O Lobo e Sua Menina escrita por Débora Falcão


Capítulo 7
Impressão




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O que eu podia fazer? Jacob era a coisa mais linda que eu já vira. Era forte, alto, lindo, selvagem, tinha um ar de desafio, seus cabelos curtos crescendo eram lindos, seus olhos eram doces e sua voz... ah... a sua voz!

"Lisa!" eu ouvi a voz de Mary Poppins, atrás de mim. Eu simplesmente não me virei para olhar. Jacob também não. Parecia que nada à nossa volta era mais importante do que nós mesmos.

Mas Mary Poppins insistiu. "Lisa!" Puxou meu rosto para o dela e estalou os dedos no meu nariz. "Acorde, Lisa!"

Eu pisquei. Enfim, vi Mary Poppins olhando para mim, com olhar desaprovador. Mas eu sentia em minha face os olhos daquele menino lobo me queimando. Eu queria voltar a olhá-lo, mas Mary Poppins me impediu.

"Pare agora mesmo!" Ela disse.

"Mas... eu não posso!"

"Calma, senhora. Os dois são jovens..." começou Seth.

"Ele não vai ter uma impressão com ela!" Mary Poppins falou taxativamente fulminando Seth com os olhos.

Todos ficaram atônitos.

"O que a senhora sabe sobre isso?" Falou Sam, que já estava ao lado de Jacob em sua forma humana. A voz dele era aterradora. Era uma voz séria, baixa, mas autoritária. Seria a voz alpha, que Bella costumava chamar?

"Absolutamente tudo." respondeu Mary Poppins sem hesitar.

Eu já estava perdida nos olhares de Jacob de novo.

"Lisa!" chamou Mary Poppins novamente.

"Acho que precisamos ter uma conversa." Disse Sam novamente. Edward concordou. "Imediatamente."

"Agora não." retrucou Mary Poppins. "Primeiro, tenho que tirar Lisa daqui."

"Não!" Disse Jacob, agora olhando para Mary Poppins. "A senhora não pode levá-la. Não agora!" Ele estava implorando. Seus olhos voltaram-se para mim.

"Por favor!" Eu intercedi.

Carlisle chegou na hora que percebeu a movimentação em sua sala de estar.

"Acho melhor termos esta conversa em meu escritório." disse ele, já percebendo do que se tratava. Seus ouvidos eram extremamente aguçados. Imediatamente, percebi que todos os vampiros daquela festa haviam ouvido o ocorrido.

Mary Poppins concordou em conversar primeiro, e todos fomos guiados até o primeiro andar, para conversarmos a sós, sem a presença de outros convidados.

Foi Sam quem começou a conversa.

"Agora fale, exatamente, como soube de nós." Ordenou ele para Mary Poppins. Ela o enfrentava com o olhar.

"Olhe a maneira como fala comigo, garoto. Sei que, apesar desse corpo, você tem apenas dezenove anos. Eu tenho idade para ser sua avó."

Ele recuou ante a impetuosidade de Mary Poppins. Carlisle olhou para Edward, fazendo-lhe uma pergunta silenciosa.

"Eu não sei." respondeu ele. "Ela não está pensando sobre isso. Só sei apenas que ela sabe de tudo. De nós, de Bella, dos lobos, tudo. Como ela sabe isso eu não sei."

"E não vou contar." disse Mary Poppins.

"Você vai contar sim." retorquiu Sam.

"Experimente me forçar." desafiou Mary Poppins, aparentemente sem medo. Mas eu notei sua mão trêmula segurar o camafeu.

"Eu vou contar tudo." eu anunciei.

Todos olharam para mim.

"Você não vai fazer nada!" disse Mary Poppins, vindo até mim e agarrando meu braço. "Você vai para casa agora!"

"Não vou não!"

"Mas vai sim!"

"Sra. Poppins, é este o seu nome não é?" disse Carlisle. "Por favor, se acalme. Vamos conversar. Se você realmente sabe quem e o quê nós somos, então deve saber que merecemos uma explicação."

Carlisle estava calmo e olhava para Mary Poppins, esperando sua resposta.

"Eu juro que eu não posso contar!"

"Faça um esforço, ao menos para nos esclarecer." disse ele.

"Olhe, da mesma maneira que vocês têm um segredo a esconder dos humanos" ela disse, e eu senti um leve tremor nos vampiros e nos lobos ali presentes perante a palavra 'humanos', "nós também temos segredos a esconder."

Carlisle olhou novamente para Edward.

"Ela está traduzindo o hino da república para o espanhol." ele respondeu. Mary Poppins estava evitando o poder de Edward.

"Bem, até sobre os dons de Edward você sabe não é?"

"Sei bem mais do que isso, Dr. Carlisle." disse Mary Poppins.

"Então, senhora, receio que não poderás deixar esta casa até que tudo esteja esclarecido."

"Você não pode fazer isso!"

"Não podemos permitir que o nosso segredo vaze. Se temos que confiar na senhora, a senhora terá que confiar em nós também."

Ela olhou para ele. Depois para mim. Depois para Jacob. E então desabou na cadeira em frente à mesa do doutor.

"Oh, está bem!"

Jacob sorriu para mim.


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