Sentimentos Ocultos: O Começo escrita por Vick Yoki


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Gostaria da opinião de voces para saber: A minha fic esta agradando a voces? Eu preciso da critica de voces para poder melhorar, entao por favor, me ajudem para que eu tenha forças para continuar escrevendo. Obrigada a quem está lendo!!



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Estávamos a caminho de volta para casa quando resolvi quebrar o silencio que estava nos envolvendo.

– O que vocês, homens, vêem na Lauren?

– Como assim?

– Todos os garotos da escola já ficaram com ela.

– Eu não fiquei.

– Milagre!

– Você acha?

– Sim.

– Eu nunca vi nada mais do que cabelos loiros e longos, pele corada, olhos azuis e falta de vergonha na cara.

Soltei mais uma daquelas risadas inesperadas. Vi que ele também se esforçou para segurar um riso.

– Você nunca se interessou por nenhuma outra garota da escola?

– Nunca.

– Elas nunca te atraíram?

– Sim. Algumas me atraíram vários problemas. Como da vez que Clark quase me deu uma surra por causa da Alexandria.

– Puxa!

– Eu tenho sorte de ter me apaixonado por uma garota que nunca chamou a atenção de nenhum outro garoto. Assim eu não tenho problemas.

– Se você pensa desse jeito.

– Na verdade eu estava há muito tempo querendo te falar o que eu tava sentindo e eu planejei te dizer isso ontem mas a Lauren chegou e atrapalhou tudo.

– Não tem problema, agora nós estamos aqui.

Enquanto ele dirigia eu senti uma onda de felicidade passando por mim. Talvez fosse a minha imaginação que era muito fértil mas eu realmente estava sentindo isso. Filipe tocou levemente as costas da minha mão me fazendo sentir um curto circuito dentro de mim. Era incrível a conectividade que tínhamos. Eu podia sentir que seu coraçao batia sincronizadamente com o meu. Nem reparei quando chegamos em casa.

– Chegamos!

– Parece que a Rita abduziu o cérebro do Valen e fez com que ele ficasse no shopping com ela.

– Outra surpresa! Não sabia que você entendia de abduções. - Eu leio muitos livros.

– Reparei isso.

– Já que eles não chegaram você podia entrar. Podemos fazer pipocas e assistir algum filme.

– Claro que eu aceito entrar!

– Então vamos.

Adentramos o portão da casa. Encontrei uma vaga na garagem, então eu tinha certeza de que eles não tinham chegado. Abri a porta e senti o frescor diferente que estava na casa.

– Você não pode mais me ajudar a arrumar a casa?

– Por quê?

– Porque o seu perfume fica em tudo que você toca. Isso é uma grande arma do crime.

– Haha, você acha?

– Claro!

Filipe me deu um beijo leve na testa. O bom disso tudo era que eu não estava sonhando, eu estava ali com ele.

– Você não faz o tipo romântico.

– Não. Você gosta dos românticos?

– São muito melosos. Você tem que ver Valen e Rita juntos! - Ainda bem que não vi.

– Ainda. Ou você acha que eu não vou te apresentar a eles? - E a sua mãe? O que ela vai achar?

– Isso não importa, quer dizer, importa. Mas com o tempo você vai conseguir conquista-la, como fez comigo.

– Se você acha.

– Bom, escolha o filme enquanto eu faço as pipocas.

– Ok.

Não percebi o tempo passar, só conseguia pensar que ele estava ali, na minha sala.

– Aqui está.

– Pensei que não fosse vir.

– Nunca vou te deixar sozinho.

– Bom saber!

Dei um leve beijo em seus labios e encostei em suas mãos que não estavam mais frias. Ouvi o barulho de pneus raspando o chão. - Eles chegaram!

– Não se preocupe.

– Aonde você vai?

– Não se preocupe.

Ele saiu pela porta dos fundos rapidamente. Mas não havia tempo de segui-lo e ver o que ele iria fazer. Lavei o copo que ele havia tomado suco e dei de cara com Valen e Rita cobertos de sacolas. - Olá!

– Oiii!- Não consegui disfarçar a minha euforia.

– Sobreviveu a catastrófica casa?

– Sim.

– Mandou bem.

– Jogou perfume pela sala?- Tinha certeza de que mais cedo ou mais tarde ela iria perceber.

– Por quê?

– Sinto um cheiro diferente.

Ops!

– Passei um pouco da colônia do Valen.

– Maravilha! Não posso sair de casa e você acaba com minha colônia?

– E sua internet também.

– Haha, vou cobrar isso de você!

Valen veio até mim e bagunçou meu cabelo que já estava solto. - Você ficou o dia inteiro em casa?

– Er... Não.

– Saiu com quem?

– Com uma “amiga”.

Estava torcendo para que Filipe não estivesse ouvindo isso. - Foi aonde?

– Harry Manson’s.

– Huum...

Resolvi cortar o papo com minha mãe e comecei a falar do que ela gostava: compras.

