I Cant Wait Forever escrita por badgalvivi


Capítulo 9
Pois sem ter teu carinho eu me sinto sozinho


Notas iniciais do capítulo

ADIVINHA QUEM FICOU SEM INTERNET? MEEE Ô Eu sei que foi triste para vocês sumir do nada depois de prometer uma "surpresinha" nesse capítulo. Mas teve um problema aqui na minha rua e os fios da internet toraram e fiquei essa semana inteira sem internet, ihuuuul. Mas enfim, aproveitem o capítulo. (Tentei fazer um pouquinho de NaLu pra vocês ♥) Beijinhoooos. PS: Shippers de Gruvia, sem pedras por favooor >3



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Queridos Mamãe e Papai,

Como sempre, sinto falta de vocês.

As coisas por aqui estão tranquilas, fora a agitação comum do Natsu brigando e queimando algumas coisas.

O Natsu... Estamos juntos faz quase oito meses. Eu gosto tanto dele e me sinto muito feliz por ele demonstrar e dizer que sente o mesmo por mim. Somos muito felizes juntos. Ele simplesmente me completa, sabe? Como aquela história da panela e sua tampa.

O pessoal da guilda sempre torceram por nós e sempre estão fazendo piada sobre estarmos juntos. A fairy tail continua maravilhosa.

Bom, agora eu irei indo. O inverno está chegando aqui em Magnólia, as noites estão ficando cada vez mais frias.

Fiquem bem, eu amo vocês.

Com amor, Lucy.

Lucy dobrou a folha e a colocou em um envelope, juntando-a as outras cartas escritas aos seus pais. Levantou-se da escrivaninha e esticou o corpo, iniciando uma série de estalos em seus ossos. Bocejou e coçou a cabeça saindo do quarto e andando em direção à cozinha de seu apartamento. Ligou as luzes, guardou os pratos, tomou um copo de leite e desligou tudo em seguida, rumando novamente para seu quarto.

A loira desligou a luminária que ficava sobre a escrivaninha e a única luz que agora iluminava o quarto, era a luz branca e pálida da lua naquela noite fria. Sorriu olhando para o monte que havia sobre a sua cama. Natsu dormia espalhado com Happy enroscado em si em cima de sua barriga. Os lençóis caiam da cama e o rosado trajava apenas uma calça moletom cinza que na visão de Lucy não era muito aquecedor.

A maga estrelar recolheu os lençóis espalhado e deitou-se no lugar vago que tinha em sua cama cobrindo-se até o pescoço e se aninhando junto aos travesseiros. Fechou os olhos e sentiu um braço a puxando pela cintura.

– Hm... Finalmente, Luce. - O rosado sussurrou com uma voz sonolenta e rouca.

– Não se preocupe e vá dormir, está tarde. – Lucy continuou de olhos fechados e sentiu o rosado apertar o abraço.

– Gosto do seu cheiro. Cheiro de Lucy. – Ele inspirou aroma que vinha de seus cabelos e sorriu.

– Como?

– Cheiro de Lucy. Nunca senti nada parecido com seu cheiro em lugar nenhum. – Ele sussurrou, com seu hálito quente contra o pescoço da loira dando-a arrepios. – É unicamente seu. Eu amo seu cheiro, assim como amo você.

Lucy sorriu e girou nos braços do namorado ficando de frente para ele. O rosado tinha os olhos fechados e um sorriso doce nos lábios. A maga enterrou seu rosto na curva do pescoço do maior sentindo o aroma que ele exalava. Natsu era excêntrico até no cheiro. Ele era o tipo de pessoa que mesmo depois de uma corrida, ou de se molhar inteiro pescando com o Happy iria ter o mesmo cheiro. Era algo amadeirado, porém não podia ser definido como um aroma de perfumaria.

– Cheiro de Natsu. – Ela sussurrou com a voz abafada pela pele do namorado. – Eu também amo você.

***

Pinga, pinga, cai.

