Na Escuridão escrita por Isabella Cullen


Capítulo 15
Capítulo 15 Todo azar do mundo


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas e queridas vamos ver nosso casal problema????????????
Dessa vez eles vão ter que superar títulos e barreiras. Beijos meus anjos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/262217/chapter/15

- Estamos namorando? – Perguntei no estacionamento do hospital.

- O que você acha? – ele estava sereno.

- Bom... namorar é algo novo demais. Não posso lidar muito bem com isso.

Namorar me lembrava do ultimo relacionamento que tive.

- Tudo bem, estamos juntos então?

- Boa, gostei. – Mordi os lábios olhando para ele.

- Vamos eu tenho muita coisa para fazer e estou sendo pressionado.

Era verdade, nas últimas semanas ele tinha se dedicado as aulas e esquecido de alguns compromissos importantes no hospital e o dia era cheio para mim também. Eu tinha que apresentar um projeto de modernização complexo, mas que iria aumentar a produtividade e também  facilitaria atendimento e comunicação. Jane estava arrumada mais que o normal por causa da reunião com a diretoria. Eu vim normal, só coloquei um pequeno salto. Carlisle era dono, mas isso não me intimidava.

Começamos a reunião com ele sentado com outros diretores numa postura séria e profissional, se eles aceitassem seria um grande investimento, mas teríamos um retorno imediato como mais médicos de boa qualidade querendo trabalhar em nosso hospital. Eu ressaltei isso, incluindo que o nosso hospital seria um dos mais modernos da região e isso aumentaria o numero de atendimentos e emergências atendidas. Também sugerimos um aumento na área externa que estava um pouco abandonada e uma nova cafeteria, maior e mais equipada. Um sistema de franquia poderia ser adotado. Jane ficou eufórica quando tudo acabou, mas eu sabia que a diretoria não estaria disposta a bancar tudo o que a gente propôs.

- Bella, Carlisle quer você na sala dele.

Jane falou quando desligou o telefone. Agora era a hora da verdade. Ele aprovaria ou não? Podia falar que estava nervosa, mas não estava. Sabia que tinha feito um bom trabalho e ele poderia não fazer tudo, mas deveria estar disposto a reconhecer que tudo era necessário. Bati na porta e entrei.

- Mandou me chamar?

Ele se levantou sorridente.

- Primeiro como vai meu neto? Esme me disse que vai fazer uma ultra na próxima consulta, está se sentindo bem?

- Muito bem.

- Edward tem sido um bom menino?  - era engraçado aquilo. O que ele diria se eu dissesse que o filho dele estava aprendendo a atirar? Talvez a pergunta mudaria um pouco.

- Tem sim. – disse divertida.

- Bella a diretoria gostou de tudo, mas não podemos aprovar tudo com o orçamento que temos.

- Eu imaginei.

- Mas podemos fazer grande partes.

- Eu tenho uma proposta. Uma contra-proposta.

- Fale.

- Se eu bancasse aquilo que o hospital não poderia poderíamos fazer tudo não?

Ele me olhou me analisando, ele era um homem de negócios e eu sabia que era também.

- Bella... o que ganharia com isso? – ele cruzou os braços esperando a resposta.

- O prazer de construir e investir em algo bom. Não quero ser sócia ou ter uma placa com meu nome, quero realmente ter uma parte aqui. Só isso. Investir em algo que acredito. 

- NO que você acredita?

Essa me pegou de surpresa, eu estava na sala de Irina? Ele parecia um psicólogo.

- Acredito que todo meu dinheiro e império foram construídos na desgraça alheia, que as armas que minha industria produz causa mais dano do que outra coisa. E se eu investir aqui sei lá... é contraditório não? Vocês lutam pela vida de maneira diferente, gostaria de particpar.

Carlisle sorriu para mim.

- Bom, como faremos isso?

- Me dê os números e eu mando o dinheiro.

- Simples assim?

- Sim.

- Mais de meio milhão para um projeto, está disposta?

Era um teste, tudo sairia metade daquilo.

- Sim, para onde mando o dinheiro?

- O Hospital tem uma conta.

- Falo com a contabilidade então.

Olhei meu relógio, já eram meio dia Edward ia surtar se eu não aparecesse no refeitório.

- Preciso ir. Mando o dinheiro.

- Tenho uma contra-proposta. Pode ser?

- Qual?

-Bom, já deve estar com fome, almoce e me encontre no estacionamento.

- Bom.

Não fiquei curiosa, deveria. Mas confiava em Carlisle como se ele mesmo fosse meu pai, seja qual fosse o lugar seria algo interessante. Fui andando devagar procurando algum elevador vazio.

- Bella! Até que enfim achamos você!

Olhei para trás e vi Aro e Jéssica. Eles se aproximaram com falsos sorrisos.

- Querida! Precisei de muita informação para te achar.- ele me deu um abraço, mas eu não retornei. Jéssica me olhava impaciente.

- O que fazem aqui?

- Bom... poderia fazer a mesma pergunta não? Resolveu que está com problemas financeiros e veio trabalhar?

- Isso não é da sua conta tio.

- Bem, eu soube do atentado, vim saber se Josh sabe quem são os responsáveis. Fiquei preocupado.

- Meu testamento não está no seu nome tio se é isso que quer saber.

- E você por acaso tem um Isabella? – ele pareceu interessado.

- Todos nós temos não?

- Sim... claro... e quem é seu beneficiário posso saber?

