"I'm going to fight them off, a seven nation army couldn't hold me back."

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Depois de meses, e muita conversa, o dia chegou. No começo, Tate tinha medo de Sarah. Ele nunca teve amigos, a garota apareceu do nada. Ela é louca, ele pensava todos os dias. Mas então ele entendeu que também era louco, e isso não importava.

–Você quer mesmo fazer isso? - Ele perguntou.

–Eu não mudo de ideia fácil. - Ela carregou a arma que estava segurando e os dois entraram na escola, se separaram e foram fazer o que tinham combinado.

A primeira vítima de Tate foi um garoto. Tate entendeu então o que Sarah disse. A adrenalina. Tudo passava devagar e ele sentia como se a cabeça não estivesse ali. Ele não ouvia nada em volta a não ser a pulsação do seu coração e as pessoas pedindo para serem poupadas. O som do seu coração era tão alto que ele pensou que fosse explodir. Outro garoto implorou pela vida, mas Tate não se importou. Seu sangue escorreu. Ele sentiu o sangue nas mãos, e era quente. No começo, ele queria escolher as pessoas, mas depois não fazia diferença alguma.Todos imploravam pela vida no final, ou tentavam salvar alguém em um ato heróico (sendo difícil encontrar alguém que fizesse a segunda coisa). Ele estava certo de que quem se arriscava por outros, tinha mais certeza da morte. Não tinha pra que lutar, a morte era certa, então era melhor morrer como herói. O sangue de todos eram da mesma cor, e todos tinham o sangue quente, como Sarah tinha dito. Tate gostava da biblioteca, ele gostava de ler, então foi para lá que ele foi em seguida.

Só conseguiu entrar pela porta dos fundos, e todos se escondiam debaixo de mesas, entre estantes, atrás de móveis. Ele foi andando devagar pelos corredores assobiando. Ele sempre teve medo, sempre se escondeu, mas agora, ele tinha tudo nas mãos, ele tinha vidas nas mãos. Eu posso fazer o que quiser. Agora todos se escondiam dele, e pela primeira vez, ele se sentiu forte e seguro. Ninguém pode me ferir agora. Quando terminou na biblioteca, lembrou de que ainda tinha que cuidar do padrasto. Saiu e foi até o corredor.

Ouviu tiros e gritos, Sarah devia estar indo bem.

–Sarah! -Ele gritou, três vezes. Ela correu até ele e o olhou, encostado no armário. Sorriu e o beijou. Suas mãos também estavam sujas de sangue. Ele a puxou pra mais perto e retribuiu o beijo. -Você estava certa, eles não entendem. Somos só nós dois agora. - Ele disse a olhando e segurou sua mão.

Os dois foram andando até o escritório do padrasto dele, onde ele entrou e atirou fogo nele. Isso é pela sua esposa e filhas, isso é pelo meu irmão. Ele pediu para Sarah esperar por ele, pois isso era algo que ele tinha que fazer sozinho.

Quando ele saiu, ele e Sarah foram para a casa dele.

–Temos que nos limpar agora. - Disse ela.

–A polícia vai vir atrás de nós, não vai? - Ele perguntou.

–Provavelmente.

–O que vamos fazer?

–Ficaremos juntos. - Ela disse.