I Cant Wait Forever escrita por badgalvivi


Capítulo 6
Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido?


Notas iniciais do capítulo

Olá? Bom,eu sei que demorei uns trocentos anos para atualizar, que jogos e mangás novos me fazem esquecer da vida real '-' Desculpem. Feliz Natal e Ano Novo super, hiper, mega, power atrasado :( Mas estamos aí! Que venha mais um ano cheio de fics e inspiração pra os autores. Obrigada a todos vocês que leem essa bagaça e ainda acompanham. Vocês são feras *---* Espero que gostem. E ah, tomem cuidado com a diabetes nesse capítulo doce. Enjoy :3



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Maravilhosa! As duas últimas semanas que passaram com certeza foram as melhores de todos os tempos! Não que a sua vida não valesse a pena ou que estivesse desprezando as outras semanas.

Tudo estava tão bem. Todos os dias eram flores, chocolates, sorvetes, passeios, risadas... Tudo que uma garota podia querer.

Tudo que ela poderia querer.

Juvia já estava acostumada com sua rotina. Acordava, ia a guilda e conversava coisas banais com as amigas, para em seguida receber Lyon e juntos passearem.

E hoje não era nada diferente.

Juvia estava sentada em uma das mesas perto da porta da guilda. Junto a ela estavam Levy,que estava sentada de costas para a rodinha das amigas enquanto explicava alguma coisa sobre um enigma a Gajeel que estava sentado de frente para a pequena, Lisanna, sorrindo costumeira, Cana, abraçada ao seu barril, Erza com seu bolo de morango e Natsu que estava deitado no colo de Lucy.

– Ele é tão gentil com Juvia. - A Azulada falou em voz alta, gabando-se de certa forma.

– Hmmm... - Lisanna comentou rindo em seguida.

– Lyon-sama sempre leva Juvia para lugares bonitos e confortáveis. - Ela suspirou e Cana soltou um risinho. - Ele disse para Juvia que iria levá-la em um lugar especial hoje.

– Hmmm, lugar especial né? - Cana tomou um gole da sua cerveja e riu. - Usem camisinha crianças.

Imediatamente, as garota pararam suas ações e voltaram olhares assustados para Juvia.

– C-Cana! - Juvia bradou dar cor de um tomate. - Juvia nunca fez... essas coisas.

– Você vai ter um bebê Juvia? - Natsu levantou bruscamente do colo da namorada e olhou sorridente para a Azulada. - Eu posso ser o pa... o pa-não-sei-o-que?

– Padrinho, Natsu. - Lucy falou o olhando risonha.

– Isso! Eu vou ensinar ao seu filho como pescar! - Natsu estava visivelmente empolgado.

– Natsu, Juvia não vai ter um filho agora. - Juvia explicou, o fazendo ficar desanimado.

– Não? - Ele suspirou derrotado antes de olhar para a loira. - Lucy...

– Nem pensar. - Lucy cruzou os braços e arrebitou o nariz.

O rosado suspirou decepcionado e voltou a deitar no colo de Lucy, que fazia carinho em seus cabelos.

Em seguida, interrompendo a conversa das garotas, Romeo entrou pela porta, dirigindo-se para elas.

– Juvia-nee, o cara da Lamia está ai na porta. - Ele falou olhando para a garota e se levantou em um pulo e passou a mão na saia desamassando as dobras invisíveis.

– Arigato Romeo-kun. - A azualada passou a mão rapidamente nos cabelos do menino que sorriu.

– Juízo, torneirinha. - Gajeel rosnou quando ela passou pela mesa.

– Não foi nada... Wendy! Eu consegui um dinheiro extra com uma missão, - O garoto corou e coçou a nuca. - Você quer tomar s-sorvete comigo?

Wendy ruborizou por um instante e sorriu.

– H-Hai Romeo-kun.

Rapidamente os dois saíram conversando.

Juvia sorriu ao avistar o mago do gelo encostado em uma das árvores que estavam de frente para a entrada da guilda.

– Olá Lyon-sama. - Ela o cumprimentou como de costume e ele beijou a sua testa em resposta.

– Bom dia Juvia. - Lyon sorriu e ofereceu o braço em um gesto de cavalheirismo. - Bom, primeiro vamos almoçar, depois eu irei levá-la para um lugar bastante especial.

