I Cant Wait Forever escrita por badgalvivi


Capítulo 7
Mas que preguiça boa, me deixa aqui à toa.


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta amorecos, senti saudades de vocês. Estou de volta e lá em baixo explico tudo. Bom capítulo.



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Isso, a última.

Juvia empilhou a terceira caixa em frente a porta do seu quarto e sorriu satisfeita. Mais um passo em sua vida.

Voltou-se novamente para o cômodo e apreciou a vista que teve. A cama arrumada apenas por lençóis brancos e travesseiros fofos, as paredes lisas com somente um quadro de paisagem e no criado mudo, apenas as coisas necessárias.

Olhou em volta e com as mãos entrelaçadas esticou os braços para o alto, soltando um muxoxo ao perceber que ainda faltava limpar o espelho de sua penteadeira. Era quadrado e estava com fotos e adesivos colados ao redor dos lados, deixando apenas um pequeno espaço para refletir a imagem da azulada.

Cada foto foi retirada, uma por uma.

Ela sentiu uma onda de nostalgia a invadir ao olhar aquelas fotos. Eram fotos de todos os momentos possíveis de Gray, desde antes mesmo de ela entrar para guilda.

Gray dormindo, comendo, brigando com o Natsu, resmungando, despindo-se...

– Que chato... – suspirou jogando as fotos dentro de um saco, que mais tarde iria se juntar as caixas cheias de bonecos, quadros, toalhas e todos os outros adereços relacionados ao mago Ice Make.

– Juvia-chan! – Wendy entrou entusiasmada em seu quarto.

– Olá Wendy. – Juvia virou-se sorrindo docemente para pequena Dragon Slayer.

– Erza-san quer fazer uma “festa na piscina das garotas.” – Ela soltou um riso infantil e gracioso.

– Tudo bem. Vamos aproveitar o dia!

Juvia colocou a última foto dentro do saco e o fechou, jogando –o em seguida em um canto perto da porta do quarto.

– Juvia-chan...- A pequenina chamou. - Eu gostei mais assim.

– A Juvia também, Wendy. – A maga da água lhe ofereceu um sorriso gentil e logo tratou de abrir as gavetas e puxar duas peças de roupa. – Azul celeste ou Azul cobalto?

Wendy sorriu admirada com a maga da água.

*

***

O dia estava ensolarado, mas ele sentia-se frio.

Gray caminhava pelas ruas da cidade a caminho da guilda, de cabeça baixa, fitando o chão e desejando em íntimo que ele se abrisse sob seus pés o engolindo para eternidade.

Suspirou, sentia-se inútil.

Estava voltando de uma missão curta que acontecera em uma das cidades vizinhas a Magnolia, onde o objetivo principal era ajudar a expulsar toupeiras de um latifúndio. Não foi tão trabalhoso, e de quebra ganhou uma sopa de legumes de uma senhora bastante simpática.

O clima da sua querida cidade estava tão quente que chegava até a lhe incomodar. Olhou brevemente para sombra de uma das imensas árvores e decidiu descansar ali por alguns minutos. Sentou-se e sentiu a sensação quente deixar brevemente o seu corpo, dando lugar a uma brisa leve e confortável.

O parque estava repleto de crianças que riam divertidas correndo, pulando e subindo em árvores. Olhou ao redor e percebeu um monte de crianças circundando a pequena fonte que havia no parque, correndo com picolés nas mãos e tentando jogar água em outras crianças.

Gray fechou os olhos e sentiu a lembrança dela invadir a sua mente.

Gray fechou os olhos sentindo a brisa bagunçar seus cabelos e o som de água lhe acalmar os sentidos. Sentia-se irritado com Natsu, como ele podia simplesmente esquecê-lo no meio de uma discursão por causa da Lucy? Aquilo chegava a ser ultraje.

Bufou e sentou-se no banco próximo a fonte, sentindo periodicamente algumas gotas da fonte salpicar em seu tronco. Suspirou e sentiu um cheiro agradável invadir suas narinas, o jasmim que parecia chegar cada vez mais perto e abraçar seus neurônios.

– Olá Gray-sama. – o moreno abriu os olhos e encontrou duas esferas tão escuras quando o céu noturno o observando.

– Oe Juvia. – Ele cumprimentou e apontou o lugar vago ao seu lado.

A azulada lhe sorriu e esticou a mão revelando uma casquina de um sorvete azul.