Ou pinga, cai, pinga. Podendo ser também pinga, cai, cai, pinga novamente e depois cai mais uma vez. Sua linha de raciocínio estava confusa demais para pensar em coisas como essas.

Juvia andava apressadamente naquele dia. Seus pés tropeçavam em si mesmos, seus ombros estavam tensos e suas mãos suavam. Uma rajada de vento balançou seus cabelos e em um ato frenético ela ajustou sua franja, dando em seguida uma risada nervosa para si mesma.

Havia marcado de almoçar com Lyon naquele dia, mas o que tinha demais nisso? Suspirou. Depois de conversar com Erza, a azulada teve certeza que não podia mais "enrolar" o albino daquele modo. Sabia de seus sentimentos e não queria deixá-lo triste, conhecia a dor de ser rejeitado.

Seus pés pararam abruptamente e ela notou que estava no local marcado para encontrar com o mago. Olhou em relance e logo o avistou brincando com uma folha, completamente distraído. Juvia sorriu e se aproximou sorrateiramente.

– Boo! - Ela tocou seus ombros e ele virou sorrindo divertido.

– Oh! - Lyon fingiu-se surpreso. - Você é muito assustadora, sabia?

– Gihihi. - Juvia tentou por um momento sorrir convencida como o Dragon Slayer de Ferro. - Juvia tem consciência disso.

O mago balançou em sinal de desaprovação enquanto sorria divertido.

– Pronta para ir? - Perguntou oferecendo o braço.

Porém teve o silêncio como resposta, e logo uma expressão confusa grudou em seu cenho.

– Algum problema? - Cautelosamente abaixou a cabeça, tentando decifrar a expressão da maga.

– J-Juvia precisa c-conversar com Lyon-sama. - Ela estava hesitante e sentia seu corpo tremer de nervosismo.

– Conversamos quando chegarmos ao restaurante. - Lyon falou casualmente.

– P-Precisa ser agora. - Que toda as entidades divinas a ajudasse naquele momento.

– Ora Juvia, então fale. - Ele sorriu.

Como iria falar? Ela não poderia simplesmente cuspir as palavras. Nem cantar um rap e resolver tudo.

Juvia te engana, Juvia não dá bola. Pegue suas coisas Lyon-san, e vá embora. Yo, yo bro.

Seria bem mais fácil se as coisas funcionassem assim.


Juvia respirou fundo e começou hesitante:

– P-Primeiramente Juvia quer se desculpar. - Ele a olhou confuso e abriu a boca para responder, mas Juvia apenas continuou. - L-Lyon-sama tem sido uma pessoa muito i-importante para Juvia ultimamente. J-Juvia sabe dos sentimentos que ele tem, mas Juvia não p-pode aceitá-los.

Ela suspirou e levou a mão até o coração que batia descompassado. Um silêncio se instalou entre eles.

– Juvia...

– Desculpe Juvia, Lyon-san! - Sua voz estava chorosa e ela fez uma reverência. - J-Juvia r-realmente não queria fazer isso. J-Juvia só não consegue sentir o mesmo que L-Lyon-san, ela não quer enganá-lo e...

A azulada teve seu discurso interrompido e tudo que podia fazer naquele momento era arregalar os olhos.

Lyon a beijava.

Ele tinha as mãos em seus ombros e havia a puxado rapidamente chocando seus lábios em seguida. Era terno, sem força nem pressão.

Tão rápido como havia começado o contato terminou.

– Me desculpe Juvia! - Ele corou e afastou-se dela. - Você não parava de falar então eu não sabia o que faze...

– Tudo bem Lyon-san. - Ela assentiu. - Juvia está melhor agora, ela não sentiu nada.

– Como?

– Juvia tinha medo de estar negando os sentimentos de Lyon sem saber se poderia sentir algo por ele futuramente. Mas Juvia não sentiu nada.

– Assim você me magoa Juvia. - Ele fingiu mágoa enquanto limpava lágrimas invisíveis.

