0012 a Espada Sagrada escrita por Cdz 10


Capítulo 61
Capítulo 061 - A partida de Senshin.




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Capítulo 061: A partida de Senshin.  


 


            O juiz estava no centro do ringue falando com os espectadores.


            - Muito bem! Muito bem! – disse o juiz. – Está terminado o segundo dia de competição do torneio regional de artes marciais! Eu gostaria de agradecer a presença de todos mais uma vez e contamos que vocês estejam aqui amanhã, e lembrando que amanhã é o último dia de competições do torneio regional! Saberemos quais serão os quatro representantes de Tóquio no torneio nacional! Até amanhã!


            Então, as grades que separavam a platéia do ringue se recolheram e os espectadores começaram a sair aos montes.


            - Sato, desta vez eu não vou pro hospital, não... – disse Kim.


            - Nem eu... – disse Sato. – Bom, mas pensando bem... a minha mãe vai me ver deste jeito todo ferido... eu acho melhor ficar no hospital, sim...


            - Hum... saquei... – disse Kim. – Vamos lá então, eu vou ficar contigo... – disse Kim.


            - Vamos... – disse Ryouma. – Eu aproveito e vejo a Narin!


            - É, ela está no hospital também... – disse Haiki. – Eu vou ver se ela já está melhorando...


            Então, eles foram ao hospital e entraram no quarto onde estavam Hikoru, Anika e Narin. Ao entrarem, Hikoru abriu os olhos de esguelha.


            “Droga... veio todo o mundo agora! Esses palhaços simplesmente me irritam!!!” pensou Hikoru.


            - Kim! Como você está?! – disse Anika.


            - Eu estou... mais ou menos, sabe... – disse Kim. – Na verdade, os golpes do Ryouma me feriram bastante, eu estou sentindo bastante dor, mas acho que não vai ser necessário ficar no hospital não...


            - Mas é melhor você ficar sim, cara... – disse Sato. – Os seus ossos acabaram ficando muito debilitados por causa do Ryouma...


            - É, quanto a isso, foi mal, cara... – disse Ryouma, ainda nos ombros de Kirino.


            - Tranqüilo... – disse Kim. – Mas eu acho melhor mesmo fazer o que Sato está falando, eu preciso estar em perfeitas condições pra amanhã!


            - Hehe! Mesmo que você fique em boas condições, não vai conseguir me vencer, né, cai na real, Kim! – disse Sato, sorrindo. – Hahaha!


            - Você acha mesmo? – disse Kim. – Eu vou fazer o possível pra te vencer!


            Os professores do Clube Marcial de Tóquio e do Clube Marcial Makuma entraram no quarto e ambos ficaram conversando com seus respectivos alunos. Todos ali ficaram deitados nas camas e foram devidamente tratados.


            - Você já está se sentindo melhor, Sato? – disse Tsukynare.


            - Eu até estou, mestre, mas o problema... – disse Sato. – É que eu vou ter que lutar amanhã ainda, eu to me sentindo bastante cansado!


            - É, eu entendo perfeitamente o que você está sentindo, Sato... – disse Tsukynare.


            - Ah, e a propósito, o torneio dos níveis 6 em diante já começou, pelo menos foi o que eu ouvi, não é? – disse Sato.


            - Sim... – disse Tsukynare. – Começou sim, mas eu ainda não lutei... pra falar a verdade, a minha luta será daqui a dois dias, ou melhor dizendo, um dia depois de o torneio regional de vocês acabar...


            - Eu entendo... – disse Sato. – Eu vou querer ver a sua luta, está bem?


            - Heh, ta, mas... – disse Tsukynare. – Vê se não dá muita bandeira, entendeu?


            - É, eu estou ciente disso! – disse Sato. – Mas, parece que vocês não encontraram nada sobre o Rinus e o bando dele, não é?


            - Não, aqueles caras são mesmo muito bons! – disse Tsukynare. – Nem mesmo aquela hipótese de que pudesse haver espiões mais distantes do Clube, com menos habilidades, ficando só de vigia, nem mesmo esses nós achamos! Isso é péssimo... a única coisa que nós podemos fazer é esperar o próximo movimento deles...


            - Mas... mestre, se o próximo movimento deles... – disse Sato. – for decisivo...         


            - É exatamente por isso que estamos aumentando cada vez mais a segurança e é por isso também... – disse Tsukynare. – Que eu te peço para não dar bandeira... e tem mais uma coisa que me preocupa...


            - Que coisa? – disse Sato.


            - Pense bem, Sato... – disse Tsukynare. – Ele com certeza sabe que com o torneio, é mais fácil infiltrar pessoas, então, naturalmente, ele sabe que nós reforçaríamos a segurança! O ponto no qual eu quero chegar é o seguinte... se ele estiver planejando mais alguma coisa, ele deve fazer o próximo movimento dele... quando o torneio regional acabar e naturalmente, nós diminuiríamos a segurança!


            - Entendo a sua preocupação... – disse Sato.


            - Pelo fato de que quando o torneio acabar, é natural que a segurança afrouxe um pouco, ele provavelmente irá atacar neste momento... – disse Tsukynare. – Nós reforçaremos a segurança, mas acredito que isso possa não ser o bastante!


            - Mas precisamos fazer o possível, certo? – disse Sato.


            - Sim! Mas eu tenho que te pedir, Sato... – disse Tsukynare. – Para que, a partir de amanhã... tenha um extremo cuidado com cada movimento que você faça... entendeu?


            - Sim... eu entendi, mestre... – disse Sato. – Eu não serei descuidado...


            Os demais estavam conversando com seus mestres e o quarto estava cheio de ruídos e barulhos.


            Bem longe dali, Senshin estava na sala de Rinus, de joelhos.


            - Muito bem, Senshin! – disse Rinus. – Você irá dar conta desta missão completamente sozinho...


            - Claro, eu sei disso, e pode confiar, mestre! Eu não vou falhar de jeito nenhum! – disse Senshin.


            - É, eu fiz aquele teste com você justamente para comprovar isso... – disse Rinus.


            - O senhor sabe muito bem que eu tenho habilidades únicas e sou muito bom em tudo o que faço... – disse Senshin. – Além disso... depois que vocÊ me falou sobre o que realmente se trata a missão... eu poderia concluí-la com as mãos nas costas!


            - É, mas mesmo assim... não os subestime... isso pode acabar sendo o seu pior erro, entendeu? – disse Rinus.


            - Certo, certo, eu estou ciente de tudo isso, Mestre Rinus... – disse Senshin. –Fique completamente despreocupado...


            - Bom... você já está partindo, não é? – disse Rinus.


            - Sim, mestre... – disse Senshin. – Eu chegarei lá em poucos segundos... mas eu ficarei só na espreita, não me revelarei pra ninguém...


            - É bom mesmo... – disse Rinus. – Pode ir...


            - Sim, senhor... – disse Senshin.


            Então, Senshin saiu rapidamente da sala de Rinus.


            “É melhor ele não cometer nenhum erro nessa missão, senão... o meu principal desejo vai virar pó!” pensou Rinus.


            Então, Rinus foi até uma pequena prateleira que havia numa parede bem próxima à sua cadeira. Então, ele pegou uma foto na qual estavam um homem e uma mulher.


            “Hum...” pensou Rinus. “Vocês...”


            Senshin estava diante dos aposentos de Rinus.


            - Muito bem! Devo partir imediatamente pra Tóquio! – disse Senshin. – Haha! Eu quero só ver! Tenho quase certeza que eu vou bater meu recorde na conclusão de uma missão! Hahaha! Eu nunca vi nada tão fácil!!!


            Então, Senshin fechou os olhos e depois de quase dez segundos, desapareceu. Então, ele apareceu em cima de um gigante prédio da cidade de Tóquio.


            - Hehehe... – riu Senshin. – Isso vai ser bem divertido! Agora que eu estou aqui em Tóquio... é só esperar a hora certa de atacar!


            O dia foi se passando até que escureceu. Sato já estava saindo do hospital. Só ele, Anika e Narin estavam no quarto, o restante, inclusive Hikoru, já haviam tido alta.


            - Bom... eu espero que vocês duas melhorem... – disse Sato. – Não se esqueçam que amanhã vai ter luta, hein...


