I Wont Let You Go escrita por JulySantos


Capítulo 3
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/271936/chapter/3

- Não corram. – O pai advertiu em vão, os pequenos subiram as escadas correndo.

Os meninos empurraram a porta que estava apenas encostada e entraram na casa a todo vapor. O pai veio logo em seguida tentando garantir que nenhum deles se machucassem.

A baba dos meninos logo apareceu, vindo da cozinha.

- Boa tarde Sr Cullen. – A mocinha a cumprimentou, depois de dar um beijo nos meninos.

- Boa tarde, Camila.

- Vou dar um banho neles. – Ela disse pegando na mão dos meninos.

- Não, deixe que faço isso. – Ele disse fazendo com que a menina parasse de seguir em direção as escadas.

Pegou nas mãos dos meninos e subiu as escadas com eles, deixando a babá sem saber o que fazer na sala. Mas fazer o que? Ele gostava de passar o tempo com os filhos.

Já no segundo andar, ele seguia com os filhos para o quarto.

Era um quarto bem grande, as paredes pintadas de azul claro, com pinturas de carrinhos, super man e Batman. As camas possuíam o formato do carro do Batman. Havia um closet enorme, que continha as roupas dos dois.

A casa era grande e possuía quatro quartos, mas como os meninos são pequenos, não havia necessidade de separa-los, quando a necessidade de privacidade começasse a aparecer, ai separaria os dois colocando-os em quartos diferentes.

- Podemos no seu quarto? – Isaac perguntou esperançoso.

Os garotos amavam aquele banheiro, nele havia quatro chuveiros direcionados para o centro do Box, o que fazia o banho ser um banho ainda mais gostoso.

- Claro, vamos pegar as roupas. – O pai rumou para o closet, caçando algumas peças confortáveis, depois de pegá-las, saiu do quarto com os meninos o seguindo, foram até o final do corredor, e ele abriu a porta dando passagem para os meninos passarem.

Levou-os ao banheiro, e se abaixou, começou a retirar a roupa de Ethan, e logo jogou-as no cesto de roupa, a pedido do menino, ligou os chuveiros e o deixou ali dentro brincando com o sabonete liquido no próprio corpo, fazendo espuma e soprando.

Retirou as roupas de Isaac rapidamente, já que o menino estava ansioso para fazer o mesmo que o irmão.

Quando terminou, ele retirou as próprias roupas e entrou no Box também.

Como não havia trazido o xampu shampoo infantil deles, pegou um pouco do da esposa. Esse ato fez com que ele lembrasse de quando eles tomavam banho juntos.

Logo depois do casamento. Como era bom amá-la ali, e depois a abraçar sobre os jatos de água, e sempre depois disso quando vinha a parte do banho, ele sempre terminava lavando os cabelos da esposa, massageando o couro cabeludo com cuidado.

Suspirou, e se abaixou passando um pouco do liquido sobre a cabeça dos meninos. Depois entregou um pouco de sabonete liquido a cada um, e depois começou a esfregar o próprio corpo, sempre atento a ver se os meninos estavam se lavando direito.

Lembrou-os de esfregar atrás das orelhas. E com um pouco de custo, conseguiu retirar os dois do banho.

Os enxugou e colocou as roupas deles, e logo em seguida em si próprio.

Ele jantou com os meninos, e os ajudou na lição de casa, colocou o pijama e os ajudou a escovar os dentes, como prometido ele leu uma estória, saiu do quarto apenas quando ambos dormiam.

Foi para o quarto decidido a conversar com sua mulher assim que ela chegasse em casa.

Ele não era machista, mas não era ele que deveria chegar mais tarde em casa? Mas essa é Isabela, afinal de contas. Ele levantou o pulso até a altura dos olhos, verificando que já se passava das nove da noite.

Deixou o tronco cair no colchão, mas mantendo os pés firmes no chão, apoiou a cabeça no braço direito e ficou encarando o teto. Era esperar.

Isabela respirou fundo ao estacionar em frente a casa, estava tão ansiosa que nem levou o automóvel até a garagem, deixou-o estacionado em frente a casa mesmo.