– Gray-sama aceita um pouco do sorvete de Juvia? – Ele a observou sorrir em expectativa, enquanto balançava as pernas.

O mago assentiu em resposta e ela lhe estendeu a casquinha e ele tomou um pouco do sorvete que parecia ser de menta. Ela abaixou a cabeça e automaticamente suas bochechas assumiram uma cor tão vermelha que poderia até despertar inveja na Erza.

– Você ´tá bem Juvia? – Gray observou ela assentir freneticamente ainda de cabeça baixa

– H-Hai. – Então ele conseguiu avistar um pequeno sorriso tímido no canto da boca dela. – Gray-sama e J-Juvia... B-B-Bei...

– Como? - Ele então sentiu o sangue subir pelo pescoço e desviou o olhar para a fonte.

–GraysamaacaboudedarumbeijoindiretoemJuvia. – A maga vomitou as palavras respirando rapidamente após ter as dito.

– Juvia, tenha calma e repita.

– G-Gray-sama deu um b-beijo indireto em Juvia. – Ela ergueu a cabeça e juntou as mãos de forma sonhadora. – Um grande passo aconteceu na relação de Juvia com Gray-sama! KYAAAAAH!

O moreno a encarou confuso enquanto ela balançava as mãos e sorria como boba.

E ele sentiu algo mexer no fundo de si, olhando pra aquela doce mulher que observava sorrindo, o seu mundo.”

Abriu os olhos e novamente fitou o nada, procurando algum resquício dos fios azuis que sempre estavam em seu cenário e que ultimamente não tinham sido mais vistos.

Ele não sabia, mas naquele dia a brisa que trouxe o sorriso de Juvia, trouxe também calor ao seu coração.

*

***

– Desculpe por lhe tirar da diversão com as garotas.

– Juvia não se importa Lyon-sama.

Ele sorriu e segurou sua mão afetuosamente antes de rodopiá-la, esvoaçando o doce vestido com flores azuis.

–Você está tão linda Juvia. – Lyon a olhou com um leve rubor nas bochechas, sorrindo amavelmente.

– Juvia agradece. – Sorriu de volta um pouco ruborizada.

Eles caminhavam por entre as árvores em uma estradinha estreita de terra que os guiava. Os pássaros emolduravam o cenário do casal que sorria entre frases do que parecia ser uma conversa divertida e amigável.

– Está pesado Lyon-sama? – A Loxar questionou referindo-se cesta que o albino carregava.

– Não se preocupe Juvia. – Ele negou sorrindo. – Estou curioso para saber aonde você vai me levar.

– Eh... Lyon-sama sempre leva Juvia a lugares bonitos, desta vez é Juvia que vai levar Lyon-sama a um lugar especial. – Olhou nos olhos do albino e sentiu-se bem, como sempre se sentia na presença agradável dele.

– Hm... Estou começando a achar que você vai me levar para um tipo de santuário e me torturar com as armas que estão dentro desta cesta.

– Que droga, Lyon-sama descobriu o plano da Juvia... – Ela falou séria, arrancando uma risada do Vastia que logo a contagiou.

– Você é realmente uma graça Juvia. – Ele declarou ao vê-la correr e parar alguns metros a sua frente.

Lyon apressou o passo e juntou-se a azulada que tinha um enorme sorriso no rosto enquanto olhava para o cenário colorido em sua frente. Era estonteante em sua opinião, assim como ela. Não era de se admirar que fosse um local que Juvia gostasse.

– Chegamos Lyon-sama! – Ela gritou correndo pela paisagem.

Eles estavam em um campo coberto de margaridas. Ela corria no meio das inocências¹, fazendo o cenário receber um contraste de cores verdes e brancas com as doces madeixas azuis que esvoaçavam entre as flores.

Juvia correu. Correu ouvindo apenas o som da sua risada, correu sendo ela mesma, correu sentindo o seu coração bater feliz, não mais de dor ou tristeza. Inspirando o perfume agradável jogou-se no campo contemplando o céu.

Aquele céu claro, azul e confortável. Céu que aprendeu a fazer brilhar sozinha, seu céu.

– Você está ofuscando o cenário sorrindo assim. – Lyon estava parado olhando a imagem invertida da maga, fazendo sombra aos olhos dela.

Juvia ergueu os olhos e mostrou a língua para o mago que mostrou-se surpreso com a ação e cruzou os braços de forma malcriada.

