Finalmente, dia 25 de novembro tinha chegado. O aniversário do Guilherme. Logo de manhã, quando eu sai de casa e o vi no portão da casa dele me esperando, dei um mega sorriso e atravessei a rua correndo para dar um abraço nele. Eu o abracei com tanta força, parecia que meus ossos iriam quebrar de tanta força que eu botei ali.

- Feliz aniversário, teu mongo gordo feio e idiota! Eu te.... Nãaaaaao, eu não te amo não.

- Idiota, eu sei que você me ama - sim, eu o amava. Eu queria poder dizer aquilo, mas não, eu não o fiz.

- E a Pamela? - porquê eu insistia em falar nela? Que droga.

- O que tem?

- Já te deu parabéns? Ela chorou? É muito a cara dela chorar em aniversário, isso me dá ância.

- Não, ela não me ligou ainda. E isso é estranho - ele começa a andar para a escola - ela sempre me liga de manhã, mas tem dias que ela não me liga mesmo, ou porquê saiu atrasada de casa ou porquê perdeu a hora da escola. Mas acho que ela vem aqui me ver hoje.

- Então... - tento mudar de assunto - sou a primeira pessoa a te dar feliz aniversário?

- Sim Jessica, você é a primeira pessoa a me dar feliz aniversário. Satisfeita? Teu sonho mais idiota de todos se realizou. - ele estava debochando de mim, odiava quando ele fazia aquilo.

- Sonho idiota mas do mesmo jeito.... Estou feliz por te-lo realizado! Aw

- E eu estou feliz por ter te ajudado a realizar esse sonho e blablabla, pronto? Já acabou aquele roteiro chato de bom amigo? Odeio isso, porra. Eu não sou um bom amigo.

- Um amigo que bate no ex da melhor amiga para defende-la não é um bom amigo? Então me diz como é um bom amigo, porquê acho que eu ainda não descobri.

- Idiota...

[...]

Já era lá pras 17 hrs e a Pamela ainda não havia chegado. Ele estava com uma carinha de triste - e triste ou não, ele continuava lindo - e naquele momento, eu estava odiando a Pamela por fazer aquilo com ele. 

- Vou ligar para ela, e perguntar que horas ela virá.

[...]

- Pam?

- Oi Jé.

- Tu vai vir que horas ver o Gui?

- Porquê eu vou ver ele hoje? Não vai dar pra ver ele hoje.

- Você falou que viria no meu aniversário Pamela! - o Guilherme toma o celular de mim.

- Puts, hoje já é 25 de novembro? Desculpa meu amor, eu esqueci completamente - na voz dela, ela não parecia nem um pouco arrependida - eu prometo que amanhã vou te ver tá?

- Não precisa Pamela - ele desliga o celular nervoso.

[...]

Aquela situação estava muito tensa. Eu nunca tinha visto o Guilherme daquele jeito. Ele estava por incrivel que pareça, MUITO chateado com a Pamela. E com razão né. Ela não ligou para ele nem para desejar feliz aniversário, e o pior: ela esqueceu do aniversário dele. Sendo que eu a lembrava quase todos os dias perguntando o que ela iria dar de presente para ele, e ela sempre respondia com um simples "não sei". Ok, ele tinha razão para estar morrendo de raiva dela, SIM!

Eu não conseguia falar nada com ele. Ele estava quieto, olhando para mim, como si nunca tivesse me visto - e isso começou a me irritar um pouco -, eu queria falar com ele, eu queria ajudar. Mas tinha medo de piorar a situação entre os dois, de dar razão para ele e a Pamela ficar brava comigo, ou dar razão a ela, e ele ficar bravo comigo. Mas não tinha como dar razão a ela, ela tinha vacilado feio dessa vez. Mas eu precisava falar alguma coisa, mesmo que não fosse sobre o assunto, eu tinha que pelo menos parecer uma amiga preocupada - parecer, porquê no fundo eu até estava gostando disso, vai que eles terminam por causa desse deslize dela, sei lá, a esperança é a ultima que morre.

- Então... - tentei puxar algum assunto - porquê tu ta me olhando desse jeito? 

- Que jeito? - ele dá um pequeno sorriso puxando mais pelo lado esquerdo da boca, e puta que pariu, que moleque lindo.

Não sei - eu tive que dar um sorriso enorme - me olhando com essa cara de tipo, "acho que eu quero te comer".

- Você não é macarrão para mim comer Jessica.

- Graças a Deus, não é? 

- É...