A Moonlight Waltz - Spellbound escrita por JoyceSW


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Entãoo né, cadê os resto das leitoras D:



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Ariel Olanah

O dia já havia amanhecido, eram apenas sete e meia da manhã e as grossas cortinas blackout cinza estavam fechadas. Recostei-me na dura cabeceira de madeira pertencente a antiga cama tentando me acalmar. A cena presenciada por mim me atingira muito, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Em meus punhos as marcas das mãos de Vlad queimavam, doíam parecia que eu estava em chamas. Meu corpo tremia numa velocidade absurda que fazia a cama ranger. Levantei temerosa e tirei meu vestido; desajeitada não consegui conte-lo em minhas mãos e ele escorregou rumo ao chão. Cambaleei de volta à cama, sentei vagarosamente nela e observei de relance meus ombros, suas mãos faziam a marca sob eles. Tive que me contentar em apenas ver essa pequena extensão parcialmente “queimada”, já que o espelho só auxiliaria um mortal, no meu caso não adiantaria de nada.

Sob a cama, joguei sobre mim algumas cobertas e com dificuldade me estiquei procurando uma posição confortável para dormir. Minhas costas não estavam ajudando. Apertei-me um pouco contra a cama e a coberta e senti um leve arrepio ao sentir algo me tocando.

-Ariel. -Senti as mãos geladas de Vlad tocarem minhas costas. Dei um gemido de susto, pois seu toque me arrepiou.
-Senhor Vlad. -Não me mexi, apenas fiquei inerte enquanto escondia meus seios com o braço.
-Não tema. -Vlad acariciou as partes que ele segurou violentamente, seu toque frio causava arrepios involuntários em meu corpo. Suas mãos espalmaram meus braços e ele os abriu em forma de abraço, revelando o que eu estava escondendo. Desviei o olhar e por meros instantes passei a fitar o nada. -Eu sinto muito Ariel. -Ele beijou meu pescoço. -Desculpe por marcar sua pele da cor da neve. Suspirei; como me sentia nojenta. -Diz que me perdoa?-Ele me virou bruscamente em sua direção e seus olhos forçaram os meus a encontrá-los. -Diz!
-Eu... -Fitei temerosa os olhos de Vlad. -Eu te perdôo.
-Eu sinto muito Ariel. -Ele beijou minha testa e continuou com seu corpo junto ao meu. -Eu sinto... -Antes de Vlad terminar sua frase ele havia me beijado. Como me sentia impura agora, não queria ser um objeto nas mãos dele e tampouco queria fazer parte do cerco de meretrizes. Jamais iria fazer parte de sua lista de amantes.
-Senhor... -Me afastei dele rapidamente, arrumando força nem sei da onde levantei-me e fitei-o com raiva. -Por favor. -Vlad me olhou de cima para baixo analisando cada parte de meu corpo nu a sua frente. Me senti um lixo.

-Ariel... é apenas isso – è apenas o que? Porque ele nunca fala as coisas declaradamente? Olhei-o de relance e virei meu rosto apontando-lhe a porta discretamente para que me deixasse sozinha. -Desculpe pela minha vertigem. –Ele entendeu e logo saiu deixando-me perplexa e absorta nos mais confusos pensamentos a seu respeito.

Cibele Millan

Já era noite e eu ainda não havia encontrado nada que me deixasse bonita o suficiente para Evan. Eu tinha que encontrá-lo, mas... que droga! Gritei o mais alto que podia esquecendo-me que eu não estava sozinha. Que horas eu iria encontrar Evan? Eu sai correndo antes que me segredo fosse revelado que nem ao menos perguntei as horas. Idiota!
-Por que você gritou?-Daphne apareceu assustada, alem dela Lorelle também surgiu e sentou sobre minha cama.
-Eu quis dizer... droga!Odeio dia de sol!-Se bem que é verdade, até porque não podemos sair sob ele ou morremos fritas. Se bem que isso foi irrelevante e idiota da minha parte. Maldito comentário. 
-Ahn, claro. – Lorelle disse com o queixo trincado como se fosse a coisa mais obvia do mundo. Se bem que de fato era.
-Por que esse barulho todo? -Vlad surgiu bem no meio do meu quarto. Seus olhos estavam negros e vítreos em mim. Seu olhar percorreu sob todas as que lá estavam mias somente a mim ele analisava descaradamente como se procurasse uma falha e se eu não começasse a agir como se não se importasse ele descobriria varias. Meu olhar quando se encontrou com o dele arrepiou-me por inteira, pela primeira vez em anos após ter sido transformada eu finalmente senti uma pontada de medo, sentimento que até então não vagava mais junto a minha sombra.

-Deixem-me a sós com Cibele. -Lorelle e Daphne caminharam vagarosamente para fora e logo o baque oco da porta fora ouvido.
-Você quer algo Vlad? -Me sentei na cama e enquanto fitava um ponto qualquer em sua direção fingindo olhar diretamente para ele.
-Cibele... aonde você foi ontem a noite? -Perguntou Vlad com os braços cruzados na altura do peito.

