Eu pensei muitas vezes em ligar para Caroline, mas eu não podia fazer isso. Eu tinha que fazer sozinha, eu iria fazer uma surpresa para ela, fazer com que ela me perdoe e se orgulhe de mim, eu não posso perder minha melhor amiga assim.

Continuei caçando alguma roupa no fundo das gavetas e no meio da bagunça do meu guarda-roupas, eu podia jurar que eu tinha mais vestidos, mas pelo jeito eu não tenho mesmo. Tinha apenas um preto tomara que caia até os pés que fui num baile e um florido. Encarei o vestido preto e tive uma ideia.

Cortei ele e deixei dois dedos acima do joelho, ficou alguns fiapos de pano escorrendo, mas isso deixou ainda mais bonito, então fui atrás de um sapato, obviamente não encontraria algum salto também, então peguei minha sapatilha preta que caia bem em tudo, pois eu não teria tempo para fazer compras. Tomei um banho demorado e depois sequei meus cabelos no secador, e fiz alguns cachos com o babyliss. Coloquei meu vestido e as sapatilhas, então me encarei no espelho, fiz uma maquiagem leve, e coloquei um brilho labial rosa claro. Mas mesmo assim eu podia dizer que eu estava linda.

Desci as escadas e meus pais me encararam boquiabertos. Eu sorri envergonhada.

– Você está linda querida - minha mãe veio até mim me dando um abraço.

– Obrigada - sorri.

– Faço as palavras de sua mãe, minhas. -meu pai falou enquanto me encarava sorrindo.

– Obrigada gente, vou indo que estou um pouco atrasada- dei um beijo em cada um deles e depois peguei meu carro.

Não era muito longe da escola, a festa seria lá. Quando eu estava chegando conseguia ouvir o som da música alta e algumas luzes vindo de lá. Estacionei numa rua antes, pois dava pra ver a fila de carros, e fui andando até a escola.

Às luzes estavam mais fortes na medida que eu me aproximava, algumas pessoas que eu conhecia de vista me cumprimentaram, apenas acenei com a cabeça e sorri. O som estava muito alto, e as pessoas estavam dançando loucamente, a decoração foi feita em preto e roxo. Segui para um canto afastado, e fiquei a procurar Caroline com o olhar.

Ela não estava em lugar algum, e eu estava quase me arrependendo de ter vindo. 

– Elena? - escutei a voz de Caroline e sorri comigo mesma. – Você veio- ela sorriu– Você veio! - ela me abraçou tão forte que quase me faltou ar.

– Me desculpe - sussurrei.

– Não tem que se desculpar, o importante é que você está aqui! - ela sorriu emocionada. –Vamos, tenho que te apresentar uma pessoa, tenho certeza que você vai gostar dele!

– O que? Não Carol, não quero saber de garotos...

– Nem vem com essa, sei que você vai gostar desse - ela sorriu e me puxou pelo braço até uma mesa onde estavam, Tyler- seu namorado, Bonnie, uma amiga dela e um cara que eu não conhecia, ele tinha cabelos castanho-claro, e olhos verdes. Ele me encarou e sorriu.

– Elena, esse é Stefan - ela apontou para ele.– Stefan, Elena. - apontou para mim. Olhei para ela com raiva e ela piscou.– Que tal vocês conversarem um pouco?

– Eu adoraria.-ele falou me olhando.

– Tudo bem- murmurei e me sentei na mesa ao lado dele.

– É um prazer conhecê-la- ele falou sorrindo.

– O prazer é meu- sorri. Posso parecer estranha, mas eu não gosto do jeito que ele me olha. Meu celular tocou e eu suspirei aliviada me levantando rapidamente. –Sinto muito, eu tenho que atender- falei e sai de lá.

***

– Tenha paciência com ela- Caroline falou para Stefan– Ela não tem muita experiência, e parece que não quer ter-ela suspirou– Só vá com calma com ela.

– Tudo bem Carol, mas como? Parece que ela tem medo de mim!- ele falou indignado.

– Realmente, também reparei nisso- Bonnie falou.– Sua amiga é meio estranha -ela entortou a boca.

– Eu sei que ela é complicada, mas ela é uma pessoa legal. E ela só não quer se machucar mais. Stefan vá com calma, é o que eu peço.

– Vou tentar.- ele falou encarando a loira.

***

Peguei meu celular na bolsa e segui para o banheiro, até que fui parada com um cara que esbarrou em mim, meu celular caiu no chão e o xinguei mentalmente.

– Vai com calma- ele falou com uma voz sensual, o encarei e ele também me olhava, ficamos assim por uns segundos. Até que ele se abaixou e pegou meu celular.– Acho que ainda está inteiro- ele me entregou. Então peguei e parei de o encarar.

–Obrigada, eu acho- falei voltando a olhar para ele, e parecia que eu não conseguiria parar, seus olhos eram incrivelmente azuis, e eu estava hipnotizada. Disse pra mim mesma que tinha que parar com isso, então balancei minha cabeça acordando, e percebi que ele também me olhava. –Tenho que ir- falei baixo.

–Tudo bem- ele sorriu. Comecei a andar até que ele grita.

– ESPERA!- olhei para trás e fui surpreendida quando ele me beijou.