Ao contrario das outras noites, ela não chegou carrancuda e de mal humor. Seu rosto demonstrava vitoria, ela estava com essa mesma expressão desde que ganhou a sonhada promoção.

Nada abalaria seu humor essa noite estava perfeito demais para que qualquer coisa pudesse atingi-la. Ela queria compartilhar a vitoria ao marido, queria dizer que tinha conseguido e que agora ela estava onde queria. Havia conquistado seu sonho.

Subiu as escadas da entrada da casa, querendo que os degraus acabassem logo, felizmente eram poucos. Ao entrar na sala, não viu ninguém. E ao contrario do que faria normalmente ela não correu para o escritório para revisar algum processo novo.

Ela simplesmente subiu as escadas que dava acesso ao segundo andar, e foi em direção ao seu quarto, torcendo para que ele estivesse acordado.

Ao escutar o barulho dos saltos pelo corredor, Edward se pôs de pé imediatamente, ele estava um pouco nervoso, mas nada que transparecesse.

- Edward? – Ele pode sentir um arrepio subir por sua espinha ao ouvir seu nome sendo pronunciado por ela.

Quanto tempo que não conversavam mesmo?

- Boa noite. – Sua voz saiu um pouco áspera, ela notou isso porem não se deixou abalar.

- Boa noite, você não vai acreditar no que aconteceu hoje. – Ela disse sorrindo. Ele a olhou seriamente, aos olhos de qualquer pessoa pareceria uma cena comum, mas não era.

Ele não entendia o fato dela estar sorridente e falando com ele, como se o casamento estivesse as mil maravilhas.

- Precisamos conversar. – Disse secamente, e agora ela percebeu o quão serio ele estava.

- Sobre o que? – Perguntou sem entender, foi até a cama onde sentou-se e retirou os saltos.

- Sobre nós...

- Espera, eu preciso te contar, você não vai acreditar... Ganhei a promoção no trabalho, você esta falando com a nova vice presidente do escritório, isso não é incrível? – Perguntou animada.

Ele fechou os olhos fortemente tentando se controlar. Se antes como qualquer advogada ela já trabalhava demais, agora...

- Temos que conversar sobre isso. Agora.

- Isso o que?

- Sobre seu emprego, nosso casamento e a falta de atenção que você tem com nossos filhos. – Ele falou todos os tópicos que queria discutir.

- O que é que tem meu emprego?

- De tudo que falei, a única coisa que você se preocupa é seu emprego? Francamente...

- Só quero saber, o por que de você querer discutir sobre meu emprego. Não há o que ser discutido com relação a isso.

- Não há o que ser discutido? Você realmente acha isso Bella? Então me diga, qual a ultima vez que você parou para brincar com os seus filhos? Qual a ultima vez que você os colocou para dormir? Levou ou buscou na escola? Acho que consigo contar em uma única mão as vezes que jantamos juntos nesse ano. – Ele disse amargamente.

Ela não demonstrou emoção alguma ao escutar o que ele disse.

- Edward... Se não dou atenção suficiente a eles é por que eu estou trabalhando. É importante.

- É claro que é importante, não estou pedindo para que pare de trabalhar, trabalhe como alguém normal. – Ele fazia muito esforço para não gritar.

- Por um acaso eu não trabalho para poder dar a eles o que precisam?

- Quantas vezes eu já te pedi dinheiro? Quantas vezes eu disse para você pagar a fatura do cartão ou a conta de luz? Nenhuma, eu trabalho para sustentar essa casa, a única despesa que você tem é o deposito na conta dos meninos, então não tente usar esse argumento comigo. – Ele travou o maxilar.

- Eu preciso trabalhar, por que ao contrario de você eu não herdei uma empresa. Não posso ser a melhor advogada, a melhor esposa e mãe, só posso ser uma delas, sinto muito se isso não agrada você. – Disse secamente.

- Você escolhe ser a melhor advogada, ótima estratégia. Se é assim eu não vejo por que continuar com isso.

