Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 33
Uma semana relativamente estranha


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!!! A quanto tempo!! Que saudade de vocês
Eu vou pular aquela parte que eu peço desculpas por ter demorado, que eu tava mega enrolada e tal e que eu juro que vou tentar postar mais rápido por que vocês já estão acostumados com essa história.
Eu estava me sentindo mega culpada por não vir escrever por que eu estava puta com algumas autoras de fanfics que eu amo que pararam de atualizar e quem sou eu pra falar, né?
Anyway, eu estou aqui de volta pra vocês.
Beijocas, boa leitura e vejo você lá em baixo.
PS: Eu sei que isso é chato, mas eu acho que pouca gente leu o ultimo cap então lembrem-se de deixar reviews pra eu saber que vocês tão lendo e de falar pros amiguinhos da fic pra Cici poder ficar mais feliz e atualizar mais rápido, que tal? ~pisca~



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A semana passou relativamente bem, mas com as suas esquisitices.

Na terça eu expliquei um pouco mais detalhadamente o que tinha acontecido no sábado para a Valentina e para o Felipe, e na quarta a Valentina veio nos informar com uma carranca enorme que tinha brigado com o primo dela e que estava de mal humor, algo que perdurou pelos outros dois dias seguintes, até o dia que o Felipe mandou tirar a cara feia que ninguém tava mais aguentando ela de mal humor e eu acho que ela resolveu aceitar a “opinião construtiva” dele. Quem sou eu pra discutir.

Na quarta de tarde, o Vince voltou pra casa mais cedo e muito puto (Tá todo mundo puto agora?). Eu perguntei o que tinha acontecido e ele acenou com a mão, me dizendo que não era nada e para que eu não me metesse. Vai entender.

O Dan também me ligou umas duas vezes, um pouco depois de o Vince entrar para o quarto dele, alegando que ia tomar um banho. Eu não atendi.

A Heyva não olhou pra minha cara a semana quase inteira depois de segunda feira. Na terça, ela nem apareceu na aula. Na quarta, ela apareceu sem maquiagem e sentou longe das amigas e do celular. Na quinta, ela voltou a usar maquiagem. O que está acontecendo com essas pessoas?

Okay, mas o dia que ganha no quesito acontecimentos estranhos/inesperados foi sexta feira.

Pra começar, eu cheguei cedo na escola. É amigos, eu, Emily Silver, cheguei cedo na escola! Só isso já era um indicio de que o dia não seria algo normal.

Só tinha uma pessoa na sala quando eu cheguei, e o ocupei o lugar de sempre, na terceira carteira da fileira encostada na parede. Eu talvez já tenha mencionado o meu caso de zumbizismo matinal. Joguei a minha mochila em cima da mesa e me sentei na cadeira, abaixando a cabeça e cobrindo meus olhos com o meu gorro, como eu sempre faço em malditas manhãs de frio nas quais eu tenho que comparecer a escola.

Levou uns 15 minutos para eu levantar a cabeça, e eu só levantei por que eu ouvi alguém sentar do meu lado. Eu presumi que fosse a Nat, ou a Vale ou o Felipe, mas quando eu levantei os olhos, quem estava sentado do meu lado era o Marvel. Pera, que?!

Me sentei direito e encarei ele, tentando entender mais ou menos o por que de ele estar sentando do meu lado. Ele simplesmente sorriu pra mim e voltou para a tarefa de tirar o casaco.

Eu fiquei mais uns minutos com cara de muito perdida até ele falar alguma coisa.

–Tem algum problema eu sentar aqui? –Ele perguntou.

–Ehr.... acho que não. Quer dizer, não tem ninguém sentado ai que eu saiba. –Gaguejei. Ele sorriu de novo e eu lembrei do que parecia anos atrás, mas eram só meses, quando eu era afim dele. Ai surgiu o Daniel e eu esqueci completamente do Marvel. Aquela época era tudo tão menos complicado, né?

–Sinto muito pelo que aconteceu com o seu namorado. –Ele falou. É claro que todo mundo sabia do que tinha acontecido. Até por que eu meio que anunciei pra todo mundo na sala de aula na segunda feira. Mas ele foi a primeira pessoa fora do meu pequeno número pessoas do meu convívio social a falar uma palavra sobre isso comigo. –A Heyva passou dos limites dessa vez.

–É, eu acho que sim. –Respondi. Depois que eu parei para pensar, não foi a melhor resposta de todas, mas eu estava ainda num transe de sono e confusão muito grande para formular algo melhor.

Depois, fez-se silêncio. A Nat chegou e sentou atrás de mim, me lançando um “Que?!” silencioso em direção ao Marvel, que estava batucando na mesa. O Felipe e a Valentina entraram juntos e tomaram os seus lugares, o Felipe na minha frente e a Valentina do lado dele, também tão confusos quando eu ou a Nat.

