I Cant Wait Forever escrita por badgalvivi


Capítulo 10
A cada banho de chuva que chega molhando meu corpo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, eu quero agradecer as pessoas que tem acompanhado e comentado a fic ❤️ Vocês são os melhores. Agora, quero me desculpar por esse capítulo. Não que ele esteja péssimo ou do tipo, é que ele foi feito em um tempo livre que eu tive entre as provas, então me perdoem por ele não ter ficado tão longo nem tão bem desenvolvido. Eu só queria atualizar aqui pra vocês :3 Enfim, nesse capítulo temos uma coisa diferente, ele estará sendo narrado pelos nossos chuchuzinhos principais e eu gostaria de saber a opinião de vocês quanto a isso. Conversamos melhor lá embaixo, bom capítulo!



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POV Gray

O dia estava abafado, mas as nuvens rodeavam o céu. O sol parecia estar brincando de ser um carangueijo heremita esses dias, escondido na sua concha de nuvens. Desde o ínico da semana tem sido assim, o céu nublado e uma fina garoa ao fim do dia.

Caminhei tranquilamente nas ruas da cidade, podia sentir as engrenagens trabalhando dentro de minha cabeça. Flores, bombons, tortas, serenatas e até mesmo um vale de compras na loja mais cara do shopping de Magnólia eram opções de presentes de "oferta de paz" para Juvia.

Mas ela não era superficial, sei que todos esses presentes a deixariam feliz, porém ela não iria aceitar. Eu não podia simplesmente aparecer com um buquê de flores na frente de sua porta e pedir desculpas. Talvez antes, mas não agora.

Entrei na Fairy Tail e como sempre estava aquela bagunça. Sempre gostei daquele espírito alegre e brigão da minha guilda, mas admito que ultimamente isso tem me irritado. Não consigo achar motivos de comemoração, não entendo como as pessoas são tão felizes e parecem nunca ter nenhum problema.

Bufei. Pareço um daqueles caras dos filmes romântico que se acham incompreendidos por uma sociedade hipócrita.

– Oe Gray! - Lucy veio a meu encontro, segurando sua mochila em uma das mãos. - Como vai?

– Tudo tranquilo. - respondi e bebi um gole da minha água com gelo. - Vai em alguma missão?

– É, o idiota do Natsu pegou uma missão sem me avisar e veio dizer que eu tinha que estar na estação em 5 minutos. - Típico da Barbie Girl. - Por isso...

– Ah, eu sabia! Você só quer usar meu corpinho para alguma coisa. - fiz drama e a loira sorriu.

– Nem pense nisso, seu pervertido. - Happy chegou voando e puxando a Lucy pela barra da saia. - Você vai se atrasar, bolota-sama.

– HAPPY! EU VOU ARRANCAR OS SEUS BIGODES, SEU GATINHO IRRITANTE! - Lucy às vezes era muito assustadora, tenho pena do meu amigo.

– Aye, Aye! Mas ande rápido.

– Então Gray, faz uns quatro dias que Juvia não aparece na guilda e eu estou ficando preocupada. Eu iria visitá-la, mas infelizmente não posso ir agora. Você poderia ir ver se tem algo errado? - pediu ela.

– Tudo bem. - suspirei. Talvez eu quisssese alguma desculpa para poder invadir sua casa e saber o que ela tem feito.

– Obrigada, Gray! - ela pulou em meu pescoço em agradecimento e me deu um papel com as informações do apartamento da Juvia. - Pegue leve com ela, tá bem?

– Eu não farei nada de mal para ela, não se preocupe. Então se empenhe em dar um bom trato no Natsu. - O seu olhar compreensivo deu lugar a bochechas coradas e eu soube que ela entendeu meu recado.

Rápida, do mesmo modo que apareceu, ela se foi.

Tomei o resto de minha bebida e me coloquei nas ruelas a caminho da Fairy Hills. Será que eu deveria levar alguma coisa? Não sei se seria uma boa ideia, simplesmente aparecer em sua porta. O que eu iria falar?

"Eaí Juvia, tudo em cima? Vim saber se você não foi assassinada e seu corpo jogado no canal da cidade."

O final da tarde estava chegando, e junto com o crepúsculo caia também uma pequena chuva. Não me importei, afinal essa era uma das poucas vezes que eu usava o meu casaco. As gotas estavam não estavam tão frias, e chegavam a acalentar e manter a temperatura de meu corpo.

– Pinga... Pinga...cai. Puft! - acho que estou ficando obcecado por aquela mulher. - Pinga, pinga...

De fato eu ignorei o mantra que parecia ter sido recitado do além, mas após escutá-lo por uma segunda vez eu tive certeza que ela estava ali, bem perto de mim.

Eu queria saber por que não tenho essa sorte para acertar os números dos bolões da guilda.

