A Garota Dos Deuses escrita por CamsLaFont


Capítulo 4
"Você precisa usar seus poderes, filha"


Notas iniciais do capítulo

Olá... Importantíssimo: NOTAS FINAIS!



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Busquei em meu cérebro, tentando lembrar quem eram elas, e então me lembrei de medusa. Da lenda. E lembrei que as duas eram as irmãs de medusa, as três Górgonas.

Jensen e eu tivemos o mesmo pensamento ao mesmo tempo. Nos viramos e saímos correndo.

-Eles sempre correm. – ouvi Euríale falar baixo. – podem correr! Estarão mortos antes mesmo de imaginarem isso! – completou mais alto.

A fadiga já havia tomado Jensen e a mim antes mesmo de chegarmos na metade da colina.

As duas Górgonas nos seguiam mais lentas, como se soubessem que teríamos que parar.

-Jensen... – falei sem folego. – não é mais fácil chamarmos alguém? – dali eu já podia ver até mesmo a entrada do acampamento.

Jensen me olhou como se pedisse desculpas.

-Infelizmente não, os semideuses só ajudam uns aos outros quando existe uma guerra ocorrendo; na verdade, nos ajudamos bastante, mas só saímos do acampamento com permissão, e se você pensar bem, é obvio o porque. – assenti, concordando, e começamos a tentar – ao menos, tentar – correr mais rápido.

Mas as Górgonas sabiam ser rápidas, apesar de serem um pouco mais pesadas por causa das asas em suas costas, que até então eu não havia percebido – talvez por estarem meio escondidas.

Elas logo começaram a levantar voo, percebendo que iriam ir mais rápido dessa maneira – e eu aposto que estavam loucas para um jantar de semideuses.

Havíamos finalmente conseguido chegar no topo da colina, apesar de ainda ter uma pequena – mas naquele momento, grande – caminhada pela frente, e então elas nos alcançaram, parando na nossa frente e nos impedindo de chegar mais á frente, entrando no território protegido.

-Não mesmo. – disse Esteno. – nosso jantar está servido, irmã. – ela disse e tentou me atacar, mas me abaixei e dei a volta nela, começando a correr.

Dois semideuses estavam na entrada do acampamento, olhando apavorados para nós.

Eu queria pedir ajuda, mas sabia que não poderia tê-la, então simplesmente comecei a correr mais rápido, e os dois fizeram um sinal de “mais rápido” com a mão. Mas eu me distraí e olhei para trás... Não vendo nada.

Quando algo me agarrou pela barriga e me jogou com tudo em uma arvore, fazendo-a estremecer.

Minha barriga começou a latejar e pude sentir o sangue começar a escorrer.

Reprimi um grito de dor e canalizei toda a dor para ódio.

Tentei pensar nas probabilidades, eu estava desarmada, não sabia me defender sem nem mesmo um escudo – isso que eu nem sabia usar um, agora imagine sem um – e eu precisava chegar na fronteira do acampamento, e consequentemente passar pela Górgona.

-Finalmente. – disse Esteno, feliz por seu jantar estar parado. – sabe, garota, você conseguiu uma boa dianteira me mandando para o mundo inferior, mas as portas da morte estão sendo abertas e... – ela suspirou. – felizmente semideuses não voltam. Gaia sabe escolher.

Fechei os olhos, quase perdendo a consciência.

Me senti cair de joelhos, sem força para me levantar.

-Vamos lá! Você consegue! – ouvi a voz de um garoto, e não era a de Jensen.

Abri os olhos e vi que o garoto estava na fronteira, ao lado de outra garota, os dois pareciam querer ajudar, mas eu sabia as regras.

Ele gritou novamente.

-Levante-se! Você sabe que consegue!

Gemi de dor, tentando falar alguma coisa, quando a Górgona gargalhou.

-Ah como é bom... O cheiro da vitória. – e então ela atacou, já com suas presas de javalis prontas para me rasgarem em pedaços, quando rolei para o lado.

Ela bufou com raiva e comecei a engatinhar.

Pelo canto de olho vi que Jensen lutava contra a outra Górgona, mas continuei engatinhando.

Algo me pegou pelo pé, mas ali eu já estava preparada para cair e não bati em nada, apenas caí de joelhos, com um pé apoiando em algo atrás de mim.

Peguei o impulso e saí correndo na direção da Górgona.

Ela começou a rir, mas parou, vendo que eu não ia desviar dela.