– Faça novamente então. - Ela se aproximou um passo a frente.

O albino ainda desacreditado assentiu em pergunta recebendo o mesmo movimento acompanhado de um sorriso da maga a sua frente como resposta.

Delicadamente ele se aproximou e posicionou as mãos nas laterais do corpo da mulher, enquanto ela apoiava-se em seus ombros ficando na ponta dos pés e acabando com a diferença de altura entre eles.

Juvia foi quem selou seus lábios.

Era um beijo terno, assim como seus anteriores dados em seu antigo namorado. Transmitia carinho, admiração e respeito acima de tudo. Suas línguas se tocaram e continuaram no mesmo ritmo. Lyon tinha sabor de canela e aquilo estava sendo divertido.

Não tinha calor, nem estômago afundando. Não tinha as mãos suando ou a vontade de pendurar-se no pescoço dele. Não eram fogos de artifícios que estouravam ou pássaros que cantavam ao seu redor. Mas era bom.

Separaram-se e sorriram timidamente.

– Eu... - Lyon respirou abrindo mais seu sorriso. - Também não senti nada. Foi bom mas...

– É, nada. - Suspirou a azulada sentindo um enorme peso sair de suas costas. - Você ainda quer almoçar?

– Claro. Não daríamos certo como namorados, mas ainda quero sua presença. - Lyon ofereceu novamente seu braço e ela encaixou-se nele.

– Juvia também acha a mesma coisa, Lyon-san.

Sorriram juntos e conversando normalmente foram rumo ao restaurante.

***

– VOCÊS NÃO TÊM BOM GOSTO! - Erza gritou levantando-se e batendo com força na mesa

– VOCÊ QUE NÃO SABE O QUE É REALMENTE BOM! -Gray retrucou cruzando os braços.

– DOIS IDIOTAS! - Natsu subiu em uma cadeira e bateu o pé sobre a mesa.

– MILK-SHAKE DE MORANGO SEMPRE SERÁ O MELHOR! - Erza levou as mãos até o coração e olhou para um ponto fixo no teto. Sua expressão era de alguém que defendia uma causa com uma enorme honra.

– NA-NA-NI-NA-NÃO! - Natsu balançou o dedo em negação fazendo um bico engraçado. - Chocolate! Esse sim é um bom sabor!

– Eu ainda prefiro menta. - O mago do gelo resmungou. - E você pode tomar com calda de chocolate.

– Também da pra tomar com morango! - A ruiva parecia desesperada para que os amigos aceitassem que morango sempre seria a melhor opção de sabor.

– Mas chocolate é melhor, Erza! - A Titânia bufou e Natsu sorriu convencido. - Hey Lucy, qual você prefere?

– Hm... - A loira colocou a mão no queixo, pensativa. - Eu gosto de chocolate.

– Há! - Natsu fez uma dancinha da vitória sobre a cadeira. - Eu te falei.

– ELA É SUA NAMORADA! NÃO VALE! - Gray berrou puxando o cabelo do rival.

– AH É? - Natsu correu pela guilda e puxou a pequena Levy pelas alças da mochila. - Levy! Morango, chocolate ou menta?

– SALAMANDER, LARGA ELA! - Gajeel gritou quando Levy foi suspensa pelo rosado. Quem era aquele frutinha pra levantar ela assim? Só ele tinha esse direito!

– Eu prefiro menta. - Ela sorriu e logo foi para perto do quadro de avisos sendo seguida por Gajeel.

– AAAAH! AGORA VIROU UM MOTIM! - Erza levantou uma das mesas e lançou em Gray, que discutia com Natsu qual era o melhor sabor.

E foi naquele momento que os seres vivos eucariontes, pertencentes ao reino Animalia, classe dos Mamíferos, da família Hominidaes e espécie Homo Sapiens, conhecidos como membros da guilda, iniciaram um combate hostil com cadeiras e mesas.

