I Wont Let You Go escrita por JulySantos


Capítulo 8
Capítulo 7




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- Anne, a febre não tá abaixando. - A garota falou um pouco desesperada.- O que acha que devemos fazer?

A senhora, franziu a testa sem saber.

- A Srª Cullen disse para dar um antitérmico, mas ainda não fez efeito. Com toda certeza não é bom sinal.

A garota levantou da cama, onde esteve por algum tempo, ao lado de seu pequeno.

- Quer saber? Não vou ficar parada aqui não. Se ela não se preocupa, eu me preocupo, e conheço uma pessoa que se preocupa ainda mais. - Ela disse firme, e começou a caminhar para fora do quarto.

Anne a seguiu pegando-a pelo braço, impedindo que ela descesse para o andar de baixo.

- O que vai fazer?

- O que acha que vou fazer? Vou ligar para o Sr. Cullen.

Anne revirou os olhos perante a resposta.

- Camila, você faltou as aulas de geografia? O Sr. Cullen viajou para Madrid, são quase oito horas no avião. - Ela disse pontuando com um olhar de " Entendeu sua idiota?"

- Não interessa, vou tentar, o voo pode ter atrasado, nunca se sabe. Não vai custar tentar.

Cansada de tentar discutir ou colocar algo na cabeça de Camila, Anne terminou soltando o braço da garota que desceu os degraus facilmente.

Ah, a juventude, bons tempos esses. Pensou Anne voltando a caminhar para o quarto, e verificar mais uma vez a febre de Ethan.

Já no andar de baixo, Camila pegou o telefone sem fio, que ficava posicionado perto do sofá, já discando o numero do patrão.Enquanto ela esperava, deu um meio sorriso ao lembrar as vezes que Edward ensinou os meninos a utilizarem o telefone, dizendo para eles inúmeras vezes, o numero da policia, dos bombeiros e da emergência, e explicando pacientemente para eles para que cada numero servia e em quais ocasiões eles deveriam pedir esse tipo de serviço.

No aeroporto, Edward já estava, de saco cheio de tanto esperar o bendito voo, e já estava pensando na possibilidade de fretar um jato. Pegou o celular no bolso, e foi checar seus e-mails.Se assustou um pouco com a vibração do celular ao estar recebendo uma chamada, franziu a testa ao ver que era de sua casa.Deslizou o dedo suavemente para a direita, para que assim a chamada fosse desbloqueada, e quando o fez colocou o aparelho na orelha.

- Alô? Anne? - Perguntou.

- Sr. Cullen, é a Camila. - A garota falou respirando fundo.

- Camila? Aconteceu algo? - Ele perguntou já sentindo seu coração se acelerar, como sempre acontece quando prevemos uma má noticia.

- Hum... Sr. Cullen tentamos de todo o jeito, mas não conseguimos, até ligamos para a Srª Cullen e...

- Camila, fale logo, estou ficando preocupado. - E de fato ele estava.

- É o Ethan. - Edward prendeu a respiração esperando ela terminar a frase. - Ele está com febre, já demos um banho, antitérmico. e nada funciona. Estamos preocupadas. - A garota murmurou parecendo, pela primeira vez assustada, com qualquer possibilidade.

- Droga. Com quantos graus? - Perguntou, já retirando do bolso a carteira e jogando algumas notas na mesa, sem se importar o troco absurdo que estava deixando para trás.

- Da ultima medida 41,5°C. - Murmurou tensa.

- Merda. Vá AGORA para o hospital, o do centro. Vai agora e eu encontro vocês lá. Vai logo merda. - Ele desligou o telefone meio desesperado.

Era seu filho. Mas que droga.

Saiu carregando sua mala, que devido a rapidez dele, levantava a roda e ia sendo arrastada de mal jeito, e quem disse que ele ligava? Sequer pedia licença ao passar pelas centenas de pessoas que ocupavam o imenso saguão do aeroporto.Correu para fora do local, e seguiu em direção a fila de táxis a espera de uma corrida, e alguns motoristas a espera de algum gringo besta o suficiente para ser enrolado e assim no final da corrida levar uma grana a mais.Fez sinal para o primeiro motorista que viu, talvez vendo a pressa de Edward o homem logo tratou de abrir o porta malas, e Edward a jogou de qualquer jeito, fechou o porta malas, entrou no banco do passageiro, e foi logo puxando o cinto de segurança, já dizendo o endereço do hospital para o motorista.