Juvia assentiu. Sinceramente? Estava se sentindo tão bem! Sim, ela poderia dizer com toda a alegria que a pertencia. Todos esses momento ao lado do Lyon pareciam um tipo de recompensa por todo seu suor gasto atrás do Gray.

Mas afinal, quem era mesmo esse Gray? Juvia já não recordava.

Sorrindo, caminhou junto a Lyon que conversava com ela sobre o clima.

*

Tudo estava bem.

Bombas, explosões, tiroteios, bombardeios.

Pareciam que esses fenômenos aconteciam dentro de sua cabeça. Ele levantou-se atordoando e cambaleando. As mãos massageando as têmporas em uma tentativa de amenizar a dor. Driblando as garrafas que estavam jogadas no chão, conseguiu chegar ao banheiro.

Ele definitivamente estava um bagaço. Olheiras profundas, cabelo mais desgrenhado que o normal, a braba começando a pinicar, os olhos inchados e vermelhos. Quem era ele afinal?

Não, definitivamente aquele não era ele, não era Gray.

Em um movimento rápido fitou o chuveiro. Parecia convidativo, porém desistiu ao lembrar-se. Água. Não podia, não conseguia.

Deu meia volta e se jogou na cama. Aquela situação já estava ficando ridícula! Não aparecia na guilda à dois dias. Só fazia ir ao mercado e comprar garrafas de bebida e se trancar no seu apartamento.

Fechou os olhos em uma tentativa de adormecer novamente e amenizar aquela dor estúpida.

Mas, quando fechou os olhos, continuou visualizando a forma como os cantos da boca dela levantavam levemente sempre que ela dizia algo engraçado, ou a forma exótica dos seus cabelos que pareciam mudar com seu humor. Rolou na cama por um bom tempo, sem conseguir dormir.

Idiota! Era isso que ele era. Um grande idiota covarde que não sabia como lidar com o que sentia.

Ele já era bem crescidinho para lidar com seus problemas e era isso que deveria fazer. Levantar e correr atrás do prejuízo.

Gray chutou as cobertas e com o pouca vontade e juntou as garrafas e pacotes de salgadinho que estavam espalhados pelo chão. Tomou uma banho rápido e logo estava na Fairy Tail.

– Gray! - Erza exclamou ainda melecada com a cobertura do seu bolo. - Você não aparece faz dias! Aconteceu alguma coisa?

Gray sorriu disfarçadamente. Erza estava sempre assumindo a pose de irmã mais velha, que fica preocupada quando o irmão chega mais tarde da balada.

– Eu só estava dando uma ajeitada no meu apartamento e encontrei umas tralhas e quis me desfazer delas. - Ele justificou enquanto pedia um café forte para Mira.

Erza deu de ombros aceitando a resposta e voltando a sua atenção a tão especial fatia de bolo.

Gray deu um gole no café e se sentiu desconfortável. Não tomava bebidas quentes frequentemente. Não era digamos, de sua natureza.

Depois de algum tempo e as suas discussões convencionais com o Natsu, ele estava sentando tomando o que parecia ser sua terceira xícara de café.

– Se quer esquecer e algo eu recomendo que você parta logo para o álcool cara. - Gajeel resmungou sentando ao seu lado e pedindo um suco para Mira.

– E você acha que eu estou tomando café porque? - Ele respondeu rápido tomando mais um gole.

– Ressacas de dor de cotovelo são as piores, Gihihi. - O Dragon Slayer debochou.

– Dor de cotovelo é o meu...

– Opa!

Gajeel riu recebendo um gesto ofensivo em resposta.

–Tudo bem que eu não sei da sua vida nem nada, mas você realmente vai deixar aquele almofadinhas levar ela? - Gray pareceu refletir diante das palavras ditas.

Você realmente se importa?

As palavras dela ainda ecoavam em sua mente.

– Ela é maluca por você. Acredite, eu conheço aquela torneirinha. - Gajeel riu. - Quando alguém gosta de verdade como ela gosta de você, não vai deixar isso tão fácil.

Gray riu.

– Você pagando de conselheiro amoroso?- Gajeel fez uma careta e ambos riram.

– Eu arranco suas bolas se você contar isso pra alguém. -Gray se aproximou para ouvir o segredo. - Eu andei lendo alguns livros para ter o que falar com uma certa pessoa.

Gajeel ruborizou rápido e logo voltou à pose de machão.

– Boa sorte com a baixinha. - Gray falou divertido enquanto saia da guilda em busca dela.

*

*

– É... É lindo Lyon-sama! - Juvia exclamou contemplativa.

– É um dos meus lugares favoritos. - Ele explicou olhando-a.

Era uma espécie de bosque. A árvores eram altas e grossas e alguns raios escapavam por entre as folhas das copas altas. O chão coberto de folhas e flores de todas as cores, a brisa que passava balançando a folhagem atingia também o casal.

– Juvia achou lindo. - A azulada estava perdida a contemplar a beleza do local. Magnifico.

– Não tanto quando você. - Lyon sussurrou e Juvia se sentiu estranha.

– A-Arigato Lyon-sama. Juvia agradece o elogio. - Juvia corou rapidamente, andando cautelosa e curiosa para explorar o local.

Andando como uma criança, Juvia seguiu até o fim do caminho, onde subiu sem dificuldade em uma grande pedra e olhou para o horizonte.

– O Sol está se pondo. É bonito não? - Lyon sorriu prendendo cautelosamente uma mecha de seus cabelos atrás da orelha.

– Juvia acha perfeito. - Ela continuou fitando o horizonte. Onde o mesmo já estava colorido e ao mesmo tempo descolorido com a imensidão do escuro estrelado que se formava.

Depois de alguns minutos, decidiram voltar antes do sol se pôr de vez e eles ficarem dentro do bosque.

– Então o Jura foi lá e eu uma surra neles. - Lyon riu contando mais uma de suas aventuras.

– Jura-san realmente merece o título de um dos Dez Magos Santos. - Juvia sorriu.

Logo Lyon e Juvia estavam na frente do Fairy Hills.

– Juvia agradece pelo passeio gostoso de hoje. - Ela lhe sorriu sincera.

– Eu que agradeço pela sua presença. - Lyon retribuiu o sorriso segurando uma de suas mãos e fazendo um carinho.

– Lyon-sama... - Juvia estava perto o bastante sentir o hálito do mago batendo em sua bochecha.

Ao contrário do que esperava sentir naquele momento, Juvia não estava com borboletas no estômago, ou com as mãos suando e as pernas bambas. Estava realizada, se sentindo desejada.

Fechou os olhos esperando o correspondente devido a proximidade, porém só sentiu o beijinho gelado e demorado na ponta do seu nariz.

– Boa noite Juvia. - Ele se despediu.

– Boa noite Lyon-sama. - Ela acenou enquanto ele caminhava.

Juvia ainda com um sorriso no rosto, procurava a chave na bolsinha de mão, e quando a mão já girava a maçaneta algo segurou seu pulso, impedindo o movimento.

Ela fechou os olhos, esperando algum golpe ou algo do tipo, mas apenas sentiu o aperto relaxar mais e ela não precisou abrir o os olhos para saber quem era.

– O que você quer Gray? - Ela se virou assumindo uma postura irritada.

– Eu quero falar com você. - Gray passou a mãos nos cabelos e sorriu amarelo.

– Juvia é toda ouvidos. - Cruzou os braços e pôs no rosto uma expressão impaciente.

– Por que você está saindo com o idiota do Lyon? -Rápido e direto.

– Porque Lyon-sama se importa com Juvia. - Ela o olhou severamente. - Diferente de certas pessoas.

Ele piscou meio atordoado com o tom de voz que ela dirigia a ele.

– Existem outras pessoas que se preocupam com você. - Eu me preocupo. Palavras presas na garganta de Gray.

– Não como ele.

O som do vento batendo nas folhas foi ouvido antes de Gray a olhar.

– Ele não é para você. - Gray a olhou tentando manter firme o olhar.

– Você não sabe o "tipo" de Juvia. - Ela justificou. - Não pode julgá-lo.

Gray suspirou irritado.

Magos do Gelo era um bom palpite.

– Olha isso tá acabando comigo. Você fica saindo e deixando as pessoas preocupadas, você fica sendo estranha e tente entender o meu lado, está difícil e... - Juvia levantou o indicador, interrompendo Gray.

– Difícil? a Ela sussurrou. - Olha Gray, você está sendo egoísta! Juvia já é grandinha e não precisa dar satisfação a ninguém e Gray não tem direito de reclamar. Você não sabe um terço das coisas que Juvia já fez por você. Das noites mal dormidas, da ansiedade, das lágrimas, das preocupações, das dores! Juvia cansou disso tudo, ela cansou em tentar ser perfeita para Gray poder ser feliz, Juvia quer a sua própria felicidade! - Ela explodiu, sentindo o bolo na garganta ficar mais leve e menor.

