Acordo, bocejando. – mas como isso. Dormi mais que em qualquer noite da minha vida. Olho para o relógio 7:00 da manhã me jogo bruscamente na cama de novo, não acreditando estar acordada a esta hora, pego meu celular e vejo uma nova mensagem . ‘’ Passando para lhe desejar uma boa noite. Mateus ‘‘. Coloco o celular na cômoda, tentando ignorar o sms, levanto e abro meu armário, e visto um short jeans e uma camiseta de banda prendo os cabelos em um rabo de cavalo e abro a porta do quarto. Desço até a sala de jantar e encontro tia Jenifer e meu pai tomando café, na mesa havia bolo, pães, torta, suco e café, meu estômago roncou, pedindo por comida. Sentei-me na cadeira mais longe de papai, que logo disparou sua primeira dose de veneno – Pensei que fosse acorda tarde, ia pedir que levassem seu almoço na cama, mais tarde. Mordo uma fatia de bolo de laranja , tentando ignorar a presença dele naquela sala.

Meu celular toca, era um número desconhecido, provavelmente do mesmo menino que havia ficado na balada semana passada, e que insistiu para que eu desse meu número. Ignorei a chamada. Minha tia, pai e até os empregados que estavam bajulando ele olharam com um ar suspeito. Levantei da mesa e fui para meu quarto pegar um casaco, e pedi ao motorista que me levasse até a casa de Carolina.

Chego lá, e ela me recebe com um abraço que por alguns instantes, me tirou o ar.

–Está tudo bem Carol? . Ela responde – Indo amiga, odeio terminar relacionamentos, é tão frustrante e triste. Vejo seus olhos se encherem de lágrimas, e a abraço forte. Carolina se surpreende com minha atitude, o que me deixa um pouco envergonhada.

Nós duas nos sentamos e começamos a conversar, enquanto Beatriz prepara o café da manhã das duas. – Amiga o que vou fazer amanhã na escola? Thales vai estar lá.

– Mantenha a calma Carolina, você vai sair dessa, pare com essa insegurança.

Nunca tive paciência para essas coisas, talvez por isso Carolina sempre chamava

Beatriz para ficar ao seu lado em cada fim de relacionamento.

Bibi serve o café, e acompanho Carol até a mesa, recusando o convite para comer.

Meu celular toca, era da minha casa, atendo e minha tia começa a tagarelar – menina volte para casa, seu pai quer você aqui, é domingo, o único dia de folga dele. Não consigo esconder um breve sorriso que surge no meu rosto, mas logo volto a ficar séria. – Eu vou mais tarde, não se preocupe, não vou estragar o domingo família feliz. Desligo o celular.

Dou um beijo em Beatriz e Carolina e me dirijo à porta dizendo – Amanha nos vemos!