Ela se agachou, pronta para me receber de braços abertos, mas o que ela ñao sabia era que eu não ia abraça-la.

Eu ia jogar ela contra o dragão que ajudava Jensen – um dragão que eu só havia visto poucos segundos atrás.

Eu e ela batemos com tudo uma na outra, mas eu fui mais rápida, pois tinha a força ao meu favor e a joguei contra o dragão, que a mandou para Hades – ou o mundo inferior, tanto faz – em segundos.

Olhei para Jensen, mas então vi que era tarde de mais.

Euríale tirou a mão com garras do peito dele e nossos olhos nos encontraram no último instante.

-Não! – meu grito preencheu a noite e peguei a adaga dele que se encontrava aos pés do dragão.

A Górgona me recebeu de braços abertos, mas ela não esperava que eu soubesse usar uma adaga – nem eu esperava – mas com a adaga cravei-a em seu coração, fazendo a Górgona desaparecer no ar e a adaga cair no chão.

Jensen cuspia sangue pela boca, sangue escorria de seu nariz, olhos e ouvidos, suas mãos estavam ensopadas e seus olhos estavam tristes.

-Não. – saiu num sussurro, mas pude ver que ele ouviu.

Ele me deu um sorriso, mas tossiu mais uma vez.

Percebi que então o garoto e a garota haviam saído dos limites do bosque, junto á um centauro.

Mas não me importei com ninguém. Nem mesmo com o corte na minha barriga, que parecia estar me deixando ainda mais fraca do que eu já me encontrava.

Você ainda pode salva-lo, filha. Ouvi uma voz feminina na cabeça, mas não fiquei surpresa com isso... Apesar de ser estranho.

Corri até Jensen, me ajoelhando com tudo ao seu lado.

-Vai ficar tudo bem, ok? Você é fortão, seu pai é Ares, qual é! Você consegue Jensen. – pedi.

Você precisa usar seus poderes, filha.

QUE PODERES?! Eu queria gritar com quem quer que fosse, mas eu não podia, eu precisava ajudar Jensen.

Que poderes eu tinha? Quem era a mulher falando comigo? Era minha mamãe deusa?

Senti um aperto no coração ao sentir a mão de alguém em meu ombro, e vi que era a garota que estava com o garoto na entrada do bosque.

-Não podemos ajuda-lo, ele tem só mais alguns segundos de vida. – ela disse baixinho, mas Jensen ouviu.

Me virei para encara-lo, mas ele tinha um sorriso bobo no rosto.

-Talvez eu vá para o lugar dos heróis, no mundo inferior. – ele disse pensativo. – ou eu vá para os campos normais... Bom, Cams, pra deixar bem claro, você foi uma ótima amiga, melhor amiga, namorada e é claro, boa lutadora, não deixe a bobona da Gaia derruba-la, só por que ela é éons mais velha que você não significa que você não possa ajudar a derrota-la. E além do mais, a culpa da minha morte não foi sua, ok?

Assenti, lagrimas escorrendo pelo meu rosto.

-Mas podemos... talvez... – olhei para a tal garota, que por sinal era loira (espero que não, burra), ela apenas fez que não com a cabeça. – bem... – limpei a garganta. – Jensen... Só espero que... você... fique... bem... – falei pausadamente, tentando conter os soluços. Ele sorriu.

-Era tudo o que eu precisava ouv... – ele parou, respirou fundo e fechou os olhos.

O único som na noite foi o meu soluço, que foi seguido de mais outro, e mais outro, e muitos outros.

A garota então, se abaixou ao meu lado e me puxou para seus braços, e comecei a chorar compulsivamente.

-Ele está bem... – ela disse passando a mão pelos meus cabelos, o arrumando, como se precisasse de algo em mim que estivesse bom, como um começo para me concertar.

Percebi, então, que a minha plateia era muito maior do que eu esperava. Acho que todo o acampamento estava em volta, e mais algumas criaturas também estavam por perto, mas elas pareciam gentis, e percebi vagamente que elas se mantiveram perto da floresta.

A garota me ajudou a levantar do chão, mas me deixou usar como apoio, e então ela olhou para o centauro – aposto que era Quíron.

-Ela está machucada. – ela disse. – precisamos dar a ela um pouco de Néctar... Ou Ambrósia – ela completou – tanto faz! Ela está machucada, já perdemos Jensen, não podemos perder mais uma!

Quíron concordou e alguém me pegou em seus braços.