A Heyva entrou e viu o Marvel sentado do meu lado, sua expressão se transformando numa careta de quem estava tentando segurar o choro. Depois ela olhou pra mim pela primeira vez na semana, com um olhar de que ela estava tentando me matar sem realmente encostar em mim. Depois ela levantou a cabeça, empinou o nariz e seguiu em direção ao seu lugar.

A aula de geografia começou e eu abri o meu livro para ler. O professor me ignorou solenemente, o que é bem estranho, por que ele me detesta.

–O que você está lendo? –o Marvel perguntou baixinho. Eu virei a capa para ele ver e ele balançou a cabeça.

–Nunca ouvi falar. É bom? –Balancei a cabeça concordando. A Nat, logo atrás de mim, estava prestando atenção em cada palavra falada sem o menor esforço pra esconder. –Sobre o que é?

–Cavalos. Eles são aquáticos e rápidos. Eles comem gente. –Falei, com um sorriso que pode ter parecido um pouco psicótico de mais.

–E por que eles comem gente?

–Por que faz parte da alimentação deles? –Falei. Ele simplesmente riu.

–Ah sim, faz sentido.

A conversa foi interrompida pelo diretor, que pediu para que a Nat por favor acompanhasse ele até a sala dele. Eu fiquei preocupada, e assim que acabou a aula, eu sai correndo para a sala da direção. Eu tive que ter um pequeno debate secretária do diretor, mas ela acabou me deixando entrar.

A Nat estava sentada na cadeira na frente da mesa do diretor e ele olhava para ela como se não soubesse o que fazer. Ela estava um caco.

A primeira coisa que eu reparei é que ela estava chorando. Os olhos dela estava vermelhos e inchados e ela parecia que estava se controlando para não começar a soluçar. Ela estava agarrada ao celular como se aquilo fosse salvar a vida dela.

Eu me abaixei do lado dela, pegando o celular dos seus dedos com algum esforço.

–Nat, o que que houve? –Perguntei, envolvendo a mão dela na minha. Ela estava tremendo. Ela balançou a cabeça. –Nat, olha pra mim.

Quando ela finalmente virou pra me olhar, todo o esforço dela pra não chorar foi em vão, e ela me abraçou com força, soluçando no meu ombro.

–Amoui, eu não sei o que fazer. –Ela choramingou.

–Se você não me explicar o que aconteceu, eu não tenho como te ajudar. –Respondi suavemente. Ela tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu e voltou a chorar no meu ombro.

–A mãe da senhorita Ferrew passou mal no trabalho essa manhã e foi levada para o hospital. –O Diretor falou. Eu arregalei os olhos pra Nat.

–Ela tá numa cirurgia Emy! Eu quero ir pra lá ficar com ela. –Ela chorou. Eu abracei ela mais forte.

–Como eu já disse para a senhorita Ferrew algumas vezes, ela ainda é menor de idade e eu não posso deixar ela sair sozinha da escola nesse estado. –O diretor falou. Eu revirei os olhos e parei um minuto para pensar numa solução.

–Se tiver alguém maior de idade que se prontifique a levar ela até a mãe dela, ela pode ir? –Ele pensou um pouco, mas depois concordou com a cabeça. –Estão deixa que eu resolvo isso.

Sai da sala com o celular da Nat já discando. Ele chamou quatro vezes antes da designada pessoa atender o telefone.

Phone mode on

–Fala linda. –O Vince respondeu do outro lado da linha.

–Vince, é a Emy. Você tá ocupado? –Falei, um pouco rápido de mais. As minhas mãos também estavam tremendo. Eu conhecia a Tia mãe da Nat a muito tempo, e ela era muito legal. Eu vivia na casa dela, quando a Nat não estava na minha. Ela vivia tomando conta de mim.

–Hum, to procurando um motivo pra não assistir a aula de ciências politicas, por que?

–Por que eu achei o seu motivo. Dá pra você vir pra cá?

–Por que, o que houve? –Ele perguntou. –Você foi suspensa de novo?

–Não, nada a ver com isso!- Falei. Eu perco a paciência quando fico nervosa, não sei se vocês notaram. –Porra Vince! Dá pra vir ou não?!

–Tá criatura, calma. To indo... –Ele respondeu. –Pra onde eu to indo mesmo?

–Ain anta, pra minha escola. Eu to com a Nat na sala do diretor.

–O que vocês duas aprontaram?

–Cala a boca e vem logo, caceta!

Phone mode off

Respirei fundo e quase cai pra trás quando alguém falou atrás de mim.

–Tudo bem com a sua amiga? –Me virei pra encarar o Marvel. A Valentina e o Felipe estavam parados a uma curta distancia, a Valentina com cara de puta e o Felipe segurando ela pra que não fizesse nenhuma merda. Aparentemente, eles tinham vindo para falar comigo ou com a Nat, mas o Marvel chegou primeiro.

–Aconteceu umas coisas com a mãe dela... –Murmurei.

–O que aconteceu com a mãe dela? –A Valentina perguntou, se metendo no meio.