- Isso o que? – Perguntou, temerosa pela primeira vez naquela conversa.

- Esse casamento, que já deu o que tinha de dar.

Edward saiu do quarto e encostou a cabeça na parede fechando os olhos com força. Pronto, ela já sabia o que ele queria. Ele sentiu raiva de si mesmo, não conseguiu encarar e falar realmente tudo para ela. Não ainda.

Sua cabeça tombou sobre o tampo da mesa, ela não havia feito nada, absolutamente nada o dia inteiro, veio ao escritório mas não fez nada.

Pegou o telefone, colocou o fone no ouvido e ligou para sua assistente.

- Srt Cullen.

- Venha na minha sala, agora. – Curta e grossa.

Em menos de quinze segundos uma batida foi ouvida na porta e logo a moça entrava na sala de sua chefe.

- Quero que encontre o numero de Rosalie Lillian Cullen, quero ele rápido. – Murmurou.

- Sim srt. Mais alguma coisa? – perguntou e se retirou ao ver ela fazer um sinal negativo com a cabeça.

                                          *~~~~*

- Tem certeza que não vai incomodar Sue? – O ruivo perguntou a mulher.

- Não se preocupe, será ótimo. – A mulher sorriu.

- Ok, qualquer problema pode me ligar, aqui esta meu numero. – O rapaz retirou do bolso do paletó um cartão e entregou a ela que o guardou na bolsa.

- Não acontecerá nada de mais.

- Aqui estão as mochilas deles, você poderia por favor, colocar algo para eles trazerem na lancheira amanhã?

- Cuido disso, sou mãe, esqueceu? – Brincou.

- Não, só que... Eles são tudo para mim. – Deu um sorriso lindo.

- Estarão em boas mãos. Vamos meninos? – Perguntou aos três – Ethan, Isaac e Seth.

- Obedeçam a Sue, quando ela disser para dormir, e para ir ok? – Perguntou agachado perto dos meninos que assentiram. – Ótimo, me deem um abraço. O papai ama você. – Beijou os cabelos de cada um e observou enquanto eles iam a pé, com sua, já que ela morava a um quarteirão da escola.

                               *~~~~~*

Ela saiu do taxi olhando para a mulher que subia as escadas da grande casa, ou melhor mansão onde moravam Emmett e Rosálie. Teve a impressão que conhecia a mulher, mas aquela distancia... Não apostaria nada.

Falou com o segurança que ficava no portão, que imediatamente o abriu para ela.

Caminhou pelo caminho um pouco longo feito de pedras até chegar as escadas, subiu vagarosamente os degraus, e logo tocou a campainha. Não demorou muito, logo uma empregada veio atender, e logo ela entreva na mansão.

Admirou a bela decoração, sabia que havia toques de Jasper ali, afinal sua casa também havia sido decorada por ele.

- A Srª Cullen, a espera na sala de estar, é logo aqui. – A empregada disse, seguindo mais alguns passos e logo ela pode contemplar a bela sala de Rosalie.

- Bella? Cara, é você mesma? – A loira perguntou.

- Oi Rose. – Sorriu para ela.

- Nossa, fiquei tão surpresa quando você me ligou. – Ela disse parecendo não saber o que fazer, ou como agir. Em meio a sua pequena discussão interna, ela deu de ombros e foi até a amiga que há tempos não via.

Abraçou-a forte, como no tempo da faculdade, e só ali, bella percebeu o quanto sentia falta de momentos como esse, momentos mais... Qual palavra ela poderia usar agora?

Humano? É essa servia, esse momento humano fazia falta. Muita falta. E assim sem mais nem menos, ela chorou em meio ao abraço com Rosálie.

Rosalie a abraçou mais forte sem entender o por que daquele choro, apenas alisou seus cabelos calmamente, como se ela fosse sua filha que estava tendo sua primeira desilusão amorosa. Ironicamente era basicamente isso que estava acontecendo.

Bella fungou alto pelo nariz, tentando acabar com a pequena crise repentina de choro.