-Eu levo. – ouvi a voz do garoto que havia falado que eu conseguiria e essas coisas.

Mas conforme ele foi andando, eu fui me sentindo mais desconfortável, a dor estava ficando pior, quase insuportável, e eu não estava conseguindo me manter acordada, e pensar em Jensen morto não ajudava nem um pouco na minha condição.

A garota apareceu ao meu lado novamente, e o rosto dela tapou as luzes de tochas.

-Eu sou Annabeth, e esse lhe carregando é Percy, meu namorado. – ela não parecia com ciúmes nem nada do tipo, parecia mais preocupada, e deveria já estar acostumada a apresenta-lo como seu namorado, pois nem mesmo Percy agiu como se aquilo fosse anormal. – qual é o seu nome?

-Cams... – minha voz saiu mais baixa que o normal. – Camille. – arrumei. – LaFont.

Ela concordou e continuou falando comigo.

-Olha, precisamos primeiro lhe deixar acordada até chegarmos na enfermaria, os filhos de Apolo ajudarão você a arrumar esses cortes na barriga e você provavelmente vai comer um pouco de Ambrósia, a comida dos deuses, para você se curar mais rápido, pois você está sangrando bastante e perdendo muito sangue... – e ela começou a falar bem rápido, mas pelo menos me manteve acordada, pois eu fazia força para prestar atenção nela.

Quando chegamos na enfermaria duas garotas que estavam na entrada entraram imediatamente e assim que Percy pisou dentro da enfermaria todos já estavam prontos com uma maca.

Alguns garotos foram pegar algumas coisas, como esparadrapo, um pouco de água e essas coisas de médicos, e tudo começou a acontecer bem rápido.

Annabeth pegou minha mão esquerda – já que a direita estava levantada para que duas garotas pudessem ver a gravidade do machucado.

Elas não me deixaram deitar de nenhuma maneira, pois tinham medo de que eu dormisse antes de comer Ambrósia – ou tomar o tal Néctar – e então começaram a limpar meu machucado.

-Pode apertar minha mão. – disse Annabeth, percebendo que eu estava com medo de machuca-la. – você está machucada de mais para sentir tanta dor assim.

Antes mesmo de ela terminar eu já estava apertando sua mão.

Um garoto segurava minha mão direita no ar, e também minha blusa, para que as duas “médicas” pudessem me limpar sem nenhum empecilho, e quanto terminaram começaram a passar um remédio que me fez ficar mais tranquila, apesar de o sangue ainda escorrer um pouco, já havia parado.

Mas eu tomava o cuidado de não olhar para o machucado.

Tudo aconteceu bem rápido, e logo eu já me via com a barriga enfaixada e com uma blusa nova enorme – mas ainda era uma blusa.

Alguém havia sido esperto e havia tirado minha mochila de minhas costas em algum momento, e havia colocado-a numa mesa ao lado de minha cama de “hospital”.

Annabeth não saiu de meu lado em momento algum, como se eu fosse importante de mais para ser perdida.

Uma nova garota apareceu com um copo com um liquido dentro e me deu para toma-lo. De inicio eu achei que fosse um remédio, mas percebi que era o tal do Néctar. Ele tinha o gosto bom, tinha o gosto do chocolate quente de minha mãe nos dias frios no inverno.

Quando eu terminei de tomar a pouca quantidade Annabeth me ajudou a deitar, tomando cuidado para que eu não mexesse muito minha barriga e então falou.

-Agora você pode dormir, Camille. – ela disse.

-Cams. – a corrigi e ela sorriu, mas logo em seguida meus olhos se fecharam.

Eu estava apenas olhando, sem poder fazer nada, enquanto via meus pais correrem desesperados – assim como várias outras pessoas de minha vizinhança – para longe de algo atrás deles.

Todos eles estavam indo direto para o Empire State Building, e algo me dizia que isso não era mera coincidência.

Meus pais corriam desesperados de algo, e alguma coisa me impedia de ver o que era aquilo de que eles corriam – e até fiquei meio feliz, afinal, se meus pais estavam com medo daquilo, só podia ser ruim – e então alguma coisa aconteceu, mas aconteceu rápido de mais para eu ver, e mudou totalmente de visão.

Todos que corriam agora estavam mortos, os corpos no chão, como se tivessem sido pisoteados, mas sem nenhuma marca de como morreram, apenas como se tivessem decidido ter um ataque cardíaco e caído mortos.