–Sei lá cara, eu não entendi muito bem. –Falei, esfregando a mão no rosto. –Ela passou mal e teve que ir pra cirurgia. A Nat tá desesperada, mas o diretor não queria deixar ela sair sem um responsável maior de idade, ai eu liguei pro Vince.

–Porra, muito responsável ele. –O Felipe falou, me fazendo rir.

–É o melhor que eu arranjei.

–Melhoras pra mãe da sua amiga então. –O Marvel falou. –Até mais.

A Valentina fez uma careta quando ele virou e depois que ele saiu do campo de visão, os dois viraram pra mim.

–Por que ele tava sentando no lugar da Nat? –O Felipe perguntou.

–Eu vou saber?! Eu cheguei cedo e quando eu vi ele tava sentado do meu lado. Eu ia dizer o que?

–Que já tinha alguém sentado ali?

– Eu achei que a gente não gostava dele. –A Valentina completou.

–O mundo tá tão estranho essa semana que eu não sei mais de nada cara.- Falei, sacudindo a cabeça. –Eu vou voltar lá pra ficar com a Nat. Vejo vocês depois.

Voltei pra sala do diretor, abaixando do lado da Nat, que tinha parado relativamente de chorar e estava só fungando baixinho.

–Eu já falei com Vince, ele tá vindo pra cá, okay? –Murmurei baixinho. Ela fungou novamente e concordou com a cabeça, esfregando os olhos. Eu puxei uma cadeira e me sentei do lado dela, passando a mão de leve pelas suas costas, tentando acalmar ela o máximo possível.

O Vince levou sete minutos e 48 segundos (Dados providenciados para vocês pelo cronometro do relógio da Nat) para chegar na sala do diretor. A gente ouviu ele bater na porta três vezes antes de entrar, e no momento que ele apareceu, a Nat saltou da cadeira, quase me levando junto, e pulou nos braços do Vince. Ele envolveu ela num abraço apertado e passou a mão no cabelo dela quando ela afundou o rosto no pescoço dele e voltou a chorar.

–O que aconteceu? –Ele perguntou baixinho, a voz abafada pelo cabelo da Nat. Ela explicou, entre soluços, o que tinha acontecido.

–O diretor, -Eu falei apontando com a cabeça para a figura sentada atrás da mesa. –Falou que ela só podia sair com um responsável maior de idade, e eu liguei pra você. Já quer você é maior de idade, com uma carteira de motorista que pode levar a Nat pra mãe dela.

Ele concordou com a cabeça, ainda abraçando a Nat.

–Muito bem, senhorita Silver, já que está tudo resolvido, a senhorita pode voltar pra suas aulas e...

Eu concordei com a cabeça no mesmo momento que a Nat soltou um grito de “NÃO!”

–Emy, você tem que ir comigo, eu preciso que você vá comigo. –Ela soluçou, soltando o Vince e agarrando a minha mão. –Você conhece bem a minha mãe, por favor Emy, fica comigo, por favor.

Eu olhei pra cara do Diretor, que olhou pro Vince, que balançou a cabeça e quando eu fui ver, eu tava sentada no banco de trás do carro do Vince em direção ao hospital onde a mãe da Nat estava.

~~~~

–Eu ainda não entendi muito bem o que aconteceu. – O Vince falou enquanto nós esperávamos a Nat que estava apoiada no balcão da recepção do hospital pedindo informações.

–Nem eu. –Respondi, balançando a cabeça e soltando um suspiro. –Tudo que ele falou foi que a Tia Suzana passou mal e teve que ir pra cirurgia.

O Vince passou um braço por cima dos meus ombros, me dando um meio abraço. Eu apoiei a cabeça no ombro dele e olhei pro nada, e foi quando eu percebi uma coisa estranha na mão dele.

–O que é isso? –Eu perguntei, tirando a mão dele do meu ombro e examinando-a. Os nós dos dedos estavam cicatrizando de alguma coisa. –Você socou alguma coisa?

Ele puxou a mão das minhas e desviou os olhos dos meus.

–Deixa isso quieto Emy. –Ele resmungou, me evitando.

–Vincent, o que você fez? –Eu perguntei, puxando o braço dele para que ele me encarasse.

–Nada Emily! –Ele retrucou irritado, tirando o braço. –Não é nada com que você tenha que se preocupar.

–Então me fala o que é! –Ele me lançou um olhar irritado e abriu a boca pra falar alguma coisa quando a Nat voltou.

–Ela falou pra gente esperar na sala de espera 8 e que algum médico lá vai me explicar o que aconteceu. –Ela falou, segurando o choro. O Vince puxou ela pra junto dele e beijou o topo da cabeça dela, murmurando que ia ficar tudo bem e eu fechei os olhos fazendo um pedido silencioso pra que ele estivesse certo.


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Notas finais do capítulo

Humm, o que será que o Vince aprontou, alguém se atreve a tentar adivinhar?? Será que alguém acerta?
E ae? Opiniões, criticas, xingamentos? O que acharam?
Mandem reviewsss!!!
beijocas da Cici