- O que houve Bells? Se acalma, quer um copo de água? – Rose perguntou baixinho, ela definitivamente odiava ver pessoas chorarem.

Bella negou com a cabeça, respirou fundo e se afastou de Rose, limpando as lagrimas com a costa da mão, ao menos o seu rímel era a prova d’agua.

    - Hei Rose sua filha é uma pilantrinha, você acredita que... Bella? – As duas se viram e olham o topo da escada, onde uma leah olha a amiga a muito tempo sumida sem sequer acreditar.

- É isso ai Leah, é a Bella e pelo que lembro você me deve uma coisinha. – Rosalie deu um sorriso cínico em direção a Leah que fez questão de ignorá-la, terminou de descer os degraus e foi até Bella a abraçando fortemente.

- Você realmente sumiu. – Leah murmurou para ela, no fundo, bem no fundo ela sentiu uma pequena vontade de chorar, não sabia o porque, então ela se afastou respirou fundo e ignorou o ardor em seus olhos.

- Oi Leah. – Bella no fundo se sentia constrangida, Rose e Leah com toda a certeza do mundo continuavam amigas, e ela?

- Vamos Leah. – Rose arqueou uma sobrancelha, Isabella observou sem entender nada, Leah bufar e abrir a bolsa a procura de algo, tirou de dentro uma carteira preta elegante e a abriu, retirou dela uma nota de cinquenta dólares e entregou de mau grado a Rosalie que riu dobrou a nota e cocou no bolso do jeans.

-  Apostei com ela que você não vinha. – Leah disse dando de ombros. Bella revirou os olhos, aquilo era tão... Leah.

Percebeu agora a falta que sentia delas.

- Senta ai Bella. – Rose disse já sentada, e assim Bella o fez sendo acompanhada por Leah. – Eu estou realmente curiosa para saber o por que de tanto tempo, você estar aqui agora... Não que eu não goste, senti sua falta, mas depois de tanto tempo...

- Eu só queria alguém para conversar, e na verdade estou me sentindo estúpida por estar aqui agora, acho que a amizade que tínhamos não é mais a mesma não é?

- Claro... Que não sua boba, passou alguns anos, você mudou, eu mudei e a Leah continua a mesma. – Disse calmamente.

- Obrigada pelo elogio. – Rosalie piscou para Leah.

- Você queria conversar sobre o que?

- Quero desabafar. Passei tanto tempo cuidando apenas do trabalho, me dedicando integralmente ao trabalho que perdi tudo que eu julgava ser importante. Quase não pareço eu mesma. Vocês conseguem ver a antiga Bella aqui? – Perguntou tentando não desabafar.

As outras duas se olharam e voltaram sua atenção para Bella.

- Você mudou, apenas isso. É o que a vida faz certo?

- Não deveria ter sido para melhor?

- Você esta onde sempre sonhou, tem seu emprego e sempre tem alguma nota no jornal falando sobre você, dizem o quão boa você é, profissionalmente você esta ótima eu diria. – Leah deu um olhar sugestivo a Rosalie.

Bella captou o olhar transmitido e não demorou a uma pergunta se formar em sua cabeça.

- Vocês sabem? – Indagou com a voz firme.

- Do que? – Rose perguntou, obviamente ela já sabia do que se tratava, mas...

- Você sabe do que estou falando, me responde Rosálie.

- Bella... A única pessoa que se afastou durante esses anos foi você, sempre nos reunimos, um almoço, jantar, em casa ou em algum restaurante. Ao menos uma vez por mês, Edward leva Ethan e Isaac, Rose leva Nessie. Sempre nos encontramos. – Leah disse ao perceber que Rosálie não falaria nada.

Bella abaixou o rosto nas mãos.

O que diabos ela fez da própria vida?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não sei quando posto agora.
se teve muitos erros, me perdoem mas fiz esse cap muito rapido, minha mãe ta regulando aqui. desculpa.
e quem adicionou como favorita, comenta né? não sei se perceberam mas agora da para ver.
bjssss e até o prox.