            - É, eu sei disso... – disse Anika. – Bom, mas só pelo fato de o Kim já estar melhor, eu fico bastante feliz!


            - Hehe, é eu sei... – disse Sato.


            Então, Sato assinou alguns papeis e depois, foi embora andando para casa.


            “Ai, ai, amanhã eu vou lutar contra o Kim...” pensou Sato. “Heh, ele nunca foi de briga na escola... e nem eu fui, aquela briga que eu tive com o Hikoru foi só por causa do impulso... mas o Kim evoluiu bastante, se eu for enfrentá-lo achando que ele é como era na escola... eu certamente vou perder... o crescimento dele foi definitivamente impressionante... Mas o meu corpo ainda está doendo em todo lugar! É incrível como esses ferimentos são ferozes... mesmo sendo tratados com energia sobrenatural... eles continuam doendo bastante!”


            Então, Sato chegou em casa, disse à sua mãe que ficou com o Kim o dia todo e depois, foi se deitar em seu quarto.


            “Cara... depois desse torneio regional, essa maratona de lutas e mais lutas vai dar uma parada, o torneio nacional vai ser um tempo depois... vou ter tempo pra descansar bastante... mas tenho que tirar um tempo pra treinar também...” pensou Sato.


            Então, Sato começou a ir fechando seus olhos lentamente.


            “Caramba... que sono... essas lutas exigem muito esforço...” pensou Sato.


            Então, Sato viu uma estranha sombra penetrando o seu quarto através da janela, mas a sombra desapareceu em menos de um segundo. Sato rapidamente abriu os olhos e se sentou na cama.


            - Quem está aí?! – disse Sato.


            Tudo ficou em silêncio. Então, Sato se levantou e foi até a janela, a abriu, mas tudo o que viu foram algumas luzes da cidade e a lua. Então, ele fechou a janela e voltou a se deitar na cama.


            “Droga... eu preciso ficar atento... se esses espiões do Rinus são realmente tão poderosos que nem o pessoal do Clube conseguiu achar... então, eles me encontrarem seria tão fácil quanto achar areia no deserto...” pensou Sato.


            Então, o garoto não agüentou e caiu no sono, extremamente cansado. Enquanto isso, Senshin estava sentado em cima do telhado da casa do Sato.


            “Hehe! Eu adoro assustar esse tipo de garoto! Hahaha!!!” pensou Senshin.


            A noite se passou bem tranqüila e Senshin foi embora quase cinco minutos depois de assustar Sato. Então, Sato acordou às seis horas da manhã e às seis e meia, já estava saindo de casa.


            - Beleza... é hoje, é hoje! Garantir a minha vaga no torneio nacional! Vai ser demais!!! – disse Sato. – É melhor eu correr... não quero ficar exposto nem por um segundo... eu ainda estou bastante intrigado com aquela sombra que eu vi ontem...


            Então, Sato foi correndo bem rapidamente na direção do estádio onde em breve começariam as últimas lutas do torneio regional.


            “Eu vou falar com o Tsukynare sobre aquilo...” pensou Sato, correndo em grande velocidade.


 Senshin já estava novamente em cima do telhado da casa de Sato e observava o garoto correndo rapidamente.


            - Hum, hum... ele é bem rápido... – disse Senshin, sorrindo. – Eu realmente entendo porque o Rinus está tão empenhado e ter esse garoto... o chato é eu ter que ficar mais um dia aqui nessa cidade... eu acho é que vou me disfarçar e vou aproveitar Tóquio...


            Então, Senshin desapareceu.


            Sato estava na entrada do estádio. Uma gigantesca quantidade de espectadores tomava conta da frente do estádio.


            - Vocês deveriam colocar mais lugares! Desgraçados!!! – diziam muitos espectadores.


            Então, Sato foi empurrando todos e então, entrou no estádio. Todos os lugares estavam completamente ocupados e uma grande barulheira entrava pelos ouvidos de todos.


            - Cara, hoje ta pior do que ontem! – disse Sato, colocando as mãos nos ouvidos.


            Faltava apenas o Kim para chegar.


            - Você está melhor, Anika? – disse Sato.


            - Mais ou menos... mas acho que vai dar pra enfrentar o Haiki... bom, pelo menos, eu espero! – disse Anika. – Até porque, quem ganhar a luta ganha a vaga pro torneio nacional.


            - Bom, mas se o Hikoru perder... ele vai ficar com apenas duas vitórias... – disse Sato. – E o vencedor da sua luta contra o Haiki também ficará com duas vitórias... e a Narin com apenas uma, já que ela vai lutar contra o Hikoru., então, acho que eles vão fazer um tipo de desempate entre os dois... 


            - É, realmente... – disse Anika. – Eu nem tinha pensado nisso... bom, mas de qualquer forma é melhor eu vencer essa luta contra o Haiki!


            - Eu só quero ver! – disse Haiki. – Eu não vou perder pra você!        


            - Veremos... – disse Anika.


            Então, Kim chegou no estádio.


            - E aí, Kim, beleza? – disse Sato. – Ta melhor da sua luta contra o Ryouma?


            - To... – disse Kim.


            “Puxa, eu queria falar com o Tsukynare antes das lutas começarem...” pensou Sato.


            - Parece que eu cheguei em tempo, né? – disse Kim.


            - Chegou... – disse Anika.


            - Alguém sabe quanto tempo falta pra começar as lutas? – disse Sato.


            - Faltam dez minutos... – disse Ryouma.


            - Valeu! – disse Sato.


            Então, Sato se virou para as arquibancadas e foi procurando Tsukynare com o olhar.


            - Você ta procurando alguém? – disse Kim.


            - O Tsukynare, quero falar uma coisa com ele... – disse Sato.


            - Eu acho que ele ta lá fora... – disse Kim.


            - Eu vou lá! – disse Sato.


            Então, ele saiu rapidamente do estádio e foi para a  entrada. 


            - Ei, Sato!!! – disse Kim.


            O garoto não respondeu.


            - Puxa, será que aconteceu alguma coisa? – disse Kim.


            Então, Sato foi empurrando os espectadores que estavam na entrada até que achou Tsukynare.


            - Mestre! – disse Sato.


            - Sato! O que você está fazendo aqui fora?! – disse Tsukynare. – As lutas já vão começar em questão de minutos!


            - Eu sei! Só quero falar uma coisa com você antes... – disse Sato. – Vamos sair dessa multidão aqui!


            Então, Sato e Tsukynare se distanciaram a quase cem metros da entrada do estádio. Eles se encostaram numa árvore.


            - O que você quer tanto falar comigo, Sato? – disse Tsukynare.


            - Escuta, mestre, eu não sei se é bobagem minha, mas eu vou te contar uma coisa... – disse Sato. – Ontem, quando eu estava quase dormindo... eu vi a sombra de uma pessoa através da janela do meu quarto! Mas logo depois que eu a vi... ela sumiu!


            - Mas você sentiu alguma energia sobrenatural? – disse Tsukynare.


            - Não, mas se a sombra que eu vi... bem, você sabe, mestre, se for de algum capanga do Rinus... ele saberia ocultar muito bem a sua energia sobrenatural... não é? – disse Sato.


            - Sim, você está certo... – disse Tsukynare. – Essa sombra pode não ter sido nada... mas pode ter sido algum subordinado de Rinus... de qualquer maneira, como hoje é o último dia do torneio regional, você vai ficar mais em casa e também, vai para as aulas do Clube Marcial de Tóquio... eu acho melhor começarmos a colocar uma patrulha na sua casa, sei lá...


            - Não! E a minha mãe, ela ficaria desconfiada! – disse Sato. – Não quero preocupá-la, sabe...


            - É, eu me esqueci dela... – disse Tsukynare. – Bom, então, eu vou colocar alguém para ficar perto de você, e perto da sua casa, sabe, ele fica a uma certa distância vigiando...


            - É, aí sim... – disse Sato.


            Nesse momento, Sato e Tsukynare começaram a ouvir uma intensa gritaria que vinha de dentro do estádio.


            - Escuta... o juiz já deve estar anunciando o início das lutas! – disse Tsukynare. – Vamos entrar!


            - Certo! – disse Sato.


            Então, Sato e Tsukynare foram correndo na direção da entrada do estádio, mais uma vez, empurrando os espectadores.


 


             


             


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