No balcão a nossa fêmea atraente eucarionte, pertencente reino Animalia, classe dos Mamíferos, da família Hominidaes e espécie Homo Sapiens, vulgarmente conhecida por Juvia, observava a baderna tomando um suco de laranja que lhe foi servido por Mira, que agora mexia com farinha e fazia biscoitos.

Juvia deu de ombros para os jarros, cadeiras e mesas que eram jogadas e pegou a revistinha de palavras cruzadas que estava ao seu lado no balcão. Algumas folhas da revista estavam preenchidas e Juvia se pôs a fazer as que ainda estavam em branco.

– Hmm... Palavra de quatro letras para "Aquele que comete bobagens." - matutou procurando a resposta.

– Gray. - A azulada desviou os olhos da folha encarando o dono da voz.

O mago do gelo fitava Juvia profundamente e ela apenas respondia sustentando o olhar. Gray sentiu seu corpo ser inundado pelo mar azul de seus olhos e a sorriu com toda a sinceridade.

Juvia sentiu os pelos de seu corpo se eriçarem e desviou o olhar antes que suas bochechas corassem.

– Infelizmente a resposta correta é "bobo", mas essa foi uma ótima opção. - Ela retrucou amarga.

Gray sentou ao lado da maga e chamou pela albina que tinha farinha até nas bochechas.

– Oh, Deus! - Mira exclamou assustada. - Gray você machucou seu ombro!

Fullbuster moveu o braço e sentiu uma pontada na clavícula, por onde passou a mão e sentiu o sangue no local. Tentou mover novamente e fez um careta como resultado.

– Eu irei pegar a caixinha de primeiros socorros, só me deixe... - Ela andava procurando a caixinha e tentando limpar a massa que não desgrudava de seus dedos. - Juvia!

– Sim, Mira-chan? - Ela indagou observando a amiga lhe olhar docemente.

– Minhas mãos estão sujas, você poderia fazer curativos no Gray? - A voz da albina era cheia de incerteza.

– Sem problemas. - Juvia cantarolou e levantou-se para pegar a caixa de primeiros socorros.

Delicadamente ela afastou o colar de Gray e com um algodão deu leves batidas em seu ferimento. Ela estava tão perto. Suas mãos eram suaves e leves. Naquele momento, Gray se arrependeu profundamente de todas as vezes que recusou que ela fizesse seus curativos.

Foram tantas as vezes que ela pediu para limpar seus machucados, tantas as vezes que ela por pura insistência conseguia colocar apenas um band-aid. Agora ele se arrependia. Queria pode se jogar de um penhasco apenas para ela pode trocar seus curativos.

E agora ele sabia que ela podia não só fazer curativos, mas também curar os ferimentos de sua alma e de seu coração.

– Pronto, Gray. - Ela apenas apertava o esparadrapo em sua pele e cortava as tiras extras.

– Obrigado Juvia. - Ele levantou e afagou aqueles cabelos macios, abaixando o rosto e beijando sua testa. Seu coração aqueceu.

Tocou levemente o local com os lábios e logo depois se afastou despedindo-se dela e da guilda.

Juvia agora estava estática em seu lugar. O que havia acontecido? Os lábios gelados tocando sua pele e a aquecendo em seguida. Seu coração bata rápido, suas mãos suavam.

Por que ele havia feito aquilo?

E por que ela queria tanto que ele fizesse de novo?


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Notas finais do capítulo

Eae? O que acharam? Espero que tenham gostado e não se sintam tão revoltados com esse pequeno Lyvia, mas eu não ia deixar Lyon chupando dedo gente. Provavelmente essa pode ter sido a cagada que eu fiz nessa fic e ter feito mil pessoas pararem de ler D: Maaaas, de agora em diante SÓ VAI TER GRUVIA NESSA PORRA! Comentam o que vocês acharam e eu vou tomar vergonha na cara e responder tudo. Beijinhos, até o próximo.



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