A Moonlight Waltz - Spellbound escrita por JoyceSW


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Estão prontas? Finalmente o Bill apareceu!



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Lirith Venuto

-Como eu amo noite de lua cheia! -Disse olhando para a grande lua a minha frente através da janela de meu quarto.
Em noites de lua cheia eu tenho certo costume: pego minha harpa e adentro a noite tocando-a até amanhecer em algum bosque ou no meio de alguma floresta num lugar bem alto por ai e que de preferência não tenha nenhuma alma viva próxima. Talvez eu faça isso essa noite, essa cidade é um completo tédio e como eu odeio rotina essa é melhor oportunidade que tenho de me distrair e contemplar melhor a noite. É nesse momento que eu gosto de paz, é essa a única paz que consigo sentir. Vesti-me com um longo vestido branco e peguei meu espartilho da mesma cor agora limpo das manchas de sangue daquela jovem que eu havia matado. Soltei meus longos cabelos e sobre eles coloquei um véu para aparecer como uma santa, assim talvez despertasse a curiosidade de algum curioso mortal Peguei minha harpa e sai de minha simples casa andando rápido por entre os labirintos que formavam as enormes ruas daquela patética cidade rural. Aos poucos as vielas de asfalto acabaram e deu-se o inicio de uma trilha de terra, justamente a que me levaria até a mais alta montanha da cidade, ok nem tão alta era; mas servia. Lá em cima onde eu imaginei não ter civilização nenhuma e ser um completo deserto, o que seria perfeito para eu tocar sem ser interrompida, havia um bar. Fiquei indignada mais logo me veio à idéia de depois de fazer um possível concerto para lua, comer algo. Não seria tão ruim assim. Eu uniria o útil ao agradável. 

Bill Kaulitz

-Você está pronto Bill?-Gritava Tom do outro lado da porta de meu quarto quase derrubando a mesma. Tom, nunca muda. Sempre apressando as pessoas, que culpa eu tenho se ele não sabe se arrumar. Dirigi-me até o grande espelho que havia na parede próximo ao enorme closet e me dei por satisfeito ao ver que eu estava divinamente apresentável.

-Vamos. –Disse ao abrir a porta e ver um Tom impaciente me esperando.

-Finalmente Senhor Vaidade! – debochou ele enquanto rodopiava as chaves entre suas enormes mãos e descia a escada.
-Pelo menos não sou eu que uso roupa de gente gorda. – Rebati fazendo-o parar e me encarar raivoso. Bingo, eu havia pegado no seu ponto fraco. Ele detestava ser provocado principalmente quando era a respeito de seu estilo “largado”.
-Pelo menos não sou eu que usa calça de couro tão apertada para mostrar o volume. – Disse enquanto sorria de canto. Tom abriu a porta da garagem e atravessou na minha frente, chegando ao carro primeiro logo jogando a chave em minha direção. Como ele era infantil.
-Pelo menos eu tenho volume para mostrar-Disse entrando no carro enquanto observava sua expressão surpresa pela resposta que eu havia dado. Ele apenas permaneceu em silencio e adentrou o veiculo se sentando no banco de trás. Ah qual é, o que ele acha que eu sou dele? O motorista?
-Que bar vamos hoje?-perguntei enquanto ligava o carro.
-No bar que fica no pé da montanha. – Oh céus porque ir a algum lugar dentro dessa cidade tediosa se na outra existem coisas bem mais interessantes.

-Tom, mas lá faz um puta frio. – Disse pensando em fazê-lo desistir da idéia.
-Não se preocupe nossos casacos estão no porta-malas. – E a tentativa foi para o saco. Droga eu sou péssimo de convencer alguém a desistir de algo.
-Falou vidente. – Coloquei o cinto e arranquei. A fria paisagem dava arrepios, talvez uma música quebrasse esse gelo e me acalmasse. Levei os dedos até as teclas do rádio e liguei numa estação qualquer.