Juvia estava deitada na grama a beira do riacho. Ela trajava seu costumeiro vestido e tinha os olhos fechados. Eu não consegui me aproximar naquele momento, apenas pude observar a serenidade de seu rosto. O guarda-chuva estava esquecido ao seu lado e seus cabelos encharcados eram como o imenso mar. Vi seu peito subir e descer consideravelmente e supus que Juvia respirou fundo.

Eu poderia ter ficado horas a observando mas o som de sua tosse me fez perceber que ela iria pegar uma maravilhosa gripe se continuasse daquele modo.

– Juvia? - indaguei enquanto ela abria os olhos e me fitava.

– Olá raspadinha de menta. - ela respondeu. Hey! Isso foi altamente ofensivo, tch, Natsu tem sido uma má influência. - Ou seria de melancia?

– O quê? - cheguei perto da azulada e a estendi uma mão, mas ela negou e continuou deitada.

– Juvia não sabe. Ela só falou, puft

– Vem, vou te levar em casa.

– Juvia já está em casa. - ela sorriu simpática voltando a fechar os olhos. - Juvia gosta da chuva, quando não tem tristeza em suas gotas.

Não pude responder, contudo suas palavras me deixaram aliviado. Juvia não estava triste e isso me bastava por enquanto.

– Juvia não consegue levantar, a cabeça de Juvia parece escorrer.

Novamente eu a estendi a mão, mas dessa vez Juvia levantou os dedos e encostou as palmas das nossas mãos, voltando a tombar o braço ao lado do corpo.

– Juvia, você está quente. - sua pele estava mais quente que o normal. Subi minhas mãos por seus braços até encontrar o pescoço alvo. - Juvia, você está queimando.

– "Estou empolgada!" - ela riu solitária da própria piada enquanto tossia. - Juvia está aqui "esfriando."

– Não estou brincando Juvia, você tem febre. - suspendi seu tronco e a encostei contra meu peito. Juvia tinha um sorriso abobalhado de alguém que parecia ter tomado duas caixas de comprimidos anestésicos.

– As pernas de Juvia viraram gelatina. - ela cutucou as próprias coxas no momento que eu as passei sobre meus braços. - Ploc, ploc.

Eu realmente não sei se rio ou tenho pena dessa criatura em minha frente. Levanto, e Juvia suspende o guarda-chuva sobre nós. Caminho até a Fairy Hills com ela em meu braços e ela me abre a porta enquanto eu a segurava firmemente nos braços em suas diversas tentativas falhas de acertar a fechadura. Achar o quarto dela não foi tão difícil como abrir o mesmo. Os quartos era ordenados em ordem alfabética pelos corredores, e J não era uma letra tão difícil de se achar.

Seu dormitório estava completamente diferente desde a última vez que estive aqui. Parecia mais arejado, e todos os posters, bonecos, e acessórios que deixavam aquele quarto parecido com um santuário direcionado a mim, haviam sido retirados. Senti meu estômago afundar, mas eu não deveria me sentir surpreso.

– Troque suas roupas Juvia, com esse vestido molhado, você só irá piorar. - fitei a azulada remecher algo no guarda-roupa e puxar de lá algumas toalhas e roupas.

Ela me jogou uma toalha e foi para o banheiro do quarto. Olhei em volta, ela realmente estava bem com tudo isso. Fitei seu criado mudo e ali achei vários vidrinhos de remédios para dor de cabeça e resfriado, talvez tenha sido essa a causa dela ter faltado esses dias.

Ouvi a porta abrir e de lá saiu uma Juvia com as bochechas coradas e miúda dentro de uma camisa larga que lhe cobria até o meio das coxas. O que me assustou não foi o fato dela se jogar na cama ignorando a minha existência, nem o fato de eu não ter ido embora depois disso, e sim o fato da camisa que Juvia usava ser minha.

Fazia parte da coleção de camisas que eu supostamente havia perdido com as minhas trocas de roupas públicas. Foi então que percebi, que no canto do quarto, entre a parede e o guarda-roupa havia uma caixa nomeada de "Devolução", que estava cheia de roupas minhas. Juvia as dobrou cuidadosamente e as guardou.

Não pude conter um sorriso ao perceber que ela não teria esse problema que morássemos juntos, como uma pequena família jogando no modo iniciante.

– Gr-Gray-sama... - minha garganta secou com aquilo. Ela estava me chamando, não estava? - Gr-Gr...

Juvia estava encolhida na cama e suas bochechas agora estavam tão coradas que pareciam querer competir com os tomates da horta da Levy. Me aproximei de sua cama e percebi que sua febre só tinha aumentando.

Meu pai, eu vou matar ela de hipertermia assim.

Peguei uma toalha que encontrei no banheiro, junto com uma tigela que antes eram de biscoitos e a enchi de água. Não que eu soubesse como cuidar de uma pessoa enferma, mas era melhor do que ver seu corpo ser evaporado.

