.
– Hermione, não é o que você está pensando! - Rony começou. “O velho papo dos casados que são pegos na traição. Como se isso fosse uma traição. Porque estou cobrando ele? Ele não é meu namorado. Que pena... NÃO! Que pena não! Ainda bem.” Disse a garota em pensamento. Sua visão agora estava vermelha.
– Esquece – Gritou e saiu do trem pisando duro. Estava com tanta raiva. Ela só não começou a chorar de raiva quando saiu do trem porque Rony estava logo atrás.
– Hermione! - Gritou Fred – Espere! - Mas ela estava com tanta raiva que mal deu atenção pra ele ou pra Luna. Luna parou no meio de todos, que estavam quase entrando em Hogwarts, e gritou, a voz aguda e fina.
– HERMIONE GRANGER, VOCÊ VAI NOS OUVIR AGORA – Todos pararam para olhar. Hermione ficou vermelha.
– O que é? - Perguntou com a voz grossa, ao parar de frente para a escada principal.

– Olha Hermione, sabemos que gosta dele... - Começou Luna.
– É! Mas ele mentiu pra mim! - Berrou Hermione, e Rony viu. As lágrimas dela cairão. Rony não sabia o que fazer, de fato, ele era inocente. Mas não tinha como provar isso pra Hermione – olha. Vamos conversar sobre isso na sala comunal, certo? Não estou com cabeça pra isso agora – Murmurou ao ver que Rony e Malfoy estavam fitando a mesma.
– Não... - Luna começou, mas Fred a interrompeu.
– Lovegood, deixa – Disse ele.
– Não-me-chama-de-Lovegood. - Disse ela entre dentes, ele sabia que ela odiava ser chamada assim.
Quando eles se deram conta, Hermione já havia entrado em Hogwarts, e já estava no salão principal. Quando Fred e Luna entraram no salão, Rony estava ao lado de Hermione.
– Deixa eu falar Hermione – Rony implorava – Eu nunca menti pra você.
– ARGH! Ronald, para! Eu preferia ser uma Sonserina ao ter que aturar isso – Disse e saiu de perto de Rony, que fez menção de levantar e ir atrás dela – É MELHOR NÃO ME SEGUIR! - Berrou, e ele ficou no seu lugar.
Ela foi para perto de onde Luna e Fred haviam se sentado, e sentou no meio dos dois.
– Eu não sei o que eu faço da minha vida! - Disse, e percebeu que Draco não parava de olhar ela. - O Chapéu Seletor começou a cantar, e depois dar um discurso que eles nem prestaram atenção.
– É isso que dar ser tão desejada. Não é nada fácil, eu sei bem disso – Fred disse, em um tom convencido, e as meninas começaram a rir. Pelo menos isso pra distrair. Então, eles se assustaram, o banquete surgiu na mesa. Apesar de isso acontecer todos os anos, eles não estavam acostumados com aquilo. Sempre se assustavam. Hermione fez um prato com arroz, torta de abóbora, batatas fritas e frango assado. Luna pegou pudim, e Fred encheu seu prato de várias coisas. Eles terminaram de comer, e assim que Dumbledore lhes deu a ordem de ir para os dormitórios, eles se levantaram.

Uma mão gelada pegou no braço de Hermione, e ela se assustou. Era Draco.
– Draco, outra hora. Preciso falar com você também. - Ela disse e se soltou da mão dele, sem que desse tempo pra ele responder, ela se enfiou na primeira escada que viu. A escada virou, e parou em um corredor. Com desconfiança de que ele estivesse a seguindo, ela entrou no primeiro corredor que viu. O corredor era escuro, e estava vazio. Quando se deu conta, já estava na metade do mesmo. Então, de repente BUM! Ela ouviu atrás dela. Se virou rapidamente com a varinha em punho, era só a porta que havia fechado atrás dela.

– Lumus! - Disse, e um feixe de luz surgiu na ponta da varinha da mesma. Ela correu em direção a porta, e estava trancada. - Alohomora! ALOHOMORA! - Ela não abria. Hermione entrou em desespero. - BOMBARDA! - Não abriu de todo jeito. Estava trancada por magia. O desespero tomou conta dela.