-Fui pra balada... E depois para o cemitério. -Falei a verdade. Em partes. 
-Mordeu alguém? _ Desde quando isso é da sua conta?
-Não, não estava com fome. Apenas sai pra me divertir. – Disse sorrindo vendo-o ficar constrangido. Sorte eu bloquear minha mente e ele não poder ter acesso a nenhum de meus pensamentos, claro que com isso ele já deva desconfiar de algo, mas só desconfiar não vai levá-lo perto de ninguém. Nem cometer nenhuma bobagem.
-Se divertir?- Ele riu sarcasticamente, não precisaria entrar em sua mente para saber que ele estava pensando no tipo de diversão e que sua resposta para a própria pergunta feita por ele seria algo como: eu sou a maior e melhor diversão que você poderia ter. -Não tem nada a me falar? – disse ele interrompendo meus malucos devaneios.
-Absolutamente nada.
- Está bem, com licença –Logo após isso ele simplesmente evaporou sua presença de meu quarto. Nem me importei com o suposto sermão que viria mais tarde e voltei a arrumar-me, afinal eu tinha algo muito mais importante para fazer do que ouvir aquele velho chato falar. Hoje a noite prometia.

Lirith Venuto

A pior parte do tempo é o dia, as horas arrastam-se como se fossem uma eternidade, porém a noite passa muito depressa. Definitivamente quem controla o tempo esta fazendo um a grande besteira, deveria ser o inverso, o dia teria menos horas e a noite deveria ter mais, tornando-se quase infinita. A noite deveria se arrastar numa eternidade e o dia deveria terminar um passe de mágica. 

Enfim, a noite de hoje esta esplendorosa, a enorme lua ao topo do céu esta sendo contemplada com as milhares de estrelas brilhando somente para ela.
Espero que Bill não venha me chatear com suas perguntas tolas, se bem que fazer sexo com ele de novo não seria tão ruim. Mas preciso me colocar no lugar do Bill.
-Vai Lirith... Eu sei que você consegue. -Disse a mim mesma. -Sei que é muito difícil, mas vamos lá, pense como um humano tolo que acabou de ser mordido.
No mínimo deve ter pensamentos como vermes, até mesmo um vampiro, Mas eu jamais vou transformá-lo em um, ele não merece viver num inferno como esse. Assistindo dia após dia as guerras, as pessoas que ama morrer e envelhecer e nada disso pode acontecer com um vampiro. Além de que para torná-lo um ele precisaria beber meu sangue e isso é algo que eu não daria a ele. E também existe outra razão, por mais que uma possível faísca de sonho dele ser vampiro e ser meu se torne real, Vlad aniquilaria ele antes que ele obtivesse a eternidade. 

-Com quem que eu iria acabar antes Lirith? -Vlad apareceu sentado sob a enorme poltrona de veludo azul no canto da sala, o luar iluminava parcialmente seu rosto deixando-o atrativo. Misterioso, envolvendo-o numa atmosfera... Foco Lirith. Foco. Já me acostumei com Vlad surgir do nada em minha casa, apenas para conversar e tentar me convencer a voltar para ele.

-Com ninguém. Com quem você queria fazer isso? Acho que os novos tempos estão te afetando meu caro. – De uma piscadela e sentei no sofá que ficava de frente a ele.
-Tem que ser com alguém... – Sua face ao pronunciar estas palavras ficou enigmática e seus olhos escuros e sem brilho, adquiriram a vermelha coloração que eu já conhecia bem. Vlad havia se transformado e tudo indicava que fora apenas por raiva de alguma coisa ou alguém. -vamos ver, quem sabe o Bill? – Seu sorriso sarcástico preencheu todo o vazio que sua face aparentava.
-Do que você está falando Vlad? -Tentei acalmar meus pensamentos.
-Você sabe muito bem! –Ele se levantou andou em minha direção como um foguete. Sua mão logo acertou meu rosto e o ardor da bofetada já era sentido por mim. No mesmo instante meus olhos adquiriram o mesmo tom dos dele e eu sem pensar o arremessei contra a lareira ao lado oposto da sala. -Não te transformei em vampira para ser meretriz de mortais. – Ele se levantou urrando de dor enquanto voltava a se sentar na poltrona.
-Engraçado. -Dei uma risada baixa. -Pelo que eu me lembre, você havia me transformado porque queria que eu fosse sua para sempre, mas Cibele,Lorelle e Daphne devem te satisfazer mais do que eu. Se fosse para eu ser a única não haveria mais três com você. Não é mesmo?
-Não me provoque Lirith.-Ele se levantou e quando dei por mim suas mãos duras apertavam meu queixo. Retirei sua mão e o empurrei para onde ele estava sentado anteriormente. Caminhei até ele e apontei o dedo em sua face trincada. 
-Eu ainda nem comecei, meu caro. Guarde bem minhas palavras Vlad. -Ele estava estático, apenas ouvia porem eu sabia que no fundo ele tremia de raiva. -Eu vou ser a rebelde, vou fazer a rebeldia crescer pó entre os vampiros. E vou acabar com toda a lenda que você se tornou através dos anos. Guarde isso muito bem, você irá terminar sozinho e sem ninguém, na masmorra do inferno que é sua alma.
-Lirith você não sabe o que está falando. - Vlad enroscou seu braço em minha cintura apertando-me contra seu corpo, esquivei-me e fitei seus olhos.
-Eu estou apenas falando mas em breve irei realizar, meu caro. - Peguei seu queixo e apertei-o como ele havia feito agora pouco, em troca ele gemeu de dor enquanto me jogava sob o sofá. Me diverti com essa cena.
Levantei-me e voltei a encara-lo sarcasticamente enquanto o via fervilhar.
-Pois faça isso Lirith. Saiba que existe a Corte Infernal, e quando souberem de seus atos você será julgada. –Logo após isso Vlad desapareceu na escuridão.
-Eu irei fazer isso, juro! –Gritei enquanto atirava na parede os copos de cristal que estavam sob a delicada mesa de centro. Mais de oitocentos anos te servindo, eu estou enjoada!


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