- Ah... ele ainda é muito pequeno para falar por ele mesmo, mas com certeza um dia terá acesso a tudo. Inclusive a empresa.

Ele me olhou intrigado. Nunca vi meu tio me olhar daquele jeito, era como Jéssica, só que com mais classe.

- Sua fortuna não deve ser motivo para piadas Isabella, já é o seu segundo atentado. Nesse mês. – ele acrescentou. Não sei se Edward sabia do primeiro.

- Bom, mas vaso ruim não quebra e olha quem está viva e feliz? – dei um sorriso para ele.

- Não vamos te atrapalhar, viemos porque soubemos do acidente e sei que está na sua hora de almoço.

Jéssica não escondeu sua curiosidade um segundo, ela não era a pessoa mais discreta do mundo e eu sabia que ela estava pensando no testamento.

- Quem é? O seu ficante? É para ele que vai dar tudo?

- Jéssica meu amor... isso não nos interessa. Um assunto muito ruim para falar ainda mais em família não acha Isabella.    

O desgraçado queria saber também, mas ele não era tão direto quanto Jéssica.

- Vocês são meus únicos parentes. Devem saber. Eu estou grávida e vou me casar em breve.

- QUAL IDIOTA VAI ACEITAR CASAR COM UMA MULHER PROMISCUA COMO VOCÊ?

- NÃO ME OFENDA SUA APROVEITADORA! PERDEU SEU FILHO E O IDIOTA DO MEU TIO NÃO SE SEPAROU PORQUE NÃO QUER DAR METADE DA FORTUNA DELE PARA VOCÊ!

-Meninas... estamos num ambiente hospitalar, olha o comportamento. – ele falou segurando Jéssica que já estava a um passo de dar na minha cara. Meu tio me conhecia, eu ia quebrar a cara dela antes dele levantar a mão.

- Isabella... isso não vai ficar assim! – ela disse revelando a cobra que estava escondida. Seus olhos clamavam uma vingança. O ponto fraco dela era um filho que ela perdeu. – Acha que sou a única que posso perder um filho? Sua barriga ainda nem aparece... o índice de abortos espontâneos nesse exato momento de sua gravidez é comum sabia?

Meus olhos começaram a se encher de lágrimas, não deixei nenhuma cair, mas tinha uma dor dentro de mim que não conseguia explicar. Não queria perder meu filho, não queria que nada acontecesse a ela. Minha respiração falhou.

- Está tudo bem? – ela tinha um olhar de triunfo. – Viu? Tenho certeza que você nunca pensou nisso... – ela sorriu – desejo a você uma péssima gravidez Isabella!

E o choque percorreu meu corpo paralisando ele ali, eles fora embora e eu fiquei ali olhando o nada por um tempo. Mãos estavam em mim e eu não consegui reconhecê-las. Meus olhos ainda viam Jéssica na minha frente proferindo maldições para mim e meu filho.

-Isabella! Isabella saia disso agora! – olhei e vi Edward e Esme. Eu estava numa cama? Como vim para aqui?

- Edward...

Ele respirou aliviado quando olhei nos seus olhos.E deixei as lágrimas caírem, deixei todo meu corpo sentir a dor.

- Eu não quero perder o bebê... Edward não deixa eu perder...

- Bella porque... não vai acontecer nada. Você só entrou em choque amor. Bella olhe para mim – eu fiz um esforço para olhá-lo. – Não vou deixar que isso aconteça. Minha mãe quer te examinar... está sentindo alguma coisa? Sangrou? Bella me responda.

- Não... só que ela disse que.... a maioria perde... ela perdeu..   

- NINGUÉM VAI PERDER NADA! QUEM FOI QUE DISSE?

- Edward sai dessa sala! Ela não está bem, vou dar um calmante antes que isso afete a gravidez.

Vi Esme se aproximar de mim e afastar Edward um pouco. Minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto.

- O número de abortos espontâneos não é maior do que o número de bebês lindo e gordos que nascem todos os dias nessa maternidade. Fatalidades acontecem, mas para evitá-las a mãe precisa se cuidar e você tem sido maravilhosa nisso. – Esme tinha uma voz tranqüila, me acalmou imediatamente, sua força e segurança sendo passadas para mim na sua voz. Nunca vive isso antes.  Minha mãe foi uma pessoa tão atormenta pelo divórcio. Ela era mais fraca e vulnerável. Será que amar e ser amada nos tornava assim fortes?

- Ela disse... ele desejou...

- Ela não sabe de nada. Vou precisar que descanse, quando acordar vou fazer uma ultra e tirar muitas cópias para mandar para todos os Cullens mostrando o lindo bebê que você terá pelas minhas mãos. Entendeu?

Só balancei a cabeça.

- Deixa ele ficar comigo?

- Vai ficar calmo ou vou ter que chamar a segurança Edward?

- Vou mãe.

E ele me abraçou e ficou comigo deitado na cama assim que todos saíram. Se o amor nos torna fortes eu queria ser forte, queria ser amada. Precisava de cada parte do corpo dele perto de mim. Me sentia completa e segura nos seus braços. Seguranças e aramas não davam a sensação que o abraço e o corpo de Edward davam. Dormi sem remédio, simplesmente porque ele estava ali. Eu amava ele ali comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Demorei pessoas desculpas, mas a tia viajou e precisei passar tempo em família... curtindo a parentada e tudo mais! Agora se gostaram comentem porque a tia gosta!
beijos e obrigada pela presença.
Lia_ Cullen seja mais positiva amiga !kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk