I Cant Wait Forever escrita por badgalvivi


Capítulo 11
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.


Notas iniciais do capítulo

Oin :3 Meus pudicos e pudicas, sei que demorei mas estou aqui. Sabe né? Vestibular, semana de provas, Enem... E de quebra ainda tive uma tendinite. Tudo isso me enlouqueceu, de verdade. Mas estou aqui para vocês, meus lindos e maravilhosos. Bom, o que tenho a dizer é que com toda essa correria eu não gostei tanto desse capítulo, achei um pouco banal demais, mas espero que gostem, prometo fazer melhor depois.



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POV Juvia

O dia estava claro, radiante. Alguns estariam na praia, ou simplesmente fazendo passeios ao ar livre. Crianças correndo entre si, e os velhinhos simpáticos alimentando os pombos na praça e casais namorando embaixo de qualquer árvore que fornece uma sombra confortável.

Fazia duas semanas que eu tinha saído em uma missão na guilda, o vagão onde eu me encontrava sentava balançava constantemente e não pude evitar pensar em Natsu-san e seus enjôos.

Sorri, a Fairy Tail é realmente magnífica.

As árvores passam como borrões na janela e não tinha nada de interessante para se fazer ao meu redor. Infelizmente tive que ir sozinha a missão, já que a Levy-chan havia caído e machucado o tornozelo, fazendo Gajeel-kun se recusar a ficar longe dela por tanto tempo.

Encosto meu corpo no banco e suspiro, simplesmente estava um tédio. Havia esquecido meus livros, canetas e lápis, não tinha nada para passar o tempo, apenas meus pensamentos.

O leve tintinar de metal fez minha atenção perder-se na delicada pulseira de gotas que envolvia meu braço e não consegui reprimir um sorriso. Por mais que eu não quisesse admitir, tinha que reconhecer que Gray havia trilhando um novo caminho nesses últimos dias, mas não seria simplesmente tão fácil chegar até a montanha.

Talvez, quem sabe, pudéssemos recomeçar.






– Ju-chan! - Mira sorriu assim que eu passei pelas portas da guilda. - Bem-vinda de volta!

– É bom estar de volta Mira-chan. - Respirei o aroma que a guilda exalava e fechei os olhos. Era o de sempre, madeira, morango e agitação.

– Fez um bom trabalho? - a albina pediu enquanto me servia um dos seus sucos.

– Juvia se esforçou ao máximo! - sorri bebendo um gole do suco.

– Bom trabalho. Você sempre faz mesmo. - inesperadamente uma mão tocou o topo de minha cabeça bagunçando levemente meu cabelo. - Bem vinda de volta.

Virei-me rapidamente para fitar um Gray sem camisa escondendo um sorriso no canto dos lábios. Ele estava suado e ofegante pela briga que disputava com o Salamander. Tirou as mãos de mim e continuou andando em direção a saída da Guilda.

– Ele parece determinado a fazer você falar com ele novamente. - Erza comentou sentando em uma das cadeiras do balcão e tomando um gole do conteúdo de sua caneca.

– Juvia está dando tempo ao tempo, Erza-san. - Sorri e ela maneou a cabeça, balançando seus cabelos rubros. - Sem nenhuma pressa.

Continuei sentada e logo terminei o conteúdo do meu copo, me dirigindo a Gajeel-kun que estava em uma das mesas mais afastadas, atrás de uma pilha de livros que a Levy mexia constantemente.

– Oe baixinha, eu trouxe todos que você pediu. - ele resmungou com a mão no queixo.

– O problema não é a quantidade e sim a qualidade. - a azulada continuava a remexer os livros. - O que me garante que você não trocou as capas dos livros?

– Por favor, se eu quisesse que você lesse o Kama Sutra, eu simplesmente te presentearia com ele! - Gajeel deu de ombros e Levy corou insanamente. - Apenas leia tudo e me agradeça, pequena.

– Não seja tão mal com a Levy-chan, ela está doente. - cumprimentei Phanterlily, que segurou minhas mãos com suas patinhas fofas e sorriu.

– A Ju-chan está certa como sempre! - Levy cruzou os braços e sorriu inflando as bochechas.

– Ora, sua... - Gajeel levantou da mesa e veio ao meu encontro, puxando-me rapidamente para um leve abraço e verificando seu eu ainda tinha todas as partes do corpo. - Tudo certo?

– Claro, Gajeel-kun! - assenti. - Ou você está subestimando a Juvia?

– Por favor, mulher! Eu estou me preocupando com você. - Ele sussurrou essa última frase, o que me fez soltar uma risadinha e o olhar de soslaio. Gajeel era um bobão. Um bobão gigante e amável.

Logo me juntei aos dois, que discutiam a cada dez minutos por qualquer coisa e me senti bem por estar novamente na Fairy Tail.

– Ju-chan, você pode me fazer um favor? - Lisanna naquele dia rodeava as mesas junto a irmã que servia bebidas todo o tempo por conta daquele calor imenso na guilda. - Você poderia pegar uma dúzia de laranjas na dispensa? Mira-nee fez suco para todos e estamos ocupadas para descer lá.

– Juvia vai sem problemas. - Levantei da mesa e passei as mãos nas dobras invisíveis do meu vestido.

A dispensa ficava perto dos fundos da guilda, próxima a uma das portas que levava a biblioteca. Abri a porta e desci alguns degraus chegando ao local mal iluminado e cheio de caixotes de madeira.

O local não era tão grande, um pouco mal iluminado e arejado graças aos dois ou três basculantes que lá estavam. Caminhei vagarosamente entre as caixas de madeira para então chegar a uma grande estante com condimentos não perecíveis em suas prateleiras.

Observei as caixas de madeira empilhadas e me pus a procurar pelas benditas laranjas da Mira-san. Por sorte, ou não, as laranjas eram a segunda caixa da pilha, então eu só teria que levantar as maçãs. Arregacei as mangas de meu vestido e levantei a caixa sem muitas dificuldades, apenas pelo fato dela parecer estar presa em algo. Puxei a caixa sem nenhuma delicadeza e com um “click”, ela pareceu soltar das outras.

Peguei a pequena cesta que havia levado e separei a dúzia de laranjas que Lisanna-chan me pediu para levar. Empilhei novamente as caixas e voltei para o salão da guilda, onde entreguei as laranjas a Mira-san que me agradeceu sorridente.

Me despedi de todos e fui para casa, eu precisava de um banho e talvez tirar algum cochilo para recuperar minhas energias da longa e tediosa viagem que tive. Fiz meu caminho para Fairy Hills tranquilamente, acenando vez ou outra para os comerciantes das mercearias que eu frequentava.

Ao chegar no dormitório, imediatamente me joguei na cama. Tudo bem que meus preciosos lençóis ficariam suados, mas eu realmente estava precisando de minha cama maravilhosa, que comparado ao sofá da estalagem onde fiquei na missão era como nuvens.

Decidi por tomar meu banho no meu quarto, assim eu poderia ficar escutando alguma música e relaxando na banheira por horas, mesmo que o chuveiro do banheiro social fosse divino.

Meus pés agradeceram quando foram postos dentro da água morna e eu senti todos meus músculos relaxaram diante disso.
Uma música suave tocava no rádio que eu tinha no quarto e tudo aquilo estava sendo tão relaxante que por um momento eu tive medo de dormir ali e acordar me afogando. O que seria totalmente ridículo para uma maga da água.

Quem é mais sentimental que eu?– cantatolei baixinho, enquanto lia o rótulo e decidia sobre sais de banho de erva-doce ou flores silvestres.

Ter um tempo apenas para mim era o que eu mais adorava nesses últimos tempos. Me preocupar apenas em relaxar e comer algo depois das missões, sem nenhuma preocupação que não fosse importante para mim.

Estiquei meus braços para o alto, espreguiçando meu corpo como uma gata manhosa. Sorri com esse pensamento. Estalei meus dedos e ao chegar na mão esquerda notei que havia algo errado.

A pulseira de flocos não adornava mais meu pulso.


****


Sinceramente eu não entendo o porque disso.

Oras Juvia, o que tem demais em um pedaço de metal?

E aqui estou refazendo pela vigésima vez o mesmo caminho que fiz anteriormente para achar a bentida pulseira. Essa parece ser a quarta vez que eu procuro nesse arbusto a margem do rio, mesmo sabendo que eu nem passei por. aqui mais cedo.

Pense Juvia, você não é tão estúpida assim. Primeiro, desci na estação e comprei uma água e ela ainda estava lá, depois, eu fui a guilda e cumprimentei a Mira-san, e também estava com ela, em seguida fui para casa e, puft, sumiu!

...

Um momento... Acho que tive uma epifania.

Corri do rio até a guilda, que aquela hora estava mais calma, sem toda agitação matinal. Andei até o balcão e Mira-san me lançou um olhar confuso.

– A fita isolante lutou com a fita crepe, você sabe quem venceu Mira? - Natsu estava debruçado no balcão olhando esperançoso para Mira, enquanto Lucy bufava de seu lado, provavelmente irritada por ter escutado aquela piada trinta vezes. - A fita isolante! Porque ela é faixa preta!

Natsu gargalhou em seguida, enquanto Mira-san limitou-se a sorrir de canto, educadamente.

– Ara, a que faz aqui Juvia? - a albina pediu enquanto enxugava tarelhes. - Pensei que iria descansar o resto do dia.

– Juvia acha que deixou algo cair na dispensa. - sorri e fui em direção dos fundos.

– Espero que ache o que perdeu, Juvia. -Mira-san sorriu gentil.

Acenei e logo desci as escadas. O local antes mal iluminado, agora estava totalmente escuro e eu apenas conseguia enxergar alguns caixotes mais próximos das portas. Andei vagarosamente até encontrar a estante de mais cedo. Entre um passo e outro eu apenas não contava com sacos pesados no meu caminho, que me fizeram tropecar e cair como uma girafa recém nascida.

– Que tipo de pessoa deixa um saco no meio do caminho? - Esfreguei meus joelhos e soltei um muxoxo. - Juvia vai ficar roxa desse jeito.

E no meio da escuridão eu ouvi uma risada rouca que parecia querer se camurflar antes de estourar em uma gargalhada.

– Me desculpe. - senti uma mão sendo erguida e me puxando para cima. - Você está bem?

Mesmo a pouca luz que preenchia o local eu tinha certeza que naquele momento meu rosto estava vermelho. Maltido saco no meio no caminho.

– Oh, não se preocupe. - dei leves batidinhas na minha saia para retirar a poeira. - Juvia não se machucou.

– Juvia? O que faz aqui?






POV Gray


Eu realmente merecia um prêmio por carregar os dez sacos de farinha até a dispensa. O distribuidor havia feito uma entrega essa tarde e todos pareciam ter sumido em um raio de 5 metros para longe de Mira, que procurava alguém para fazer o trabalho duro. Como se ela não conseguisse carregar três sacos de uma vez só.

E lá estava eu, carregando o que parecia ser o oitavo saco. Não que fosse algo extremamente pesado, mas eu ainda queria poder estar sentado no meu sofá, jogando algo no vídeo-game. Nessa altura do campeonato todas as minhas roupas já haviam se perdido no caminho e a bermuda já se tornava uma peça irritante.

– Agora sei como burros de carga se sentem. - e depois de jogar mais um saco na pilha, eu sentei sobre ele e suspirei.

Ao levantar, senti uma dor na sola dos pés e saí olhando para o chão, procurando o que havia causado aquela dor. E lá estava uma fina corrente, quebrada ao meio e com os pirgentes um pouco tortos. Será que ela havia jogado ali?

Não... Juvia havia gostado. Digo, ela não parou de usar nem por um momento, por que agora?

Balancei a cabeça e afastei os pensamentos para em seguida apanhar a pulseira e colocar em meu bolso. Subi as escadas e continuei carregando os sacos até a dispensa. Ao jogar o último saco no chão perto da pilha, senti a necessidade de jogar a bermuda longe e logo o fiz, sentando em seguida em algum canto daquele lucar abafado e minúsculo.

Eu juro que ia empilhar o último saco, mas barulhos de passos me fizeram ficar disperso. Imagina que entra um casalzinho animado para brincar aqui embaixo. Não mesmo.

O barulho aumentou quando os passos delicados encheram o pequeno espaço e logo eu soube que seria alguma das garotas. Erza não pisaria com essa cautela, Lucy tem passos de um mamute de trezentos quilos e Mira não desceria apenas para constatar se eu havia feito meu trabalho bem.

Decidi dar as costas e subir, já havia feito meu trabalho e um saco fora do lugar não seria o motivo de um apocalipse, e já estava quase no segundo degrau quando ouvi um baque seguido de um murmúrio.

Me aproximei cautelosamente e consegui avistar um vulto jogado no chão, enquanto balança o que eu deduzir naquela penumbra ser um cabeça. Eu sei que deveria ter um pingo de educação e ajudar aquele ser a levantar e ser feliz, mas meu corpo parecia não entender isso e eu tive uma frenética vontade de rir.

E eu consegui controlar? Bingo, não mesmo.

Ainda rindo do coitado ser que estava no chão, andei em sua direção estendendo a mão para ajudar.

– Me desculpe. - uma pequena mão agarrou a minha e eu a puxei para cima. - Você está bem?

Eu pude constatar naquele momento que ela realmente uma garota, e que balançava o cabelo virando o rosto envergonhada.

– Oh, não se preocupe. - ela largou minha mão e virou-se. - Juvia não se machucou.

E naquele momento eu congelei desde meu primeiro fio de cabelo até o mindinho do pé.