Ele batucava os dedos sobre a perna rapidamente, seu coração pesava um pouco com as possibilidades. Ok, era febre, poderia facilmente haver uma convulsão...Oh, como ele  estava nervoso. Tentou tirar as coisas ruins da cabeça, afinal poderia ser simplesmente uma febre. Novamente sua mente ficou contra ele, lembrando que toda febre tem seu motivo.E como para piorar a situação, um terrível congestionamento o esperava. Fechou os olhos com força, jogando sua cabeça para trás, deixando-a no encosto do banco.

- Hum... A principal esta muito engarrafada, vamos levar no minimo meia hora pra chegar na outra avenida. - O taxista avisou.

- ótimo dia para isso acontecer. - Edward murmurou.

- O senhor parece bastante nervoso.

- Meu filho esta com muita febre, preciso chegar logo ao hospital.

- Sei como é isso, tenho uma menina de nove anos, até quando ela rala o joelho eu fico preocupado. - Ele riu lembrando de sua princesa.Percebendo que seu passageiro não estava afim de conversa, ele terminou ficando quieto, ligou o radio e deixou em uma altura boa, em alguma estação de jazz.

Felizmente, Anne conseguiu um motorista já preparado para ocasiões como essa, ele prontamente pegou um desvio em uma rua de terra, mas que foi o suficiente para ela logo chegar ao hospital.Cerca de quarenta e cinco minutos depois, o táxi estacionava em frente ao hospital, Edward abriu a carteira e entregou algumas notas ao motorista, que ao ver o valor das duas primeiras notas, nem sequer conferiu, notando que Edward não pediria o troco.

Entregou a mala dele, que saiu andando rapidamente para dentro do grande prédio.Já conhecia bem o hospital, sempre que acontecia qualquer coisa com os meninos, com ele ou com qualquer outra pessoa da família, era esse o hospital para qual eles iriam.Entrou no elevador com mais duas garotas, uma delas com muleta, e o pé enfaixado.Elas desceram no quinto andar, enquanto ele esperava o sétimo chegar e enfim chegar ao andar de pediatria.Ia pedir informação no balcão, porém logo ao chegar viu Anne, pegando um copo de água no bebedouro que ficava no corredor.

- Anne. - Ele disse alto, chamando a atenção da mulher, que engoliu a pouca quantidade de água que tinha na boca.

- Senhor Cullen, que bom que o senhor chegou. Ethan estava lhe chamando, queria o senhor de qualquer forma.

- Anne, o que aconteceu? O que ele tem? - Perguntou de uma vez.

- Oh, ali esta o medico. - Ela apontou sobre o ombro de Edward, que virou-se no mesmo instante.foi rapidamente até ele, que assentiu e logo ambos entraram no consultório do doutor Jenks.

- O que meu filho tem? - Foi direto ao perguntar, afinal era seu filho. Oras, para que enrolar?

- Fiz exames de sangue nele, o resultado deve sair em alguns minutos, mas aparentemente apenas um resfriado forte, bem forte, talvez um sereno ou contato com alguma pessoa gripada.

- A febre? - Ele perguntou já respirando um pouco mais aliviado.

- Consequência da gripe, já foi revertida, e seu filho esta recebendo um pouco de soro, para garantir que ele não tenha ficado desidratado após essa febre.

- Não tem riscos de convulsão, certo? - Ele só precisava se certificar.

- Não, agora não. Pode ir ficar com ele se quiser, assim que eu pegar os resultados dos exames eu vou lá, comunicar ao senhor, e se não der nada, ele volta para casa. - O medico sorriu gentilmente.

- Ok, obrigado doutor. - Levantou-se apertando a mão do médico.

- Não tem por que agradecer, o seu filho esta na ultima porta a direita, antes de virar o corredor. - Disse quando Edward ja se preparava para sair da sala.Ele resumiu tudo a Anne, que disse que iria ligar para Camila informando, Edward perguntou por Isaac, e respirou aliviado, ao saber que o menino estava em casa, bem e com Camila.

Sem conseguir esperar mais, ele entrou no quarto em que o filho estava.Ethan estava olhando tudo ao redor, parecendo entediado, porém sabia que não podia se mexer muito por canta da agulha intravenosa.Edward respirou aliviado, ele sabia que estava exagerando ao pensar que encontraria o filho com tubos de oxigênio, recebendo sangue e com o coração fraco. Mas ele é pai, oras bolas!

-Papai! - O menino disse feliz ao ver o pai entrando no quarto, Edward sorriu ao ver o filho sorrindo também.

- Oi campeão, como você está? - Perguntou sentando-se na beirada da cama, deu um beijo na testa do menino.

- Bem, mas quero ir para casa, aqui é chato. - Resmungou terminando com  um pequeno e adorável bico.

- Eu sei que é chato, mas logo iremos para casa, papai vai esperar o médico dizer o que você tem. - Ele disse carinhosamente acariciando o cabelo do menino.

- E não gosto daqui, e não gosto disso. - Ele ergueu um pouco o braço que estava com a agulha.

- Eu sei, e acredite eu também não gosto de te ver em um hospital, mas é necessário, isso vai garantir que você não tenha outra coisa, e assim ficar bom logo.

- E ir embora!

- Isso mesmo.   

 ~~~~~*~~~~~*~~~~

Uma hora e quinze minutos depois, Edward saia com Ethan no colo, e Anne ao seu lado. Um táxi os esperava, Edward estava aliviado, completamente aliviado, seu filho estava gripado, o que lhe renderia alguns dias de cama, e alguma dor de cabeça e de garganta.Mas era só.Ingerir bastante liquido, vitamina C e evitar qualquer coisas geladas. Seguindo isso, junto com um xarope, e um bom lambedor, receita que sua mãe havia aprendido e ensinado ele a fazer, que era ótimo para a gripe.

-Edward? - Ele virou-se ao escutar seu nome ser chamado... E ao reconhecer aquela voz.

Viu Isabela parada, alguns fios de cabelo voavam e ela estava um pouco ofegante.- Isabela.

- Como ele esta? O que ele tem? - Perguntou se aproximando, tocando com cuidado a cabeça do menino que agora estava dormindo. É ficar em hospitais realmente da tédio.

- Esta bem preocupada agora não é? Pelo que eu fiquei sabendo, você mesma mandou elas darem a a ele um antitérmico, não entendo a preocupação agora.

- Você...

- Em casa conversamos, não quero discutir isso, com meu filho no colo e na frente de um hospital. - Dizendo isso virou-se e entrou no táxi. Edward foi com o menino no colo, durante todo o trajeto, poderia parecer exagerado, mas era parte dele ali, e ao saber que o filho poderia sim ter algo grave... Ele havia ficado desesperado. 

E agora... Isabela.Ele estava quase acreditando que ela queria mudar, mas não conseguia pensar em mais nada que não fosse o fato de ela ter deixado o menino com febre por algum motivo, qualquer que fosse o motivo, mas ele sabia, tinha haver com o trabalho.

Ele foi o caminho inteiro debatendo mentalmente, sem chegar a nenhuma conclusão, o que apenas o deixou frustrado.Ao sair do táxi, pagou ao motorista, fazendo um malabarismo, para tirar a carteira do bolso, entregar as notas e guardar a carteira novamente, sem acordar o filho. Anne se encarregou da mala.

Isabela chegou, três minutos depois, Edward entrou com Anne primeiro, ignorando Isabela, encontrou Isaac com camila assistindo um filme de desenho animado na TV da sala, falou com o menino e subiu para colocar Ethan na cama. Saiu do quarto do menino, pedindo para Anne que ela fizesse um copo de suco de laranja e um sanduíche natural, para o menino lanchar assim que ele acordasse.

Decidiu ir para o quarto, tomar um banho e ligar para algum dos irmãos, avisando do imprevisto.Ao entrar no quarto se deparou com Isabela, mas antes que abrisse a boca, ela ergueu a mão, silenciando-o com o gesto.

- Vamos conversar, conversar serio, como os adultos que somos, sem brigas... Acho que precisamos resolver certas coisas.


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Notas finais do capítulo

ok, mil desculpas, mas a semana foi pessima, acreditam que no feriado, meu cunhado e meu primo foram esfaqueados? Mas tao bem.
Viram BD? Curtiram?
Agora sim, um conversa seria, acusações? sempre, mas dessa vez com um pouco mais de igualdade.
Demorei para postar, por que engatei uma shrot nova, to no terceiro cap, mas só vou postar quando ela faltar uns tres caps para ser finalizada e assim não fazer ninguem esperar, o tempo para eu concluir essa aqui né?
bjssss, e vou tentar postar outro cap nesse de de semana, ok?