Sentimentos Ocultos: O Começo escrita por Vick Yoki
Notas iniciais do capítulo
Mogie está confusa sobre o que acontecera naquele dia. O que aconteceria com ela agora? Só lendo para descobrir...
Estava em um lugar escuro. Ouvia vozes, mas não sabia de onde viam. Até que vi uma luz fraca vindo em minha direção e quando mais ela vinha mais ia ficando forte. Meus olhos estavam embaçados, mas eu consegui ver um pouco daquela criatura. Criatura? Isso me lembrou a “criatura perfeitamente linda”. Por um momento pensei que fosse uma ilusão, mas fui percebendo que a criatura na verdade era... - Mogie! Mogie!
- Ãnn? Oi mãe.
Fui despertada daquele sonho tão maravilhoso.
- O que aconteceu com você?
- Não sei mãe.
- O Valen chamou o amigo dele, doutor Wilker para te analisar.
- Não é necessário.
- É necessário sim! Sorte a sua que o filho dele, o Filipe, estava lá.
O Felipe. Era ele a criatura do meu sonho? Porque eu desmaiei após aquele pensamento confuso? Porque ele havia se preocupado comigo? Porque tantas dúvidas estão rondando a minha cabeça?
- Você está bem, não é?
- Sim.
Não.
A porta se abriu, Valentim entrou acompanhado de um jovem senhor que com certeza era o doutor Wilker.
- Wilker, esta é Morgana.
- O que você andou aprontando, linda garota dos olhos azuis?
Sorri. Nunca alguém havia me adicionado um adjetivo. - Não sei doutor Wilker.
- Me chame de Paul.
- Ok, Paul.
Rimos novamente. Senti que minha mãe estava achando aquilo um abuso da parte do Paul, mas eu não me importaria. Ele era alto, magro e se parecia com Filipe, mas tinha lindos cabelos loiros. A pele era perfeitamente desenhada e se não fosse jovem, julgaria ter feito alguma plástica. Tinha um sorriso largo idêntico ao de Thereza, não era um sorriso tímido como o de Filipe. Seus olhos eram expressivos e brilhantes, tinha uma cor mais clara que preto e mais escura que castanho. Ele era perfeitamente lindo e sedutor, mas eu não deveria pensar desta forma, afinal eu deveria respeitá-lo, pois ele era casado e eu era uma simples garota de 17 anos.
- Está sentindo alguma coisa?
- Sim, o meu coração ainda está batendo.
Todos gargalharam da minha simples ironia.
- A ironia continua intacta, não é mesmo mocinha? - Acho que sim.
- Bom, deixe- me analisar seu estado.
- Ok. Ele pegou seus instrumentos e analisou. Me lembrei de quando tinha cinco anos e o medico colocou um palito na minha boca e eu engasguei.
- Você está muito bem. Estou começando a achar que este seu desmaio foi emocional. Você não está se sentindo bem aqui ou está contrariada com algo?
- Não.
Com o que eu me contrariaria?
- Meu filho ficou preocupado com você. Vocês são amigos?
Claro!!
- Acho que sim. Ele estava perto de mim quando eu desmaiei.
- Talvez ele venha te visitar se você não se importar. Nunca irei me importar!
- Tudo bem.
Ouvi minha mãe cochichando no ouvido de Valentim. Sabia que ela não estava nem um pouco satisfeita com a minha breve amizade com o Paul e sobre o envolvimento com Filipe. Mas o que eu poderia fazer? Este desmaio ainda sem explicação estava ocupando ¾ do meu cérebro.
- Muito bem, eu vou voltar pra casa, mas se houver algum sintoma pode me ligar que eu dou um jeito de vir aqui. - Tudo bem não se preocupe eu estou muito bem.
- Assim espero.
Ele lançou seu ultimo olhar sobre mim. Se despediu e se foi, acompanhado do Valentim e da minha mãe. Acho que agora poderei descansar mais um pouco.
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O que vocês acharam?