Do You Speak Italian? escrita por Caroline Lemos, Caco


Capítulo 8
Claire - Parte 4


Notas iniciais do capítulo

E ai, estão gostando?
Sejam bem vindos os novos leitores. E o meu muito obrigadas às lindas Iasmin Guimarães, Caroolcardooso e Little_B pelos reviews. Me deixaram muito feliz!!



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-Isso é Green Day? - eu perguntei sorrindo.

-É, é sim. - É sim. Ele abriu um sorrisão. Lindo. O celular tocava alto, mas ele não parecia se importar com isso. E definitivamente eu me perdi naqueles olhos verdes amigáveis.

-Não vai atender? - perguntei sem tirar o olhar dele. Ele fazia o mesmo, sempre sorrindo, era impossível não se encantar com ele.

-A música é tão boa, pra que atender? - ele disse rindo. Realmente, não tinha porque. Era uma das minhas favoritas. -"On a steady diet of..." - ele começou a cantar.

-"Soda pop and Ritalin" - cantei junto com ele -"No one ever died for my sins in hell, as far as I can tell..."

Era uma sensação tão boa, cantar assim... melhor ainda com ele, certamente. Nós rimos da situação..

-Hai una banda?? - ele perguntou rápido demais pra eu entender.

-Anh? Desculpa, não entendi. - eu disse

-Perguntei se você toca em alguma banda. - ele disse mais devagar, depois sorriu.

-Ah, não! - eu disse. Porque ele pensaria isso? -Eu toco violão em casa, só.

-Toca? - ele perguntou, seus olhos brilhando. Porque ele tinha que ter um sorriso tão... tão incrível?

-Aham, mas nada demais. - eu ri. Melhor ser sincera, eu não era boa realmente. -Bem pouco.

-Aposto que não. - ele disse quando a musica parou.

-Viu, deixasse alguém no vácuo. - eu ri pra ele. Claro, morrendo de curiosidade pra saber quem era, se é que era só pela música.

-Sabe, você fala italiano muito bem. - ele sorriu.

-Er, é, eu fiz umas aulas. - eu disse meio sem jeito. Na verdade, eu odiava aquelas aulas, mas elas realmente valeram a pena.

-Sabe, você é linda. - ele disse sorrindo, e chegando mais perto. Me senti um pouco desconfortável. Não porque sua presença me incomodasse. Muito pelo contrário, mas era difícil raciocinar com ele tão perto. E beijar um garoto no meio do estúpido jantar não ia ser uma coisa que minha mãe classificaria como "me comportar". Imagina se alguém vê agente? Era realmente estúpido pensar em beija-lo. Eu nem poderia ter certeza de que ele estaria sentindo o mesmo...

Mas quer saber? dane-se. Pensei enquanto ele se aproximava mais de mim. Me aproximei instintivamente dele também. Era o garoto mais perfeito que eu já conhecera na vida, e talvez o mais perfeito em eu conheceria. A menos que eu fosse muito azarada, ninguém estaria prestando atenção em nós. Eu podia sentir sua respiração agora, bem próxima do meu rosto, seu sorriso cresceu quando percebeu que eu não estava dificultando em nada. Como eu poderia? E no exato momento em que seus lábios encostaram por milímetros os meus, eu ouvi a mais estúpida criatura do mundo ali do lado.

-Seus pais mandaram chamar. - o garçom disse. Um homem morto, eu pensei enquanto me afastava dele totalmente corada. O garoto sorriu pra mim, meio constrangido. Não sei se ele entendeu o que o garçom falara, mas eu me levantei e puxei-o pela mão.

-Vem, temos que ir. - eu disse a contra gosto. Mas que merda. Eu não arrisquei olhar mais pra ele até chegarmos de volta na mesa.

-Então, se divertiram? - meu pai perguntou com cautela. É, acho com a filha que ele tem isso queria dizer algo como nenhum "acidente"? Mas eu apenas assenti com um sorriso de má vontade.


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