– Juvia? O que faz aqui? - sorri internamente ao reconhecê-la.

– Juvia perdeu uma coisa aqui em baixo. - ela pigarreou em seguida.

– Vai ser um tanto difícil achar algo nessa escuridão. - mesmo a meia luz que tinha no local me fazia contemplar levemente a face pálida. - O que você perdeu? Posso tentar te ajudar.

Ela soltou uma leve risada anasalada e eu presumi que havia mexido no cabelo.

– É uma pulseira.

E todo o resto do meu corpo que não tinha congelado com sua aparição, havia acabado de cair no Oceano Ártico. Pus a mão no bolso da bermuda que estava jogda ao meu lado e hesitei em entregá-la o a delicada joia, talvez ela nem fizesse tanta questão.

– Vai ser difícil achá-la por aqui. - eu estava suando inconscientemente. - Por que não procura outra hora?

– Porque Juvia quer agora. - ela abaixou-se e suspirou - Juvia acha que precisa de uma lanterna.

Antes que ela pudesse levantar e subir ad escadas, eu delicadamente agarrei seu pulso, saindo da dispensa e andando em direção a biblioteca que naquela hora provavelmente só teria um Gajeel procurando por livros para Levy.

– Gray! O que você acha que está fazendo? - a azulada bradou após a porta da biblioteca se fechar atrás de nós.

Virei-me para fitá-la, agora com mais nitidez. Seus cabelos estavam presos ao topo da cabeça, deixando apenas alguns fios cerúleos escaparem para ficarem grudados em uma testa um tanto suada. Ela estava um pouco corada e respirava compassadamente.

Céus, todo esse tempo eu precisava de um exame de vista para miopia, hipermetropia, astigmatismo e estupidez.

Era era tão linda.

– Acho que isso é seu. - abri minhas mãos e depositei vagarosamente a pulseira entre as suas. - Estava lá quando eu fui mais cedo.

Ela fitou a pulseira cuidadosamente e suspirou ao ver as duas pontas torcidas e rompidas.

– Bom, pelo menos agora você deu para Juvia do modo certo. - ela sorriu fracamente, aninhando as mãos. - Realmente é muito bonita, Gray tem um bom gosto.

– Pena que não aprendi a usar ele antes. - respondi torcendo os dedos.

– Juvia acha vocé um bobo, Gray. - ela tocou delicadamente meu ombro me olhando firmemente.

– Eu sei. - suspirei tocando sua mão. - Sinto muito.

– Não sinta. - ela recolheu a mão e continuou a me olhar. - Se Gray quer algo, não sinta, seja.

Juvia me sorriu magnificamente e logo virou as costas saindo do local onde estávamos.

Suspirei. Eu realmente seria dela.







– E então ele disse: "Talvez você compre a ovelha menor." - Cana finalizou sua piada, afundando o rosto na caneca e limpando metade do recipiente.

Sorri, enquanto Macao e Wakaba gargalhavam com o que a maga das cartas havia contado.

Aquele dia estava sendo mais um dia comum na guilda. O barulho convencional, acompanhado das gargalhadas e pedidos a Mirajane. Olhei ao meu redor e pude avistar Natsu tentando fazer Lucy dar mais um pedaço de seu sanduíche para ele. Ou o sanduíche inteiro.

Depois de terem se acertado, aqueles dois eram só amores, carinhos e Lucy irritada com as bagunças do namorado.

E logo avistei o ponto azul que tanto atraia minha atenção. Ela estava sentada ao fundo da guilda e sorria enquanto passava a página do livro.

Juvia assoprou a franja para longe dos olhos e levantou as duas bolinhas azuis curiosas. Nossos olhares se cruzaram e eu não ousei a desviar. A azulada sorriu e levantou o braço sacudindo a delicada pulseira que o adornava.

Meu sangue parecia percorrer meu corpo como um autorama e eu abaixei a cabeça tendo consciência que parecia com um tomate.

Eu decididamente seria dela. Eu a teria para mim novamente.


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Notas finais do capítulo

Ihuuul, duas horas de sono, duas aulas de Matemática II e horas de estudo foram sacrificadas por essa bosta. Enfim, quero bater um papo com vocês, meus amores. Tipo, isso aqui tem essa penca de capítulos já e eu estou achando que está começando a ficar clichê e repetitivo, mas ao mesmo tempo acho que iria acontecer muito rápido o "perdão" da Juvia e ficar tudo sem sentido. Estou completamente perdida nesse sentido e espero que vocês me ajudem. Obrigada por lerem isso aqui ok? Você são uns amores.



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