My Angel escrita por Lolita T


Capítulo 6
Apenas Um Mês


Notas iniciais do capítulo

Gente, foi malz esse capítulo está curtinho, eu sei. Não me odeiem.



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Entrei em casa, e a pior surpresa possível me aguardava. Meu pai, sentado no sofá, não tinha o rosto mais alegre do mundo:

-Nicholas, - meu pai me chamou, me olhando furiosamente. - nós precisamos conversar.

-Sobre o que? - decidi me fazer de desentendido.

-Você sabe muito bem o que é! - ele disse elevando a voz. - Aquela menina.

-Sophie?

-Essa mesma. Você deveria tê-la matado!

-Eu não pude pai. Ela havia acabado de perder a mãe.

-Agora você tem compaixão para com outras pessoas? Nicholas ela é uma ameaça!

-Ela nem sabe o que pode fazer.

Nós dois gritávamos como loucos. Eu amava Sophie e não deixaria que meu pai, nem ninguém, a matasse. Meu pai havia jurado que venceria aquela guerra idiota, nem que para isso arruinasse a vida de muita gente:

-Tudo bem pai. - eu respirei fundo, decidido a ceder. - Apenas me dê algum tempo.

-Um mês no máximo, Nicholas.

-Certo.

Subi correndo as escadas e entrei em meu quarto, onde a primeira coisa que fiz foi me jogar em cima da cama. Pela primeira vez, chorei. Considero aquela atitude ridícula, mas eu já não aguentava. Daria qualquer coisa para deixar de ser aquela criatura horrorosa que não deveria ter sentimentos, que faz qualquer coisa em benefício próprio.

Tomei a primeira decisão real em minha vida naquele momento. Jurei a mim mesmo que realizaria todos os desejos de Sophie naquele mês:

-Nicholas, - Richard disse ao entrar no quarto silenciosamente. - eu ouvi os gritos. O que aconteceu?

-Ele queria que eu matasse 'a garota'. - respondi, secando as lágrimas sem que ele percebesse.

-Eu e o Will estamos preocupados com isso, cara. Ela é uma ameaça, você tem que cumprir logo sua missão, que nem é tão difícil assim.

-Ótimo! - gritei para ele. - Se é tão fácil para você, então faça-o!

-A missão é sua. Quem mandou se apaixonar por ela?

-Ninguém, eu sei. Mas eu não posso escolher.

-Você não deveria se apaixonar por ninguém. Lembra-se do que somos?

-Lembro. Mas talvez eu seja diferente, talvez meu destino não seja ser o herói dessa guerra.

-É em você que o papai confia. E todos sabem que você é capaz de dar esse golpe.

-Eu era capaz, até conhecer a vítima. Por que não podemos deixá-la viver? Sophie não sabe do que pode fazer.

-Mas poderá ficar sabendo. Apenas mate-a. - ele disse um pouco antes de fechar a porta.

Olhei para a porta, por onde meu irmão havia acabado de passar. Parecia que eu havia levado um tapa no rosto. Ninguém me apoiaria. Eu teria de ser o 'herói' daquela guerra, garantindo a vitória para o 'nosso' lado, matando quem eu mais amei em toda a minha vida.

Eu não aguentaria estar por mais um minuto naquela casa, com aquilo que eu chamava de família. Desci a escada e ia girar a maçaneta, quando fui detido por meu pai:

-Nicholas, onde vai? - ele disse colocando a mão em meu ombro, tentando ser amigável.

-Não te interessa, pai. - pronunciei a última palavra com desprezo.

-Interessa, sim. Eu sou seu pai.

-Na verdade, eu estava indo ver 'aquela garota'. - disse abrindo a porta e saindo de casa, sem que ele pudesse me alcançar.


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Notas finais do capítulo

PS:Mais uma vez... eu peço por reviews