Pareciam ter se passado horas e eu fazia os mesmos movimentos. Molhar sua testa e encharcar a toalha na água. O relógio de cabeceira marcava 21:36, mas eu sentia meu corpo cansado e meus olhos tão pesados. A febre da Ju, tinha melhorado consideravelmente, talvez eu pudesse descansar os olhos por apenas algum momento...

*

*

Abri os olhos e rapidamente me fiquei reto na cadeira, notando que já havia amanhecido. Espreguicei meu corpo e senti uma pontada na costela como protesto de ter dormido curvado sobre uma cama.

Observei o local ao meu redor e não vi nenhuma movimentação. O banheiro do quarto parecia vazio e o resto do cômodo também. Era como naqueles filmes americanos onde o cara "dá o fora" depois de dormir com a garota. Só que nas circunstâncias eu sou a garota e estou no quarto errado para a cena.

A porta se abriu e eu despertei dos meus desaveneios. Juvia segurava duas xícaras e entrava no quarto, fechando a porta com o pé em seguida. Ela agora trajava shorts, junto a uma blusa que pareciam um pijama e escorou-se em sua penteadeira.

– Vejo que acordou. - ela bebericou o conteúdo da xícara e me estendeu a outra. - Chá.

– Obrigado. - tomei a xícara em minhas mãos e bebi um gole generoso. - Vejo que está melhor.

– Juvia agradece pelos cuidados, mas não precisava deles. Tome sua xícara de chá como uma forma de agradecimento e vá embora em seguida. - O que? Mal agradecida! Eu tenho dor nas costelas por sua culpa e é assim que ela me trata?

– Mas você teve febre e eu... - ela me interrompeu com uma mão.

– Juvia sabe que você cuidou de sua febre, ela agradece. Mas Juvia agradeceria ainda mais se você fosse embora logo.

Bebi rapidamente minha xícara de chá e sem olhar para trás, sai do quarto. Andei pelos corredores do dormitório das fadas na ponta dos dedos, pois se soubessem que tinham um homem por aqui, eles seria capazes de me tirar o que me faz homem por natureza.

Sai por uma das janelas abertas da sala e logo estava fazendo o caminho para minha casa. Se ela queria fazer jogo difícil por mim tudo bem, eu estou disposto a qualquer coisa para ter aquele pingo de chuva para mim.

Aguarde Juvia, um Fullbuster não desiste tão fácil.

*

*

POV Juvia

Minhas pálpebras pesavam como nunca, e parecia custar muito apenas abrir meus olhos. Tomei mais um gole da bebida com um efervescente de vitaminas que Mira havia me feito enquanto massageava as têmporas.

– Mira, vou pegar essa missão ok? - sua voz resssou ao meu lado e mesmo de olhos fechados eu sobe do sorrisinho 23 que ele tinha no canto da boca. Sorriso que eu classificava como: Essa missão vai ser uma maravilha.

Talvez fosse uma maravilha pelo dinheiro, ou pelo local, ou pela facilidade, ou por ter garotas lá... Eu nunca soube de verdade e não seria de meu interesse agora.

– Ara, ara, duas semanas fora, Gray? - Mira questionou enquanto os copos que ela enxugava tintilhavam.

– Passa rápido e eu tenho algumas coisas para pensar em duas semanas. - ele respondeu alegremente.

– Como quiser. - a albina parou seu trabalho por um momento e logo eu soube que ele já havia ido embora. - Terminou sua bebida, Juvi?

– Oh, sim Mira-san. Juvia se sente bem melhor, obrigada. - cordialmente a agradeci e levantei. Algo caiu no chão e eu me abaixei para pegar.

Era uma pulseira delicada, com vários pingentes de gotas dispostos em sua corrente. E junto a pulseira tinha enganchado um pedaço de papel com as palavras escritas caprichosamente:

"Quem deseja ver o arco-íris, precisa aprender a gostar da chuva. E eu desejo ver o brilho do sol que é o seu sorriso, floco de neve. Sorria."

E eu não pude evitar que um raio sol escapasse dos meus lábios.


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Notas finais do capítulo

E então? Valeu um pouquinho a pena? Muito lenga-lenga o capítulo né? Desculpem de verdade :x Sei o quanto é bom capítulo grande, mas foi o que deu. Gray está partindo para o ataque, raaaum. Eu e uma amiga minha, particularmente achamos o fim do capítulo fofo :3 Mas voltando a questão anterior, vocês gostaram da narração ser feita pelos chuchuzinhos? Comentem se ficou sem lógica, se ficou legal, se eu deveria continua ou para que tá feio... Enfim, gosto muito de conversar e saber da opinião de vocês. Obrigada por terem lido! Até o próximo capítulo.



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