"That's my boy, american son, I hope I'm not around when he gets the idea to buy a gun. Have you ever really loved someone?"

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Tate estava no quarto com Sarah, depois de uma semana do que aconteceu. Estavam deitados na cama.

–Eles virão a qualquer momento, Tate. Parece que você atirou no professor que estava na biblioteca, mas ele não morreu, e recobrou a consciência há pouco tempo.

–Você acha que ele me viu? Eu atirei nele pela porta.

–Se ele está vivo, tem uma grande possibilidade de ter te visto. O seu padrasto, apesar de ter sobrevivido, não vai falar nada. Sua mãe controla ele como um cachorrinho, e ele sabe como ela ficaria magoada se tirassem você dela por causa dele. Sem tirar que ele matou seu irmão, não é um santo.

–Você... Conversou com ele?

–Não se preocupa, eu cuido do que estiver ao meu alcance. - Disse ela e beijou a testa dele. -Porém, ele não estava sozinho no escritório. Muitos devem ter te visto.

–O que devemos fazer? - Ele perguntou, olhando pra ela. -Fugir?

–Vão nos achar em qualquer lugar, meu amor. Você está com medo?

–Eu não tenho medo. E você?

–Quando entrei nessa, não achei que sairia viva. Se sair, vai ser um bônus.

–Você vai ficar comigo até o final? Aqui? Você tem que ficar.

–Nós somos cúmplices, não vou te deixar. Bom, vou pegar um copo de água. Quer um também?

–Não.

–Ok, já volto.

Sarah saiu do quarto e ele ficou olhando para a porta. Sentou na cama e pensou sobre tudo o que tinha feito. Não conseguia se sentir triste ou culpado, não se arrependia. Pegou a arma e a olhou, estudou cada centímetro. Não tinha medo de morrer, mas não queria ficar sozinho, sem a Sarah. Se morrermos nessa casa, ficaremos juntos pra sempre. Ninguém acreditava nele, mas ele sabia. Os fantasmas da casa, só Addie os via também, mas quem acreditaria em uma garotinha com síndrome de down? O irônico é que ela era a mais inteligente de todos ali. Ela sabia, ela via.

–Esperem! O que vocês querem com ele? O que ele fez?– Era a voz de Constance. Tate deixou a arma cair na cama. De repente, a porta do seu quarto foi aberta. -Ele vai se render! Podem soltar as armas, ele vai se render! - Policiais estavam ali, muitos policiais. Ele se levantou da cama devagar, com as mãos para cima e fez um sinal de arma com a mão na cabeça. Atirem aqui, ele quis dizer, mas eles não atiraram. Ainda assim, miraram suas armas contra o peito de Tate. Melhor morrer como um herói, do que simplesmente morrer. Melhor morrer tentando se defender, sabendo que não tem chance. Ele se inclinou rapidamente e pegou a arma que estava na cama. Ou tentou, mas antes que pudesse fazer algo, balas perfuraram seu peito. Muitas delas, ao mesmo tempo. Sua última lembrança foi o choro da mãe.