Os corpos de meus pais eram os mais pertos da entrada do Empire State Building, mas ainda sim, mortos.

É isso que vai acontecer com seus preciosos pais, caso você não se junte a mim.

Uma voz estranha falou em meu sonho – pesadelo. E então eu acordei.

Eu estava na enfermaria, estava tudo escuro e desejei ter um relógio ao meu lado, para que eu pelo menos soubesse que horas eram. Mas eu nem sabia que dia era!

Fiquei triste por ver que não havia ninguém na enfermaria, se havia alguém, estava na entrada ou estava fora do local. Nem Annabeth nem mais ninguém estavam ali, e eu me peguei pensando em Jensen. Ele estaria ali para me falar que horas eram? Ah, deixe de ser ridícula, Cams! Falei para mim mesma. Ele era seu amigo... Ou namorado, não sua babá! Bufei silenciosamente e tentei me levantar, mas desisti quando senti a dor na barriga.

Ela estava bem forte, apesar de todos os remédios, e eu desejaria poder fazer ela sumir.

Comecei a pensar nos últimos acontecimentos, me lembrando daquela criatura voando, depois Esteno aparecendo, tentando me matar e quase matando meu pai, então as duas Górgonas, Esteno e Euríale, Jensen morrendo, Annabeth me mantendo acordada se apresentando e apresentando Percy, a correria quando cheguei na enfermaria.

Se alguém me dissesse que isso tudo estaria acontecendo alguns dias atrás, eu teria rido da cara da pessoa e falado que ela estava maluca.

Agora nem mesmo eu podia dizer se minha sanidade mental estava realmente bem.

Pensei em todas as novidades em minha vida, eu era uma semideusa, sendo que nem sabia quem eram meus pais reais, de sangue. Mas mesmo assim, eu sentia como se aquilo fosse algo normal, como se eu devesse me adequar aquilo, pois era o melhor.

Acho que acabei dormindo e cochilando o resto da noite, pois a próxima vez que eu acordei o sol já entrava pelas janelas abertas e vários semideuses andavam de um lado para o outro, limpando coisas, arrumando camas, conversando entre si.

Um garoto, quando me viu acordada, correu até mim.

-Você quer alguma coisa? Está com frio? Precisa de comida? Quer água?

-O-onde está Annabeth? – perguntei baixinho, o garoto chegou mais perto para ouvir.

-Ah, acho que ela esta na casa grande, mas eu vou procura-la... – a voz dele sumiu quando eu fiz um gesto com a mão, um “deixa pra lá”.

-Não precisa, ela deve estar ocupada. – forcei minha voz a sair mais alto. – só... tem um pouco de água? – minha garganta estava doendo.

O garoto assentiu com a cabeça e sorriu, então saiu andando rapidamente.

Alguns minutos depois ele voltou com um copo de água e um sanduiche em um pratinho de porcelana.

-Aqui está. – ele disse. – e eu trouxe um sanduiche, caso esteja com fome. – ele me entregou o copo de água, enquanto colocava o sanduiche ao lado de minha mochila. – Annabeth logo deve sair da reunião, então já deve vir pra cá. – concordei com a cabeça.

-Ahn... você sabe quando eu vou poder sair... daqui? – perguntei me referindo a enfermaria.

-Acho que logo. – o garoto deu de ombros. – mas não tenho certeza, sou novo aqui também. – ele deu um sorriso como quem se desculpa e agradeci, então tomei toda a minha água e devorei meu sanduiche.

Eu me acomodei na cama, mas logo peguei minha mochila, olhando minhas coisas ali dentro, e pensando em como eu pude ser idiota de não trazer alguma coisa para mim passar o tempo... Talvez meu notebook? Será que tinha wi-fi no acampamento?

Achei ridículo eu estar pensando nisso quando mortes estavam acontecendo, quando pessoas estavam treinando para sobreviver... Quando eu estava em uma cama de enfermaria tentando me manter viva – apesar de já estar bem melhor.

Percebi que havia cochilado novamente, e só acordei quando ouvi algumas vozes mais altas que o normal, e vi Percy e Annabeth conversando baixinho na cama ao lado.

-Eu não acredito que ela ainda não foi reclamada! – ouvi Percy falar furioso. – eles deveriam ter reclamado-a faz anos! Ela já tem dezesseis anos! A  idade é com 13!

-Calma Percy, deve ser alguma coisa no Olimpo, talvez eles estejam ocupados tentando descobrir por que os monstros estão demorando menos tempo para voltar.