– Como foram as compras?

– Boas, muito boas.

– Pena que não posso dizer o mesmo.

– A minha mãe acabou com o limite do cartão, Valen?

– Não, ainda não.

– Que sorte!

–Haha! Filha, você é a única mulher que não gosta de fazer compras.

– É a única que presta.

Tô com a bola toda!

– Eu sou uma mulher de muito valor, tá Valentim.

Quando ela o chamava de Valentim era porque ela estava com raiva.

– Pô Ritinha, eu disse isso de brincadeira.

– Vá falar com as paredes.

Quando me vi ali sozinha na sala, subi correndo as escadas na esperança de encontrá-lo ali. Mas não foi o que aconteceu, infelizmente. Havia um bilhete em cima da mesinha da cabeceira. Li com os olhos.

“Querida Mogie,

(Haha)

Tive que ir embora por mais que eu quisesse ficar aqui vendo você dormir, vendo você respirar e ouvir o doce som da sua voz. Mas não foi possível pois me lembrei que Korene (minha mãe) estaria em casa hoje e ela poderia fazer uma confusão por minha procura. Espero poder te ver amanhã se sua família não estiver em casa. Ah, ia me esquecendo...

EU TE AMO!!

É melhor eu ir, tenho medo de que sua mãe me encontre aqui. E a propósito, você me chamou de amiga ou quis dizer que havia saído com uma amiga que não era eu? Espero que amanhã você me explique. Boa noite,

Filipe Wilker”
Não pude deixar de rir diante daquela carta. Mas eu queria que ele estivesse aqui apesar de ser quase impossível. Tomei um banho morno e ao sair do chuveiro notei que a chuva estava cada vez mais forte. Penteei o meu cabelo e fiz um rabo de cavalo baixo. Vesti um moletom quente e novo. Na verdade eu ganhei ele do meu pai quando eu tinha 13 anos. Usei umas três vezes, já que eu tinha obsessão pelo pijama desbotado. Minha mãe dizia que eu era estranha porque dormia com moletons ao invés de camisolas. Eu não me acho nem um pouco estranha, só sou diferente. Desci as escada e senti o cheiro de panquecas. Sentei-me ao lado de Valen e ele incrivelmente estava assistindo telenovelas. Algumas pessoas diziam que as telenovelas antigas eram melhores. Eu não posso dizer o mesmo já que não vejo as atuais, muito menos vi as antigas. Valen parecia estar entusiasmado com a cena de beijo dos aparentemente “mocinhos” da novela. Eu, preferia esperar pelas panquecas e já que elas não ficavam prontas decidi fazer outra coisa.

– Valen?

– Sim?

– Eu poderia usar sua internet?

– Deixe-me pensar. Acho que sim, já que você arrumou a casa sozinha e sempre está trabalhando ou estudando. Acho que sim. - Obrigada!

– Não há de que. Mas não use tudo, essa operadora não tem promoção.

– Ok.

Liguei o computador e conectei-o a internet. Abri a minha caixa de email e vi que meu pai havia respondido ao mesmo.

Assunto: Resposta

Oi Mogie, eu estou muito bem! Fico feliz em saber que você tem um carro. E não me chateei com a mudança do seu nome. Imagino que Valentim seja um cara muito legal. Infelizmente não estou tendo tempo para te ligar e creio que você também não tenha mas o bom é que podemos nos comunicar por email. Sobre os “amores”, aconselho que encare os fatos e conte pro garoto o que você sente por ele. Se a sua mãe não gostar, o que eu imagino, descubra os motivos dela e se corrija se estiver errada. Nunca a enfrente, até porque é errado e você pode se dar mal. Encare o “primeiro amor” de maneira clara, calma e tranqüila. E tome cuidado, não vá se precipitando. Boa sorte! Com amor,

Phil Gallego.
Fiquei muito feliz por meu pai ainda se preocupar comigo. Pensei em algo divertido para fazer, mas minha cabeça estava muito ocupada pensando nele. Ah como eu queria que ele estivesse aqui! Chorei ao pensar que estava sozinha, sem sua proteção. Mas depois fui percebendo que estava sendo mais idiota que o normal. Desliguei o computador e joguei “Boa noite” pro casal e subi para dormir. Quando abri a porta do meu quarto e sentei na cama encontrei um bilhete em cima da mesma que dizia:
                                             Não se preocupe,

                                          estarei sempre

                                                    ao seu lado.
As letras eram estavam escritas no mesmo formato da carta anterior. Era Filipe quem havia escrito. Fiquei imaginando como ele sabia da minha insegurança e como ele havia deixado este bilhete na minha cama. Fui até a janela e não o encontrei lá. Na verdade não encontrei nada além de escuridão. Fui ao banheiro, nada anormal. Guarda-roupa, nada. Talvez fosse minha imaginação mas não era. Não importava, ele havia dito que estaria sempre ao meu lado. Não senti mas aos poucos fui pegando no sono.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?