– Não seja um menino mal e venha comer com Juvia. – Ela cuidadosamente retirou caixinhas de suco e bentôs da cesta e os acomodou sobre uma toalha de mesa que fora cuidadosamente colocada para sentar.

– Hm... Comida da doce Juvia-chan. – Pegou os hashis e pegou um pedaço do arroz em forma de gota que lhe sorria. – Itadakimasu!

***

– Leeeeeeeeevy... – Gajeel jogou a cabeça nos braços pelo que parecia ser a centésima vez naquele dia.

A pequena azulada apenas o olhou de relance, ajeitando a ponte dos óculos e voltando a leitura. O Dragon Slayer estava desde cedo ao seu lado, remexendo-se e soltando muxoxos tediosos ao perceber que ela não lhe dava nenhuma atenção.

– Humpft. – Ele estava cansado, não havia nada de interessante pra fazer. – Porque você não presta um pouco de atenção em mim?

– Porque eu deveria? – Ela retrucou sem tirar os olhos do livro.

– Por que eu sou lindo, gostoso e maravilhoso. Gehehe.

– Esqueceu do modesto. – Ela lambeu a ponta dos dedos e passou a página. O moreno achou aquele gesto inacreditavelmente provocativo.

Ainda dominado pelo tédio, ele pegou uns lápis jogados pela mesa e começou a batucar rapidamente na capa de um dos livros da garota.

– Porque você não para de me atormentar e vai brincar com o Lily? – Ela bruscamente fechou o livro e o fitou por cima das lentes do óculos.

– Ele foi conseguir um pouco de kiwis com a Mira. – Bufou endireitando-se na cadeira. – Traidor.

Levy voltou a ler seu livro, soltando uma risadinha leve. Ele parecia estar se esforçando bastante para ficar ali a olhando ler sua pilha de livros diária. De súbito, sentiu o livro ser arrancado de suas pequenas mãos e levado a uma altura consideravelmente elevada.

– Gajeel, me devolva! – Ela tentava em vão alcançar o livro na mão do Redfox.

– Nem tão cedo tampinha. – O mago balançou o livro acima de suas cabeças divertindo-se com os pulinhos dados pela menor.

– Isso não é nada legal Gajeel! – A azulada bufou dando as costas para o mago.

– O que foi nanica? Desistiu? – Sorriu divertido. Talvez aquele fosse o ponto alto do seu dia.

– Não me chame assim!

Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume.²– Sorriu olhando a pequena se virar e contempla-lo corada.

– Como...? – Ela de fato estava surpresa com aquilo.

– Eu andei fuçando aquele livro que você sempre anda agarrada, sempre me perguntei o que tinha demais nele, páginas de chocolate? – Claro que ele não iria admitir que leu aquele livro para saber mais sobre os gostos dela, e nunca, em hipótese alguma iria admitir que até achou interessante.

– É admirável, Gajeel. – Delicadamente ela lhe sorriu e ele entregou seu livro, sentia a vermelhidão nas bochechas.

Ele voltou a sentar ao seu lado e batucar novamente no livro na azulada.

Assim Gajeel, se não tivesse o nome de Gajeel, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título.³ - A pequena sussurrou, de modo que apenas ele ouvisse o que tinha a dizer.

Com toda certeza, ela era a melhor parte do seu dia.

**********

¹ Margaridas brancas significam pureza e inocência

² e ³ Ambas são frases de Romeu e Julieta, que pertencem a uma passagem de Julieta, sendo na segunda frase o nome de Romeu.


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Notas finais do capítulo

I'm back! Eu sei que vocês querem jogar pedras, galhos, árvores, tijolos e tudo isso em mim, mas eu tenho uma explicação. Primeiramente, meu notebook vivia quebrado, então não rolava escrever, segundo, aconteceram muitas coisas comigo, que fizeram eu perder o foco da coisa e por último, a quenga da inspiração que não vinha. Juro que mesmo nesse tempo todo, nunca parei de pensar na fic. Mas tudo bem, estou aqui ô Desculpem pela demora. A Juviazinha tá me deixando orgulhosa cara, isso ai menina, abra suas asas, solte suas feras. (miau). Gray sendo personagem anos 80 com flashbacks, ele e uma batata nesse capítulo pareciam ser irmãs, ai ai. Um pouquinho de GaLe pra vocês *-* Ficou tão fofinho o brutamontes do Gajeel recitando Shakespeare. Espero que tenham gostado. Mil beijinhos e até maaaais.



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