-Talvez. – ele disse.

Me remexi na cama e abri os olhos, apesar de não estar realmente fingindo dormir antes, parecia a melhor opção.

-Finalmente. – disse Annabeth sorrindo. – estávamos esperando você acordar.

 -Vocês estão esperando á muito tempo? – perguntei enquanto arrumava o travesseiro para me sentar.

-Não muito. – disse Percy por Annabeth. – ficamos felizes em vez que você está... melhor. – ele disse e olhou para meu rosto, como se eu tivesse alguma coisa ali.

-Ahn... é. – ela disse. – você estava... bem mal, quando as Górgonas foram mortas. – ela disse. – não que você não devesse estar... mas acho que nem mesmo Percy teria sobrevivido á isso. – ela disse e Percy concordou.

Concordei com a cabeça.

-Jensen... ele... – falei e olhei para ela, apenas queria que ela dissesse que foi uma brincadeira de mau gosto dele, que ele estaria vindo me ver á qualquer momento...

-Sinto muito Cams. – ela disse. – ele era um ótimo campista, mas nem mesmo os melhores podem viver para sempre.

Ela olhou para as mãos.

-Mas ficamos felizes que você esteja aqui! – disse Percy, tentando mudar o clima. – e talvez ainda dê de você ir para a fogueira hoje a noite... Talvez seu pai ou mãe a reclame.

-Reclame? – perguntei e ele sorriu.

-Bom, reclamar é como chamamos quando um pai ou mãe deus “fala” – ele fez aspas com as mãos – que aquele é seu filho.

Concordei, seria legal descobrir quem era meu pai ou mãe.

-Então... – falei. – alguma ideia de quem possa ser meu pai ou mãe?

Annabeth levantou os olhos e sorriu.

-Seria legal se você fosse minha irmã, mas eu acredito que não é. – levantei uma sobrancelha. – nada contra, você é uma garota legal e aposto que é uma boa amiga... Mas... – ela suspirou. – eu posso sentir que não somos irmãs. – ela disse e concordei. – e eu não tenho certeza se você pode ser filha de Ares também. – ela deu de ombros. – você não é nem um pouco parecida com Clarisse.

-Clarisse? – perguntei.

Percy deu de ombros.

-Conselheira chefe do Chalé de Ares. – explicou.

Assenti, apesar de não entender aquela coisa de Chalé.

-É bastante coisa para você absorver, eu sei. – disse Annabeth, como se lesse meus pensamentos. – mas com o tempo você acostuma, você vai ver.

Concordei.

-Será que eu posso me levantar um pouco? – perguntei e olhei em volta. – infelizmente eu prefiro ficar deitada aqui, mas preciso ir no banheiro.

Annabeth assentiu e Percy deu passagem para ela se levantar.

Chutei minhas cobertas para a beirada da cama e me virei, deixando as pernas caírem para fora da cama.

Annabeth estava ao meu lado, pronta para me segurar caso eu precisasse.

Me levantei lentamente da cama, sentindo o mundo girar lentamente ao meu redor.

Logo a sensação passou e eu comecei a caminhar lentamente, enquanto Annabeth segurava meu braço, me levanto até uma portinha que havia na sala.

Ela a abriu para mim e eu entrei, fechando a porta.

Usei o banheiro e saí dele em seguida.

Annabeth foi me ajudar, mas eu fiz que não.

-Eu quero tentar andar, como é que eu vou sair daqui sem nem conseguir me manter de pé? – ela deu de ombros, como se concordasse e discordasse disso ao mesmo tempo.

Eu comecei a andar lentamente, e alguns campistas fizeram suas coisas mais lentamente para olharem meu desenvolvimento – só não sei por que eu era tão importante.

E então eu me peguei pensando: Meu pai provavelmente não era Ares, e minha mãe não seria Atena.

Quem seria meu pai/mãe?


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, é o seguinte! Eu ia postar sexta, mas não deu, e vocês conhecerão uma regra básica minha agora: Eu não atualizo minhas fanfics nos Finais de semana, por que como vocês, eu sou uma pessoa, que saí, se diverte eetc! Então, nada de postagens nos fim de semanas! Oks?
Enfim, eu espero que tenham gostado desse capitulo e COMENTEM! U.U
Ignorem os erros de português.
E EU SÓ POSTO O PRÓXIMO CAPITULO COM 3 REVIEWS! U.U