-Ah qual é, Nena não. – reclamou o autoritário Tom em meu ouvido.

-Ainda bem que é ela, se fosse Sammy Deluxe eu tinha jogado o radio pela janela. –Disse aumentando a voz enquanto aumentava o som do carro. Tom nada disse apenas ficou emburrado enquanto ouvia a música. Era engraçado vê-lo assim. 

Logo as ruas desertas apenas cercadas por árvores sumiram e nós chegamos no topo da colina. 

-Chegamos!-grunhiu Tom, enquanto eu tirava o cinto de segurança. Rapidamente ele saiu do carro e pegou nossos casacos. O que ele tinha em mente? Estava precavido demais.


Saímos do carro e logo chamamos a atenção de algumas pessoas que por ali estavam, fingimos não ligar e adentramos o bar. Felizmente tínhamos nossos casacos à mão, pois estava frio demais ali. Também esse era o único aspecto ruim, o bar tinha um clima gostoso. As luzes baixas davam a sensação de conforto, o chão e as paredes de madeira me lembravam um chalé. Havia tapetes de pele de vaca entre os sofás e posters de filmes antigos pregados nas paredes. O cartaz que eu mais me chamou a atenção foi do "O Iluminado". Sentei-me no sofá de couro branco, e deixei que algo acontecesse. As garotas daquele lugar até que eram bonitas, mas nenhuma me chamou a atenção embora eu houvesse chamado a delas. Procurei por Tom, e o vi no bar sendo servido de uma bebida escura -calculei ser whiskey- enquanto abraçava a cintura de uma loira turbinada. Eu sinceramente não estou a fim de ficar, nem um pouco. Caminhei até eles e discretamente bati em seu ombro dando sinal de que caminharia um pouco lá fora. Ele apenas assentiu e eu me dirigi a porta de saída. Ficar para vê-lo no maior amasso com uma garota enquanto eu estou sozinho não é algo que eu queira presenciar.
Sai do bar e me encostei no carro. Olhei aquela pequena montanha. O que poderia ter além dela? A sensação de perigo me fez subir a adrenalina e eu comecei a procurar por um caminho para subi-la. Após um tempo caminhando de um lado para o outro o achei, era estreito e tinha muitos galhos de arvores. Comecei a subir e o vento cortante vinha de encontro a mim querendo me partir ao meio, o frio estava quase me convencendo a desistir, porém na altura que eu estava uma música soava próxima. Venci o vento e o frio continuando a subir sentindo o som de uma harpa muito mais forte do que antes, despertando ao máximo minha curiosidade. Foi quando vi uma mulher tocando Sonata sob o luar. Seu corpo curvilíneo coberto por um vestido branco era extremamente atraente, porem o véu cobria seu rosto. Com medo de que ela se assustasse me escondi atrás de uma arvore e permaneci a observá-la. Seu corpo de princesa e o mistério que rondava sua face me extasiavam. Parece uma Deusa neste vestido branco. Fiquei praticamente hipnotizado por ela. Ela se sentou sobre uma pedra e colocou a harpa no chão, levou as mãos ao rosto e tirou o véu deixando a lua iluminá-la por completo. Tinha cabelos longos, olhos marcantes e lábios apetitosos para um beijo, alias um não vários. Eu estava sonhando? Essa é a garota mais linda que eu já fora capaz de ver em toda minha vida.