Ele arregalou os olhos e a olhou espantado.

Juvia quis chorar. Droga de momento, droga de palavras, droga de Gray!

Ele estava lá olhando para ela, e ela simplesmente sentiu as pernas virarem geleia. Um iceberg parecia estar decidido em ficar no seu estômago, suas mãos estavam suando e os joelhos trêmulos.

E tudo aquilo por conta de um simples olhar. Sem toques, sem gestos, sem sorrisos, sem palavras, apenas um olhar dele. Dele.

Ele era seu ponto fraco e por mais que ela tentasse parar não conseguia. Gray era como um tipo de droga e Juvia, já estava viciada.

– Juvia... - Ele se aproximou estendendo a mão para tocar no seu cabelo.

As pernas bambas pareciam ir contra a vontade de Juvia e entrar em casa.

Gray deu pequenos passos, se aproximando de Juvia. Ele pegou uma mecha de seus cabelos entre os dedos e sorriu. A mesma mão subiu para sua bochecha e fez um carinho no local com o polegar.

A Azulada suspirou e fechou os olhos ao sentir as mão livre tocar delicadamente sua cintura, enquanto os narizes se tocavam. Estava ficando louca. O cheiro que vinha de Gray emaranhava seu sentidos e congelava seus neurônios, seu toque era como seda em sua pele.

Juvia tinha suas mãos espalmadas no tronco nu dele, e sentia uma delas querendo escorregar até o seu pescoço. Aquele momento tão sonhado.

Os lábios roçaram, e com o único fio de sanidade que estava preso a um neurônio que parecia dançar, Juvia empurrou Gray delicadamente antes dos seus lábios se tocarem.

Confuso Gray ainda olhava para a garota que parecia hesitante.

– Não. - Ela fez força para a voz não sair tremula. - Esqueceu Gray? Nunca poderíamos ficar juntos. Juvia não faz seu tipo.

– Mas...

Juvia entrou rapidamente e antes de fechar a porta respondeu firmemente:

– Passar bem. - E fechou a porta.

Gray passou a mão no cabelo em sinal de nervosismo. Idiota. Um completo idiota.

O céu estrelado foi coberto por nuvens e uma chuva começou a cair. Sem ideia do que fazer, Gray sentou-se aos pés de uma árvore, apoiando os braços no cotovelo. Nenhum lugar era mais seguro. Nenhum lugar era para ele, porque ela havia conseguido, sua muralha havia sido derrubada. Ele estava frágil. Gray estava apaixonado.

*

*

Juvia jogou-se na cama, dando graças aos céus pelo corredor estar vazio. Não queria nenhuma das amigas fazendo um questionário do porque daquela cara de choro. Afundou a cabeça no travesseiro e soluçou.

Por que? Por que ele estava fazendo aquilo? Estava tudo indo tão bem! Por que tinha que ser com ela? O que ela tinha feito para merecer tal dor? Amado?

Depois de tudo ele veio perceber. Depois dela precisar sofrer, chorar, se acabar, se recuperar e tocar a vida, bastou um único olhar e ele conseguiu destruir todo seu trabalho.

Era tarde demais.

Juvia secou as lágrimas e se escondeu nas cobertas, como uma criança com medo de trovões, decidida a dormir, na esperança de acordar amanhã.

Ela só queria que tudo ficasse bem. Sem mais lágrimas ou dores.


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram? ~le tirando o mel do teclado~ Espero que sim :D JUVIAAAAAAAA ISSO GAROTA VAI LÁ! SEJA FORTE E MOSTRE TUUUUUDO ISSO QUE O GRAY PERDEU! Tá, ficou meio dramático (meio?) mas foi necessário. Bom, eu sinto informar aos LyonxJuvia que essa fic vai ser Gruvia :/ Desculpem. Maaaaas o Lyon não vai ficar sozinho no final! (AEEE) Ele vai ficar feliz. (Eu sou uma boa autora, viram? ~só que não~) Gajeel pagando de psicologo foi o estopim. Onde que se deleta desse site? AUHSAUHSAUHSUA mentira. Enfim, espero que tenham gostado, até mais :3