-Já faz um tempo que você está ai, gosta do que ouviu? -Disse ela sem ao menos se virar para fitar-me.
-Desculpe se você se sentiu incomodada. –Dei um sorriso amarelo e sai de meu esconderijo.
-Não me senti incômoda. -Ela se virou e eu vi seu rosto de uma maneira mais clara, o luar lhe caia muito bem, valorizava cada delicado traço de seu rosto deixando-a muito mais bonita, se isso era possível. Olhei bem em seus olhos eram verdes porem gélidos, pareciam conter uma amargura profunda. Ela é realmente linda. -Mas também não me senti cômoda. – Finalizou ela. Droga porque eu não sei fazer as coisas direito. E agora o que eu poderia dizer? Palavras, cadê vocês quando eu preciso? Dado o seguinte fato de me encontrar completamente vulnerável e bobo em relação ao que estava em minha frente, eu perdera completamente as palavras, elas dançavam em meu cérebro, porem ao chegar a minha boca não saia nada. E também esqueci o que era respirar. Suspirei chateado comigo mesmo por não saber o que fazer. -O que foi?O gato comeu sua língua?-perguntou enquanto um sorriso malicioso brotava em seus lábios vermelhos.
-Não tenho muita coisa a falar, nada me vem a mente. – Idiota, pelo menos apresente-se. - Sou Bill. –è já é um começo, espero que ela não me ache desinteressante e me largue aqui.

-Sou Lirith. – Sua voz de veludo me fazia perder a fala, as palavras e principalmente o oxigênio.
-Lirith é um nome bonito e muito... Diferente. – Sorri ao perceber que havia conseguido me livrar de alguns por centos de timidez que me afetavam.
-É, as pessoas falam isso. -Lirith tem respostas na ponta da língua, e eu por preferir observar cada detalhe seu acabo me perdendo das palavras, tornando-me um lerdo. -O que faz aqui?- perguntou enquanto olhava-me no fundo dos olhos, acho que nunca senti uma vontade descontrolada de beijar alguém sem nem ao menos conhecê-la primeiro.
-Nem eu sei, acho que queria ver como era a vista daqui de cima, mais a ouvir você tocando mudei de idéia. 
-Acho que já toquei demais por hoje. -Ela levantou e pegou sua Harpa.-Você vai ficar aqui ou vai descer comigo?
-Vou com você. – jamais seria capaz de deixar uma garota indefesa andar sozinha no escuro a essa hora da noite.

Lirith

Ótimo!Eu nem precisei ir atrás da comida, ela veio até mim. Descemos e Bill parou em frente do bar.
-Você vai ficar ai?-Perguntei vendo-o ficar triste. Não vou negar ele tem uma beleza diferente de outros caras. È inocente e puro. Eu gosto disso, é meu oposto por assim se dizer.
-Depende, você quer que eu fique?- definitivamente não.
-Não. -Dei um sorriso. -Minha casa aqui perto. Vamos? – Convidei-o, acho que ele nem espera o que eu vou fazer, espero que tenha um bom sangue garoto. Não costumo matar em vão.
-Claro. – Bingo, minha noite irá ser divertida.


Fomos andando devagar, conversando sobre a vida de um ao outro.O que eu poderia falar sobre minha vida? Havia muito para contar, e o que havia não seria a ele que eu contaria. Sua voz me cativava, ele era bonito pena ter cruzado o meu caminho. Mas o que eu poderia fazer além de me saciar com ele, transformando-o em minha comida? Nada.
O caminho foi curto e logo chegamos em minha humilde casa. Bill praticamente nem deixou que eu fechasse a porta direito e foi logo me beijando. Seu desejo por mim aumentava e isso estava evidente em sua calça. Ele me possuiu em seus braços e já tinha tirado sua camiseta. Estava gostando disso e queria ver-me tendo um orgasmo. Eu li isso em sua mente. Começou por beijar meu pescoço e descer rumo ao meu espartilho, não demorando muito para desamarrá-lo completamente. Com rapidez e ousadia retirou meu vestido e beijou meu seios. Era agora. Peguei seu rosto contorcido pelo prazer que sentia e o beijei, fazendo uma trilha até seu pescoço mordendo-o a seguir. Ele gemeu de dor e acabou desmaiando... Fraco. Ao vê-lo caído, porém sereno fiquei com dó de matá-lo, vesti minha roupa e o deixei no chão. Coitadinho.


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